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PORTUGUESA ASSASSINADA NUM PEQUENO ÉDEN DE UMA ILHA PARADISÍACA E TRADICIONALMENTE PACIFICA - Por elemento da resort - E assim deverá continuar: pois não se deve cair na tentação de transformar um caso invulgar numa fobia de medo - Quantos crimes violentos não acontecem em Portugal e em todos os países do mundo?
Um pequeno
paraíso alcandorado sobre o vasto Golfo da Guiné, que tive o o prazer de
conhecer, quando voltei a S. Tomé, 39 anos depois daqui ter partido para a tentativa de uma travessia oceânica numa piroga. que se ergue quase sobre a linha do
Equador, subitamente nas bocas dos média por via de um inesperado e violento crime por parte de um
elemento da segurança, na sequência de uma discussão, por motivos laborais, com a portuguesa Catarina Barros de Sousa, 51 anos, responsável pelos
serviços administrativos
Magnifico projeto do italiano Tiziano Pisoni, apaixonado pelas Ilhas Verdes do equador, localizado em
Ponta Figo, distrito de
Lembá, Neves
- Sem dúvida um dos mais belos e acolhedores de alojamento de turismo, debruçado sobre o
oceano, onde ocorreu, nesta última segunda-feira, um brutal homicídio, que deixou em estado de choque os santomenses, bem como a comunidade portuguesa, ali residente, que são justamente as reações expressas nas
redes sociais, como já tive oportunidade de constatar.
Estes eram alguns dos termos, com que se teciam elogios
ao local e aos serviços, expressos no facebook por clientes: “Os
bungalows são grandes e com óptimas condições. O restaurante é muito bom, e tem
a melhor vista para o por do sol. No norte da ilha, é o melhor. Funcionários
muito simpáticos, ambiente muito tranquilo, relaxante e acolhedor."
Sítio absolutamente perfeito! Todas as palavras
serão parcas para avaliar a subtileza deste lugar: a decoração perfeitamente
enquadrada e deliciosamente pormenorizada, os quartos fabulosos e confortáveis,
o espaço envolvente a saber a trópicos, a limpeza irrepreensível, a simpatia
contagiante de todos. À Catarina, o nosso gigante obrigada por tudo!
Era a mulher da motorizada. Todos conheciam Catarina
por "andar sempre de scooter" pela ilha de São Tomé, algo raro para uma
mulher. Depois do voluntariado, trabalhou em várias empresas e instituições,
como a empresa de aviação Africa's Connection. Foi durante anos a guia
turística na Corallo, a empresa de chocolate. Fazia as visitas guiadas "e
era, por isso, conhecida de todos e de muitos turistas que passaram por São
Tomé." Há dois anos foi trabalhar para o Mucumbli, um hotel de
turismo rural e ecológico na zona norte da ilha, propriedade um casal amigo de
italianos.
"Isto caiu de repente, foi um choque. Surpreendeu
tudo e todos. Estamos num sítio muito reservado e tranquilo mas nunca tivemos
problemas", contou ao DN Tiziano Pisoni, o italiano que há mais de 30 anos
está radicado em São Tomé, sendo já cidadão
nacional. Conhecia a portuguesa "há mais de dez anos", mesmo antes de
Catarina ir para o Mucumbli. "Quase toda a gente a conhecia." O
Mucumbli fica em Ponta Figo, a 50 km da capital.
