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sexta-feira, 31 de março de 2023

Operação Mar Verde - Testemunho da invasão da Guiné Conacri por Alpoim Calvão – Realizada em 22 de Novembro de 1970 no curso da Guerra Colonial - Recordada por antigo militar Adriano Joaquim Lucas, natural de Chãs, Foz Côa

Jorge Trabulo Marques - Jornalista 

Testemunho gravado  da "operação Mar Verde” , nome de código da invasão relâmpago à capital da antiga Guiné francesa por navios de guerra portugueses e ataques aéreos dos Fiat, camuflados,  sem  o distintivo da força aérea portuguesa, que o regime colonial  levou a cabo em Conacri a 22 de Novembro de 1970 - Confisssões de antigo militar em video 

A Operação Mar Verde foi o nome dado à operação militar planeada pelas Forças Armadas Portuguesas, realizada em 22 de Novembro de 1970, no período da Guerra Colonial Portuguesa, pelo destacamento de fuzileiros especiais nº 21, na Guiné-Bissau de 1969 a 1971, com o apoio da Força Aérea e chefiada pelo Comandante Alpoim Calvão.

Recuperou prisioneiros portugueses, causou avultada destruição no aeroporto e em algumas infraestruturas   militares daquele país mas não permitiu nem o derrube do regime de Sékou Touré, nem aniquilar a base de retaguarda de que ali dispunha o PAIGC (Partido africano para a independência da Guiné e Cabo Verde), que batalhava pela independência daquela que se viria a tornar-se na Guiné-Bissau 

Referem estudos, e , pelos vistos, há-os sob os mais diversos ângulos, que "o plano consistia no ataque anfíbio a Conacri, Capital da República da Guiné com os objetivos de libertar prisioneiros de guerra portugueses, destruição das lanchas do PAIGC e eliminação física do Presidente Sékou Touré. Todos os objectivos foram alcançados com excepção da eliminação de Sékou Touré, que não se encontrava no país. O palácio presidencial foi tomado e a maior parte da Força Aérea da Guiné-Conacri foi destruída Operação Mar Verde – Wikipédia, 


MEMÓRIA DE UM ANTIGO SOLDADO DA OPERAÇÃO MILITAR MAIS AGRESSIVA A UM PAÍS AFRICANO INDEPENDENTE

Adriano Joaquim Lucas meu conterrâneo, assentou praça em Beja, depois foi para Tancos, após o que partiu para a ex-colónia portuguesa., tendo ficado aquartelado em Bissalanca. Mas considera ter sido um homem de sorte.

 Em 2014, mostrou-me o seu album fotográfico de recordações e recordou-me allgumas das suas memórias
 
O facto de ter sido ordenança do Comandante, poupou-o do mato, conheceu o General Spínola, que lhe pareceu um homem muito humano. É emigrante em França, desde que regressou da Guiné. Agora está reformado e, sempre que pode vem matar saudades à sua santa terrinha. E foi aqui que me recordou  algumas das memórias, dos longos dois anos que ali passou desde 02.07.70 a 02.07.72 

Embora não tendo sido mobilizado para o local da operação da secretíssima operação à soberania de um país africano, vizinho da então colónia “Guiné Portuguesa”, ainda ajudou a carregar algumas bombas para as asas dos caças, testemunhou os preparativos e pôde ver, mais tarde,  os seus efeitos destruidores, nas imagens do Gabinete de Fotografia Militar   -Para já não falar da morte de seus companheiros, cujos corpos,  constantemente regressavam do teatro infernal das operações e se amontoavam em sucessivos caixões  até serem transportados ou sepultados.  

Depois de três meses de recruta em Beja, Adriano Lucas é selecionado para Força Aérea , em Tancos, donde partiria em comissão militar para a Guiné-Bissau,  em Bissalanca.  Nesse mesmo ano, em 22 de Novembro de 1970, é levada a cabo a invasão à Guiné Conackry, cuja estratégia e  contornos, ainda hoje, em muitos aspectos, permanece envolta por um mistério




Pese os  anos volvidos,  sobre esse período negro, em que foram sacrificadas milhares de vidas de parte a parte Adriano Lucas, atualmente, reformado pelos seus quase 50 anos de emigrante em França, a que junta  uma modesta pensão de 150 eros, por ter sido mobilizado para o ultramar, não esquece as memórias da guerra colonial – A qual,  segundo diz, podia ter sido evitada, “se houvesse entendimento ”com os movimentos de libertação.

Viu morrer muitos companheiros mas o facto de ter sido ordenança do comandante, poupou-o do mato, contudo nem assim deixou de acompanhar de perto essa dramática realidade.


