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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

S. Tomé e Príncipe – Não matem este paraíso! - - Comandante-Geral da Policia e da Ordem pública, lança o alerta no 41º aniversário da Instituição, afirmando que o país tem “organizações criminosas a células que atuam em países estrangeiros


Por Jorge Trabulo Marques - Jornalista - Informação e Análise 

A cerimónia, não contou com a presença do Primeiro-Ministro, Patrice Trovoada, que, desde o dia seguinte às eleições, 8 de Agosto, partiu para Lisboa, com a sua comitiva, mas que deverá estar presente no dia 3 na Praça da Independência, à margem da Constituição, que defende que "O Presidente da República eleito toma posse perante a Assembleia Nacional, no último dia do mandato do Presidente da República cessante ou, no caso de eleição por vagatura, no oitavo dia subsequente ao dia da publicação dos resultados eleitorais."


«STP tem “organizações criminosas com ligações a células que actuam em países estrangeiros”»


A noticia é veiculada  pelo Téla Nón, referindo que “ a denúncia e o alerta nacional foram feitos pelo Comandante Geral da Polícia Nacional nas celebrações no último sábado 27 de Agosto,  no seu discurso por ocasião do 41º aniversário da institucionalização da Polícia Nacional




(...) O Super Intendente Samuel António, chamou a atenção das autoridades nacionais para o fenómeno do terrorismo que ameaça devastar o mundo e fez saber que São Tomé e Príncipe não está imune. Ao terrorismo juntam-se outras ameaças como o trafico de drogas e de seres humanos, reforçou o Comandante Geral da Policia Nacional.

«A sociedade são-tomense compadece actualmente com a presença de organizações criminosas com ligações a células que actuam em países estrangeiros», denunciou o Super Intendente Samuel António.

O Chefe da Polícia Nacional, prosseguiu. «Importa referir que o perfil do homem são-tomense está a mudar, pelo que é cada vez mais notória a presença de são-tomenses envolvidos em situações de crime organizado».


Uma sociedade em mutação e marcada segundo a polícia pelo aumento da criminalidade. «Uma sociedade onde acentua-se a degradação dos valores morais e civilizacionais com repercussão para o aumento do crime, pondo em causa a autoridade do Estado e o normal funcionamento das instituições democráticas», frisou o super intendente. – Excerto da noticia de Abel Veiga«STP tem “organizações criminosas com ligações a células que actuam em países estrangeiros”»



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Aeroporto Internacional de São Tomé e Príncipe – Manhã ensolarada de 3 Março -  Imagens do regresso  de Luanda do  Presidente Manuel Pinto da Costa,  onde tomara parte nas cerimónias fúnebres de Lúcio Lara –  Pormenores em  http://www.odisseiasnosmares.com/2016/03/presidente-da-republica-manuel-pinto-da.html


Antes de lhe relatarmos o episódio que presenciámos, em Novembro de 2014, a que já nos referimos neste site, convirá refletir no seguinte: 

Droga e Corrupção – Dois dos maiores flagelos da sociedade atual – Mas em toda a parte:  - Não há paraíso terrestre onde não  existam –  exceto nos paraísos fiscais, onde tudo é legal. 

Porém, enquanto a corrupção se instala em jogos de cumplicidades por  corredores e gabinetes, usando os meios mais sofisticados,  pelo contrário, os tentáculos da droga, esses, podem estender-se a céu descoberto, a qualquer hora do dia ou da noite, em todos os lugares, em  toda a parte, onde haja um viciado, há trafico assegurado.

Maio 2015 - A Polícia de Investigação Criminal(PIC) de São Tomé e Príncipe a acredita que o consumo elevado de drogas esteja na origem da onda de criminalidade que assola o país. – Obviamente, que um fenómeno acompanha o outro – E há que  procurar atalhar os dois males, dada a sua estreita promiscuidade. Polícia de São Tomé e Príncipe diz que droga está na origem do aumento da criminalidade 

São Tomé e Príncipe na rota do tráfico de droga

Maio de 2013  - O tráfico e os toxicodependentes estão a aumentar em São Tomé e Príncipe. No início da semana, as autoridades incineraram drogas no valor de meio milhão de dólares. É o primeiro sinal enérgico no combate ao problema  - São Tomé e Príncipe na rota do tráfico de droga | São Tomé ...

ARMADO EM EMPRESÁRIO  - FAZIA VIAGENS CONSTANTES - 

Há que denunciar e combater, sem contemplações, os traficantes estrangeiros que vêm a estas maravilhosas ilhas, perverter a sua juventude, levando-a ao consumo de droga, à perdição do seu futuro, ao desmembramento dos seus laços familiares e a colocarem em risco a segurança e o tradicional ambiente pacífico destas ilhas paradisíacas. 


Foi em Novembro de 2014 - Mas penso que o caso não perdeu atualidade:  

Português “empresário” fazia desta ilha o paraíso dum contínuo vai e volta  para encontros com o gang da Ponta Mina, que atua com um  falso elemento da autoridade – Logrou escapar-se num voo da STP, após grande confusão com aquele grupo e elementos da sua “rede” à porta da pensão onde se hospedava – Depois de ter ficado sem 4000 mil euros, computador e telemóvel  e ter sido forçado a pedir dinheiro emprestado –



 De nacionalidade portuguesa,  fazia-se habitualmente passar  por um homem de negócios. A nós declarara-nos que abandonara a profissão de advogado para se dedicar a investimentos em S. Tomé, com empresários locais. -  Só naquele ano, fez dezenas de voos na STP Airways..  

