O
OURO DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE É VERDE E ESTÁ NAS VAGENS DA BAUNILHA - MAIS CARA
QUE A PRATA
A
baunilha, o mangustão, a pimenta, gengibre, quina. canela, açafrão,
malagueta, são algumas das especiarias introduzidas
no período colonial - Produtos que chegaram a ser exportados e a ter algum peso na balança comercial - Depois da independência, as roças foram praticamente votadas ao abandono - Na última década, tem havido algumas iniciativas para promover as especiarias mas, a bem dizer, têm-se ficado pelo já tradicional "moli-moli" - Urge que se incentivem - Pois é na agricultura e nas pescas, além do turismo, que STP, poderá encontrar a tão desejada prosperidade.
Eu fui um dos técnicos, nos finais dos anos 60, na Brigada de Fomento Agro-Pecuário, encarregado da polinização das
flores da tão valiosa vagem, tal como documenta a imagem, bem como da polinização de palmeiras e de cacaueiros, para obtenção de híbridos
Além de encarregado dos trabalhos da
expansão da apicultura em enxames da abelha africana, tendo chegado mesmo a pendurar um
enxame de abelhas no queixo, que é das espécies mais agressivas que suas irmãs europeias, pois atacam em número maior e em apenas 30 segundos
são capazes de injetar oito vezes mais toxinas em suas pobres vítimas – Mas,
como é sabido, nos circos também se lidam com as feras - É uma questão de experiência e de sabedoria..
A utilização
de extratos de baunilha, tem uma ampla
gama de aplicações, em alimentos e produtos farmacêuticos e outros, Além disso, os extratos de
baunilha são altamente utilizados nas indústrias de bebidas para melhorar o sabor de produtos lácteos,
produtos de panificação e confecções em todo o mundo
Sendo
considerado, que, o extrato puro de baunilha, oferece várias propriedades
medicinais benéficas para a saúde humana, como ajuda na perda de peso, alivia
náuseas e trata tosse, distúrbios digestivos e problemas menstruais. Por sua vez, espera-se que
prolifere o crescimento do mercado global durante o período de previsão. https://translate.google.com/translate?hl=pt-PT&sl=en&u=https://coleofduty.com/news/2020/05/21/vanilla-market-analysis-of-global-trends-demand-and-competition-2020-2028/&prev=search
É referido pela
imprensa internacional, que, apesar da sua popularidade e do crescente
interesse dos consumidores, a produção de baunilha é bastante escassa e, como
se concentra, sobretudo, em Madagáscar,
pais responsável por cerca de 80% do mercado mundial, tal facto ter originado a
que, o seu cultivo tem ficado também
muito exposto a desastres naturais, como foi o caso do ciclone Enawo que assolou Madagáscar em
2017, fenómeno metrológico que dizimou
várias das plantações mais produtivas de baunilha, fazendo aumentar diretamente
o seu preço no ano seguinte
A baunilha, que era vendida em 2015 por cerca de 90 euros o quilograma, veio a disparar para 535 euros, ultrapassando assim o valor da prata.
Tal como recorda a
agência Reuters, a baunilha, que é produzida a partir de uma
planta de orquídea, é o segundo tempero mais caro do mundo, depois do açafrão.
O longo
e difícil processo de produção, a suscetibilidade a
cataclismos e a oferta limitada são alguns dos motivos que justificam este
enorme subida de preços.
EM SÃO TOMÉ E PRINCIPE - TEM HAVIDO ALGUMAS INICIATIVAS DO CULTIVO DE ESPECARIAS - Mas, pelos vistos, ao jeito do tradicional moli-moli
Chegou a ser noticia de que, os produtores criaram uma cooperativa para exportação de pimenta e baunilha para o mercado francês, instalada com uma unidade de processamento de produção em Potó - Justamente, na area onde se situava a antiga BFAP - Ou seja, na freguesia da Madalena,.
O programa contou com o apoio participativo a agricultura familiar e pesca artesanal (PAPAFPA), financiado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, está a trabalhar directamente com os produtores de pimenta e baunilha, na promoção da produção de alta qualidade.
