Jorge Trabulo Marques - Jornalista -
Sem dúvida, um dos
mais relevantes nomes da sociedade contemporânea – Natural de uma
pequena aldeia da Beira Interior e tornou-se senhor do mundo, marcando o
pensamento ao longo de mais de 50 anos, sobretudo no pós-25 de abril. - Nasceu a 23 de Maio de 1923, em S. Pedro de Rio Seco,
concelho de Almeida, distrito da Guarda. É o filho mais velho (de sete) de
Abílio de Faria, oficial do Exército, e de Maria de Jesus Lourenço. Frequenta a
Escola Primária na sua terra natal. Depois ingressa no Liceu da Guarda e
termina os seus estudos secundários no Colégio Militar em Lisboa. Frequenta o
Curso de Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de
Coimbra onde conclui a Licenciatura no dia 23 de Julho de 1946, com uma
Dissertação com o título O Sentido da Dialéctica no Idealismo Absoluto.
Primeira parte.
Começou
a distinguir-se em Coimbra, aquando da sua licenciatura em Ciências
Histórico-Filosóficas, concluída em 1946. Na cidade do conhecimento, encontra
um ambiente aberto a reflexão.
Prossegue
a sua formação académica com um estágio na Universidade de Bordéus, em 1949, e
torna-se embaixador da cultura portuguesa nas universidades de Hamburgo e
Heidelberg (entre 1953 e 1955) e na Universidade de Montpellier (de 1956 a
1958).
É
docente durante um ano na Universidade Federal da Bahia, como professor
convidado de Filosofia, e passa a viver em França, em 1960.
Fixou
residência em Vence, cinco anos mais tarde, e foi reitor na Universidade de
Grenoble, de 1960 a 1965. Tornou-se professor jubilado em Nice, em 1988, um ano
antes se tornar conselheiro cultural junto da Embaixada Portuguesa em Roma, até
1991. Em 1999, passa a ocupar o cargo de administrador não executivo da
Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
Influenciado
por nomes como Husserl, Kierkegaard, Nietzsche, Heidegger, Sartre, Dostoievski,
Franz Kafka ou Albert Camus, Eduardo Lourenço desenvolveu pensamentos sobre o
existencialismo, sem nunca se deixar levar por correntes teóricas e ideologias.
Ao
longo da sua vida, que perdura, Eduardo Lourenço publicou livros, ensaios e
pensamentos. Crítico e ensaísta literário, virado predominantemente para a
poesia, colecionou prémios, dos quais se destacam o bem recente Prémio Pessoa
(em 2011), a Ordem de Santiago da Espada (1981) o Prémio Europeu de Ensaio
Charles Veillon, Prémio Camões (1996), Cavaleiro da Legião de Honra de França
(2002), Prémio Vergílio Ferreira (2001), Medalha de Mérito Cultural do
Ministério da Cultura (2008), além de diversos doutoramentos honoris causa.
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