JORGE TRABULO MARQUES - JORNALISTA
O ESCULTOR SANTOMENSE
ZEME GRACIAS – AUTOR DA ESTÁTUA DO REI AMADOR E DE VARIADÍSSIMAS E IMPORTANTES
OBRAS ARTÍSTICAS - VAI TER TAMBÉM O SEU NOME NO PARQUE DOS POETAS – NUM CONJUNTO
TEMÁTICO DO POEMA ÁGUA GRANDE DE ALDA
ESPÍRITO SANTO - VEJA OS PORMENORES DA REPORTGAEM NESTE SITE,
O escultor santomense, Zeme Gracias, atualmente radicado em
Portugal, vai apresentar um conjunto escultórico em homenagem à escritora
são-tomense , Alda do Espírito Santo no Parque dos Poetas, inspirado no poema
Lá no Água Grande – A inauguração está
prevista para as 18.30 de Hoje.
Alda Espírito Santo (1926-2010) e o português António Feijó (1859-1917).
São já 60 os poetas portugueses (50) e de países ou territórios de expressão
portuguesa que moram no magnífico jardim que se estende ao longo de 22,5
hectares.
O escultor santomense Zémé é o autor do conjunto escultórico dedicado à sua
compatriota; e Chartres de Almeida assina a escultura de homenagem ao poeta
António Feijó.
Uma das três esculturas |
O parque foi evoluindo em três fases divididas ao longo de 22,5 hectares
entre os núcleos urbanos de Paço de Arcos e Oeiras, contando com peças de
estatuária de mais de 40 escultores, representando 60 poetas de diferentes
épocas literárias
O Parque dos Poetas é um espaço multifacetado,
já que concentra no mesmo recinto, actividades culturais, desportivas e
ambientais, desfrutando de uma vista deslumbrante sobre o rio Tejo e sobre o
Atlântico.
https://www.diarioimobiliario.pt/Actualidade/Oeiras-Alda-Espirito-Santo-e-Antonio-Feijo-chegam-ao-Parque-dos-Poetas
Lá no
"Água Grande" a caminho da roça
negritas batem que batem co'a roupa na pedra.
Batem e cantam modinhas da terra.
negritas batem que batem co'a roupa na pedra.
Batem e cantam modinhas da terra.
Cantam e
riem em riso de mofa
histórias contadas, arrastadas pelo vento
Riem alto de rijo, com a roupa na pedra
e põem de branco a roupa lavada.
histórias contadas, arrastadas pelo vento
Riem alto de rijo, com a roupa na pedra
e põem de branco a roupa lavada.
As crianças
brincam e a água canta.
Brincam na água felizes...
Velam no capim um negrito pequenino.
Brincam na água felizes...
Velam no capim um negrito pequenino.
E os gemidos
cantados das negritas lá do rio
ficam mudos lá na hora do regresso...
Jazem quedos no regresso para a roça.
.ficam mudos lá na hora do regresso...
Jazem quedos no regresso para a roça.
NASCEU EM S. TOMÉ, A 30 DE ABRIL DE 1926
E FALECEU EM LUANDA, A 9 DE MARÇO DE 2010 " Combatente da luta pela
independência nacional, poetisa, considerada expoente máximo do nacionalismo
são-tomense, pós independência. Alda Graça, morreu em Angola para onde foi
evacuada desde a última semana
por razões de saúde. Morreu na terra dos seus
compatriotas de luta pela independência nacional, como Mário Pinto de Andrade.
Um dos nomes de Angola que Alda Graça muitas vezes citou nas suas intervenções
públicas. - Palavras do Téla Nón em 9 de Março de 2010, por ocasião da sua
morte
Frisando que "Tombou uma das
últimas referências da sociedade são-tomense. A notícia da morte de Alda do
Espírito Santo numa clínica em Angola, para onde foi evacuada na última semana,
chegou no meio da manhã, e encontrou a maioria dos são-tomenses prevenidos. Aos
83 anos de idade o estado de saúde de Alda Graça, era preocupante
Foi evacuada na última semana para
Angola. Submetida a uma intervenção cirúrgica acabou por não resistir por mais
tempo.
Desde a juventude que Alda Graça do
Espírito Santo viveu numa residência humilde na Chácara, arredores da capital
São Tome. No ano passado disse ao Téla Nón que só sairia da sua casa de Chácara
para o descanso eterno no cemitério do alto São João
"A poetisa que imortalizou o massacre de
1953 no poema TRINDADE, marca presença em todos os momentos de São Tomé e
Príncipe, através da letra do hino nacional de que ela é autora. Expoente
máximo da literatura são-tomense, uma referência nacional, que no entanto nunca
aceitou elogios. «Acho um exagero da vossa parte, porque eu não me considero
monumento nenhum. O monumento é o povo, o monumento é o país, monumento é aquilo
que nós queremos construir. De forma que a vanglória é qualquer coisa que não
faz parte de mim mesma», disse Alda Graça em Abril de 2009, a quando da
homenagem prestada a ela por ocasião do 83º aniversário.
Foi membro do governo de transição que
conduziu São Tomé e Príncipe a Independência, como Ministra da Educação e
Cultura, mais tarde assumiu a pasta da inform1ação e cultura. Fez dois mandatos
como Presidente da Assembleia Nacional Popular.
Criou a União dos Escritores e Artistas
São-tomenses, onde até Fevereiro último trabalhava na criação de novos valores
para literatura são-tomense. «Tenho imensa pena, lamento não ter tido a
capacidade de fazer para o meu país, aquilo que eu gostaria de ter feito. De
poder por exemplo, encontrar a nossa cidade de São Tomé, erguida a medida dos
seus moradores. Precisamos valorizar o que é nosso», afirmou Alda Graça em
Abril de 2009. - Téla Nón
ABEL VEIGA .
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