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sexta-feira, 6 de março de 2020

Funeral da Luso-Santomense, Catarina Barros de Sousa, realizou-se a meio da tarde de hoje, no cemitério dos Prazeres em Lisboa, marcado por lágrimas e sentimentos de comovente consternação e de profunda dor e pesar

Jorge Trabulo Marques - Jornalista  -  Com Video do último Adeus


Na imagem o pai, Luís Sacadura, chora vertido em doloroso pranto, debruçado sobre a última morada da sua querida filha.

Catarina Barros de Sousa -  O Adeus  Num dia de sol – Com ramos e coroas de rosas e de flores mas com profunda tristeza. - Partem cedo aqueles que os deuses amam, deixando, porém, órfãos e muito tristes os que lhe são mais queridos e os muitos amigos –- "A pneumónica levou a minha querida tia, aos 22 anos! Era muito bonita!.. Eram todos muitos bonitos! A Catarina era linda! – Diz o seu pai, Luís Sacadura, de origem Madeirense, num desabafo de profunda dor, vertido de lágrimas. 
Confessou-nos o seu orgulho pela sua família: O avô Barros e Sousa, foi juiz e era da Madeira. O seu pai foi comandante militar em Vendas Novas e em Coimbra





O corpo de Catarina Figueiredo Mascarenhas de Barros e Sousa, este o seu nome completo. nascida em Lisboa, em 25 de Julho de 1969, que completaria 51 anos, dentro de poucos meses, assassinada brutalmente a golpes de catana no gabinete do hotel em que trabalhava, no passado dia 2, episódio criminoso que surpreendeu e chocou São Tomé e Príncipe, foi a meio da tarde de hoje conduzido ao Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, depois das cerimónias fúnebres que decorreram na Basílica da Estrela.

O funeral contou com a presença de seu pai, Luis Sacadura, irmãs, sobrinhos, genros, netos  e  amigos da família, além  de pessoas anónimas de nacionalidade portuguesa,  santomense, cabo-verdiana, brasileira e de outras nacionalidades, que fizeram questão de vir testemunhar a sua solidariedade e sentimentos de pesar à família enlutada.

Eram, sensivelmente quatro horas da tarde, quando a viatura, que transportava a urna, coberta de coroas de flores, entra na arcada do portão principal do segundo maior cemitério de Lisboa,  que, após alguns momentos de abraços de pesar de breves mas sentidas condolências,   depois se encaminhou,  seguida  de perto de todos os presentes,   para junto da  parede de uma ala, onde a urna iria ser colocada num dos caixões de mármore e, sob o sopé,  depositadas várias coroas e ramos de flores,  após a mesma ter sido posta sobre uma mesa articulada para o último adeus, onde o pai da inditosa Catarina, amparado por familiares, se debruçou em  comovente choro de  lágrimas de muita dor e emoção.

E o corpo daquela graciosa mulher, que, há 12 anos chegou  de Portugal a este maravilhoso arquipélago africano numa ação de voluntariado com as crianças de rua. sim, que até há uns dias atrás, era alegria de muitos rostos infantis, com quem partilhava muito do seu tempo, em manifestações de apoio e carinho, tendo já a dupla nacionalidade, pessoa muito ativa na comunidade,  conhecida e muito admirada, ali iria repousar na cidadela do silêncio e  da paz eterna, deixando profundas mágoas de tristeza e dor nos corações dos seus entes queridos e de todos quantos ali lhe quiseram prestar a sua singela homenagem e solidarizar-se em horas de tão grave dor e consternação.



Situado no quadrante Ocidental, o Cemitério dos Prazeres, onde há ruas, números de portas,  bairros nobres e caros e outros mais simples e modestos, mas onde a arte fúnebre, arquitectura, escultura e genealogia. se expressa sob as mais diversas formas ou requintes artísticos, como verdadeiros museus ao ar livre, cidadela onde milhares  de vidas, desde há quase 200 anos, com ou sem obras valorosas, vidas sem glórias e anónimas mas sofridas, por desencantos, desgostos ou por qualquer  outro tormento, “Se vão da lei da morte libertando” 

Reza a sua história, que foi aberto nos terrenos de uma quinta de que herdou o nome, Prazeres. Construído em 1833, na sequência de uma violenta epidemia de cólera morbus, que se  destinava a terminar, finalmente, com os enterros nas igrejas, nas capelas ou em claustros de conventos, que comprometiam a saúde pública. E onde repousam grandes figuras da história nacional portuguesa, nos mais diversos ramos, sobretudo nobres, políticos, actores, cantores, escritores, pintores e apresentadores de televisão. além de milhares de outros cidadãos, onde impera o silêncio e a paz dos restos mortais dos que já partiram, lugar  sossego convida à contemplação


“Espaço de 12 hectares,  que, já no século XVI, serviu de refúgio a muitos enfermos das várias epidemias que então assolaram a cidade de Lisboa., cortado por inúmeras ruas ladeadas de enormes ciprestes, amais antiga concentração de  Peninsula Hibérica, onde o silêncio e a tranquilidade imperam. O sossego convida à contemplação e todas aquelas construções nos falam do passado, das pessoas que as mandaram fazer, das que partiram para sempre, das que ficaram com a saudade. "A fé conserva unidos os que a Morte separa", pode ler-se numa lápide. https://pt.wikipedia.org/wiki/Cemit%C3%A9rio_dos_Prazeres

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