Segundo as últimas informações que pudemos recolher, em video, junto da proprietária da pensão onde o "empresário português" se hospedava, temos a confirmação de  que, desta vez, os "negócios" lhe terão saído furados, dado ter tentado comprar a liamba ao  grupo de Ponta Mina . 

As declarações que nos prestou baseiam-se no  que ouviu de pessoas que lhe vieram relatar os factos, dado ter estado ausente da sua hospedagem, na altura em que se travou a violenta discussão seguida de agressão, entre os traficantes e o português. - 

Um grupo de traficantes, perigoso e organizado, que habitualmente se faz passar por um agente policial disfarçado, ao qual entregou a importância de 4000 mil euros, mais um computador e o telemóvel para compra de venda e revenda de liamba aos seus distribuidores, que o acompanharam de Lisboa. -  Só que, desta vez, fizeram-lhe  a folha: teve que dar o que tinha e não tinha. Tendo sido forçado a pedir dinheiro emprestado. 

Quem não quer problemas não se mete neles. 

São Tomé  é uma ilha segura e de gente carinhosa e pacífica. Não há rosto que não exprima um sorriso afável e  não é forçado. Pois é  tão natural como o das suas maravilhosas paisagens. A gasolina é mais barata  que em Portugal. Nos mercados encontra-se de tudo e a todos os preços. Com menos de dois euros é possível almoçar num restaurante do Povo. O que é preciso é ter alguma atenção é com os picantes.  Mas também só os aceita quem quer. As roças já não são o que foram e nem tão pouco  de uns quantos mas do Povo - E  não faltam recursos ao estender da mão. - 

São Tomé – Droga e Corrupção, poderão comprometer a paz e o futuro tranquilo das Ilhas –  Eventual traficante disfarçado de empresário  fazia desta ilha o paraíso de  vai e vem – Em voos regulares numa das companhias aéreas 




terça-feira, 23 de agosto de 2016

S. Tomé e Príncipe - Mais milhões para diversificar as fontes de energia renováveis e melhorar o sistema de fornecimento de electricidade à população santomense - Ou ficar tudo na mesma.



O fornecimento de água e de eletricidade, em S. Tomé e Príncipe,  bem essencial à vida da população , continua a ser privilégio dos que podem pagar faturas exorbitantes  para encher os bolsos da uma certa elite corrupta, ligada ao sistema politico, que se serve deste mesmo instrumento como arma politica: desde o transporte de postes de postes eletricidade na manhã do escrutínio das eleições, mas que depois ficam por lá  aos mosquitos por erguer,  aos apagões quando é preciso silenciar discursos inconvenientes: assim sucedeu com  o discurso do Presidente Manuel Pinto da Costa, proferido aos embaixadores acreditados no pais, subitamente silenciado da emissão da televisão do Estado, sem explicação.

MILHÕES PARA TUDO FICAR COMO DANTES


Referem as últimas notícias que “O financiamento previsto para cobrir o período de 2015 à 2019, no valor de 1 milhão de dólares por ano, está a ser preparado numa altura em que se encontra em São Tomé e Príncipe, uma equipa do CADRI-capacidade para redução de riscos e catástrofes. A equipa veio avaliar o desempenho nacional na prevenção de catástrofes e as capacidades de resposta.
 4 Milhões de dólares para combater efeitos das mudança

Mais uns milhões para encherem os cofres de privilegiados corruptos, nos quais se cruzam interesses orientais  e europeus para irem sacar milhões externos: ao FMI ou à Comunidade Europeia 
São Tomé e Príncipe: 29 milhões de dólares para energias renováveis
Noticia recente refere que "As fontes renováveis de energia e o fornecimento de eletricidade serão melhorados em São Tomé e Príncipe, através do financiamento de 29 milhões de dólares, sendo 16 do Banco Mundial e 13 do Banco Europeu de Investimento.

Um acordo foi assinado neste sentido esta segunda feira (22/08) pelo Ministro santomense das finanças, Américo Ramos e Clara Sousa, representante do Banco Mundial para o arquipélago que afirmou "este projecto contribui para que São Tomé possa caminhar em direcção aos seus objectivos de desenvolvimento sustentável e adaptação às questões que são levantadas pelas mudanças climatéricas".

BENEFICIÁRIOS: A MINORIA QUE PODE SUPORTAR TARIFAS ESPECULATIVAS  

Numa população calculada em 187.356 habitantes, vêm dizer que metade é servida por eletricidade, o que é uma rotunda falsidade

Os principais beneficiários do projecto incluirão 90 mil consumidores da rede da empresa de água electricidade EMAE, que irão beneficiar do aumento no fornecimento de energia e de melhor fiabilidade, designadamente através da reabilitação da central hidroeléctrica do Rio Contador e da instalação de contadores. São Tomé e Príncipe: 29 milhões de dólares para energias renováveis
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A ESMAGADORA MAIORIA DA POPULAÇÃO VIVE ABAIXO DO LIMIAR DA POBREZA – QUEM NÃO PUDER  PAGAR OS LUCROS ESPECULATIVOS, NÃO TEM ACESSO À ELETRICIDADE EM CASA -  FAZEM ULTIMATOS


Jornal Transparência :  –
 Depois do ultimato anunciado na passada semana pela Empresa de Água e Electricidade (EMAE) de São Tomé e Príncipe, para que os clientes que têm duas até três facturas em atraso, pagassem as suas dívidas acumuladas e pudessem regularizar a situação junto a empresa.

(…) “ a Direcção da EMAE poderia adoptar mecanismos que pudesse facilitar a população, quando muitas das vezes a empresa tem cobrado a taxa tão elevada, que nem sempre correspondem aquilo que consomem ou gastam diariamente, e por outro lado sugeriam que a empresa descentraliza-se os serviços em termos de pagamento em cada distrito do país, de forma reduzir os custos de transportes, tendo em conta que muitas pessoas deslocam de zonas distantes para a cidade capital para o efeito de pagamento das suas facturas”.

