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quinta-feira, 25 de maio de 2023

Dia Mundial de África – A Celebrar mas também pra refletir num continente onde a fome, a escassez de água, o extremismo violento têm causado mais instabilidade de que o tão desejado progresso e paz social – Libertação do antigo colonialismo pelo neocolonialismo interno e sem fronteiras? – Será este o melhor caminho a seguir? Num continente que é o berço da Humanidade

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista 


A GRANDE EPOPEIA AFRICANA NÃO PODE SER IGNORADA -  - O continente africano é o berço da humanidade: foi daí que irradiou o Homo sapiens . Os seus homens e mulheres, povoaram lugares nunca dantes povoados; atravessaram continentes, criaram civilizações, culturas e formaram reinos - E, mesmo os que nunca dali partiram para a grande aventura da Diáspora, tinham os seus costumes, as suas tradições e  as suas hierarquias - Eram livres à sua maneira.  

O  europeu veio mais tarde para retalhar os espaços geográficos à mercê das suas conveniências, corromper  os próprios comerciantes de escravos (sim, porque a escravatura, é tão antiga como o homem) ficando  eles com a fatia de leão: para dividiram territórios, humilharem, dominarem e escravizarem as populações a seu belo prazer, usurpando as suas riquezas

LAMENTAVELMENTE  Devia aprender-se com os erros do passado "Os dados do Banco Mundial mostram que os valores agregados de pagamentos de dívida na África subsaariana em 2025 vão subir cerca de 7% para 26,8 mil milhões de dólares, com pagamentos na maturidade relativamente elevados em Angola, Costa do Marfim, Gabão, Gana, Quénia, Namíbia e Nigéria", escrevem os analistas.


O Dia Mundial de África é uma celebração anual do dinamismo do continente africano no aniversário da fundação da Organização da Unidade Africana, agora a União Africana.

António Guterres, na sua mensagem, o secretário-geral da ONU afirma que, mais do que nunca, são necessárias cooperação e solidariedade para avançar o futuro da região; Área de Livre Comércio Continental Africana pode retirar 50 milhões da pobreza. 


Este 25 de maio é o Dia da África. Com 1,3 bilhão de pessoas, o continente concentra uma “vibração pelo seu grande número de jovens com um potencial de tirar o fôlego” . declarou António Guterres

Um em cada três africanos é afetado pela escassez de água. De acordo com o relatório de 2022 da OMS/UNICEF [1] , 411 milhões de pessoas em África ainda não têm acesso a serviços básicos de água potável, 779 milhões não têm acesso a serviços básicos de saneamento, e 839 milhões não têm acesso à higiene básica.

Crianças órfás de Moçambique 

As alterações climáticas estão a causar escassez de água e seca, prevendo-se que 230 milhões de africanos tenham falta de água e até 460 milhões de pessoas vivam em áreas onde a procura de água excede periodicamente a oferta disponível, até 2025. Isto também tem impacto na segurança alimentar e energética, uma vez que a população do continente continua a crescer

As crises políticas e humanitárias no continente são exacerbadas por fatores económicos. "A recuperação económica de África após a crise da COVID-19 em 2022 foi perturbada por uma série de choques", diz o analista Alex Vines, que salienta a escassez da abastecimento e o rápido aumento da inflação, também alimentado pelo impacto global guerra de agressão russa na Ucrânia.

Diz Manuel Pinto da Costa, cofundador do MLSTP, num artigo publicado no Telá Non, há dois anos, que, “ao  longo da História universal as potências dominantes impuseram aos territórios africanos conquistados TRÊS TIPOS DE CAMISAS DE FORÇA:ESCRAVATURA, COLONIALISMO, e, depois da independência, a DEMOCRACIA. O objectivo principal foi, e continua a ser, assegurar, por um lado, o controlo da exploração das principais fontes de matérias primas e, por outro, mercados para os produtos manufacturados, vitais para a sua s o b r e v i v ê n c i a c o m o p o t ê n c i a s d o m i n a n t e s


Certos lideres africanos  não ficam atrás dos antigos colonizadores –  «A corrupção em África varia entre o alto nível político, numa escala de milhões de dólares, e o baixo nível, com subornos a autoridades e funcionários públicos. No primeiro caso, impõe um maior custo financeiro directo ao país, no segundo caso tem um efeito corrosivo sobre as instituições básicas e mina a confiança dos cidadãos no governo», refere a jornalista Stephanie Hanson na publicação Council on Foreign Relations.

Mais de metade dos cidadãos da África Oriental pagam subornos para ter acesso a serviços públicos que deveriam estar livremente disponíveis, relata a organização Transparency International, o que também aumenta os custos de fazer negócios, uma vez que há uma correlação entre a eficácia no combate à corrupção e o aumento de produtividade de um país. «Atacar a corrupção é a melhor maneira de atacar a pobreza», sintetiza Nuhu Ribadu, ex-presidente da EFCC, comissão anticorrupção nigeriana. https://www.alem-mar.org/cgi-bin/quickregister/scripts/redirect.cgi?redirect=EFkVVEZplZEgZbVwOF

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