Jorge Trabulo Marques - Jornalista
Nouhoum Sangare, representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos na África Central, que, em dezembro passado, em declrações à Rádio França Internacional, alertava paraa “incompreensão total por não terem sido interrogadas nem detidas as pessoas que torturaram até a morte”, defendendo que “para que a honra do exército saia lavada do caso, não deve haver impunidade" , aproveitou a participação na 55ª reunião do comité consultivo permanente das Nações Unidas sobre a segurança na África Central, para analisar com o governo São-Tomense a situação do país após os acontecimentos de 25 de novembro de 2022, no quartel do morro.
Diz o Jornal Téla Nón, que, segundo Nouhoum Sangare, o escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas em Genéve continua preocupado, e segue atentamente a evolução do processo judicial em curso em São Tomé.
«Houve incidentes difíceis aqui no mês de novembro de 2022. Transmiti ao senhor primeiro-ministro uma mensagem do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Vamos continuar a fazer o seguimento de todas as acções judiciais que foram desencadeadas, para combater a impunidade, pela justiça igual para toda gente, pela paz, e a tranquilidade no país», declarou.
O representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, foi recebido pelo primeiro-ministro Patrice Trovoada no final da tarde de sexta feira, no Palácio do Governo.
O encontro que demorou mais de 4 horas serviu para o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos humanos renovar a disponibilidade em apoiar São Tomé e Príncipe na promoção dos direitos humanos e a democracia.
São acontecimentos únicos, que chocaram a população, o governo, a sub-região e o mundo inteiro. Ao nível do Alto Comissariado das Nações Unidas para os direitos humanos, fazemos a mesma leitura. Há coisas graves que aconteceram. É preciso encarar a situação e encontrar a devida solução. Só uma justiça limpa, que ponha luz sobre a questão permitirá sossegar toda a população, e o país avançar na paz», declarou Nouhoum Sangare. https://www.telanon.info/politica/2023/05/22/40648/alto-comissariado-da-onu-para-os-direitos-humanos-pede-justica-limpa-e-transparente-para-o-caso-25-de-novembro-de-2022/
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