Enquanto alguns cidadãos, reclamam que o custo de vida tem tornado cada vez mais difícil e o salário é muito reduzido, o que tem posto em causa acumulação das facturas em atraso e outras despesas que suportam diariamente no seio familiar. – Excerto 22.04.2015


IMPORTAM A QUINQUILARIA OBSOLETA, PAGA COMO NOVA PARA QUE OS LUCROS SEJAM AINDA MAIS REFORÇADOS


Muitos de geradores, que chegam a S. Tomé e Príncipe, já deviam estar no ferro  velho mas são importados como novos  - Claro para justificar fundos milionários, cujos milhões são repartidos pelos comissários que os assinam, testas de ferro das  empresas multinacionais e a escumalha politica que os recebe.  – Obviamente que não é São Pedro que despeja das nuvens o cifrões mas os contribuintes nos seus impostos, que têm que andar a alimentar toda uma cambada de malfeitores

DEPOIS VÊM COM ESTAS EXPLICAÇÕES  ESFARRAPADAS - DE QUE A CULPA É DOS GERADORES  -MAS O FUTURO VAI SER PROMISSOR - A COSTUMEIRA CANTILENA


08/03/2016 -Geradores novos que pararam de funcionar, e a mudança dos cabos de alta tensão, estarão segundo o Primeiro-ministro Patrice Trovoada, na base do corte no fornecimento de energia eléctrica a população.

O Primeiro-ministro indicou as acções em curso no sentido de melhorar a rede de distribuição de energia, como uma das causas do apagão nacional.

A segunda causa e por sinal a mais importante, deixa o Chefe do Governo aborrecido. Trata-se dos novos geradores importados para aumentar a produção de energia eléctrica, e que deixaram de funcionar.  «Mais grave tem a ver com a inoperância de alguns geradores dos quais, alguns são geradores novos. O problema desses geradores levam-nos a questionar porquê que esses geradores têm esses problemas?».Patrice Trovoada, garantiu que já começou a encontrar respostas, após ter-se inteirado da situação. «As respostas estão avir a superfície e o que importa agora é por esses geradores em funcionamento», sublinhou08/03/2016. Patrice explicou as causas do Apagão Nacional | Téla Nón  23/05/2016 - Patrice anuncia fim do ciclo de instalação de centrais


LIBERALIZAÇÃO PARA O BOLO SER REPARTIDO PARA NOVAS CLIENTELAS POLITICAS

Oferta da EMAE em eletricidade supera a procura 13 Jan 2012 -No 2º Governo de Patrice Trovoada - A boa nova foi anunciada pelo Director Geral da empresa de electricidade. Raul Cravid(na foto) garante que nesta altura, o fornecimento de energia é estável em todo o país, e que a EMAE, está a ultimar os diplomas legais com vista a liberalização da produção de electricidade no país.

Obviamente, que, um bem essencial, tinha de ser também objeto de cobiça pela pirataria  liberal, instalada no poder com faca e garfo à espera de novas sobremesas

2012 - Raul Cravid, que no passado dirigiu a EMAE regressou a casa por ordem do Governo, para chefiar a comissão provisória de gestão da empresa. Três meses depois de reassumir o cargo,  dá boas nova Oferta da EMAE em electricidade supera a procura |


SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE – UM DOS PAÍSES MAIS PEQUENOS E MAIS POBRES DE ÁFRICA – NÃO TEM A VIOLÊNCIA NEM A EXTREMA MISÉRIA  DE OUTRAS NAÇÕES - MAS NA POLÍTICA NÃO FALTAM IMITAÇÕES.

Em S. Tomé e Príncipe, a Natureza é bela e fértil, há frutos por todo o lado e durante o ano inteiro, dificilmente alguém morre de fome, no entanto, sofre as carências de bens essenciais, nomeadamente dos que são importados, e sobretudo na compra de medicamentos, já que, a generalidade média das pensões, ronda os 20 a 30 euros mensais e o ordenado mínimo, à volta dos 40


Políticos destes, que vão para a política, unicamente para trampolim dos seus interesses pessoais, há-os em todos os partidos, em todas as lideranças e em toda a parte  - E, nos tempos que correm, vai sendo cada vez mais difícil, separar o trigo do joio: nos famigerados tempos em que as ideologias fascistas e nazistas,  estavam na mó de cima, os políticos desses ideários, aperfilhavam essas doutrinas, por convicção; estavam convictos de que essa era o caminho politico que deviam seguir. Agora, as convicções vão-se esbatendo, os egoísmo pessoais, sobrepõem-se aos ideais e a politica, vai-se transformando-se num jogo de cifrões, ao estilo de Durão Barroso – O mundo é dominado pelo liberalismo, mais desenfreado, egoísta e selvagem, cruel e desumano, gerando milhões de desempregados e provocando crescentes injustiças e desigualdades sociais.