"Era uma pessoa muito conhecida. Era muito boa,
dava-se bem com toda a gente, estava sempre disponível. Fazia muito
voluntariado junto de crianças, era simpática", disse Tiziano Pisoni, ainda abalado com a brutalidade do crime para o
qual ainda não tem uma explicação.." https://www.dn.pt/mundo/de-voluntaria-para-ajudar-criancas-a-uma-morte-brutal-em-sao-tome-11882907.html
De sublinhar que a ciclista portuguesa, Rute Norte, depois de ter pedalado pela China, India e outros países, também não quis deixar de resistir ao fascínio destas maravilhosas ilhas, percorrendo ao todo 550 km de bicicleta nas duas ilhas e durante quase um mês: 205 na ilha do Príncipe e 345 na ilha de São Tomé, num fraternal e amistoso convívio com as populações e não deparou com qualquer hostilidade, bem pelo contrário, tal como o documentaram as suas sedutoras crónicas, profusamente ilustradas
De sublinhar que a ciclista portuguesa, Rute Norte, depois de ter pedalado pela China, India e outros países, também não quis deixar de resistir ao fascínio destas maravilhosas ilhas, percorrendo ao todo 550 km de bicicleta nas duas ilhas e durante quase um mês: 205 na ilha do Príncipe e 345 na ilha de São Tomé, num fraternal e amistoso convívio com as populações e não deparou com qualquer hostilidade, bem pelo contrário, tal como o documentaram as suas sedutoras crónicas, profusamente ilustradas
RECORDO-LHE O QUE ESCREVI A RESPEITO DO PROJETO MUCUMBLI E DE TIZIANO PISONI
é nome de uma árvore de grande porte, a que
foi atribuída a designação científica de Lannea Welwitschii com os seus 50 metros ou
mais de altura, usada na medicina tradicional, de cuja seiva os
curandeiros nativos extraem os seus “milongos”, com propriedades curativas e
mágicas, nomeadamente para os meninos começarem a andar com o seu pé
mais cedo e se libertarem do colo ou das costas das suas mães .
Mucumbli é nome de uma árvore de grande porte, a que
foi atribuída a designação científica de Lannea
Welwitschii com os seus 50 metros ou mais de altura, usada na
medicina tradicional, de cuja seiva os curandeiros nativos extraem os seus
“milongos”, com propriedades curativas e mágicas, nomeadamente para
os meninos começarem a andar com o seu pé mais cedo e se libertarem do colo ou
das costas das suas mães . .
Muitas foram as mais belas supressas, no meu regresso a S. Tomé, 39 anos depois, com que tive o reconfortante prazer de me maravilhar - E, como já tive ocasião de referir, tantas foram, que o mais difícil é descrever todas as emoções que pude viver, a ordem a dar a qualquer delas – Hoje vou recordar a minha passagem pelo pequeno aldeamento turístico de Mucumbli, outra das áreas costeiras de uma Ilha Paradisíaca, que, só por si, é também um fantástico recorte paradisíaco, de um exotismo e de uma beleza, verdadeiramente aprazível e surpreendente.
IZIANO PISONI
Tiziano Pisoni, fundador e Presidente da Federação de Ciclismo de São Tomé e Príncipe, e também Presidente e Organizador da Volta do CACAU em bicicleta, prova rainha do ciclismo santomense,
Porém, o passado de cooperaçao, de Tiziano Pisoni, é bastante mais amplo, frutuoso e multifacetado - Chegou a São Tomé, em 1992, como cooperante de ONG ALISEI – Uma associação para a Cooperação Internacional, com sede em Milão - Itália, mas com escritórios descentralizados em muitos países do continente Africano, já presente em São Tomé desde 1986.
Sem dúvida, trata-se de um dos mais antigos e prestigiados rostos da Cooperação, em São Tomé e Príncipe – Exemplo de dedicação, de empreendedorismo e de paixão por esta terra e as suas gentes - Um caso singular a nível dos cooperantes internacionais: de experiencia multifacetada e enriquecedora, tanto pessoal como profissional, que, segundo confessa, surge um pouco por acaso.
A ideia inicial do seu projeto, sob concessão do Estado, visava, simplesmente, a recuperação de um terreno baldio para agricultura biológica, numa área de sete hectares, que, nos tempos coloniais, era preenchida por plantações de cacau, bananeiras, coqueiros e palmeiras, e , que, então, se encontravam praticamente abandonadas e destruídas: quer devido ao corte sistemático de árvores florestais, quer à extração de pedras e até por via de incêndios.. Para recuperarem a exploração, confessa que já ali foram plantadas 2.000 árvores, além da criação de coelhos, galinhas, cabras, ovelhas, burros e exploração apícula... –
O aproveitamento turístico, ficou dever-se , sobretudo, ao entusiasmo manifestado pelas pessoas amigas que visitavam o casal, a que iam também assegurando a estadia e o alojamento – E, assim, pouco a pouco, casa a casa, todas em madeira, com nomes de frutos da terra e perfeitamente integradas na paisagem, localizadas onde não há vento mas também sem necessidade de ar condicionado, surge o belíssimo empreendimento turístico de Mucumbl - Sim, a integração com o meio ambiente é perfeita, reconhece Tiziano Pisoni, frisando que não há impacto negativo. Aspeto que considera importante para se integrar com a população – Já que, por outro lado, toda a equipe que ali trabalha, é constituída por pessoas, que residem muito perto, tendo algumas delas frequentado cursos de Inglês e Francês.