Na ocasião o engenheiro agrónomo Francisco Ramos, responsável pela fileira pimenta e especiarias do projecto PAPAFPA, destacou o impacto que a cultura pode ter na luta contra a pobreza. «1 Hectare de pimenta com duas mil e quinhentas plantas, que produzem 1 quilo de pimenta seca por planta, multiplicando por 156 mil dobras o quilo, o agricultor terá 290 milhões de dobras de rendimento. Dividindo este valor por 12 meses daria uma mensalidade superior a 30 milhões de dobras. Muito longe daquilo que o estado são-tomense pode oferecer a um alto funcionário público. Se admitirmos uma baixa para 50% teremos uma mensalidade de 15 milhões de dobras. Isto demonstra que a pimenta é uma cultura rentável e que merece aposta», afirmou, o engenheiro agrónomo.
Para este ano a cooperativa de exportação de pimenta e baunilha, prevê exportar 7 toneladas. Mas a companhia francesa Homiter que compra toda a produção, quer mais. Para dentro de 6 anos, a empresa francesa, pretende que a produção atinja 100 toneladas ano.
Era então sublinhado, em 2011, que "os agricultores sentem que a produção de especiarias vai liberta-los da Pobreza.
Depois do êxito da produção do cacau biológico, também exportado para o mercado francês, surgem fileiras de produção de pimenta e baunilha de alta qualidade que determinam o preço final no mercado europeu. Esperança renasce para muitos agricultores, de um país onde muita gente alegadamente doutorada, continua a dizer que a agricultura já deu o que tinha para dar. A terra fértil das ilhas e as culturas ancestrais que deram boa fama ao nome de São Tomé e Príncipe no mundo, desde séculos passados, continuam a desmentir os alegados doutores. https://www.telanon.info/economia/2011/02/21/6307/pimenta-e-baunilha-prometem-futuro-risonho-para-os-agricultores/
Caso de “tráfico”
de baunilha - Foi noticiado que Ljubomir trouxe 40 quilos de baunilha de São Tomé e está a
cozinhar (tudo) com ela
“Festim da Baunilha –
40 quilogramas de baunilha foram ‘traficados’ de São Tomé e Príncipe. O
suspeito é originário da Europa de Leste mas não actua sozinho. Ljubomir
Stanisic juntou-se a Hugo Nascimento (Tasca da Esquina) e Vítor Claro (Claro!).
O Bistro 100 Maneiras é a base da rede”.
Foi assim que nos
chegou a notícia da mais recente loucura de Ljubomir Stanisic. Depois de, há
uns tempos, o chefe de origem jugoslava nos ter chamado ao Bistro 100 Maneiras
para vermos como se desmancha e cozinha um atum de quase 200 quilos, sabemos
que tudo é possível quando nos entra na caixa de email uma mensagem do 100
Maneiras.
O que acontece desta vez
é que Ljubomir tem estado envolvido num projecto em São Tomé e Príncipe (é
consultor do Omali Lodge Boutique Hotel, da empresa HBD), o que faz com que
passe temporadas regulares neste país. E, inevitavelmente, começou a
apaixonar-se pelos produtos de São Tomé. O que quer fazer agora é criar um
laboratório de pesquisa e desenvolvimento destes produtos, perceber de que
formas é que eles podem ser trabalhados, e dá-los a conhecer aos clientes dos
seus restaurantes.
E é assim que chegamos
à baunilha “traficada”. Ljubomir trouxe-a para Lisboa e divertiu-se a fazer
experiências, desde um azeite com infusão de baunilha, a um xarope puro de
baunilha, passando até por um óleo de massagem. E, claro, conjugações várias
com todos os alimentos possíveis.
Ljubomir Stanisic- É
consultor gastronómico do hotel "Six
Senses Douro Valley" e, em junho de 2017, passou a acumular
as funções de chef consultor do restaurante Sem Porta, no hotel Sublime
Comporta.
Em
2017 voltou à televisão como apresentador do programa "Pesadelo na
Cozinha", na TVI. O programa é uma adaptação, concebida num
modelo de "reality show",
do formato britânico "Ramsay's
Kitchen Nightmares", estrelado pelo chef Gordon Ramsay, que visava revolucionar
negócios na restauração que estavam à beira do abismo, tornando-os rentáveis.
Neste programa ganhou grande mediatismo, tendo alcançado audiências
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