SECAS PROVOCADAS PELA GRAVANA ESTÃO A DEIXAR NO DESESPERO ALGUMAS DAS POPULAÇÕES MAIS ISOLADAS 

Tal como é referido por especialistas, mesmo até por estudos realizados há mais de cem anos ( o caso deste breve texto)  na extensão da Ilha de São Tomé  há uma diversidade enorme de climas: enquanto se registam 11 graus centígrados desagradáveis no Pico nas manhãs da gravana ou das chuvas, a cidade derrete-se a 28 ou 33 graus á sombra; enquanto o nordeste da Ilha se mirra na gravana  seca e ventosa, chove diluvialmente  em S. Miguel


Mesmo dentro da altitude da cultura cachoeira, até 800 metros, há uma diversidade enorme de condições atmosféricas, como se vê pela época da maturação do cacau , tão diferente do norte da Ilha para os Angolares, por exemplo, e pela distribuição da colheita no decorrer do ano. Não se faz bem ideia de quantas modalidades o clima apresenta ao longo da Ilha" 

Esses são os fatores inerentes ao relevo  geográfico, porém, o mau é que a esses fatores naturais, se vieram associar as agressões climáticas  - Tal como já alertei neste site, de nada poderão valer as ajudas monetárias se  a desflorestação e as queimadas prosseguirem – Esse panorama persiste e agrava-se a cada dia que passa. Em queimadas, a noroeste e, em desmatação, selvagem a sul. 


Algumas das praias poderão desaparecer até ao fim do século –O aquecimento global, atividade vulcânica dos Camarões, exploração dos carbonetos, as principais causas de uma catástrofe à vista e de imprevisíveis consequências.  Mas, a desflorestação em S. Tomé, além de propiciar alterações climatéricas na Ilha, também pode contribuir para o agravar destes riscos

NÃO SE PODE FICAR INDIFERENTE  ESTA DESFLORESTAÇÃO  DESMEDIDA - Justiça trava devastação da zona sul de S.Tomé -  Mas será que travou mesmo?

Já conhecia a desflorestação através de vídeos e de fotografias - Porém, longe de imaginar que a sua dimensão  fosse tão  extensiva - Pelo que me foi dado observar,  a área devastada, ao sul da ilha de S. Tomé,  pareceu-me duplicar ou mesmo triplicar os tais 4000 hectares que  foram concessionados  pelo Estado santomense a um grupo privado 

Vi que existem graves ameaças ambientais, tanto à beira mar como no interior. 

Por exemplo, onde está o recife (ilha), que se situava frente à praia lagarto, que  há 40 anos ficava completamente descoberto? - Sim, no qual os pescadores iam buscar o isco  para a sua pescaria e os veraneantes  se estendiam ao sol. Não só não descobri os menores sinais desse recife espalmado, como, ainda bem pior: vi uma baía, quase  sem margem, com a maré cheia a invadir a estrada e, nalgumas áreas,  com mais cascalho de que areal.  

Bem diferente daquela que fora uma das mais aprazíveis praias – Ornada de coqueiros, por um extenso e suave areal, junto à qual surgiam inúmeros caranguejos verdes, vindos das tocas que esburacavam no mato para capturarem as suas presas.  Eram tantos a atravessarem a estrada, que havia quem se divertisse a esmagá-los com os pneus do carro, sobretudo à noite. Agora, o que se descobre é uma curta língua de cascalho, que entretanto o asfalto vai protegendo, comida pelo avanço do mar, alguns troncos de esguios coqueiros e de outras árvores, que ameaçam ser arrancados a todo o momento, devido às investidas das ondas na própria estrada, também já esta, de onde em onde, bastante comida e esventrada. 

Orlas costeiras comidas pelo mar, colocando em risco habitações, caminhos ou estradas. Então, na estrada das Neves, depois da Lagoa Azul, por mais paredões que ali se façam – e vimos que havia importantes obras em curso – não tarda, que o troço existente, acabe  por ficar submerso e de se tornar intransitável. E se torne necessário  romper as veredas e fazê-la noutras curvas de nível, mais alto. O pior é a insegurança para  as pequenas comunidades  piscatórias, que vivem as suas vidas, intimamente com o mar,  junto de encostas, tão abrutas, e ao mesmo tempo já tão ameaçadas pelo avanço das águas,  as quais, não tendo  outra alternativa onde se alojar, só restará a possibilidade de virem a  transformar-se em aves.  Pois, mas é gente que vive com um pé em terra e outro no mar – E, este, além de ser adverso, lá fora, nas fainas do seu dia, agora, ainda por cima, lhes ameaça o próprio lar, a humilde cubata de madeira.  Antevê-se, pois,  um futuro algo incerto e inseguro. 

A caminho do sul, ao chegar-se à Ribeira Afonso, até há  porcos que, na fase da maré-vazia,  tranquilamente invadem a margem do escasso areal negro que resta para se  refastelarem de marisco, contudo, um observador mais atento, nota que, uns metros mais ao nível do arruamento,  facilmente se apercebe que já  nem as obras de proteção,  igualmente ali levadas a cabo,  poderão  assegurar que as canoas, ali empoleiradas, deixem de ser  arrastadas por um temporal mais agressivo. 



De nada servem uns velhinhos, e umas velhinhas,  sorridentes e de máquina fotográfica ao tiracolo, andarem a dar umas passeatas pelas praias, fotografando aqui, fotografando acolá, arvorados em especialistas quando o objetivo dessas ditas comissões, mais não é de que justificar subsídios – Formalizar toda uma engrenagem de formalidades: de chorudos empregos, a que acedem uns afortunados  e umas migalhas para o essencial

Ainda se ao menos os fundos das ajudas externas, fossem bem aplicados!.... Mas, pelos vistos, tanto em S. Tomé, como em Portugal – e não só – constata-se que, em matéria de subsídios  os exemplos não têm sido os mais edificantes. Vivemos num mundo de ostentação, de egoísmos e de aparências. Os vícios neoliberais espalharam-se como erva daninha por toda a Terra, privilegiando o privado em detrimento do interesse coletivo

A

domingo, 21 de agosto de 2016

Venham "Asas Brancas" do Poeta, dos Céus dos Anjos ou dos Bruxos - Num tempo da selvajaria liberal, não conhecendo credos, nem raças, nem fronteiras ou Deus - Que espaço resta à Humanidade e aos Homens de Boa Vontade?

