JORGE TRABULO MARQUES - JORNALISTA
Manuel Pinto da Costa, exemplo de Generosidade, Dedicação, Seriedade e de Amor Pátrio - A mais prestigiada e carismática figura histórica do MLSTP, um dos mais distintos heróis da fundação da pátria santomense, declarou-me, em Maio do ano passado, quando ali me desloquei a convite da Associação de jornalistas de STP, para a participar no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. "Eu não tenho ambições de liderar nada mas estou disponível a dar o meu contributo naquilo em que possa ser útil.
E ASSIM O DEMONSTRA ESTE SEU GENEROSO GESTO - "Disponível para abdicar de 1/3 do seu salário para o fundo destinado a
mitigação dos impactos negativos da Covid-19, tendo reconhecido o esforço do
governo de Jorge Bom Jesus e exortado ao Presidente da República, Evaristo
Carvalho a assumir a liderança do processo de combate a pandemia - STP-PRESS
E, de facto, depois da
doação que fez, através da Fundação Manuel Pinto da Costa, com um lote de vários
materiais de proteção para com o
Covid-19, nomeadamente, 50 fatos de
biosegurança; 5000 máscaras cirúrgicas;2000 máscaras PRO-TECK;2000 máscaras de tecido (reutilizáveis);5000 luvas;90 termómetros
infravermelhos;100 unidades de GEL 5l;200 unidades de GEL 200 ml; 200 unidades de GEL 100 ml – teve agora um gesto,
pouco comum na classe politica
Foi noticiado pela
Agência STP-PRESS, que “O antigo Chefe de Estado são-tomense fez estas
declarações a imprensa quando explicava o motivo da sua Fundação “Pinto da
Costa” ter doado sexta-feira ultima ao governo um lote de materiais
médicos-hospitalares e de proteção individual para combater a propagação do coronavírus
no arquipélago.
“ Eu estaria
disponível para que 1/3 do meu salário fosse depositado num fundo deste género
durante o período que for necessário para nós sairmos realmente disto”, – disse
Pinto da Costa, tendo sublinhado que “toda a classe política, os dirigentes do
País devem agir no sentido de se entusiasmar e motivar a população em geral
para alimentar esse fundo”.
Manuel Pinto da Costa
assegurou ainda que “ estou disponível para fazer tudo que for necessário e que
estiver dentro das minhas possibilidades e da minha Fundação para continuar a
ajudar o País a sair desta situação que nos encontramos”.
“Há um fundo que está
criado, me parece, que esse fundo devia ter um nome que permitisse as pessoas
compreenderem de que se trata”-, disse Pinto da Costa, sublinhando que “ se
fosse um fundo de solidariedade nacional toda gente compreenderia e, se esse
fundo tivesse sido gerido por gente que realmente merecesse maior confiança da
população, naturalmente que nós poderíamos mobilizar muita gente para depositar
neste fundo que, nós vamos ter que precisar dele, e, temos todos que dar a
nossa contribuição, a começar pelos dirigentes do País”.
Tendo declarado que “
nós precisamos, neste processo de uma liderança”, Pinto da Costa, sublinhou que
“ ninguém melhor que Presidente da República [Evaristo Carvalho] vir a jogar um
papel de liderança nesse processo”, acrescentando que “ o momento que estamos
atravessar não podemos ter vários líderes, cada um, pensando o que quer fazer,
como quer e, quando quer.
“ Tem de haver uma
liderança forte neste momento de crise para criar condições, para ouvir
opiniões de todos, de todas as forças políticas, social, diáspora, sobre o São
Tomé e Príncipe que temos hoje, que realmente pretendemos e podemos ter” –
argumentou o antigo Chefe de Estado são-tomense.
Além reconhecido que “
o governo está a fazer todo esforço possível e imaginário”, no âmbito de
combate a pandemia, Pinto da Costa questionou se “será que esse governo está a
fazer as coisas que devem ser feitas agora? E, que permite realmente São Tomé e
Príncipe sair desta situação de crise em que nos encontramos”.
Tendo declarado que “
se não soubermos gerir convenientemente esta situação, vai ser um desastre
toral do ponto de vista económico, do ponto de vista social, do ponto de vista
político”, Pinto da Costa admitiu que “ vamos ter uma reviravolta tão grande
que a desgraça que vai seguir a pandemia será ainda maior que a própria
pandemia”.
“ Esta pandemia é uma
desgraça enorme que recai sobre São Tomé e Príncipe e gente que não acredita
nisto é um erro tremendo”, disse Manuel Pinto da Costa, acrescentando que “ não
estamos preparados para enfrentar esta pandemia e, está demonstrado que quase
nenhum governo estava preparado para isto”.
Tendo afirmado que “
nós estamos completamente desorganizados, estamos a improvisar muitas coisas”,
Pinto da Costa disse que “ o nível de organização que nós temos internamente
não nos garante sucesso nessa luta contra esta pandemia”.
“ Não é momento de nós
estarmos a indicar culpados, porque nós todos estamos dentro do mesmo barco e
que se não soubermos, realmente, em conjunto, unir as nossas forças, esquecendo
as nossas diferenças, se não soubermos fazer isto, então vamos cair num
precipício, que não sei quando teremos a possibilidade de sair”, – disse Pinto
da Costa, acrescentando que “ deveria criar um espaço para permitir um diálogo
entre todos os são-tomenses para permitir ter uma análise profunda do País que
temos hoje …”.
Os últimos dados
revelam que São Tomé e Príncipe regista um total de 441 casos de Covid-19
positivos acumulados, sendo, 349 casos positivos em isolamento domiciliar, 68
já recuperados, 12 em internamento no hospital de campanha, bem como um registo
de 12 mortes desde da declaração da doença no País. http://www.stp-press.st/2020/05/27/covid-19-estaria-disponivel-para-que-1-3-do-meu-salario-fosse-ao-fundo-de-mitigacao-dos-impactos-da-pandemia/
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