De facto, não há guerras limpas - Todas guerras são sujas e cruéis - Mas há causas justas e não creio que fosse a que defendia o regime colonial  - Que impedia o direito dos povos africanos se libertarem do jugo colonialista e serem livres do seu próprio destino  - Não se pode dizer que a vida das populações tenha melhorado, substancialmente, após a independência, mas este é um processo, com as suas glórias e vicissitudes, que  tinha de abrir caminho à esperança e a melhores dias.


S. Tome e Príncipe - Empresários portugueses de Santo Tirso, Trofa, Póvoa do Varzim, Matosinhos, Maia, e Vila das Aves. interessados em cooperar e investir em várias áreas do país

 Jorge Trabulo Marques -Jornalista

Terras onde o verde harmoniza e domina a sua paisagem 

  De recordar que Santo Tirso, é uma cidade geminada com Santana, S. Tomé – Um grupo de empresários portugueses mostra-se interessado em cooperar com São Tomé e Príncipe no domínio das autarquias.  

O interesse dos empresários portugueses foi manifestado ao primeiro-ministro, Patrice Trovoada, no encontro desta quarta-feira, no Palácio do Governo, com delegações de vários municípios da zona metropolitana de Porto, cujo objetivo foi o reforço da cooperação e a identificação das áreas de negócios para investimentos.  

Refere a STP-Press, que “o porta-voz do grupo de empresários, Sérgio Humberto, revelou, a propósito, que o próprio primeiro-ministro são-tomense lhes disse que “gostaria de ver municípios portugueses engajados em São Tomé e Príncipe nas áreas das pescas, agricultura e turismo”.  

Sérgio Humberto respondeu que “da parte portuguesa existe disponibilidade em cooperar em diversas áreas, inclusive com o município de Água Grande, na planificação da estratégica municipal, e, no geral, na formação de quadros e em todas as áreas que São Tomé e Príncipe mostrar-se interessado”.  

No âmbito da visita a São Tomé e Príncipe, o grupo de empresários portugueses deslocou-se alguns distritos do país, para encontros com os autarcas locais, para identificação de projectos e áreas de negócios, destacando-se ao Distrito de Cantagalo, onde visitou o projecto de suinicultura e de caprinos, e também visitou algumas cooperativas agrícolas de exportação de cacau biológico, da pimenta e da baunilha.  

Integram o grupo representantes das autarquias de Santo Tirso, Trofa, Póvoa do Varzim, Matosinhos, Maia, e Vila das Aves.  


SANTO TIRSO E SÃO TOMÉ - CIDADES DE NOMES SANTOS - E COM PROTOCOLOS DE COOPERAÇÃO.:


O nome de Santo Tirso não é (ou pelo menos não devia ser) desconhecido para muitos habitantes da Ilha de S. Tomé  - As geminações têm um cunho social e não deviam  ser mera formalidade.  -     Santo Tirso,  está geminada com Santana (região de Cantagalo), Porto (com Neves), Guimarães (com Mé-Zochi, cidade da Trindade) e Seixal (com região de Lobata, cidade de Guadalupe) - 

De facto, há certos lugares que são como que inspiradores, que convidam a um certo relaxamento, interiorização e a uma certa serenidade ou espiritualidade. Não sou eu apenas que o digo, são todos os alunos que por ali passam, e, à medida que os anos mais nos distanciam dessa despedida, mais vincada se sente a empatia, a ternura herdada desse persistente  e indelével vínculo.


Deixei esta Escola Agrícola, em S. Tirso, aos 18 anos -  Sim, sou antigo aluno e foi, justamente, o curso que frequentei nesta Escola – o antigo curso Agente Rural – que me levaria a fazer um estágio nas Roças em S. Tomé – Mas não só, a viver as experiências de vida, únicas, as mais diversas, muitas das quais  na vastidão dos mares ou em escaladas, ditas impossíveis.  

– A  Escola Profissional, Conde S. Bento, situada ao lado da emblemática Igreja Matriz,  com edifícios e terrenos que se estendem por duas quintas, que, noutro tempo, faziam parte de um convento beneditino,  para quem a frequente ou a simplesmente a visite, seja em tempo normal de aulas, nas férias ou nas suas festas, deixa sempre emoções muito calorosas, sempre algo para recordar.


Livro “História de São Tomé e Príncipe – De meados do século XIX ao fim do regime colonial” – Entrevista ao autor Armindo do Espírito Santo - Vai ser apresentado dia 14 de Abril na sede da UCCLA, em Lisboa

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista 


Diz o investigador Armindo do Espírito Santo, na breve entrevista que me concedeu, que este seu mais recente livro, que vai ser apresentado no dia 14 de abril, às 18 horas, no auditório da UCCLA, é  a continuação de um livro histórico, que publicou em 2021.