O aproveitamento turístico, ficou dever-se , sobretudo, ao entusiasmo manifestado pelas pessoas amigas que visitavam o casal, a que iam também assegurando a estadia e o alojamento – E, assim, pouco a pouco, casa a casa, todas em madeira, com nomes de frutos da terra e perfeitamente integradas na paisagem, localizadas onde não há vento mas também sem necessidade de ar condicionado, surge o belíssimo empreendimento turístico de Mucumbl - Sim, a integração com o meio ambiente é perfeita, reconhece Tiziano Pisoni, frisando que não há impacto negativo. Aspeto que considera importante para se integrar com a população – Já que, por outro lado, toda a equipe que ali trabalha, é constituída por pessoas, que residem muito perto, tendo algumas delas frequentado cursos de Inglês e Francês.
O projeto, que integra também trabalhadores rurais, tem sido um sucesso crescente, superando todas as suas expectativas de Ticiano e Mariangela: - Os turistas chegam durante todo o ano, especialmente a partir de Portugal, França, Grã-Bretanha, Alemanha, Gana, Angola e Gabão. Havendo também americanos, canadenses, australianos, italianos, como não podia deixar de ser.
Sem dúvida, trata-se, com efeito, de uma belíssima aldeia turística, perfeitamente integrada num espaço de atividade agrícola e florestal, de pecuária, de proteção, propiciando o íntimo convívio com o meio ambiente, alcandorada sobre uma alta falésia, da qual se avista uma impressionante panorâmica: - quer a que se espelha, lisa e calma na superfície líquida (para lá do recorte verde de palmeiras e outra vegetação tropical), ora deserta ora salpicada de pequenas canoas a remos ou à vela, quer a que se estende ao longo do litoral, em ambos os sentidos, ou a que se ergue pelo manto verde negro e multicolor acima, a derramar a sua luminosidade exuberante, sim, desde a densa cobertura dos contrafortes do maciço vegetal, até às fímbrias mais altaneiras do famoso Pico de São Tomé, onde se descobrem as eternas neblinas, que ora parecem confundir-se com os céus, ora, diluindo-se, nos remetem a um autêntico éden de maravilha e de sonho, transportando-nos a um outro mundo, que não propriamente o dos homens, o térreo, mas a visão irreal, que extasia e deslumbra, como a mais generosa e profícua dádiva divina, sobrenatural
Indo através de estreitos caminhos, ora de terra
batida ou empedrados com a pedra basáltica do sítio, sempre lado a lado por frisos de luxuriantes folhas ou
cachos de bananeiras, disseminadas por entre jaqueiras, mangas,
fruta-pão, safuzeiros, o pau marapião, pau gogó, coqueiros, palmeiras, pequenas
hortas, num lugar povoado de muitas outras espécie arbóreas e
arbustivas, sim, perante uma diversidade de espécies de flora endémicas, que
incluem buganvílias e tantas outras flores exóticas, árvores de fruta, ervas
aromáticas e plantas medicinais, no manto do qual, mas já sobre a
falésia voltada para o mar, surgem, espaçadamente, como que a lembrar a mítica
cabana do marinheiro solitário, pequenas casas típicas de madeira,
os vários bungalows, sempre em perfeita harmonia com o meio ambiente ,
debruçados com as suas varandas sobre o vasto oceano, rodeados por um
deslumbrante jardim tropical, decoradas com peças de artesãos locais, a que
foram dados nomes dos frutos da terra, nos quais não falta o indispensável
conforto, casas de banho privativa e água quente, redes de isolamento à prova
de mosquitos ou de outros insetos, tudo inserido num conjunto
arquitetónico harmonioso, sugestivo e muito bem enquadrado
- E, para quem não queira ficar nos bungalows, o sítio dispõe de
áreas para instalação das suas tendas, com acesso aos serviços sanitários e
área para grelhados. E, se não quiser confecionar a comida em casa, tem ainda,
naquele espaço turístico, um belíssimo restaurante, também todo ele
em madeira local, com varandas de sonho, onde pode saborear dos melhores
pratos típicos, a que o Chef - ou não fossem italianos os seus
proprietários - associa alguns ingredientes e sabores da cozinha
italiana. - Deliciando-se com autênticos manjares, ao mesmo tempo que ouve
o canto do ossobó ou de outros passarinhos, tal foi esse o privilégio que ali
desfrutei.
