Este era o titulo
que demos ao nosso post: - Instituto Marquês de Valle Flôr - No reforço
da cooperação com São Tomé e Príncipe – Uma das ONGD, mais antigas e ativas,
nas Ilhas Verdes do Equador - Fundado em 1951, com o estatuto jurídico de
Fundação. - E desde há 30 anos nas Maravilhosas Ilhas Verdes do Equador
E DESTACÁMOS O “EXEMPLO
DEVOTADO E DIGNIFICANTE DE BEM SERVIR O POVO-IRMÃO DE S. TOMÉ E PRÍNCIPE – HÁ
3O ANOS - PELO INSTITUTO MARQUÊS DE VALLE FLOR - DESEJANDO QUE SEJA
UMA OPORTUNIDADE PARA SER UMA EFEMÉRIDE JUSTAMENTE RECORDADA E ASSINALADA” . http://www.odisseiasnosmares.com/2019/02/instituto-marques-de-valle-flor-no.html
Começamos por sublinhar
que “existem, em STP, várias
ONG, cuja atividade passa praticamente despercebida, pois, de um modo geral, o
trabalho voluntarioso destas organizações, quando bem intencionado, é feito
mais próximo das populações desprotegidas de que a pensar nos holofotes da
ribalta dos media.
CONGRATOLÁMO-NOS
POR ESTE MERECIDO DESTAQUE PELO JORNAL PORTUGUÊS:
"Equipa portuguesa está em São Tomé há oito anos a estudar a surdez nas crianças" - PÚBLICO
Foi em Fevereiro
de 2011 que dois otorrinolaringologistas, dois enfermeiros e um audiologista
portugueses rumaram a São Tomé e Príncipe naquela que seria a
primeira de muitas outras expedições, no âmbito do projecto Saúde
para Todos – Especialidades, desenvolvido pelo Instituto Marquês
de Valle Flôr (IMVF).
Os médicos previam
encontrar vários casos de otites médias crónicas, ou seja, infecções
persistentes do ouvido médio. Porém, depois de um primeiro contacto com a
população, a equipa deu conta de um elevado número de surdez em crianças.
Das 640 crianças observadas, 34% são surdas (13% das quais sofrem de surdez
profunda) e 22% ouvem apenas de um ouvido (consideradas normouvintes), sendo
que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um indivíduo é surdo
se ambos os ouvidos tiverem surdez.
Regra geral, a surdez em crianças deriva de infecções
e, como tal, é passível de ser tratada. No entanto, os médicos aperceberam-se
de que muitos dos casos correspondiam a surdezes irreversíveis, pelo que
decidiram dedicar-se ao estudo das possíveis causas desta patologia naquela
população.
“Aquilo que verificámos na primeira missão é que, ao
contrário do que estávamos à espera, que eram as tais otites médias crónicas,
encontrámos muita surdez, mas com ouvidos normais, ou seja, não havia
infecções. Tínhamos sobretudo a parte da surdez irreversível sem possibilidade
de recuperação”, explica ao PÚBLICO Cristina Caroça, investigadora da
Universidade Nova de Lisboa e médica otorrino que liderou a equipa no
terreno.
Desde a quarta missão até à penúltima, a 26.ª, mais de metade das crianças observadas, com menos de 15 anos, revelaram uma surdez com perda auditiva em pelo menos um dos ouvidos ou nos dois. “A grande maioria das crianças [mais de 50%] tem os dois ouvidos surdos ou uma surdez unilateral”, nota Cristina Caroça. No total, considerando a população toda da amostra (incluindo adultos e crianças), 32% dos indivíduos apresentam surdez bilateral neurossensorial, um tipo de surdez irreversível.
“Sabemos que a surdez condiciona muito o
desenvolvimento socioeconómico de um país, porque um surdo não se integra tão
facilmente numa sociedade ouvinte, não trabalha, fica isolado e não tem
autonomia. Percebemos que, naquela população, este era um problema de saúde
pública”, acrescenta a investigadora, cuja tese de doutoramento incidiu sobre a
surdez em São Tomé e Príncipe.
Nas crianças, a “surdez apresenta um risco
aumentado de baixa aprendizagem, abuso físico, social, emocional e sexual,
podendo mesmo levar à morte”, escrevem os autores num artigo científico que
resultou desta investigação, publicado em 2016 na Revista Portuguesa de
Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-facial.
Segundo os autores, em 2016 a OMS estimava que
cerca de 5% da população mundial (360 milhões de pessoas) apresentava
incapacidade auditiva, com elevada prevalência nos países em desenvolvimento da
Ásia e África subsariana. Em Portugal, estima-se que existam mais de 26 mil surdos.
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