SÃO TOMÉ - A ILHA VERDE
EMOLDURADA POR UM AZUL DE PÉROLA
LUMINOSO E TRANSPARENTE, ONDE OS SORRISOS SE ABREM ESCANCARADOS OLHOS NOS OLHOS
- Sim, na sua população, não há os sinais de uma África faminta, há muitos
frutos e riqueza natural ao alcance de todos, mas há muitas outras carências a
necessitarem de apoio da Comunidade Internacional num país que está mobilizando enormes
esforços e abrir caminhos de progresso, bem-estar social e económico - Mesmo assim, ante as duras dificuldades, o
visitante pode encontrar, em cada rosto, um sorriso e um olhar de calorosa simpatia e de boas-vindas,
gestos de natural cortesia e afabilidade que não são fáceis de encontrar em
parte alguma
Hoje venho aqui recordar-lhe o registo, em vídeo, de um casual encontro com João Santiago, graças
ao meu amigo Gilberto Gil Umbelina, que naquele dia de Outubro, 2014, me acompanhou por vários pontos
da cidade e me apresentou a velhos amigos, alguns deles ainda muito jovens,
quando os deixei, mas que não me
esqueceram, sim, nem eu os esqueci.
João Santiago, uma das figuras
históricas santomenses, desde o desporto à diplomacia - É o que se pode dizer
um homem de sete ofícios: cedo despertou para o futebol, depois foi empresário,
adido cultural em Lisboa, chefe da casa civil do presidente da República
Democrática de São Tomé e Príncipe, durante 4 mandatos: dois na presidência
de Miguel Trovoada e dois na de Fradique
Menezes.
- De recordar, que foi, João
Santiago, que, em 19 de Maio de
2008, esteve no aeroporto para
apresentar, pessoalmente, cumprimentos à comitiva do Benfica, quando, a caminho de Angola, depois de três dias em
Cabo Verde, fez escala em São Tomé e
Príncipe. Benfica recebido em apoteose em São Tomé - - Sim,
porque, ele também teve uma brilhante carreira no futebol, nomeadamente no
Sporting, Vitória de Guimarães, União de Coimbra e Rio Pele
Fez muita coisa na vida mas confessa que
não tem queda para a escrita. Mas, em jeito de humor - pois a boa disposição é
indissociável da sua maneira de viver – sempre me foi confessando – ou antes, desafiando, que se lhe mandar de
Lisboa uns pincéis e uma tela, num dias destes, talvez comece “a pintar umas coisas da minha infância”. O
que não seria de surpreender, dado o seu talento multifacetado. Entretanto, e
como as reformas em São Tomé, são modestas, diz que lá se vai entretendo,
“arranjando qualquer coisa para a 3ª idade".
Santiago, é, de facto,
um dos intelectuais santomenses,
que conheceu a dureza colonial, reconhece que há ainda muito por fazer
mas está otimista quanto ao futuro da sua terra. E dá vivas à Revolução de
Abril, que trouxe a liberdade e a independência ao Povo de São Tomé e Príncipe
- “Digam lá o que disserem, valeu a pena o 25 de Abril! – Só quem não conheceu
a era colonial é que pode dizer o contrário. Temos é de arranjar maneira de
produzir mais mas também arranjar maneira de escoar os nossos produtos”
Acredita que “vamos ter que vencer!”.
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