“Eu tinha umas asas brancas,Asas que um anjo me deu, /Que, eu me eu cansando da terra, / Batia-as, voava ao céu”  - Veio a cobiça da terra,  /Vinha para me tentar; /Por seus montes de tesouros /Minhas asas não quis dar.  - Veio a ambição, co'as as grandezas, / Vinham para mas cortar, / Davam-me poder e glória;  /Por nenhum preço as quis dar. Almeida Garrett   - Face a tão desmesurado materialismo, selvagem e liberal, campeando imparável por toda a parte, não conhecendo nem raças nem credos, sim, a tanto ímpio egoísmo, sob o diáfano  manto da hipocrisia e a desumanidade,  apetecia-me ter Asas Brancas como o poeta ou então dos Bruxos ou dos Céus,


Espaço de meditação num mundo marcado pelo liberalismo selvagem desumano, a luxúria  e o destemperado egoísmo e hedonismo





sexta-feira, 5 de agosto de 2016

S. Tomé - Parabéns, Sr. Presidente! - Hoje é o dia do aniversário de Manuel Pinto da Costa – As maiores felicidades e êxitos no exercício das suas altas funções para o bem-estar e progresso do Povo de S. Tomé e Príncipe - E os votos de que “ o diálogo construtivo, nunca será uma causa perdida”


S. Tomé - Parabéns, Sr. Presidente!  - Hoje é o dia do aniversário de Manuel Pinto da Costa – As maiores felicidades e êxitos no exercício das suas altas funções para o bem-estar e progresso do Povo de S. Tomé e Príncipe  - E os votos de que “ o diálogo construtivo, nunca será uma causa perdida”




Parabéns, Sr. Presidente. Hoje é um dia muito especial na vida de Manuel Pinto da Costa – Porventura, ainda ausente do seu pais e do seio da família e dos que lhe são mais próximos, dado ter-se deslocado à Guiné Equatorial a participar nas celebrações de 3 de Agosto, dia do Golpe da Liberdade, a convite do Presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, que depôs o seu tio Francisco Macias Nguema.há 36 anos...

É um dos principais rostos da nacionalidade santomense: - cofundador e dirigente do MLSTP, e o primeiro Presidente da República Democrática de S. Tomé e Príncipe –  Falar do seu nome, é associar a imagem  e o perfil  a uma das mais heróicas e ilustres figuras destas Ilhas maravilhosas do Equador. 

Nasceu no dia 5 de agosto de 1937 em Água Grande – Já lá vão uns quantos anos mas a vida não se esgota na contagem das gravanas na sua amada ilha mas na forma intensa, sábia, inteligente  e dedicada, como se persegue um ideal, como se dá sentido à vida! – E a do Presidente, Dr. Manuel Pinto da Costa, tem sido uma vida, particularmente exemplar, dedicada à causa pública, à fundação e aos destinos da sua amada pátria, de quem sente o apelo, de um dever de consciência e de entrega, não olha a sacrifícios 

Uma das distintas figuras,  com quem tive a honra e a grata satisfação  de dialogar, antes da independência de S. Tomé e Príncipe e de quem, com igual simpatia e cordialidade, me despedi ao deixar esta maravilhosa Ilha para tentar a travessia oceânica, numa frágil piroga, de S. Tomé ao Brasil - Mas só, 39 anos mais tarde, o poder voltar aqui a reencontrar e abraçar, concedendo-me a honra e o prazer de me receber na sua residência oficial, no morro da Trindade – Gesto amigo e cordial, que muito me sensibilizou, de particular significado na minha vida profissional e do amor a uma terra, ao seu Povo, pacifico e generoso, a que me sinto ligado por laços de profundo afeto, como se fosse a terra onde nasci, como se fosse também um dos seus filhos. 

Além disso, estou-lhe também profundamente grato pelo gesto amigo e cordial, com que agora me distinguiu, ao proporcionar-me o alojamento numa das vivendas do Palácio do Povo, neste meu novo reencontro com S. Tomé, onde vim associar-me às comemorações dos 40 anos da Independência, bem como apresentar a exposição das minhas aventuras marítimas, assim como poder continuar o estudo das gravuras que julgo ter descoberto, em Anambô – Muito obrigado, Sr. Presidente, por todos estes gestos, tão amáveis e significativos, com  um abraço caloroso e desejos das maiores felicidades e êxitos no exercício das suas altas funções para o bem-estar e progresso do Povo de S. Tomé e Príncipe  - E os votos de que, tal como diz,  “ o diálogo construtivo, nunca será uma causa perdida”


PRINCÍPIOS NORTEADORES DE UM NACIONALISTA E IDEALISTA CONVICTO


02/09/2011 “ Luta contra a pobreza, combate a corrupção e promoção da Unidade Nacional, são os três eixos da proposta eleitoral de Pinto da Costa, que mereceu aprovação da maioria do eleitorado são-tomense, tanto no país como na diáspora.

(…) Doutor em economia pela Faculdade de Berlim, antiga República Democrática Alemã, Manuel Pinto da Costa, membro fundador do Comité de Libertação de São Tomé e Príncipe, primeira organização independentista são-tomense, acabou por ser figura de consenso no seio dos nacionalistas radicados no estrangeiro, para dirigir a nova organização política o MLSTP e consequentemente o novo país independente.
A sua influência na luta pela libertação de São Tomé e Príncipe começou a ser exercida ainda como estudante. Na década de 60 foi eleito secretário para informação e propaganda da União Geral dos Estudantes da África Negra, sedeada em Rabat Marrocos.

