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domingo, 2 de fevereiro de 2020

ALDA ESPÍRITO SANTO - 30-04-1926 - 09-03-2010 - RECORDANDO O MEU REENCONTRO COM A GRANDE MÁTRIA SANTOMENSE. - Símbolo da poesia de resistência das Ilhas Verdes do Equador

Jorge Trabulo Marques - Jornalista
Estoril Com a minha ex-companheira Babeth
 A Grande Mátria do Povo das Ilhas Verdes do Equador - Autora dos mais belos poemas e do Hino de S. Tomé e Príncipe - – Uma figura emblemática da luta pela independência do país . Morreu aos 82 anos “A sua presença fez-se ao domínio colonial, motivo pelo qual interrompeu os estudos universitários, tendo terminado apenas os estudos secundários em Portugal, manteve-se após a independência, como destacada figura política, desempenhando cargos de Ministra de Educação e Cultura, Ministra da Informação e Cultura, Presidente da Assembleia Popular da Republica e Secretária Geral da UNEAS”.

"Alda Espírito Santo, senhora-mãe desse "Solo Sagrado da Terra", reafirma a cada instantânea coerência entre vida e poesia, ou melhor, a unidade entre protesto e luta. Pôs a língua portuguesa, incorporada com firmeza e serviço de nós. A sensibilidade poética joga de mãos dadas com o seu explícito engajamento"

Lá no “Água Grande”
Lá no “Água Grande” a caminho da roça
negritas batem que batem co’a roupa na pedra.
Batem e cantam modinhas da terra.
Cantam e riem em riso de mofa
histórias contadas, arrastadas pelo vento.
Riem alto de rijo, com a roupa na pedra
e põem de branco a roupa lavada.
As crianças brincam e a água canta.
Brincam na água felizes…
Velam no capim um negrito pequenino.
E os gemidos cantados das negritas lá do rio
ficam mudos lá na hora do regresso…
Jazem quedos no regresso para a roça.




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