Completam-se hoje 107 anos que o navio Titanic se afundou. O navio na noite de 14 de Abril de 1912 chocou contra um
‘iceberg’ e desapareceu na madrugada do dia 15. Estavam a bordo 2207 pessoas
onde apenas 706 sobreviveram
O Titanic media 270 metros de comprimento,
53 de altura e um peso de quase 50.000 toneladas, capaz de navegar a uma
velocidade máxima de 22,5 nós, a cerca de 25 quilômetros por hora. Foi
capitaneado por Edward Smith, um experiente marinheiro da White Star que já
havia pilotado o Olympic, um navio similar ao Titanic.
A
viagem inaugural foi no dia 10 de Abril onde partiu de Southampton, em
Inglaterra, rumo a Nova Iorque. Quatro dias depois, perto da ilha de Terra
Nova, no Canadá, o Titanic choca contra um ‘iceberg’.
Na noite de 14 de abril o navio é
“rasgado” a estibordo por um bloco de gelo. No dia 15, desaparece. - Os
destroços do Titanic foram encontrados em Setembro de 1985 pela expedição
franco-americana chefiada por Robert Ballard, a 3797 metros de profundidade.
Destroços do Titanic condenados a desaparecer no fundo dos abismos – Em 2012,
um estudo dizia que, dentro de 14 anos, a corrosão provocada por uma bactéria estava a consumir os restos do navio a uma
velocidade fora do normal
1985 Robert Ballard, oceanógrafo da
Universidade de Rhode Island (EUA), descobriu o Titanic, que naufragou a 14 de
abril de 1912, provocando 1513 mortos. Encontrou o navio num bom estado de
conservação, tendo em conta que estava há 73 anos no fundo do Atlântico Norte. A
preservação do Titanic deveu-se à sua localização, a 3,8 km de profundidade,
com pouca luz e elevada pressão, o que não permitiu a sua corrosão. Mas
atualmente o seu estado mudou de forma radical: o casco está de tal forma
enferrujado que os investigadores consideram que não irá sobrar qualquer
vestígio do Titanic dentro de 14 anos. https://www.dn.pt/sociedade/interior/titanic-ira-desaparecer-dentro-de-14-anos-8630350.html
Destroços do Titanic passaram a ser protegidos pela UNESCO As joias e os objetos que foram recuperados valem fortunas em
leilões.
Mais de 5.500 objetos foram recuperados do
barco naufragado em 1912. Decisão judicial proibiu que a coleção fosse
desmembrada. Objetos recuperados do naufrágio do Titanic foram postos à venda
por US$ 189 milhões (R$ 662 milhões) pela empresa Premier Exhibitions, que
detém os direitos sobre qualquer coisa tirada do transatlântico afundado. O
navio naufragado, encontrado em 1985 pelo explorador Robert Ballard, já
resultou em mais de 5.500 objetos recuperados para a Premier, que promoveu oito
expedições aos destroços no fundo do Atlântico desde 1987. http://arqueologiaibanez.blogspot.com/2016/06/objetos-do-naufragio-titanic-vendidos.htm
Os vestígios do Titanic estão a cerca de
quatro mil metros de profundidade ao largo de Terra Nova. O navio naufragado
encontra-se em águas internacionais, pelo que nenhum Estado pode reivindicar a
jurisdição exclusiva do sítio”, informa o comunicado da Unesco, lembrando a
responsabilidade dos países que assinaram a convenção em proteger aquele
património. https://www.publico.pt/2012/04/05/culturaipsilon/noticia/os-destrocos-do-titanic-estao-agora-protegidos-pela-unesco-1540916
Foi na fatídica noite de 14 de Abril de 1912,
durante sua viagem inaugural, entre Southampton, na Inglaterra, e Nova York,
nos Estados Unidos, chocou-se com um iceberg no Oceano Atlântico e afundou duas
horas e quarenta minutos depois, já na madrugada do dia 15 de abril, provocando a morte de 1517 pessoas.