Durante 15 anos presidiu os destinos de São Tomé e Príncipe, de 12 de Julho 1975 à 3 de Abril de 1991. –” – Excerto de um artigo de Abel Veiga – na altura em que acabava  de ser eleito para um segundo mandato. Pinto da Costa novo Presidente de São Tomé e Príncipe





"O diálogo nunca será uma causa perdida nem falhada porque sem diálogo não há democracia nem coesão social" - Palavras  de Manuel Pinto da Costa, no dia 12 de Julho, por ocasião dos 40 anos da Independência de S. Tomé e Príncipe"

"Dizia eu há 3 anos que é preciso, neste mundo global, competitivo e vivido em tempo real devido aos avanços tecnológicos no domínio da comunicação, construir pontes para o exterior, preservando a imagem de um país que é, seguramente, a sua principal marca.

Hoje queria acrescentar que temos de saber também e ao mesmo tempo construir pontes entre nós próprios, independentemente das diferenças, num permanente diálogo construtivo e gerador de consensos estratégicos que permitam ao país construir um futuro melhor, o futuro com que todos sonhamos desde que conquistámos a independência





Manuel Pinto da Costa, o homem, que desde os seus tempos de estudante, se bateu pela libertação de S. Tomé e Príncipe, do domínio colonial, considerado o pai da nacionalidade,  a  grande e prestigiada figura histórica de referência da pátria santomense, que, com  um punhado de corajosos e determinados patriotas, esteve na origem dos primeiros passos para a construção e consolidação de um Pais livre e independente, vai disputar a derradeira etapa das eleições. 






MANIFESTAÇÕES DE ENCORAJAMENTO E SIMPATIA -  COMEÇARAM  EM  BÔBÔ FORRO 


  « Foi num gesto de encorajamento e apoio,que a população de Bôbô-Kativo com mais de 400 pessoas, solicitou a presença de Pinto da Costa na sua localidade para um encontro, afim de falarem sobre as eleições presidenciais de 17 de Julho que se avizinham, manifestando assim o desejo de ver o atual presidente da república a fazer mais um mandato de cinco anos a frente dos destinos do país,sendo este o único capaz de garantir a paz, estabilidade, coesão nacional e magistratura de influência,rumo ao tão almejado desenvolvimento que todos santomenses desejam”.


BIOGRAFIA DE MANUEL PINTO DA COSTA  - 2011 - Ganhou as eleições de 7 de Agosto último com 52,88% dos votos expressos nas urnas. 20 anos depois regressa ao cargo que deixou em 1991.
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Manuel Pinto da Costa, foi o primeiro Presidente de São Tomé e Príncipe.

Doutor em economia pela Faculdade de Berlim, antiga República Democrática Alemã, Manuel Pinto da Costa, membro fundador do Comité de Libertação de São Tomé e Príncipe, primeira organização independentista são-tomense, acabou por ser figura de consenso no seio dos nacionalistas radicados no estrangeiro, para dirigir a nova organização política o MLSTP e consequentemente o novo país independente.



A sua influência na luta pela libertação de São Tomé e Príncipe começou a ser exercida ainda como estudante. Na década de 60 foi eleito secretário para informação e propaganda da União Geral dos Estudantes da África Negra, sedeada em Rabat Marrocos.

Durante 15 anos presidiu os destinos de São Tomé e Príncipe, de 12 de Julho 1975 à 3 de Abril de 1991.
Foi um dos primeiros líderes africanos a implementar reformas com vista a mudança do regime mono partidário para a democracia pluralista. Em 1989 sob Presidência de Pinto da Costa o povo foi chamado para referendar a nova constituição política.

Em 1996 concorre às eleições Presidenciais e foi derrotado pelo seu arqui-rival Miguel Trovoada que disputava o segundo mandato.

Em 2001, concorreu às eleições Presidenciais. Miguel Trovoada que estava no final do segundo mandato, lançou Fradique de Menezes como candidato para o suceder. Pinto da Costa sofreu mais uma derrota.

Foto de campanha de Manuel Pinto da Costa
Acto contínuo Pinto da Costa, sofreu pressões no seio do seu partido o MLSTP/PSD para deixar a liderança, face a derrota nas presidenciais de 2001. Assim o fez pouco tempo depois. Passou a ser simples militante de base do MLSTP.

Distante do partido acabou por atrair gentes de várias tendências políticas, que em 2011, pedem a sua comparência como candidato às eleições presidenciais de Julho. Agora é chamado pelos seus apoiantes de Pai Grande.

Vencedor da primeira volta das eleições presidenciais com mais de 35% dos votos expressos, Pinto da Costa teve como adversário na segunda volta, o Presidente da Assembleia Nacional, Evaristo de Carvalho apoiado pelo Governo de Patrice Trovoada. Ganhou com 52,88% dos votos contra 47,12% de Evaristo de Carvalho. Resultado eleitoral que foi confirmado pelo Tribunal Constitucional.
Uma vitória eleitoral, que vai de encontro a proposta de unidade nacional, apresentada ao eleitorado pelo então candidato. Tudo porque na segunda volta as propostas de Pinto da Costa, convenceram a maior parte da classe política são-tomense. Dos 10 candidatos que foram derrotados na primeira volta, quase todos uniram-se as ideias de Pinto da Costa na segunda volta das eleições presidenciais. - Abel Veiga



Ainda continua a ser a figura charneira da Nação 

MANUEL PINTO DA COSTA -  NÃO ACEITA SER MAIS UMA PERSONAGEM  NUM DUELO VICIADO À PARTIDA E EM TODOS OS SEUS DÚBIOS CONTORNOS - Por isso, agrada-me saber que os valores da  revolução  do 25 de Abril, ainda se mantêm vivos em muitas consciências da Pátria-São-Tomense - nomeadamente no seu Presidente: - que não foram totalmente subvertidos pelo desenfreado egoísmo liberal selvagem à escala planetária.

