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domingo, 3 de fevereiro de 2019

PEPE LIMA – DE “OS LEONENSES” - O ADEUS A UMA VOZ INCONFUNDÍVEL DA MÚSICA POPULAR SANTOMENSE -EMBORA NÃO TENDO A FAMA DE OUTROS PAÍSES AFRICANOS MAS É HARMONIOSA E MÁGICA - POIS HÁ "PINTAS"que preferem contratar músicos estrangeiros para os seus comícios, pagando cachês luxuosos, de que promoverem a prata da casa - ASSOCIO-ME À DOR DOS FAMILIARES, E TODOS OS AMIGOS – Que são, afinal, todos os patriotas das maravilhosas Ilhas Verdes do Equador, residentes ou na diáspora e todos aqueles que por aqui passaram e o ouviram cantar em qualquer parte onde atuou e encantou



 Jorge Trabulo Marques Marques - Jornalista  - Informação e análise
 PEDRO LIMA - NOUTRO PAIS TERIA SIDO UMA GRANDE ESTRELA MUSICAL


Ainda agora partiu para a eternidade, mas a sua memória é já uma comovente saudade  - As Ilhas Verdes do Equador, perdem  uma das vozes mais carismáticas do histórico conjunto musical “Os Leonenses” 

Refere a imprensa santomense, que “tendo atingido apogeu nos anos 70 como vocalista principal do conjunto Os Leonenses, Pedro Diogo brilhou também ao levar a música são-tomense para além fronteiras com brilhantes atuações fora do País até com canções interpretadas em línguas estrangeiras, sobretudo, em francês, a sua preferência que arrasava os palcos internacionais.






Nos anos 80 com a letargia do agrupamento Leoneses, a voz da rumba, samba e samba-socopé, estilos originários são-tomenses, Pedro Diogo virou-se para shows individuais com atuações esporádicas em grandes eventos musicais bem com a produção de CDs e vídeo, levando-lhe a auto-batizar-se de Pépé Lima fruto de inspiração no internacional músico africano Pépé Kallé, do Congo Kinshasa. http://www.stp-press.st/2019/01/31/morreu-pepe-lima-cantor-astro-da-musica-sao-tomense/


 Quase 100 mil embolsados

É BOM NÃO ESQUECER A HIPOCRISIA DAQUELES QUE AGORA SÃO CAPAZES DE SIMULAR LÁGRIMAS DE CROCODILO – Mas ostracizaram os seus melhores cantores. “Partido no poder em São Tomé criticado por atuação de cantor nigeriano na campanha - Presença de Davido, um dos mais caros artistas pop na região, fez com que muitos perguntassem de onde veio o dinheiro para lhe pagar. O partido no poder diz que não lhe pagou nada  - https://www.dn.pt/mundo/interior/sao-tomeeleicoes-partido-no-poder-criticado-por-atuacao-de-cantor-nigeriano-na-campanha-9935890.html https://www.dn.pt/mundo/interior/sao-tomeeleicoes-partido-no-poder-criticado-por-atuacao-de-cantor-nigeriano-na-campanha-9935890.html





OS LEONENSES DO SAUDOSO PEPE LIMA - – QUEM ESQUECE A TÃO HARMONIOSA MEMÓRIA? - Foi justamente a sua musicalidade que mais me encantou quando trabalhei, como operador de rádio no antigo Emissor Regional de STP, da Emissora Nacional – Era um prazer ir com os meus colegas gravar os seus espetáculos - Aqui deixo algumas sonoridades de um conjunto musical, que fez escola e deixou história

Convivo de Santomenses - Amadora 2013
Ouvir tocar e cantar a música santomense, seja naquelas maravilhosas ilhas, no seu ambiente natural, seja em qualquer ponto da diáspora,   é  sentir instintivamente o corpo a gingar  ou a dançar! - É inevitável o apelo ou a tentação - Em S. Tomé e Príncipe,  há (e houve) excelentes músicos e grupos musicais – Pena, ainda não terem atingido a fama de um Bana ou de uma Cesária Évora,  mas  cremos  que lá chegará o dia  da sua universalidade; que, à fama da beleza ímpar das ilhas, se possa também juntar  a da sua dança e a da sua inigualável  música – Referimo-nos, naturalmente, à genuína,  à que transmite o verdadeiro sentir do seu povo, a doce musicalidade da sua língua, alegria e amabilidade das suas gentes, que ainda vai resistindo à globalização dos estereótipos  que tudo massificam, numa corrente desligada das raízes, das origens e da identidade de quem a canta 
 Video gravado (26-12-2015) de uma cassete recuperada, que enviara como prenda do Natal de 1974, em Portugal

