Jorge Trabulo Marques - Jornalista
Não há memória de um São João assim – “
Diz a imprensa “Sem concertos, sem fogo de artifício nem marteladas, na
tradicional noite mais longa do Porto” – A opção foi a que se festejasse
em casa, em obediência ao apelo do Presidente do Município, Rui Moreira e dos Presidentes das autarquias dos concelhos vizinhos, para que, em tempo de pandemia, as
sardinhas da praxe fossem comidas em família .No entanto, mesmo assim,
segundo nos foi relatado, apesar do policiamento reforçado, houve quem não
resistisse a sair à rua, para dar largas a alguma folia .
Espera-se, pois, que, daqui a um ano,
a tradição possa ser retomada e até com redobrada alegria - Se bem
que, as previsões, a avaliar pelo comunicado da OMS, se preveja ainda
um alastramento de milhões por todo o mundo – Mas vamos acreditar que a
Ciência, que costuma ser mais silenciosa e recolhida que a buzinadela
mediática, possa responder à gravidade da situação – Até porque, a gripe
sazonal, em 2018-19, também fez milhões de vitimas, fora os que não foram
contabilizados “durante a temporada 2018–2019 incluiu cerca de 35,5
milhões de pessoas doentes com influenza, 16,5 milhões de pessoas que
procuraram um médico por sua doença, 490.600 hospitalizações e 34.200 mortes
por influenza"
EM TEMPOS DE NOSTALGIA, AQUI LHE DEIXO ESTES SONS E A VOZ DO POETA E DECLAMADOR, EUCLIDES CAVACO - SOBRE AS CONTROVERSAS ORIGENS DO FADO
MEMÓRIAS DE UM SÃO JOÃO COM CHEIRO MAIS TROPICAL DE QUE A ALHO PÔRRO
Apesar de ser a comunidade, mais pequena, ida do então Portugal continental, que residia em STP, nem por isso, os naturais da cidade do Porto e arredores, deixavam de manifestar, por altura das festas de S. João, o bairrismo das suas tradições, com desfiles de arquinhos e balões, enfeites das famosas pontes, da torre dos clérigos e do lendário barco rebelo, música típica a condizer com o espírito sanjoanino, logrando envolver o entusiasmo dos santomenses e muitos dos portugueses, que ali residiam ou de gerações que ali já haviam nascido
EM TEMPOS DE NOSTALGIA, AQUI LHE DEIXO ESTES SONS E A VOZ DO POETA E DECLAMADOR, EUCLIDES CAVACO - SOBRE AS CONTROVERSAS ORIGENS DO FADO
Dizia eu, numa das reportagens, “foram
apenas cinco dias de festejos ao S. João. Mesmo assim muito teríamos que
contar. Tanto que, a descrever o que vimos, não teríamos páginas que dessem
para o fazermos
Um punhado de naturais dos lados
do norte da nossa terra lusa - pois podem contar-se pelos dedos das
mãos - , aqui fixados em São Tomé, da “ mui nobre, sempre leal e invicta”
cidade do Porto, animados pelo seu tradicional bairrismo, firme
querer , vivacidade, carácter alegre e extrovertido, se empenharam
denodadamente na sua concretização.
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