Confirma-se, assim -  e nem podia ser de outra maneira - ,  de quem sempre soube colocar os interesses da comunidade,  acima dos interesses pessoais ou partidários e distanciar-se  de  pressões e sectarismos :  O candidato presidencial são-tomense Manuel Pinto da Costa  recusou entrar na segunda volta das eleições presidenciais de São Tomé e Príncipe, considerando que “participar num processo eleitoral tão viciado seria caucioná-lo” e apela ao Ministério Público para que proceda a uma aprofundada investigação das fraudes denunciadas 



 



PAI DA NACIONALIDADE SÃO-TOMENSE  - HOMEM DE UM SÓ ROSTO E DE UM SÓ FÉ - CABEÇA ERGUIDA, OLHAR CONFIANTE, NOBRE DE  IDEAIS E DE CARÁCTER


O que se passou, com a rocambolesca manipulação da contagem dos votos, no escrutínio do passado dia 17,  só não o descobriu quem é cego, pois foi demasiado grosseiro e teatral para passar despercebido, com manifestas cumplicidades da Governação, que perdeu credibilidade e legitimidade perante o Povo São-Tomense - E desnecessariamente - Com todo o vastíssimo arsenal ao seu dispor, não havia necessidade do Primeiro-Ministro, se envolver de forma tão aberta e descarada: devia ter deixado outro espaço de manobra e respiração a Evaristo de Carvalho e confiar na sua própria imagem.- E, sobretudo, evitar que a sua vitória, fosse manchada por  tão caricatos episódios à sua volta



Na passada Quarta-feira, dia 27 de Julho de 2016,  o Presidente da República em Exercício reuniu-se com o corpo diplomático acreditado em São Tomé e Príncipe, para explicar as razões da sua decisão em não participar na segunda volta das eleições presidenciais –  «Como puderam observar, durante toda a fase de campanha eleitoral a actuação do Governo, particularmente a do senhor Primeiro Ministro enquanto líder da formação política que apoia uma das candidaturas às referidas eleições, foi centrada em ataques sistemáticos, intrigas de pequena política, insultos e desrespeito, no ódio ao candidato Manuel Pinto da Costa, para além de outros comportamentos pouco dignificantes da vida política em democracia», declarou Manuel Pinto da Costa na recepção ao corpo diplomático no Palácio do Povo

REPORTAGEM NÃO CONSTA DO ARQUIVO DA TVS




O discurso foi gravado pela reportagem da TVS, a televisão sob controlo governamental, só que, na hora do telejornal,  mal a peça jornalística, começara a  ser difundida, um inesperado apagão, não permitiu a sua audiência – Nestes casos, o  habitual    - tratando-se, mormente de um discurso do mais alto magistrado da Nação – era que a peça de reportagem  fosse transmitida no dia seguinte.

Tal não aconteceu, ou que a mesma fosse posta nos registos da TVS, para consulta popular, tal também não se verificou: consultei, por várias vezes, o arquivo e   o que  se notou  foi a  ausência do registo desse dia, tal como o  documenta o vídeo e as imagens: é o que pode dizer-se, um salto no calendário, supressão ou omissão deliberada de um procedimento, que poderá  suscitar sérias apreensões e agravar ainda mais o clima de conflitualidade institucional 





SUPRESSÃO DO TELEJORNAL DO ARQUIVO PARA A CENSURA PASSAR DESPERCEBIDA - Pior a emenda de que o soneto 


Paradoxalmente, no dia seguinte, ao discurso do Presidente da República, quem preenche, grande parte do telejornal, é o espaço tomado por uma conferência de imprensa do Primeiro-Ministro, que, sob o pretexto de responder às questões dos jornalistas no âmbito das Eleições Presidenciais de 17 de Julho, com a 2ª volta a realizar-se no dia 7 de Agosto, passa o tempo a deferir constantes ataques ou a justificar anteriores afirmações criticas ao Presidente da República e a promover o seu candidato

QUEM NÃO FOR DO PARTIDO ADI,  FICA  ADIADO: NÃO TEM EMPREGO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - Tem que ir procurar banana no mato 

É sabido, que, quem não for apoiante da ADI, não encontra emprego nos órgãos do Estado: a rádio e a televisão, públicas, estão totalmente sob o controlo Governamental: o saneamento dos vários serviços do Estado, foi deliberadamente tomado pela máquina do partido da maioria: desde o porteiro, ao Diretor, só gente da ADI é que tem lugar na Administração Pública – Um procedimento despótico e autoritário, nunca vistos, na vida pacífica e pacata das maravilhosas Ilhas Verdes do Equador – Nem no tempo de Partido único, entre 1975 e 1991: aliás, diga-se o que disser,  foi o da Ordem e da Estabilidade – Cometeram-se muitos erros, mesmo assim fez-se muita coisa: depois disso, foram Governos, atrás de Governos.

