Manuel Pinto da Costa, líder do Partido fundador da nação de S. Tomé e Príncipe, sem dúvida, o pai da nacionalidade santomense - Um dos raros exemplo, africanos, que deu .tudo o que podia dar da sua vida sem esperar daí vir a coletar fortuna ou riqueza e aproveitamento material.
Doutor em economia pela Faculdade de Berlim, antiga
República Democrática Alemã, Manuel Pinto da Costa, membro fundador do Comité
de Libertação de São Tomé e Príncipe, primeira organização independentista
são-tomense, acabou por ser figura de consenso no seio dos nacionalistas radicados
no estrangeiro, para dirigir a nova organização política o MLSTP e
consequentemente o novo país independente.
Foto - Gentileza do Coronel Conde Falcão |
Durante 15 anos presidiu os destinos de São Tomé e Príncipe, de 12 de Julho
1975 à 3 de Abril de 1991. Foi um dos primeiros líderes africanos a implementar reformas com vista a
mudança do regime mono partidário para a democracia pluralista. Em 1989 sob
Presidência de Pinto da Costa o povo foi chamado para referendar a nova
constituição política"
Depois de se tornar Presidente da República aos 37
anos de idade em 12 de Julho de 1975 - pois completaria 38 anos em 5 de Agosto de
1975 - sim, depois de liderar 14 governos(em 15 anos, quase um governo por ano) até
1991, num contexto das dificuldades próprias de um pais que procurava reafirmar-se e encontrar-se os melhores rumos no contexto das jovens nações independentes, pois, naquela ano, decide abrir o país para a
democracia parlamentar;
O seu papel foi
fundamental na transição do regime de partido único para a democracia de matriz
ocidental, tendo presidido a histórica conferência nacional de 1989 que
marcou a viragem política no país.
Em 1993 chefiou a
delegação de observadores da NDI (National Democratic Institut) e do Carter
Center nas primeiras eleições democráticas no Burundi.
Pinto da Costa
ganha prestígio Internacional como sendo o primeiro país africano a adoptar o
Sistema Político Ocidental.
Abdica do Poder
deixando outros filhos da nação participarem de uma forma cívica para um modelo
que todos achavam conveniente.
Pinto da Costa
entende que o seu forte está na consolidação nacional das forças políticas e a
unidade da sociedade civil e, por isso, se lança numa candidatura pela terceira
vez e ganha a disputa na segunda volta contra Evaristo de Carvalho.
Em 1996
candidatou-se novamente ao cargo de presidente, perdendo nas urnas para seu
companheiro na universidade no curso de Direito Miguel Trovoada, por uma
pequena margem de votos.
Em 2001 é
derrotado novamente, dessa vez para Fradique de Menezes, no primeiro turno das
eleições.
Manuel Pinto da
Costa apresentou-se em 2011 às presidenciais são-tomenses como independente e
acabou por ser apoiado pelo seu antigo partido o MLSTP/PSD - Movimento de
Libertação de São Tomé e Príncipe-Partido Social Democrata - e PCD - Partido da
Convergência Democrática.
A vitória de Pinto
da Costa nas eleições de 7 de Agosto, foi uma vitória bem disputada ao sabor de
uma Democracia participativa.
Pinto da Costa
atribui a vitória eleitoral ao povo de São Tomé e Príncipe. "O povo
são-tomense deu, como esperava, mais uma vez um exemplo, à região e ao mundo,
de civismo, tolerância e liberdade".
As eleições de 7
de Agosto foram, por isso, uma vitória da democracia, uma vitória de todos os
são-tomenses, uma vitória de São Tomé e Príncipe», sublinhou.
A Comissão
Eleitoral Nacional confirmou que Manuel Pinto da Costa sucede ao Presidente da
República, Fradique Menezes. Tomou posse no dia 3 de Setembr
Manuel Pinto da Costa, a mais conhecida e carismática figura
histórica do MLSTP, um dos mais distintos heróis da fundação da pátria
santomense, um dos raros estadistas, ainda vivos, que conheceu o
histórico líder da revolução chinesa, Mao Zedong - E também dos poucos
dirigentes políticos que o cumprimentaram a escassos meses antes da sua
morte.
"O encontro ocorreu em Pequim, a 23 dezembro de 1975, cinco meses e
meio depois da independência de São Tomé e Príncipe. Pinto da Costa, o primeiro
presidente do país, tinha 38 anos – menos 44 que o seu anfitrião.
(..) Mao “cumprimentou calorosamente cada um dos membros” da comitiva de
Pinto da Costa e manteve “uma cordial e amigável conversa”, relatou o semanário
Peking Review, sem mencionar o estado de saúde do líder chinês.
A República Popular da China foi dos primeiros países a abrir uma embaixada
em São Tomé e a enviar cooperantes para o novo país, nomeadamente médicos
Pinto da Costa viajou para Pequim com três ministros e além de Mao,
encontrou-se com um vice-primeiro-ministro, Li Xiannian.
(…) Mao Zedong morreu nove meses mais tarde e embora a China tenha evoluído
numa direção que ele consideraria “contra-revolucionária”, o seu retrato
continua afixado na Porta da Paz Celestial (Tiananmen), no centro de Pequim.
São Tomé e Príncipe também mudou muito e no início da década de 1990,
aboliu o regime de partido único. Pinto da Costa abandonou a atividade
política, mas em 2011 candidatou-se à presidência e ganhou.
(…) Apesar de São Tomé e Príncipe não ter relações diplomáticas com a
RPC, em junho de 2014, o seu presidente esteve em Pequim e em Xangai, numa
“visita de caráter privado”.
É uma engenharia protocolar e diplomática invulgar, mas a carreira de
Manuel Pinto da Costa também não é muito comum e, no fundo, ele ainda será
visto em Pequim como “um velho amigo da China”. Presidente
Pinto da Costa encontrou-se com Mao Zedong em 1975
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