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terça-feira, 19 de maio de 2020

MALÁRIA - OMS pede que os países não deixem o COVID-19 eclipsar outros problemas de saúde - O paludismo continua a ser a doença infecciosa mais mortal da humanidade e alerta que os casos poderão chegar a 769.000 devido a essa desconcentração. Os países africanos são o lar de 93% dos casos de malária e de 94% das mortes por malária." - Em São Tomé, lixeiras e esgotos a céu aberto, são viveiro propício e as atenções parecem apontar apenas num sentido . A medicina tradicional não cura os virus mas pode ter outras aplicações úteis - Assim, o reconhece o antigo jardineiro do Palácio do Povo, conhecedor de saberes ancestrais das plantas nas ilhas - Ouça a entrevista

JORGE TRABULO MARQUES - JORNALISTA

Dizia eu, em meados de Março, a propósito dos perdão da divida pública e dos apoios de mais uns milhões, que,  com os mercados ao ar livre . ao sol e à chuva, à mistura com o lixo e o escorrimento detritos, esgotos a céu aberto, se  não for o Coronavirus-19, há outras doenças conhecidas ou desconhecidas que espreitam a sua oportunidade de fazerem os seus estragos na população  

 

Não é por falta de apoios, que sempre têm chegado, mas por negligência e mau uso de fundos que, a capital, das ilhas Verdes do  Equador, hoje não é a pérola do Golfo  da Guiné, mas  com as ruas e os edifícios degredados,  além dos hospitais e instalações nas antigas roças, em estado ruinoso e irreconhecível




Naturalmente, para um combate, mais eficaz ao paludismo, torna-se indispensável acabar com as lixeiras a céu aberto e com os detritos no principal escoadouro público, que são aqueles que escorrem pelo leito do Rio Água Grande, que, depois de deixar de ser um fio de água numa das vertentes montanhosas da Roça Saudade e das águas que ali se despenham das fortes chuvadas e  dos eternos nevoeiros, vai passar  por várias antigas plantações de cacaueiros, servir  de lavandaria pública, já cantada por poetas e de escoadouro a toda a gama de esgotos e detritos poluídos, que vão depois desembocar na formosa Baía Ana de Chaves, ali quase lado a lado, com a Catedral de S. Tomé e do Palácio do Povo, que ali é conspurcada, diariamente,  como se fosse um enorme caixote do lixo, tal como o testemunham as nossas imagens

De recordar, que, no passado, 27 de Abril,  o Dr. Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS para a África,  pediu  " a todos os países que não percam o foco em seus ganhos em saúde à medida que se adaptam para enfrentar essa nova ameaça. Vimos com o surto da doença pelo vírus Ebola na África Ocidental que perdemos. mais pessoas com malária, por exemplo, do que perdemos no surto de Ebola. Não vamos repetir isso com o COVID-19.

Nos últimos 20 anos, a África fez progressos significativos no combate à propagação da malária, impedindo-a de reivindicar vidas. Embora o COVID-19 seja uma grande ameaça à saúde, é necessário continuar com os programas de prevenção e tratamento da malária e campanhas anti-malária. A nova modelagem mostra que as mortes podem exceder 700.000 somente este ano. Não vimos níveis de mortalidade assim em 20 anos. Não devemos atrasar o relógio ", acrescentou o Dr. Moeti. https://www.republicworld.com/world-news/rest-of-the-world-news/who-asks-to-focus-on-other-diseases-such-as-malaria-polio-with-covid19.html

São Tomé: Aumentam os casos de malária –Ministro da Saúde reconheceu que a situação é preocupante

 "Os casos de malária em São Tomé e Príncipe aumentaram nos últimos quatro anos, registando-se três centenas de casos por ano, disse aos jornalistas o ministro da saúde, Edgar Neves. – Declrações proferidas em Fevereiro do ano passado

