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domingo, 16 de junho de 2019

FESTA DO SOLSTÍCIO DO VERÃO - 21 de Junho - 18-00 - 21-00 horas VINDE E SÊ BEM-VINDOS À -Aldeia de Chás, Vila Nova de Foz Côa - Vinde saudar o pôr-do-sol do dia maior do ano – Participando no cortejo druida, com ramos de flores, muitos sorrisos e muita alegria, ao som de um grupo de gaiteiros de Miranda do Douro - Vesti-vos de branco e partilhai o esplendor da luz, mais aprumo do arco celeste, que se despedirá com os raios solares em perfeito alinhamento com a crista de um majestoso calendário pré-histórico, em forma de uma imponente e monumental esfera granítica – Haverá momentos de poesia na Pedra do Solstício e no altar da Pedra dos Poetas

Jorge Trabulo Marques  - Jornalista  - Autor da descoberta e dinamizador do evento



ALINHAMENTO SAGRADO COM O PÔR-DO-SOL NO SOLSTÍCIO DE VERÃO  - Esta extraordinária imagem, configurando uma gigantesca esfera terrestre ou a esplendorosa configuração de um enorme globo solar projetando os seus dourados raios, a poente, foi registada, pela primeira vez, cerca das 20.45 horas do dia 21 de Junho de 2003 e repete-se todos os anos, ao fim do dia mais longo do ano e à mesma hora, desde que  as condições atmosféricas o permitam.




A partir do ponto onde o sol então se pôs ( e voltará a pôr-se) começa o Verão e, de igual modo, a grande estrela-fiel inicia o movimento aparente da sua declinação para o Hemisfério Sul – E, até atingir esse ponto extremo, no Solstício do Inverno, distam vários quilómetros: ou seja, desde o ponto do horizonte, onde ele se vai pôr, em perfeito alinhamento com a crista do esférico bloco e o centro do pequeno círculo que se encontra cavado, a alguns metros a oriente, na mesma laje da sua base de apoio
.

Ergue-se sobranceiro ao aprazível vale da Ribeira Centieira, num ponto tal que, à primeira vista, apesar da sua brutal grandeza, parece que,  só com um simples empurrão, alguém o poderia fazer  resvalar até ao fundo da escarpada encosta.  Fica a curta distância  do Santuário Rupestre da Cabeleira de Nossa Senhora.  Visto, perpendicularmente, em direcção ao pôr-do-sol no solstício, assume a forma redonda. Observado, porém, noutro ângulo, deforma-se e  toma a forma de um busto feminino, de perfil a norte e, masculino, de perfil a sul  




O Solstício de Verão 2019 - No hemisfério Norte - O dia mais longo do ano  e  que marcará o início da estação estival,  vai ser celebrado no próximo dia 21, com uma cerimónia mística que evocará sacrifícios e rituais celtas,  junto a um antigo altar de pedra localizado no patamar de uma  vertente rochosa da falha sísmica do graben de Longoiva, nas faldas de um antigo castro,  lugar dos Tambores, em Chãs, concelho de Foz Côa.

Ao fim da tarde, pelas 20.45 horas, os participantes na acção poderão testemunhar a passagem dos raios solares sobre o eixo da Pedra do Solstício -  Um impressionante megálito, com três metros de diâmetro, que, visto de oriente para ocidente, se assemelha  a uma enorme réplica da esfera terrestre 




A Comissão Organizadora agradece o apoio prestado da Câmara Municipal, Junta de Freguesia de Chãs, da Foz Côa Friends, ao Instituto Português de Radiestesia, Radiofónica e Geobiologia, à Quinta Calcaterra – Agroturismo, aos proprietários dos sítios, bem como a todos quantos nos queiram prestar a sua colaboração e dar o prazer da sua visita



VINDE E SÊ BEM-VINDOS

Vinde, e sê bem-vindos às portas hospitaleiras da minha aldeia!

- Vinde, e sê bem-vindos à amplidão dos grandes espaços!

Aos silenciosos caminhos e atalhos, trilhos milenares,

que vos hão-de levar ao reino misterioso das Quebradas

e dos Tambores, vasto planalto sulcado

por cerros morros, semeado por negros penedos,

rasgado por rudes penhascos,

ladeado por muralhas de ladeiras escalvadas,

denegridos flancos muito agrestes, muito abruptos,

coroados por esfíngicos bustos, desnudadas fragas,

hercúleos titãs, figuras míticas e trágicas,

há muito divinizadas por homens de outrora

e pelos olhares sagrados dos seus deuses

que, em rituais bárbaros, os adoravam e invocavam!

Vinde Ver estes antigos sacrários! Vinde Visitá-los!

Tal como diz o imortal poeta, o iluminado!



Vinde comparar os altares erguidos por nossas mãos
com os sagrados lugares da Natureza, que,
unindo a Terra aos Céus,
não limitam, nem os nossos passos,
nem cerceiam a nossa imaginação,
na infindável procura de se encontrarem,
com paixão e amor,
os laços verdadeiros que nos unem a Deus,
em uníssono diálogo e profundo cântico interior
com a Criação, a Sua Altíssima Vontade,
as Maravilhas e Alegria dos Seus Prodígios!

Vós, a quem humildemente me dirijo,
vinde contemplar, livremente,
em plena paz de espírito,
os genuínos templos celestiais, erigidos
ao culto e em celebração da altíssima
unidade Universal!
Vinde ver estes calmos e míticos lugares
repletos de silêncio, de solidão e de rocha,
povoados por ígneos perfis, fulminadas pedras,
que ora surgem isoladas e se destacam
nas vertentes rochosas, no cimo de duríssimas escarpas,
ora se amontoam, encasteladas, quase se diluem
e confundem,desfiguradas,
por toda a vasta mancha acidentada,
tisnada e calva, da erma paisagem!

Vinde, pois, estender o vosso olhar sobre os grandes espaços abertos,
onde as mais poderosas energias
da terra e do cosmos se fundem e expandem,
subtilmente, vos saúdam e acolhem, alegremente,
para que, assim, bem recebidos,
nos altares destes puríssimos ares,
possais contemplar o que é divino,
aquilo que, a todos, fala a linguagem da imortalidade,
- a silenciosa voz das coisas sublimes,
dádiva generosa que, a todos nós
e por igual, nos é oferecida!

Jorge Trabulo Marques





Lugar mítico e de singular beleza. Venha juntar-se a nós para celebrar o Solstício do Verão, junto ao altar sacrificial da Pedra do Sol, mais conhecida por Pedra do Solstício, pelo facto da crista do  esférico e imponente megálito estar em perfeito alinhamento com o pôr do sol no dia maior do ano – Ergue-se nos penhascos da vertente do Castro do Curral da Pedra, Mancheia, Maciço dos Tambores. 

Este é um dos raros lugares da Europa – e talvez do mundo – onde ainda persistem calendários pré-históricos alinhados com todas as estações do ano – As festividades evocativas, iniciam-se com o tradicional cortejo druida às 18 horas, acompanhadas pelo Grupo de gaiteiros  Mirandum  -




A cerimónia culminará ao rufar dos tambores! Com a exibição de um grupo de músicos e a presença de outras personagens, envergando túnicas brancas, que representarão o papel dos sacerdotes druidas, lembrando alguns dos seus rituais ou tradições: exibindo a sua vara de condão, transportando consigo grinaldas de flores ou carregando aos ombros os seus cordeiros para o ritual das oferendas e dos sacrifícios, em louvores e acção de graças ao seus deuses  protectores, às entidades espirituais em quem acreditavam e recorriam sob as mais diversas formas

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