PÁGINAS DA HISTÓRIA PORTUGAL E A SUA LIGAÇÃO À CORTE INGLESA
"UMA RAINHA PORTUGUESA
QUE MARCOU A CORTE INGLESA"
"Nasceu em 25 de novembro de 1638, em Vila Viçosa, onde
então viviam seus pais os Duques de Bragança, D. João e D. Luísa de Gusmão.
Após a Restauração da Independência, a negociação do
seu casamento entrelaçou-se com os interesses diplomáticos de Portugal, na
conjuntura da Guerra com a Espanha. Acabaria por casar-se, em maio de 1662, com
o penúltimo rei absoluto de Inglaterra, D. Carlos II. Como dote de casamento, o
Rei português pagou 2 milhões de cruzados e entregou à Inglaterra, a cidade de
Tânger, no Norte de África, e Bombaim (hoje a maior cidade da Índia), na costa
Oriental Indiana.
No despique pelo poder, D. Carlos II foi derrotado por
Cromwell, exilando-se durante 9 anos na Europa Continental (França e Holanda).
Voltou a Inglaterra para governar a partir de 1660. Dois anos depois casou com
D. Catarina de Bragança e, desde logo, a rainha mostrou a força do seu carácter
obrigando o Rei a duas cerimónias de casamento (uma pela Igreja Católica, em
segredo; outra pela Igreja Anglicana, em público).
A vida de casada com o monarca inglês não foi fácil,
porque o rei teve várias amantes, algumas na própria Corte. Teve dessas
relações vários filhos ilegítimos mas nunca conseguiu ter qualquer filho
legítimo, apesar de D. Catarina ter engravidado mais do que uma vez".
Excerto de https://viajandonotempo.blogs.sapo.pt/d-catarina-de-braganca-32480
Catarina de Bragança
(1638-1705), rainha consorte de Inglaterra (1662-1685), pelo seu casamento
Carlos II, da casa dos Stuart. Foi ela que mandou construir o palácio da
Bemposta.
"A Rainha
portuguesa que mudou a Inglaterra e lhe deu um Império"
"Nasceu princesa em
Portugal, foi rainha de Inglaterra (a única portuguesa a sê-lo) e por duas
vezes chegou a ser regente do trono de Portugal. À portuguesa Catarina de
Bragança está associado o nome do bairro de Queens, em Nova Iorque, o nome do
bolo que todos conhecemos por “queque”, o hábito de beber chá na Grã-Bretanha
(entre outras novidades introduzidas na corte inglesa) e o início do grande
império britânico na Índia, tendo tido ainda um contributo primordial para a
independência de Portugal face a Espanha
Filha do (futuro) rei
João IV, nasceu em Vila Viçosa no dia de Santa Catarina, 25 de Novembro, quando
reinava em Portugal o rei espanhol Filipe III. Dois anos depois, o 1.º de
Dezembro – restauração da independência nacional – marcou o início de um longo
período de 28 anos de guerra com os espanhóis, que não se conformaram com a
declaração de independência e a subsequente ocupação do trono português por
João IV (duque de Bragança). Este facto iria marcar o destino de Catarina.
Em 1661, mais de 20 anos
de guerra tinham deixado o país “exausto e as populações desesperadas, com a
sobrecarga dos impostos, as contínuas levas de soldados, a falta de mantimentos
e o cansaço dos espíritos” e a fome alastrava a várias zonas do país. Nesse
ano, havia notícias seguras de que Espanha estava a preparar uma grande invasão
de Portugal. Para agravar a situação, muitos países, incluindo a Santa Sé, não
tinham ainda reconhecido a nova situação portuguesa. Portugal estava cada vez
mais dependente do apoio de Inglaterra e negociou, por isso, um novo tratado
confirmativo da velha aliança luso-britânica e o casamento da princesa Catarina
de Bragança com o rei de Inglaterra, Carlos II, que ocorreu no ano seguinte. A
temida invasão espanhola veio a acontecer uns meses depois. Os espanhóis
chegaram a tomar posse de Évora, mas a invasão acabou por ser repelida pelo
nosso exército, com a preciosa ajuda de milhares de soldados ingleses. Nova
grande invasão foi tentada em 1665, mas mais uma vez sem sucesso. Espanha e
Portugal acabaram por assinar um tratado de paz e a guerra terminou finalmente.
Portugal tinha garantido a independência conquistada em
O casamento de Catarina
de Bragança com o rei de Inglaterra, tendo sido fundamental para o futuro de
Portugal, custou muito ao país. O dote da princesa incluía o pagamento, por
Portugal, de dois milhões de cruzados, que custaram muito a reunir. A rainha
(Leonor de Gusmão) terá dado o exemplo, desfazendo-se das suas numerosas e
valiosas jóias. Empenharam-se pratas, jóias e outros tesouros de conventos e
igrejas portugueses. E durante dois anos foi necessário dobrar o pagamento das
sisas. Além dos dois milhões de cruzados, o dote da princesa Catarina incluiu
ainda a transferência, para os ingleses, da posse de Tânger, em Marrocos, e de
Bombaim, na Índia. Foi precisamente com Bombaim, oferecida pelos portugueses,
que os ingleses iniciaram a sua presença na Índia e aí construíram um grande
império, que se manteve até à independência indiana e paquistanesa no século
XX…
Catarina de Bragança
partiu para Inglaterra, para casar, em 1662. Tinha sido educada num convento,
de onde só tinha saído meia dúzia de vezes, e não sabia uma única palavra de
inglês. Católica num país de protestantes (foi a última rainha católica de
Inglaterra), foi alvo de inúmeras suspeições, intrigas e conspirações, o que se
agravou com a circunstância de nunca ter conseguido ter um filho do rei (que,
em contrapartida, teve 15 filhos das suas muitas amantes). Tentaram convencer a
rainha a entrar num convento, o parlamento inglês chegou a oferecer ao rei 500
000 libras caso este se divorciasse de Catarina e em 1678 a rainha foi mesmo formalmente
acusada, pelo parlamento, de estar por detrás de uma conspiração para matar o
rei. Era, ainda assim, estimada em Inglaterra. Sobre Catarina de Bragança
escreveu a escritora britânica Lillias Campbell Davidson que foi “uma das
melhores e mais puras mulheres que se sentaram no trono de Inglaterra”.
Excerto de
Excerto de
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