O ministro da Saúde considera a situação "preocupante", prometendo investimento do governo no combate e prevenção da doença. "Nós somos um país eleito entre os dez destinos turísticos do mundo e é extremamente importante que nos acautelemos", disse. https://www.dw.com/pt-002/s%C3%A3o-tom%C3%A9-aumentam-casos-de-mal%C3%A1ria/a-47666674

CHÁS E XAROPES TRADICIONAIS NÃO MATAM OS VIRUS

À falta de medicamentos, por um lado, e, por outro ao seu elevado custo, num país onde o ordenado mínimo, ronda os 50 euros,e então,  agora, sobretudo, devido  à vaga de pânico gerado pela atual epidemia, tem sido propalado nas redes sociais, haver curandeiros aconselhar o uso de chãs e de charopes  à base de ervas – De facto, tem sido, em muitas plantas, que os laboratórios vão extrair importantes substâncias para os seus  compostos medicinais, no entanto, esse é um trabalho que requer manipulação cientifica muito apurada.  

Entretanto, devido a esse recurso, há noticias de que a médica Ana Maria Penhor Costa, santomense, médica especialista em medicina interna, com dedicação exclusiva aos internamentos COVID-19 no Hospital de Portalegre, O Alto Alentejo, Sul de Portugal. 
já veio alertar para a perigosidade no uso  de chás e charopes tardicinais. – Refere o Téla Nón , já veio alertar para a perigosidade no uso  de chás e charopes tardicionais. – Refere o Téla Nón 

PLANTAS MEDICINAIS PARA USADAS PARA VÁRIAS  ENFERMIDADES


Segundo referem estudos.   São Tomé e Príncipe é um arquipélago rico em plantas medicinais. O poder curativo de muitas delas está provado cientificamente. No entanto a floresta são-tomense ainda tem muitas novidades para dar a medicina. Médicos tradicionais do país, estão a trabalhar em parceria com o instituto superior de ciências da saúde de Portugal doutor Egas Moniz na recolha e investigação das plantas com enorme poder curativo.

Através do instituto superior de ciências da saúde de Portugal doutor Egaz Moniz, foi laboratorialmente comprovado o poder curativo de mais de 50 plantas de São Tomé e Príncipe. O saber empírico dos médicos tradicionais do país, os chamados “Stlinjon”, ficou também comprovado. Excerto de Plantas de São Tomé e Príncipe remédio para muitas doenças



O JARDINEIRO DO PALÁCIO DO POVO – ANTIGO GUERRILHEIRO DA FRELIMO – CONHECE MUITOS DOS SEGREDOS DAS PLANTAS – Foi o que pudemos depreender das suas palavras, quando ali o entrevistámos, em 2016 

Francisco Ambrósio

Francisco das Neves Ambrósio, 76 anos, antigo Guerrilheiro da Frelimo, com 30 anos vividos naquela antiga colónia portuguesa, antes e depois da Independência, ele é, desde alguns anos a esta parte, o responsável pelos trabalhos dos Jardins do Palácio do Povo – Conhece os segredos de  plantas medicinais, que ali foram plantadas com as quais chega como que a estabelecer  diálogos familiares, tal a intimidade com que as olha e se relaciona, diariamente, com as mesmas, em todas as fases do seu crescimento. 


TUBERCULOSE – A DOENÇA MAIS COMUM – JÁ NO TEMPO COLONIAL- AO CONTRÁRIO DO CANCRO - Com fraca percentagem

No topo das doenças, em 1935, surge a Tuberculose do aparelho respiratório, com óbitos registados de  125 adultos  e 3 menores, assim como todas as outras tuberculoses 27 adultos e 8 menores; Doenças infecciosas parasitárias não especificadas 79 adultos 33 menores: Outras doenças gerais e envenenamentos  crónicos  48 adultos e nove menores; Cancro e outros tumores malignos, apenas se registou a morte de 7  adultos e de 1 menor

Num relatório de inspeção à colónia, elaborado  nos finais dos anos 30, além de se juntar uma estatística dos índices de mortalidade de cada doença,  tecem-se algumas considerações sobre a propagação da tuberculose na população nativa, que por ignorância se expõe facilmente ao seu contágio»

Durante o ano tive a oportunidade de chamar a atenção dos médico que exercem clínica nesta Ilha para o aumento de mortalidade causado pela tuberculose, e sei que todos eles envidaram os seus melhores esforços para conseguirem entravar a propagação desta doença.