Segundo é referido por João
Godim, “entre os passageiros
estavam quatro portugueses, três deles oriundos da Madeira, que iam para a
emigração: Manuel Domingos Fernandes Coelho, solteiro, de 21 anos,
natural da Ponta do Sol; José Neto Jardim, casado, de 21 anos, natural do Lombo
das Laranjeiras, Calheta; e Manuel Gonçalves Estanislau, de 38 aos, natural
da Ladeira e Lamaceiros, Calheta; viajavam na terceira classe e embarcaram em
Southampton com destino a Nova Iorque. Na segunda classe, viajava José Joaquim
de Brito, 32 anos, natural do Continente, que tinha como destino destino final
São Paulo, no Brasil. Uma tragédia que "matou" quatro portugueses. - excerto deTragédia do Titanic… "matou" quatro portugueses - r
SÓ QUEM CONHECE
NOS OLHOS O TERROR DA VIOLÊNCIA DO MAR
OU O SUFOCO E A AFRONTA DAS ÁGUAS SALGADAS, NA GARGANTA,
PODERÁ AVALIAR QUÃO DUROS SÃO OS MOMENTOS DÉ AGONIA OU DE INCERTEZA
Passei por essa terrível experiência, na minha
travessia, a bordo de uma minúscula e frágil piroga de S. Tomé à Ilha do
Príncipe, na noite em que , ao adormecer a canoa me precipitou na amalgama de
uma rodopiante negra massa líquida.
Posteriormente
fiz outras aventuras, de S. Tomé
à Nigéria, em 12 dias, - E, ainda nesse mesmo ano, a tentativa da
travessia da Ilha de Ano Bom ao Brasil, junto à qual fui largado de um
pesqueiro americano, que me conduzira, desde S. Tomé até às suas
proximidades,
para apanhar a grande corrente equatorial. e que acabaria por se saldar
em 38 longos dias, grande parte dos quais ao sabor das correntes e dos
ventos.
Tratando-se da época das chuvas, altura em que
se registam as grandes tempestades, deu-se o facto do pesqueiro, por duas
vezes, ter sido assolado por violentos temporais. Face a tais
ocorrências, o comandante do Barco chamou-me à câmara do comando e convidou-me
a trabalhar a bordo e abandonar a canoa: tendo recusado, não tive outra
alternativa senão de ser descido, por um dos guindastes, com a canoa para
o mar,
Só que, no ponto onde fui largado, quer os
ventos como as correntes, em vez de me levarem para a Oeste, puxavam-me
para Norte. Vendo que já havia canoas que se aproximavam de mim
para se apoderarem do meus mantimentos, nao tive outra alternativa, senão
navegar nessa direção, com vista a regressar a S. Tomé e tentar a travessia
noutra oportunidade, sob pena de ser roubado, dadas as extremas carências
que então ali se observavam, naquela que então era a ilha mais abandonado do
mundo, com apenas uma ligação anual com o resto da Guiné Equatorial,
Então sob o reinado de terror de Francisco
Macias Nguema, que chegou a tecer elogios públicos a Hitler, forçando a fuga de um terço
da .população, tendo sido apeado através de um golpe de Estado, em 3 de Agosto de
1979, pelo sobrinho Teodoro Obiang,
atual do presidente, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo,
Ano-Bom, uma pequena ilha e província da Guiné
Equatorial, localizada no Atlântico Sul, a 350 km da costa oeste do continente
africano e 180 km a sudoeste da ilha de São Tomé (São Tomé e Príncipe - A ilha
constitui a pequena Província de Annobón, uma das sete províncias da Guiné
Equatorial. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ano-Bom
Nesse medo dia, e em plena noite, as condições
climatéricas agravaram-se: um tornado, vindo do sul, fez-me alijar da maior
parte dos alimentos e água potável, perder o remo principal e um leme,
que lhe havia adaptado, além de outros objectos, deixando-me a
canoa,praticamente desgovernado .Na manhã seguinte, improvisei um remo, com
pedaços da cobertura e de um barrote, mesmo assim, era-me extremamente difícil
navegar
O que então se passou, desde aquela horrível
noite, é inimaginável para quem nunca tenha vivido tão difícil
provação - Parcialmente já foi descrito neste site, através dos
registos que pude fazer para um gravador e de várias fotografias, graças a um
contentor de plástico onde pude salvaguardar o diário gravado e os registos
fotográficos.
Dia 34º - Deitado no fundo da canoa...Não
tenho comida... Sinto uma grande dureza no estômago - Este o titulo da
postagem, que pode ser lida, com a indicação de outros linkes em Dia 34º - Deitado no fundo da canoa...Não tenho comida...
Sinto uma grande dureza no estômago
Então sob o reinado de terror de Francisco
Macias Nguema – da independência, em 1968, a sua derrubada, em
1979, que forçou a fuga de um terço
da .população e ficou conhecido de maneira polêmica por ter elogiado
publicamente a figura de Adolf Hitler, que, o golpe de Estado em Guiné Equatorial uem 3 de agosto de
1979, logorou afastar pelo sobrinho,
atual do presidente, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo,
A fraqueza é
imensa e deixa-me bastante debilitado. Tenho-me mantido num profundo silêncio -
Foi um dos dias em que não meti nada à boca e falei muito pouco
para o meu gravador.