 Aborda questões relevantes, nomeadamente ao modelo de plantações que foi introduzido no arquipélago de S. Tomé e Príncipe a partir de 1858, as relações sociais que ficaram nas roças, entre os trabalhadores contratados, importados, o continente africano e o patronato, bem como a economia naquele período, assim como o regime colonial que forçou os forros a trabalhar nas roças coloniais e nas obras públicas e que levou ao massacre do Batepá em 1953´


Explica, também, que, na sequência desses acontecimentos, os nacionalistas, forros, aproveitaram as circunstâncias para aprofundar a sua reflexão sobre as iniciativas tendentes ao pedido da independência total

Reconhece que, o massacre Batepá, conquanto não estivesse na origem do nacionalismo, porque este já existia nos anos 20, ajudou a reforçar o debate para a promoção desse mesmo nacionalismo que levasse à reivindicação da independência total

O livro tem a  chancela da Nimba Edições e  será apresentado por Abílio Bragança Neto. Estando previstas  intervenções do Secretário-geral da UCCLA, Vitor Ramalho, e do Bastonário da Ordem dos Economistas, António Mendonça.

A apresentação do livro será transmitida em direto através da página do Facebook da UCCLA em https://www.facebook.com/UniaodasCidadesCapitaisLinguaPortuguesa

Armindo do Espírito Santo, é autor de vários livros e artigos publicados sobre S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor-Leste.- Entre os quais: Historia de São Tomé e Príncipe – Da descoberta a meados do seculo XX; Cabo Verde e São Tomé e Príncipe; São Tomé e Príncipe – Problemas e Perspetivas para o seu Desenvolvimento; Economia de S. Tomé e príncipe – Além da que vai apresentar no próximo dia 14 na UCCLA “História de São Tomé e Príncipe – De meados do século XIX ao fim do regime colonial”


De seu nome completo, Armindo Silvestre de Ceita do Espírito Santo nasceu em S. Tomé, em outubro de 1954. É licenciado e mestre em Economia pelo ISEG/UTL e doutorado em Economia pelo ISCTE-IUL. É investigador científico do CEsA - ISEG/UTL e membro do CEA - ISCTE-IUL. Foi professor associado convidado da Universidade Moderna entre 1992 e 1996, professor de Economia Social do Espaço Lusófono no Instituto Superior de Hotelaria e Turismo (ISMAG/ISHT) entre 1996 e 2000 e professor da Universidade Lusófona das Humanidades e Tecnologias entre 1996 e 2007. Exerceu funções docentes e cargos dirigentes no ensino secundário público até 1989. Foi diretor-geral dos impostos em Timor-Leste e consultor fiscal na missão UNMISET das Nações Unidas entre 2002 e 2004. É funcionário da Autoridade Tributária e Aduaneira desde 1989. Tem livros e artigos publicados sobre S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor-Leste.



terça-feira, 28 de março de 2023

S. Tomé e Príncipe - Pesca varrida das Ilhas afortunadas - Pecadores detidos no Gabão –Governo promete interceder para os libertar - Pobres dos bravos homens das canoas e das traineiras, já não bastam os naufrágios, têm que ir pescar aos mares do Gabão e correrem riscos de serem presos, humilhados, além de enfrentarem os tornados e outros tormentos nos mares do Golfo da Guiné -De que vale a retórica habitual dos badalados reforços pelágicos costeiros onde tudo já foi varrido por frotas estrangeiras

Jorge Trabulo Marques - Jornalista

É notícia da STP Press, que “o primeiro-ministro, Patrice Trovoada, assegurou em Lembá, que o governo está a desencadear “todo apoio consular e a nível diplomático junto das autoridades gabonesas para resolver a questão dos pescadores são-tomenses detidos no mar do Gabão”.  

Humilhação que bem poderia ter sido evitada se, a troco de uma fatia de pão, as frotas pesqueiras fossem mais controladas e fiscalizadas ou mesmo determinar certos períodos de impedimento de forma a permitir a renovação do pescado

Nós desencadeamos todo o apoio consular e a nível diplomático estamos a ver com as autoridades gabonesas como revolver a questão da melhor maneira, mas é verdade que se trata da pesca ilegal numa zona protegida…”, explicou o primeiro-ministro.  


Basta ouvir os lamentos dos pescadores santomenses, como já tivemos oportunidade de o fazer para se conhecerem as suas preocupações 


A pesca artesanal tem sido o sustento de várias centenas de pescadores e das suas familias,  a base da gastronomia das ilhas, mas cada vez se tem afigurado como uma miragem

Pescadores Santomenses, manifestam-se  preocupados com o “olho clínico” das frotas pesqueiras que operam nas águas territoriais – Regressam à praia quase de mãos vazias - Ir à pesca nas tradicionais canoas, cada dia se vai tornando num enorme drama, num desalentado, longo e sacrificado calvário

Desabafos de lamentos e preocupações, que tive oportunidade registar em vídeo, num espontâneo e ocasional encontro, que tive na praia da Rosema, em Neves, capital do distrito de Lembá, numa bela tarde de Maio de 2019

Neves -1972- S -Jorge Trabulo Marques Autor do Artigo  

Em cuja baía, nos últimos anos da colonização, chegou a existir um dos mais avançados empreendimentos industriais de África, de fabrico de cerveja e distribuição de gás, além de um bem apetrechado porto pesqueiro, donde partiam e regressavam várias traineiras de pesca para capturas nas águas territoriais do arquipélago, até às vizinhas costas do Gabão e, a bem dizer, por todo o Golfo da Guiné.

