Um monte da cidade de Neves, onde madeireiros abatiam árvores, era escalado diariamente por uma mulher, para levar a refeição ao marido. No mesmo monte onde foi feita a minha canoa solitária dos 38 dias no Golfo da Guiné
A notícia vem expressa no jornal Téla Nón, referindo que «A mulher guerreira, com bebé nas costas trepava o monte para levar de comer ao marido que operava a motosserra. O José Bravo, personagem principal do livro», revelou Alexandre Quaresma.
O autor da obra inspirada na preservação do património cultural e ambiental, conta que a refeição que alimentava o madeireiro no cimo do monte, era confeccionada com os recursos da mulher. Pois o marido ganhava dinheiro com o abate das árvores, mas não sustentava a família.
Uma situação recorrente no seio da sociedade são-tomense. A mulher muitas vezes, é a única chefe da família. Batalha arduamente para sustentar os filhos, e também o marido. «O José Bravo não punha dinheiro em casa», sublinhou Alexandre Quaresma.
O livro relata que os homens que abatiam árvores no Monte Poco Muala, acabaram por ser apanhados pelos guardas-florestais. A iniciativa de protecção do ambiente atinge o ponto máximo com a reconversão profissional dos madeireiros.
Alexandre Quaresma chama atenção no livro para a devastação da floresta na ilha de São Tomé. Um acto de desmando segundo o autor do livro, e que põem em causa o eco-sistema nacional.
O livro foi lançado na
casa da Cultura na cidade de São Tomé. Uma obra patrocinada pelo projecto
PROCULTURA, que conta com o financiamento da União Europeia.
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