As maravilhosas Ilhas Verdes do
Equador, continuam a ser um viveiro de
poetas – O que é belo deve ser partilhado: é justamente essa a preocupação da
nova geração dos poetas de STP – E, pelo que me é possível depreender, esta é
também a preocupação de Ludger Carvalho
O RepórterSTP, que, segundo diz o Téla
Nón, “ mergulhou nos meandros das duas obras literárias de Ludger Carvalho,
para através destas conhecer as motivações e os sentimentos do autor
são-tomense, que garante que a sua maior referência é a vida.
São
duas obras carregadas de mensagens. De acordo com o autor Ludger Carvalho, os
verbos “ser” e “ter” serviram de base motivacionais aquando da escrita, já que
é muito importante fazer a sua distinção. Assume que “são com estes dois verbos
que começa a sua caminhada”, acrescentando que “hoje em dia dá-se mais
importância ao “ter” do que ao “ser”. As pessoas tendem em esquecer da
temporalidade das coisas, enquanto que o “ser” é algo intemporal, mesmo quando
nos formos deste mundo, continuará por cá aquilo que nós fomos, ao passo que, o
“ter” temos hoje, mas podemos deixar de tê-lo em uma fracção de segundos”,
explico
Na obra “A minha palavra”, Ludger
Carvalho questiona o valor da felicidade. “A felicidade pode estar nas coisas
mínimas da nossa vida, pode estar no próximo passo, na porta entre aberta que
apenas precise de um empurrão para abrir-se, pode estar nos detalhes, mas nós
muitas vezes gananciosos queremos mais do que o necessário”, esmiuçou Ludger
Carvalho, aos microfones do RepórterSTP.
Já na
“Poesia na Vida”, o escritor reflete sobre a necessidade de
se fazer um “resgate da verdadeira essência da vida”. “Como uma
rosa a desabrochar eu digo apaixone-se mais uma vez, porque nós estamos a
perder a paixão, estamos a perder o amor que temos dentro de nós, estamos a
perder a essência da vida, estamos a perder a compaixão. Ao apaixonarmos mais
uma vez estaremos a resgatar não só nós mesmos mas também aos que se encontram
ao nosso lado”, retratou o poeta.
Ludger
Carvalho diz que a sua maior referência literária é a vida. Explica que “a vida
tudo nos ensina, basta que para isto saibamos aprender”. No entanto, acompanha
também obras de outros autores estrangeiros e são-tomenses, entre os quais
destaca, OlindaBeja, Alda do Espírito Santo e Francisco Tenreiro.
Ludger
Carvalho, poeta e escritor que, curiosamente, foi inspirado no campo literário
pelo famoso Sherlock Holmes de Sir Arthur Conan Doyle, vê por outro lado, com
agrado, o elevar do patamar da escrita, da poesia e das publicações
contemporâneas em São Tomé e Príncipe. Entretanto, tem plena convicção de que
“a poesia não tem teto, não conhece o seu término, porém tem um ponto de
partida, esta intemporalidade da poesia é a mesma que temos no nosso ser, a
vida vai, mas o que nós fomos para sempre será, (…).https://www.telanon.info/cultura/2020/06/17/31916/a-minha-palavra-e-a-poesia-na-vida-de-ludger-carvalho/
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