Por Jorge Trabulo Marques - Jornalista
Tal como já tive oportunidade de referir, neste site, há 4 anos, quando conheci pessoalmente, PEKAGBOOM, este é o pseudónimo artístico do músico Pércio Silva, nascido em Angola, na Maternidade da Sagrada Família, em Luanda, mas filho de pais santomenses, logo, com suas raízes, genuinamente fundas no solo das ubérrimas e maravilhosas Ilhas Verdes do Equador.
Em boa verdade, PEKABOOM, também poderia significar pecado bom, porque, os seus pecados, pelo que me é dado saber, até arrebatam os corações, não os entristecem, fazem despertar consciências da sua trivial moleza equatorial
É referido pelo jornal Téla Nón, citando
uma entrevista dada ao RepórterSTP pelo Rapper são-tomense Pekagboom, ter afirmado que, quando ‘bem aproveitados’ os cantores também podem gerar
‘receitas’ e representar o país ao mais alto nível
- Pekagboom é um Rapper de intervenção social, que começou no Rap com intenção de fazer músicas de carris interventivo, mas com carácter educativas com o objetivo de ajudar as pessoas a pensarem e a refletirem sobre a sociedade em que estamos inseridos.” – Entrevista integral em Pekagboom na primeira pessoa, numa viagem pelo mundo do Rap Santola a que os leitores podem continuar a seguir ao acessar o link
, diz que “Com
as minhas músicas tento sempre lançar uma mensagem de alerta a sociedade. Isto
não quer dizer, que eu não possa fazer músicas mais comerciais, mas todas as
minhas músicas têm uma mensagem por detrás, uma mensagem forte que
serve de alerta para alguma coisa. Isto é algo que me dá gozo fazer, porque é
importante percebermos o valor que os músicos têm na sociedade. Eu prefiro
mover multidões com aquilo que acho ser positivo e construtivo para a
sociedade. Por exemplo, tenho uma música que se chama ‘Elsa Figueira’ que fala
sobre a violência doméstica. Sei que não é uma temática nova, mas eu já recebi
testemunhos de pessoas que usaram a música para mudar a situação de violência
em que viviam. Isto é realmente gratificante. - Excerto de - Pekagboom
na primeira pessoa, numa viagem pelo mundo do Rap Santola a que os leitores
podem continuar a seguir ao acessar o link https://www.youtube.com/channel/UCpu6lrfO_BDB-V8SDscwvOg
da sua pagina
"Num país de cultura "leve-leve",
com baixo índice de violência urbana e criminalidade, é no âmbito doméstico que
ocorre a maior parte das agressões,um terço das mulheres admite ter sido alvo
dessa violência . PeKaGbOoM ( oficial) fala sobre
essa realidade no DW (Português para África) e de
como está usando a curta-metragem Elsa Figueira para trazer ao
assunto à ribalta
E DO QUE,AFINAL, FALA E CANTA, O SEU “BANHO PÚBLICO” “
“De encorajar as mulheres a denunciarem a violência doméstica”, De cujo álbum foi realizado um vídeo, lançado no Dia Internacional dos Direitos Humanos - “A curta-metragem, por “Elsa Figueira” que conta a história de uma mulher que enfrenta a violência do homem que ama. A ideia surgiu do rapper são-tomense Peka G Boom que escreveu uma música para alertar sobre o problema da violência doméstica durante a produção do álbum “Banho Público”, em São Tomé, lançado em fevereiro de 2016.
O cantor escreveu a música em 2013, o realizador Kris Haamer fez o vídeo e o pintor Catita Dias juntou a fotografia através dos seus quadros. Aliados com a ONG Galo Cantá, estes três artistas criaram a campanha “Elsa Figueira”. (…). O rapper explica que “queria fazer algo que marcasse a diferença e ajudasse a sociedade são-tomense” foi quando reparou “que em São Tomé existem muitos casos de violência doméstica. Há muitas mulheres que morrem no país por causa disso.” São Tomé e Príncipe: É preciso encorajar as mulheres a denunciarem a violência doméstica
O PECADO ORIGINAL, AFINAL, PARA O AFRICANO É MAIOR DE QUE QUEM NASCEU EM SOLO EUROPEU
PEKAGBOOM, que até peka bem, não é da falta de talento ou dos seus dotes artísticos, que se queixa, pois que sobejamente demonstrados, através de variadíssimos temas, em CDs, que têm sido êxito de popularidade, abordando o abandono das crianças, o drama dos emigrantes, a discriminação social e a violência doméstica, entre outras questões sociais escaldantes, mas de alguma incompreensão – Sim, porque, isto de ser artista africano, tem que lhe diga: ainda comporta o tal pecado original, talvez ainda mais discriminatório, de quem não teve uma mãe, chamada Eva ou um pai, chamado Adão: é que, dos Adões e Evas africanas, estes, sim, que até Deus, verdadeiro, privilegiou com os melhores paraísos terrestres, só que usurpados, ao longo de séculos, pelo deus bíblico, fabricado pela cultura ocidental.
ARTISTA SANTOMENSE MAS COM VISÃO UNIVERSALISTA
Eis o excerto do que declarou numa entrevista à RSTP, em 30 de Maio:
RSTP - Como disseste anteriormente, o teu trabalho é focado na limpeza de mentalidade dos são-tomenses. Mas também serve como uma mensagem para todo o mundo que ouve a tua música?
Pekagboom - 80% do trabalho está mesmo focado para STP mas claro que haverá pessoas de outros países que certamente se identificarão com o Banho Público, até porque fiz questão de rimar em crioulo fôrro e muda logo tudo. Fiz também questão de rimar em língua nacional para dar a conhecer aos meus seguidores o quando é bom ser patriota, valorizando a nossa cultura através da música, seja em que estilo for.
Acho que todos os povos que percebem o português e crioulo fôrro, vão gostar muito deste "Street Album", principalmente aqueles que valorizam letras de músicas com mensagens construtivas. – Mais pormenores em Entrevista exclusiva com rapper Pekagboom
QUEM É PEKAGBOM
Pércio Silva, nascido em Angola, na Maternidade da Sagrada Família, em Luanda, mas filho de pais santomenses, logo, com suas raízes, genuínas, nas maravilhosas Ilhas Verdes do Equador.
Aos cinco anos de idade mudou-se com os pais para a ilha de São Tomé e Príncipe e aos 10 anos começou a descobrir o talento musical e gosto pelo canto, inspirado pelo seu irmão Guimber, cantor de Kizomba (já falecido).
Após a morte do irmão, Pércio Silva aos 15 anos deixa São Tomé e Príncipe, rumo à Lisboa. Em Portugal, no ano de 2003, surge a ideia para criar um grupo denominado "Império Suburbano" com jovens do Bairro Quinta do Mocho em Lisboa, dominação actual é Urbanização Terraços da Ponte.
Nesta altura nasce o nome artístico do artista PekaGboom. Após o lançamento do Álbum "Império Suburbano" e a participação nos trabalhos de outros artistas, Pekagboom tem em forja um street álbum com a vertente "São Tomé e Príncipe para o Mundo", cujo titulo "Banho Público" que brevemente estará no Mercado Discográfico.
Este álbum terá 16 temas musicais, abordando o socialismo no panorama santomense, o qual já foi realizado 4 vídeo clips singles do álbum abordando vários temas de reflexão como (VITIMA DA GANANCIA: https://www.youtube.com/watch?v=4BcAwx7rjms) um tema que leva-nos a pensar a forma como as crianças órfão são tratadas e muitas vezes descriminadas por pessoas que podem marcar a diferença na vida das mesmas.
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