Como é de conhecimento público, as ilhas de São Tomé e Príncipe, são as que possuem uma
maior riqueza na flora, encontrando-se aqui cerca de 100 espécies vegetais
endémicas das ilhas do golfo da Guiné, sendo ambas classificadas como a 17ª
área protegida a nível mundial– Justamente por esse facto, é que este
empreendimento turístico rural, tem como principal preocupação o encontro
com Mãe Natureza, a salvaguarda, a proteção do seu património natural
Sem dúvida, trata-se, com efeito, de uma
belíssima aldeia turística, perfeitamente integrada num espaço de atividade
agrícola e florestal, de pecuária, de proteção. propiciando o íntimo convívio
com o meio ambiente, alcandorada sobre uma alta falésia, da qual se avista uma
impressionante panorâmica: - quer a que se espelha, lisa e calma na
superficie líquida (para lá do recorte verde de palmeiras e outra vegetação
tropical), ora deserta ora salpicada de pequenas canoas a remos ou à
vela, quer a que se estende ao longo do litoral, em ambos os
sentidos, ou a que se ergue pelo manto verde negro e multicolor acima, a
derramar a sua luminosidade exuberante, sim, desde a densa
cobertura dos contrafortes do maciço vegetal, até às fímbrias mais altaneiras
do famoso Pico de São Tomé, onde se descobrem as eternas neblinas, que
ora parecem confundir-se com os céus, ora, diluindo-se, nos remetem a um
autêntico éden de maravilha e de sonho, transportando-nos a um outro mundo, que
não propriamente o dos homens, o térreo, mas a visão irreal, que
extasia e deslumbra, como a mais generosa e profícua dádiva divina,
sobrenatural!
(vídeo) São Tomé – Mucumbli – O sonho do
paraíso ao alcance do turista - Este vídeo foi registado na visita que fiz a
aldeia turística de Mucumbi, distrito de Lembá, na companhia do Coronel
Victor Monteiro
– Ao deixar de descrever o cenário que
tinha perante os meus olhos e na sequência de uma breve pausa de silêncio, de
entre os vários sons das aves na floresta e do mar, que se desfruta do
alto da falésia, surge, inesperadamente, o canto do ossobó, da ave do
paraíso – Xuva! Xuva! Xuva Xuva!” , que normalmente costuma anunciar a chuva –
Distingue-se perfeitamente dos chilreios e dos cantos de outros passarinhos.
Pouco depois era o Coronel Victor Monteiro, a chamar-me a atenção para o seu
canto, numa árvore ali em frente da esplanada do restaurante. Ainda o tentei
filmar mas, como estávamos muito próximos, o nosso falar silenciou-o.
Confesso, porém, que só, mais tarde, ao visionar o registo, me dei
conta de que, afinal, sem querer, já o tinha gravado.
O MAR TÃO PERTO, AZUL SUAVE E
CONVIDATIVO..
.
Do alto da falésia, onde o mar parece ao
mesmo tempo tão perto como inacessível, há, no entanto, a possibilidade de
acesso direto a uma praia de areia basáltica (5 minutos de distância)
frequentada por tartarugas marinhas (espécie “mão branca”), que aí vêm
desovar.
Sugestões de passeios acompanhados
por guias de Mucumbli
A observação de cetáceos com a ONG MARAPA, partindo da
Praia de Mucumbli, também conhecida por Praia das Furnas, em excursões
marítimas acompanhadas por agentes formados em técnicas de observação e de
aproximação dos animais no seu meio natural
A descoberta da imponente Cascata de Angolar,
atravessando os túneis da conduta de água da central hidroelétrica, desfrutando
de magnífica paisagem de montanha. Visitas às Roças da Ribeira Palma, Rosema,
Bindá e Ponta Furada, por caminhos que oferecem uma vista panorâmica sobre
a cidade das Neves. E, para os mais aventureiros, um passeio à volta
da Ilha, ligando a zona norte à do sul da Ilha, que não é acessível
a veículos, atravessando o interior do Parque Natural do Obó de São Tomé, por
entre riachos, rios, pântanos e manganal
Outros passeios atraentes: ir ao encontro do
colorido e do canto das aves, da descoberta da flora endémica, ao longo
da floresta secundária ou subindo ao majestoso e sempre desafiador
Pico de São Tomé.
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