A qualidade técnica já não é a melhor, mesmo assim vale a pena ser ouvida 


S. Tomé – Música típica e maravilhas
São Tomé! São Tomé! . Não tem só café! Tem lindas sanguês! Tem lindas mulheres!  Tem muito cacau e sempre verão! - O trecho musical, que aqui lhe oferecemos,  em 1973, era um dos temas mais populares !– Não perca  – Fui recuperá-lo de uma cassete ao meu arquivo  – As imagens foram registadas  em (Out/Nov. 2014 e Julho/Agos. 20159) 39 e 40 anos depois de eu ter deixado, em viagem de canoa, esta maravilhosa ilha, mas o som, as vozes, ainda são mais antigas




Carlos de Almeida, um especialista da música, na Sociedade Portuguesa de Autores, mais conhecido por Camucuço, o santomense que se radicou há já alguns anos em Portugal, mantendo, todavia, um vínculo muito forte às formosas Ilha Verdes do Equador -- É dos estudiosos mais entendidos em questões da música africana, dos PALOP - Claro, melhor de que ninguém, da investigação musical das maravilhosas ilhas do seu país..Mas também da música portuguesa -- Daí a razão de ser um dos quadros qualificados da SPT -- Foi um dos conferencistas na II Edição da Feira do Livro de São Tomé e Príncipe em Portugal, tendo falado da Música São-tomense, origem e influências -- A que nos referimos neste site em Julho de 2013 http://www.odisseiasnosmares.com/2013/07/stome-e-principe-feira-de-livros-no.html




Outra análise de um interessante artigo de autoria de Adozinda, Amarildo, João e Marlene,  inserido no blogue Património de S. Tomé


A música em S.Tomé
Como em todos os trabalhos escritos, podemos encontrar esta frase, que embora triste é a realidade do nosso país “ S.Tomé e Príncipe é um país pobre com muitas dificuldades”, (sobretudo ao nível económico).

Estas mesmas dificuldades fazem-se notar em todos os sectores, assim sendo o ministério da cultura não fica de fora, fazendo-se chegar aos nossos músicos, dificultando-os assim na realização dos seus álbuns. Por outro lado muitos (músicos) têm dificuldades na criação de letras, de dar um bom ritmo às suas músicas, assim sendo podemos dizer que algumas das dificuldades tem a ver com a falta de conhecimento por parte do músico.

Segundo a entrevista realizada com um dos músicos mais famosos do nosso país, Kalú Mendes, os nossos músicos enfrentam muitas dificuldades económicas para conseguirem realizar o seu trabalho, por vezes conseguem arranjar um patrocinador, para gravar o álbum, mas a divulgação e marketing do álbum torn-se muito difícil. A divulgação passa pela televisão, rádio e jornais de modo a promover e sobretudo vender o seu trabalho, e isto tudo exige um custo monetário que é difícil de se encontrar, uma vez já conseguido o patrocínio para agravação. A criação de um álbum passa desde o processo de gravação até a divulgação do álbum, Por isso os músicos em S.Tomé e Príncipe só o são por vontade própria e porque gostam daquilo que fazem, isto porque, não há nenhum incentivo aos músicos por parte do governo, no entanto o público que tem sido muito simpático e estes sim são o seu melhor incentivo.

No entanto, também um dos elementos do grupo Tempo, Guilherme Carvalho dá o seu ponto de vista, dizendo que, «as dificuldades que alguns dos músicos nacionais têm é falta de conhecimento ao nível da música além do pouco contributo económico-financeiro, por parte do governo santomense. “O estado está a esquecer-se da nossa cultura, nomeadamente no que diz respeito a música nacional mas mesmo assim sobrevivemos”

Contudo, cabe a nós os santomenses o dever de preservar a nossa cultura (música) e procurar divulga-la cada vez mais além fronteiras, isso porque ela também virá a contribuir para o desenvolvimento do nosso turismo bem como do nosso país.
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