Parecem animadores os resultados obtidos porque em 1936 foram vitimados pela tuberculosa 194 indígenas; em 1937 faleceram com a mesma doença pulmonar 138. Houve, portanto, uma diminuição de 56 óbitos

CANCRO EM PORTUGAL  - NUNCA MATOU TANTO  COMO AGORA

Enquanto em Portugal, e nos demais  países europeus, as mortes por cancro têm vindo a crescer, em S. Tomé e Príncipe, a realidade é bem diferente: há registos, já no tempo colonial, que indicam o câncer como sendo a doença causadora de menos óbitos
A mortalidade provocada pela doença tem vindo sempre a subir. Só na última década, aumentou 15%. E o futuro não é mais animador: a Organização Mundial da Saúde estima que o número de mortes por cancro em Portugal chegue quase aos 31 mil em 2025. Expresso | Cancro nunca matou tanto em Portugal -

Os benefícios e propriedades da banana para o organismo

Além do potássio – que também ajuda a baixar a pressão arterial, – ela possui o cálcio, as vitaminas A, C (ambas geram energia), B1, B2, B6 e B12 – que acalmam o sistema nervoso-, o magnésio, o ferro – que estimula a produção de hemoglobinas, ajudando quem sofre de anemia -, o ácido fólico, os açúcares naturais (sacarose, frutose e glicose) que com a junção das fibras também geram energia, o triptofanato, que produz a serotonina que relaxa e deixa a pessoa bem humorada, sendo assim indicada para pessoas que sofrem de depressão, a inulina, uma substancia que contém bactérias que ajudam na digestão. Tira os efeitos da nicotina, ajuda a normalizar os batimentos cardíacos, ameniza as dores do estômago, combate o cansaço, prolonga a sensação de saciedade depois de comida e combate a insônia. Os benefícios e propriedades da banana para o organismo

O consumo de uma banana permite cobrir (40%) das necessidades diária de manganês (Mn). Devido a esta riqueza de manganês, a banana previne o envelhecimento e as doenças cardiovasculares.

– É uma excelente fonte de vitaminas B2 (riboflavina) B6 (piridoxina) B9 (ácido fólico). Ainda contém pectinas (anticancerígenas do cólon). Com seu teor em vitamina C confere-lhe em certo poder anti radicais livres.

A banana quando madura serve como laxativa. Mas quando verde tem o efeito contrário.– Os seus sais minerais são um bom fortificante dos ossos e também do sistema nervoso. Além disso é nutritiva, tónica e mesmo afrodisíaca. Banana, características, vitaminas, e as propriedades. - Rita Sousa B



Os serviços de saúde de S. Tomé e Príncipe dispõem de um hospital central (Dr. Ayres de Menezes) na capital, unidades de internamento distritais em Caué (construída com o apoio da AMI), Lembá e na ilha do Príncipe e centros de saúde nos restantes distritos. Os recursos humanos e materiais são escassos, sendo parcialmente colmatados pelo trabalho de várias ONGs. A escassez de meios é agravada pelas dificuldades de mobilidade e transporte dentro de um país que até é muito pequeno. Em caso de necessidade de tratamento mais diferenciado existe a possibilidade de evacuação de doentes para o Gabão ou para Portugal.
Como é notório nos indicadores abaixo mostrados, a situação sanitária é precária, com mortalidade infantil bastante elevada e um peso muito importante das doenças infecciosas e das carências nutricionais nas causas de morte. Indicadores de Saúde - Missão São Tomé e Príncipe - DanielPinto.NET

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