Não sendo apologista por qualquer tipo de ditadura, porém,  a democracia capitalista, tal como tem sido praticada, nomeadamente sob o comando do liberalismo selvagem,  também não me parece que seja a mais adequada  a proporcionar o bem estar geral, justiça social às massas populares, bem pelo contrário – Assenta numa falsa ilusão: no poder do mais forte, do poder económico, ainda  mais perverso, egoísta, desumano, anti-social e  injusto de que o poder absoluto nalgumas  ditaduras: não reprime por delito de expressão, mas  quem controla  a comunicação social e a justiça, são os partidos associados ao grande poder económico – Os melhores empregos, são dados, não em função do mérito mas da subserviência partidária - Este é o atual ambiente, que se vive em S. Tomé - Na Ilha do  Príncipe, é um pouco diferente, graças ao poder da autonomia regional, onde a ADI, não é maioritária - José Cassandra, é um democrata, amigo do Povo 

Presidente cessante alerta para risco de "ruturas fratricidas" no país

S. Tomé e Príncipe, considerado um dos países mais pacíficos e maravilhosos de África, onde a vida politica democrática, pese o facto de ter conhecido vários governos, sem poderem concluir a sua legislatura, depois dos sucessivos ensaios do chamado multipartidarismo, vinha decorrendo, com paz e normalidade, não obstante duas tentativas frustradas de golpes de Estado – Mas o que é isso, comparado, por exemplo, com o sangue derramado na Guiné-Bissau, Angola e Moçambique! – No entanto, face ao ambiente de instabilidade, entretanto gerado, no desfecho da 1ª volta das eleições presidenciais, começam a pesar nuvens de tempestade em torno dos horizontes dos seus mares, que poderão vir a ser mais preocupantes de que os tornados, que, de vez em quando entram pela terra adentro.

O Presidente são-tomense, Manuel Pinto da Costa, também candidato que recusa participar na segunda volta das eleições presidenciais de 07 de agosto, disse hoje que o seu país pode estar a correr o risco de "ruturas fratricidas".

"Vive-se hoje uma situação em que se deve poupar o país de uma rutura fratricida. É importante agir com serenidade e sentido de Estado. Foi a maneira como sempre pautei os meus atos", disse o chefe de Estado, num encontro no palácio presidencial com os representantes das missões diplomáticas acreditadas no país.

"De facto, neste momento particular da conjuntura política vivida no país, após a primeira volta das eleições e as peripécias que se lhe seguiram, impõe-se que sejam clarificadas algumas questões diretamente relacionadas com o período em que vivemos para que possamos encarar o futuro como um tempo mais promissor do que o presente", acrescentou o chefe de Estado.
Num discurso perante o corpo diplomático, Manuel Pinto da Costa considerou que "as instituições democráticas têm que dar prova de responsabilidade a todos os níveis e a todo o momento. A autoridade democrática é uma questão de regra e de escrupuloso cumprimento e sentido de serviço público".

Pinto da Costa considerou que "o que pode hoje estar em causa é, sobretudo, a consolidação do regime democrático".

"Hoje há dificuldades no horizonte. Por isso, precisamos de conjugar esforços para evitar que os problemas que atualmente enfrentamos ponham em causa as principais conquistas alcançadas até ao presente momento", disse o chefe de Estado são-tomense.

"Infelizmente, a nossa democracia ainda não atingiu patamares que garantam níveis mais elevados de qualidade no seu funcionamento. Não é aceitável deixar-se que as finalidades das instituições cedam aos interesses mesquinhos e as estratégias individuais ou de grupos", acrescentou.

Num discurso de seis páginas, Pinto da Costa sublinhou face ao processo conturbado das eleições presidenciais de 17 de julho, o país está "a viver um período difícil que é preciso saber ultrapassar".
"Vamos ter que colocar os interesses pessoais ou partidários longe dos interesses do Estado e da Nação", concluiu.

Vamos ter que colocar os interesses pessoais ou partidários longe dos interesses do Estado e da Nação", concluiu.

Pinto da Costa anunciou que recusa disputar a segunda volta das presidenciais, prevista para 07 de agosto, por considerar que "participar num processo eleitoral tão viciado seria caucioná-lo".
O Tribunal Constitucional anunciou que Evaristo Carvalho, candidato apoiado pelo partido no Governo, a Ação Democrática Independente (ADI), concorrerá sozinho à segunda volta das presidenciais, caso Manuel Pinto da Costa, que ficou em segundo lugar na primeira volta, formalize a desistência.
No entanto, hoje, uma fonte daquele tribunal referiu que a desistência de Pinto da Costa não foi formalizada, o que significa que oficialmente ainda é candidato à segunda volta.

Os resultados provisórios divulgados logo após as eleições de 17 de julho deram a vitória a Evaristo Carvalho à primeira volta, mas os resultados oficiais ditaram a necessidade de uma segunda volta.
Segundo esses resultados, Evaristo Carvalho obteve 34.522 votos, o que corresponde a 49,88% dos votos expressos, seguido de Manuel Pinto da Costa com 17.188 votos (24,83%) e Maria das Neves com 16.828 (24,31%).
Num universo de 111.222 votantes, foram às urnas 71.524 eleitores, com uma abstenção de 35,69%.
MYB // VM Lusa

“Que Deus abençoe São Tomé e Príncipe”

Comentário de leitor no Téla Nón - “Pela Primeira Vez” o nosso país entra para a história de Estados que realizam eleições que são tidas e declaradas como sendo injustas e fraudulentas por uma parte dos intervenientes que representam uma faixa considerável da população.



Em muitos países e paragens este cenário constituiria motivo mais doque suficiente para o início de um conflito belicista entre duas partes opostas. Deus continue, por favor, a abençoar STP para que não haja uma “Primeira Vez” de conflito bélico nestas ilhas .Em todas as eleições realizadas em STP, a faixa vencida vem aceitando os resultados apesar de pequenas irregularidades. Desta vez, os vencidos consideram que roubaram ou falsearam os seus votos. Logo, esperava-se das autoridades competentes mais e melhor ponderação e moderação na tarefa de “explicar sem complicar”.- Excerto de  “Que Deus abençoe São Tomé e Príncipe” | Téla Nón