JORGE TRABULO MARQUES - JORNALISTA
Não se pode ser independente e prestar um serviço de tão relevante contributo público sem um salário condigno - São Tomé e Principe, é um país de gente pacífica e que tem dado, ao exterior, bons exemplo do funcionamento democrático em África.
Só que, tanto em África, como na Europa e em qualquer parte, a comunicação social é um produto demasiado apetecível para se escapar da órbitra politico-económica. E São Tomé e Principe, não é nehuma excepção. Ainda por cima com ordenados de esmola.
Segundo Agência STP-Press, o jornalista João Ramos acaba
de ser nomeado novo Director da Televisão São-Tomense, TVS, enquanto o
jornalista Mateus Ferreira nomeado novo Director da Rádio Nacional em
acumulação com a Agência Notícias STP-Press, soube-se de fonte
governamental.
A decisão vem expressa num comunicado do conselho de ministros
tornado público na tarde de terça-feira no âmbito de algumas mudanças
nas direções da administração pública operadas pelo novo executivo
são-tomense entrado em funções na última segunda-feira.
O comunicado diz que “foram exonerados dos cargos que haviam
anteriormente sido nomeados os seguintes senhores seguintes senhores,
Director da TVS, José Bouças de Oliveira, Director da Rádio Nacional,
Manuel Barros Vaz Bandeira, da STP-Press, Ricardo Neto e para seus
lugares foram nomeados, para assegurar os serviços, os seguintes
senhores; TVS João Ramos de Assunção, para Radio Nacional e acumulação
com STP-Press, Mateus Neto Ferreira”.
RÁDIO, TELEVISÃO E AGÊNCIA STP-PRESSE -
Diz o Téla Nón, jornal on line independente, que estes órgão de CS foram os primeiros alvos das
exonerações decretadas pelo XVIII governo constitucional.Os três órgãos de comunicação social, nunca foram empresas públicas.
Sempre funcionaram como departamentos do gabinete dos sucessivos
Primeiros-ministros.
Na sua primeira sessão ordinária o conselho de ministros decidiu pela
exoneração dos directores nomeados pelo anterior governo, e nomeou 2
jornalistas para assegurarem os serviços nos 3 órgãos.
João Ramos, jornalista da Televisão São-tomense, que ocupou as
funções de director da TVS de 2014 à 2018, foi nomeado para assegurar os
serviços na única televisão do país.
Mateus Ferreira, jornalista da TVS, foi nomeado para assegurar os
serviços na Rádio Nacional e na Agência de Notícias – STP/PRESS.
MAL PAGOS E AO SABOR DAS PRESSÕES
No fundo, quem mais sofre é quem tem de fazer a noticia e está sempre na linha da frente. Geralmente são os primeiros a tombar ou a sofrer pressões e represálias de toda a ordem .
Em 4 de Maio de 2019, no dia mundial Liberdade de Imprensa, o Sindicato e Associação de jornalistas são-tomenses, a que eu tive o prazer e a honra de ser convidado, em parceira com Secretaria de Estado para Comunicação Social, organizaram um fórum de reflexão, no qual foram debatidas várias questões, nomeadamente os estatutos da carreir e a melhoria salarial da classe sob a pena de virem a paralisar os seus serviços.
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Conceição Lima |
Foi então declarado, que "este encontro vem reforçar aquilo que o sindicato já vem reivindicando há vários tempos que é a melhoria salarial” disse Helder Bexigas, tendo citado que um exemplo de disparidade salarial entre o salario mensal de um quadro superior que trabalha numa das direções das Finanças e um quadro superior que trabalha na TVS.
No encontro dos jornalistas, esteve também presente,o então PM Jorge Bom jesus, tendo declarado, que se trata de uma data que evoca a liberdade de expressão e que deve enaltecer a ética profissional, o pluralismo – Frisando que é importante refletir sobre as condições difíceis em que trabalham os profissionais da comunicação social estatal, nomeadamente na Rádio Nacional, na TVS, na agência noticiosa STP-Press e nos órgãos privados
“Hoje, mais do que nunca o profissional da imprensa não deverá nem poderá ser conotado como comissário, agente político ou um mero servidor de interesses de certos grupos, outrossim, os fazedores da comunicação social são ouvidos, os olhos, a boca e a voz da sociedade de forma a tornar melhor o selo de garantia para a manutenção da democracia e da liberdade de expressão”, acrescentou.