Perdida nas brumas do tempo e das trevas...
Longe vai a noite centenária e impiedosa, sombria e mortal da tragédia!
Que atormentou e sepultou o mais luxuoso navio do mundo - o lendário Titanic.
Que atormentou e sepultou o mais luxuoso navio do mundo - o lendário Titanic.
No seu percurso inaugural de Inglaterra à América.
A quatro dias de viagem, em águas calmas do Atlântico, muito afastadas do Ártico,
mas subitamente transformadas em aragens de afrontosas ameaças e de arrepio!
Semeadas por flutuantes e perigosos icebergues,
cujo brilho azulado a noite ofusca sob límpido mas negro céu.
Em latitudes onde a Primavera tarda, é fria
e tem, da cor da fuligem, o sinistro véu!
- Porém, eu, náufrago, sobrevivente
em atribulados mares de outras paragens,
por natural associação às longas horas
que por mim foram vividas,
ainda diviso, debaixo da treva e do assombro da ímpia noite sideral
o perfil do luxuoso e imponente navio
que, sulcando o mar em imprudente marcha veloz, vai embater e raspar
- Porém, eu, náufrago, sobrevivente
em atribulados mares de outras paragens,
por natural associação às longas horas
que por mim foram vividas,
ainda diviso, debaixo da treva e do assombro da ímpia noite sideral
o perfil do luxuoso e imponente navio
que, sulcando o mar em imprudente marcha veloz, vai embater e raspar
nas gélidas arestas de enorme bloco de gelo,
sofre duro rombo a estibordo, e, desamparado,
sofre duro rombo a estibordo, e, desamparado,
perde-se para sempre e naufraga!
- Consequência de monstruoso temporal, casuais fatalidades ou flagelos inevitáveis?!..
Oh, não, nada o salvará!... Os caprichos do destino são incontornáveis,
porém, mais graves e propensas serão ainda as ameaças,
quando, às adversidades, ao incerto e obscuro,
se junta a negligência, a vaidade e a insensatez!..
.
.
Pelo
telégrafo surgem avisos e alarmes vários
a
que não se dá crédito. Aumenta-se até a velocidade
para
se apressar e festejar a chegada -.
Às
23h40, do dia 14 de Abril de 1912, com o navio a navegar
a
640 km dos Grandes Bancos da Terra Nova,
"os vigias do mastro,
Frederick Fleet e Reginald Lee,
avistaram um iceberg bem em frente do navio".
Quando
o sino de alerta do alto toca três vezes a rebate, já é tarde!.
-
Por isso, haverá maior culpado que a mente humana
quando
despreza e descura
as
hostis e adversas forças da Natura?!..
Todavia, evoco o vosso sofrimento, ó lúgubre navio e lágrimas choradas!
Vivendo
a incerteza e angústia, ainda não sarada, daqueles meus longos e penosos
dias,
cujo
lastro tenho bem presente na alma ferida por longas e
tormentosas noites de vigílias,
vejo-vos
e ouço-vos, corações atormentados! Escuto os ais e os gritos
aflitos,
as
desolações que se afundam! - Nitidamente descortino,
no
tropel confuso da tragédia humana que vos enlutou,
e,
sob a capa da mais gélida e sideral atmosfera,
o
imenso poço que vos submergiu e afundou!
Ouço os vossos soluços e claramente vos revejo e situo ó almas perdidas!
Ouço os vossos soluços e claramente vos revejo e situo ó almas perdidas!
Através
da luz sombria que ficou memorizada nos meus olhos,
das
muitas imagens que a minha retina em desvairadas tempestades fixou,
ainda
consigo descobrir, já engalfinhada por mãos de terríveis
sacrilégios,
a
majestosa e iluminada esfinge que vos transportava,
agora
enxague e ferida por um dos enormes escolhos vítreos
que
boiavam soltos, que tragicamente a romperam e traíram
e que não tardará a desvanecer-se...
- Qual sopro de vela que flutua acesa e depois se afunda e
apaga
É noite de Lua Nova! Noite mais propensa
ao surgimento dos indiscifráveis mistérios
que, a rompê-los ou a desvendá-los - Em redor
não há claridade alguma. Não se enxerga nada.
- O mar é a imensa planície escura mas tranquila.
