Hoje, dia 05 de maio, é comemorado o dia Mundial da Língua Portuguesa, com o objetivo de consagrar um autor da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP, partilhada por mais de 260 milhões de falantes espalhados pelo mundo
A distinção foi atribuída pela comissão dos representantes do Brasil, de Portugal, à escritora moçambicana galardoada em 2021 pelo prêmio Camões, Paulina Chiziane, recebeu em Portugal o diploma referente ao Prêmio Camões.
O diploma foi entregue na tarde desta quinta-feira, no Antigo Picadeiro Real, em Lisboa, pelas mãos do primeiro ministro e do embaixador do Brasil.
A entrega do galardão acontece 10 dias depois da cerimónia de entrega do Prémio Camões a Chico Buarque, vencedor em 2019, que decorreu no Palácio Nacional de Queluz, em Sintra.
O atraso ficou a dever-se inicialmente à recusa do então presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, em assinar o diploma do prémio do escritor e músico brasileiro, e depois à pandemia, que, consequentemente, deixou bloqueadas as entregas de prémios que se sucederam: o escritor e ensaísta português Vítor Manuel de Aguiar e Silva (2020), que viria a morrer em 2022 sem o receber, e o poeta e romancista brasileiro Silviano Santiago (2022).
Para o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, “a entrega do Prémio Camões à escritora moçambicana Paulina Chiziane é um momento de enorme significado e enorme simbolismo para a cultura em português. É a primeira mulher negra a receber aquele que é o prémio de maior prestígio da língua portuguesa”.
Recordando Jorge Amado, um dos os mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos, o autor mais adaptado ao cinema, teatro e televisão
Nesta data especial, aproveito a oportunidade para aqui recordar duas das entrevistas que me concedeu - Elogio ao cineasta, Glauber Rocha, dias antes da sua morte – A um dos cineastas mais notáveis do chamado Cinema Novo Brasileiro: os “Os seus filmes são um elogio do Homem, do ser humano” ; O lançamento da bomba atómica em Hiroxima - "Eu me recordo perfeitamente. Foi durante a guerra! No momento em que já não havia absolutamente necessidade de que a bomba atómica fosse lançada, a guerra estava ganha pelos aliados, foi um crime! - Outra parte da entrevista reporta-se ao seu livro Sumiço de Santa: uma história de feitiçaria, que só podia ocorrer na Baía, com personagens portuguesas;
Depois do 25 de Abril. Jorge Amado, deslocou-se várias vezes a Portugal: vindo, nomeadamente, de Paris, onde passava algumas temporadas, sobretudo na década de 80, numa fase, literariamente, ainda muito ativa – Não era que gostasse mais de viver na Europa de que no Brasil; o motivo não era esse mas a falta de privacidade e o necessário isolamento, que não conseguia encontrar na sua cidade natal, onde era constantemente solicitado - Nascido em Tabuna, a 10 de Agosto de 1912, Estado da Baía, e, em cujas terras, havia também de falecer: Em Salvador, 6 de Agosto de 2001
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