Tendo reconhecido as “ condições difíceis em que trabalham” órgãos estatais da comunicação social, nomeadamente, a Rádio Nacional, a Televisão são-tomense e Agência STP-Press, Jorge Bom Jesus disse que “ da parte do governo tudo será feito a medida do nosso alcance para a mudança desse paradigma”.
J
PROFISSÃO DE ALTO RISCO - Os Jornalistas são os primeiros a exporem-se aos perigos e a sofrerem a ira da intolerância e ódio popular, os bodes-expiatórios das guerras e conflitos
Em S. Tomé, só não me lincharam, talvez por milagre, tendo sido forçado abandonar a Ilha de canoa - Mas não foi da população nativa que partiram as agressões e ameaças. Aliás, foi no seio desta que eu fui protegido
Quarenta e nove jornalistas foram mortos em todo o mundo em 2019, o número mais baixo dos últimos 16 anos, - "Um total de 110 jornalistas foram mortos em todo o mundo em 2015, informou a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) nesta terça-feira (29), destacando que a maioria foi vitimada por causa de seu trabalho em países supostamente pacíficos.Mais de 100 jornalistas foram mortos em 2015,.
Durante quase cinco anos, foram centenas as páginas que publiquei na revista angolana . Semana Ilustrada, como correspondente em STP - De entre tantos e variadíssimos trabalhos jornalísticos, entrevistei sobreviventes dos massacres do Batepá, divulguei as primeiras imagens das manifestações pró-independência, publiquei fotografias que me valeram - por duas vezes - todos os pneus do meu carro furados à navalhada, uma forca pendurada à porta de casa, do meu modesto quarto alugado, além de um brutal espancamento que me obrigaria a ter que precipitar a minha projetada travessia de canoa de Tomé à Nigéria. depois de ter ido de canoa ao Príncipe e preso pela PIDE-DGS para demonstrar que as ilhas podiam ter sido originalmente povoados por povos da costa africana - E por meios primitivos, tal como sucedeu nas ilhas do Pacifico.
Nesse mesmo ano da revolução, haveria de perder definitivamente esse posto de trabalho, quando comecei a dar voz às manifestações de Independência, alguns colonos moveram-me feroz perseguição - Que já vieram gabar-se no Facebook
O PRESIDENTE DO INSTITUTO DE TRABALHO, PRESSIONOU O GOVERNADOR A EXPULSAR-ME DE S. TOMÉ - Colocou o lugar à disposição: ou era eu expulso ou ele se demitia - Pude consultar todo o processo, em Março de 2016, no arquivo histórico do Palácio da Presidência, quando o ex-Presidente Manuel Pinto da Costa, me concedeu a gentileza de me instalar numa das residências para continuar a minha investigação sobre vestígios na costa nordeste do povoamento antes e à chegada dos Portugueses. tendo ali encontrado uma espada, um punhal e pedras gravadas. descobertas comunicadas ao Ministério da Cultura. Santomense, com parte do espólio, depois de terem sido mostradas ao então Presidente da República, Manuel Pinto da Costa .
. Incumbe-se Sua Excelência o Encarregado do Governo de solicitar, nos termos do art, 414, do E.F.U., a transcrição seguinte comunicado na Revista da mui digna direcção de V. Exa, como mesmo destaque e na mesma página em que a noticia foi publicada;
Sob o título: “Nós e o Presidente do Instituto de trabalho” , e assinado por Jorge Trabulo Marques, publica o número 366 da revista “SEMANA ILUSTRADA”, um artigo me que se produzem várias afirmações que põem em causa a actuação do actual Presidente do Instituto do Trabalho e Acção Social desta província”
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