A noite é gélida mas aparentemente pacífica e calma.
Os habituais ventos que sopram em noites frias e aziagas,
parece terem-se apaziguado ou feito algumas tréguas - Não uivam!
Não há nevoeiros compactos, coalhados de densa maresia, que se enfiam
pelas narinas, têm o sabor do sal, toldam ainda mais a vista e quase sufocam.
Quem espreitar pelas vigias, não descobrirá os brumosos novelos que lembram fantasmas,
as leitosas névoas ensanguentadas que ofuscam o sol poente ou antecedem as noites de agoiro,
o tumulto das tempestuosas marés que tudo envolvem e arrastam.
O céu está descoberto e estrelado! Não há sinais
de cerrados tectos ou sinistras e fúnebres abóbadas!
Haverá, no entanto, sortilégios, esconjuros e temíveis perigos
de que há noticia mas que se negligenciam e ignoram.
As eternas constelações aparentemente fixas,
Eu, que sozinho voguei sob noites equatoriais povoadas de assombro e trevas
Distingo o perfil inconfundível de esbelto e moderno navio - O seu vulto!
Através dele o casco e as linhas aprimoradas que lentamente se afundam e suspiram,
que lentamente soçobram e asfixiam, que lentamente mergulham, vergam e se revolvem
na líquida massa negra azulada, movediça, ondulada e informe,
coalhada de pedaços de gelo do mesmo icebergue, que depois de lhe deferir
duro golpe fatal, ali mesmo o vai sepultar!... Com idêntica crueldade e gélido brilho
ao que espelham as mortuárias águas!... O mesmo que é reflectido
do sideral firmamento, no qual as estrelas continuam silenciosas mas rutilam.
Vejo-o e distingo-o, como se aquela noite de tragédia
se fixasse no éter para sempre,
perpetuada na atmosfera vítrea da amortalhada imensidade!
Espelhada no rosto dos astros - No calendário programado
dos grandes naufrágios do mar ! - Afrontosa crueldade
marítima, cuja hora idêntica ainda hoje perpassa
clarissima pela minha mente,
tantas vezes a vivi e a revivo
desde a infância na memória!
As eternas constelações aparentemente fixas,
fazem o seu giro no firmamento. O sol ilumina outros cantos da Terra
e, quem vai no interior do faustoso paquete, espera que, no dia seguinte,
volte acordar sob a grande luz cósmica - Esta volte a raiar do fundo das águas!
- O céu é escuro mas não espesso. Prevalece, contudo, o brilho rutilante das estrelas,
que, por tão longínquas, vão manter-se indiferentes e alheias ao drama e ao infortúnio
do mais tenebroso caleidoscópio, que, a horas nocturnas e malditas, caladas e surdas,
vai desenrolar-se sob a frieza do mais inesperado e horrível presságio - Em cenário
desolador e árido, que ondula rumorejante, quase silencioso, mas escuro e gelado! Eu, que sozinho voguei sob noites equatoriais povoadas de assombro e trevas
e habituei meus olhos e meu instinto
a ver o que as sombras e nevoeiros nocturnos ocultam ou encobrem,
mesmo à distância do espaço e do tempo,
claramente ainda diviso o pronúncio sinistro das mais trágicas horas de luto!... Distingo o perfil inconfundível de esbelto e moderno navio - O seu vulto!
Através dele o casco e as linhas aprimoradas que lentamente se afundam e suspiram,
que lentamente soçobram e asfixiam, que lentamente mergulham, vergam e se revolvem
na líquida massa negra azulada, movediça, ondulada e informe,
coalhada de pedaços de gelo do mesmo icebergue, que depois de lhe deferir
duro golpe fatal, ali mesmo o vai sepultar!... Com idêntica crueldade e gélido brilho
ao que espelham as mortuárias águas!... O mesmo que é reflectido
do sideral firmamento, no qual as estrelas continuam silenciosas mas rutilam.
Vejo-o e distingo-o, como se aquela noite de tragédia
se fixasse no éter para sempre,
perpetuada na atmosfera vítrea da amortalhada imensidade!
Espelhada no rosto dos astros - No calendário programado
dos grandes naufrágios do mar ! - Afrontosa crueldade
marítima, cuja hora idêntica ainda hoje perpassa
clarissima pela minha mente,
tantas vezes a vivi e a revivo
desde a infância na memória!
EVOCAÇÃO COMPLETA
NESTE SITE EM - MEMORY OF THE TITANIC WRECK - A Singela Homenagem de quem viveu o
sufoco aflitivo das ondas
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