expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

domingo, 8 de março de 2020

À mulher cabo-verdiana em São Tomé - Em Dia Internacional da Mulher - Pelos teus filhos espalhados pelas tuas amadas ilhas e por todos os cantos da Terra – Pelo teu amor-materno e por todos os teus sacrifícios quando és mãe e escrava - Nativa das ilhas da cidade de “A sedutora tinta das minhas noutes” - De Jorge Carlos Fonseca – Um Poeta e Presidente. – “Eu não te quero mal por esse orgulho que tu trazes; por esse teu ar de triunfo iluminado com que voltas… - Diz o poeta Manuel Lopes.


Jorge Trabulo Marques  -Mulher mãe… Mulher esposa… Mulher amiga… Mulher.




Certo que vivem a alegria de sentirem livres e de, livremente, poderem  trabalhar por conta de outrem  ou  de, livremente,  explorarem  os frutos e a generosidade da terra, todavia, debatendo-se com imensas carências. 

Nos rostos luzidios (lindos e esculturais) ou encrespados por anos de sacrifícios e abrasivos sóis equatoriais, não  se descobre o tom macilento dos cruéis sinais de  fome, que se veem  em muitos países de África, sim,  mas não só de pão vivo o homem: onde está o dinheiro para comprar os medicamentos,  a peça de vestuário ou os produtos importados do exterior? – Com pensões miseráveis ou salários de vinte, trinta ou quarenta euros mensais, traduzidos da moeda local  -(as dobras – para a moeda europeia), sim, fácil é de imaginar o enorme drama com que debatem milhares de famílias cabo-verdianas, sobretudo aquelas que a descolonização abandonou à sua sorte.

"Eu não te quero mal
por esse orgulho que tu trazes;
por esse teu ar de triunfo iluminado
com que voltas…

… O mundo não é maior
que a pupila dos teus olhos:
tem a grandeza
da tua inquietação e das tuas revoltas.

… Que teu irmão que ficou
sonhou coisas maiores ainda,
mais belas que aquelas que conheceste…
Crispou as mãos à beira do mar
e teve saudades estranhas, de terras estranhas,
com bosques, com rios, com outras montanhas
– bosques de névoa, rios de prata, montanhas de oiro–

que nunca viram teus olhos
no mundo que percorreste…

(Mindelo,Cabo Verde- 23 de Dezembro de 1907 — Lisboa, 25 de Janeiro de 2005)Manuel António de Sousa Lopes -Foi um ficcionista, poeta e ensaísta, um dos fundadores da moderna literatura cabo-verdiana e que, com Baltasar Lopes da Silva e Jorge Barbosa, foi responsável pela criação da revista Claridade.


JORGE CARLOS FONSECA  - O CHEFE DE ESTADO, QUE É TAMBÉM POETA


Jorge Carlos Fonseca, além de Presidente de Cabo Verde, é também um poeta, um profundo intelectual - Desde os tempos da resistência ao colonialismo : autor de "O Silêncio Acusado de Alta Traição e de Incitamento ao Mau Hálito Geral", publicado,  "nos longínquos finais dos anos 70" – Sim, além de poeta e político, é também um distinto jurista e professor universitário das Ilhas cabo-verdianas.
Jorge Carlos Fonseca, Presidente da República de Cabo Verde, esteve na Livraria Artes & Letras para um sarau de poesia. Para além do próprio autor, os poemas e textos foram também lidos por outros intervenientes, tendo-se seguido uma sessão de “Mornas d´Sodade”, com Zezé Barbosa.
O poeta fez os estudos primários e secundários em Cabo Verde e estudos superiores (graduação e pós-graduação) em Portugal e na Alemanha. Com 19 livros publicados, a maioria relacionados com Direito, Jorge Carlos Fonseca foi reeleito em 2016 para um segundo mandato na Presidência da República de Cabo Verde
Cidade minha, obsessão muito dolorida,
quem alguma vez te romanceou,
quem espreitou,
de alguma varanda escondida,
os seios coniformes e desprevenidos
de tuas caníngicas (de cana e esfinge) mulheres ?

Quem, até hoje, te escreveu poema que näo fosse
chato, desolado ou ranhoso?!
(Lembras-te de "Câ nhôs djobem di pâ baxu"?)

"Por ele
Por ti
Pelos outros teus filhos – espalhados
Na superfície  cinzenta do teu ventre  mártir,
Mamãe-Terra

Mãezinha
Dorme, dorme,
Mas, pela Virgem Nossa Senhora,
Quando te acordares
Não te zanggues comigo
E com outros meninos
Que se alimentam das  da ternura das tuas entranhas

Mamazinha,
Eu queria dizer minha oração
Mas não posso;
Minha oração adormece
Nos meus olhos, que choram a tua dor
De me quereres  alimentar
E não poderes"

Anónimo  - In  Antologia  da Terra  Portuguesa
Por Luís Forjás Trigueiros 1964





"Mulher…
Mulher é sinal de força…
Mulher é sinal de garra…
Mulher é sinal de raça…
Mulher é sinal de graça…
Onde existir uma mulher, vai existir à beleza; vigor e amor.
Onde existir mulher, existirá vitória.
Mulher mãe… Mulher esposa… Mulher amiga… Mulher.
Conseguimos perceber nos detalhes a beleza da vida e
transmitir aos já sem esperança, o verdadeiro sentido dela…
Somos mulheres; somos guerreiras.
Muitos nos subestimam e dizem que somos frágeis;
somos frágeis sim, mas incapazes jamais…
A cada dia estamos surpreendendo aqueles que com discriminação nos observam.
E ganhando a admiração daqueles que nos aponham..
Mulher, símbolo de vida,
Imagem da perfeição.
Viva Mulher Cabo-Verdiana
Feliz para o Homem que um dia
Saber Entender a Alma da Mulher!!!
Mulher Caboverdiana, marca a diferença no futuro dos seus filhos!"





Nenhum comentário :