De recordar que o Parlamento São-tomense aprovou, já no Governo de Jorge Bom jesus,   uma nova lei das pescas, que permite à Guarda Costeira Nacional abordar e fiscalizar as embarcações suspeitas de prática de pesca ilegal sem que estejam a bordo inspectores da direção das pescas.

Mas como fazer essa inspeção? - Com que meios? O que tem valido, são as missões do navio Zaire, da Marinha Portuguesa, que, desde há alguns anos, tem vindo a reforçar a vigilância e a fiscalização dos espaços marítimos de São Tomé e Príncipe, bem como a segurança marítima do Golfo da Guiné e a capacitação da guarda costeira deste país de língua portuguesa

A pesca semi-industrial tem sido praticada pelos barcos em fibra de vidro provenientes de donativos japoneses. O abastecimento do mercado interno é principalmente assegurado pelos desembarques da pesca artesanal e, de maneira muito marginal, pela pesca semi-industrial.


Acordos de pesca, não têm faltado, tal como projetos e intenções 
Ainda recentemente, foi noticiado que São Tomé e Príncipe caminha para pescarias pelágicas costeiras mais produtivas e sustentáveis

Fala-se de uma estratégia de atualização de dez anos para as pescarias pelágicas costeiras em São Tomé e Príncipe De que "os pelágicos costeiros são uma parte vital das pescas dos nossos países e fornecem alimentos saudáveis e acessíveis a muitas pessoas,” disse Abel Bom Jesus, Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas durante uma cerimónia de lançamento de uma estratégia de melhoramento para as pescarias pelágicas costeiras na África nação da Ilha. 

Noticia que se vem repetindo com  a mesma retórica mas que não tem passado do papel e pretexto de canalização de fundos mas sem resultados  práticos


terça-feira, 21 de março de 2023

Equinócio da Primavera 2023 – Celebrado nos Templos do Sol, nesta segunda-feira, dia 20 e véspera, aldeia de Chãs- Foz Côa no Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nª Srª, com momentos de maravilhoso esplendor solar e de belos momentos poéticos alusivos à Primavera e ao dia do pai

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista e dinamizador do evento - Videos da celebração

Maravilha Pré-Histórico de  Portugal - Equinócio da Primavera 2023  nos Templos do Sol



Celebrado nos dias 19  e 20,  no Santuário  no Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nª Srª, aldeia de Chãs- Foz Côa com momentos de maravilhoso esplendor solar e de belos momentos poéticos alusivos à Primavera e ao dia do pai  

Com poemas de Miguel Torga, Natália Correia, Manuel Daniel, David Mourão Ferreira, António Lobo de Almada Negreiros, pai de Almada Negreiros, de Manuel  Alegre, Maria de Assunção Carqueja, esposa do Prof Adriano Vasco Rodrigues, a quem ficamos a dever o primeiro estudo da Pedra da Cabeleira de Nª Sra. Dom Manuel dos Santos, ex-Bispo da diocese de STP, de Sophia de Mello Breyner Andresen, de Joaquim Trabulo e de minha autoria

A cerimónia teve início às 07.00 horas da manhã, momentos antes  dos raios solares  atravessarem a gruta do majestoso megálito Pedra da cabeleira de Nossa Senhora

Imagem de celebrações anteriores

O templo sacrificial, está orientado no sentido nascente-poente, ergue-se no alto de um maciço rochoso, próximo de um antigo castro, no perímetro do Parque Arqueológico e a curta distância da Pedra do Solstício.

Tem a forma de um gigântico crânio, atravessado, na sua base, por uma gruta em forma de semi-arco, com cerca da 4,5 metros de comprimento, que é iluminada pelo seu eixo no preciso momento em que o Sol nasce.

Situa-se nos arredores da aldeia de Chãs, no monte dos Tambores, cenário mítico, e já habitual, para assinalar a entrada da estação mais florida do ano

Verdadeiro observatório astronómico primitivo, que os antigos povos sabiamente teriam aproveitado não só como calendário, mas também para ali realizarem os seus cultos, festividades e rituais, com uma forte ligação à agricultura, à fertilidade e às estações do ano".

Equinocio do Outono 2014, com Adriano V. Rodrigues

Da mesma opinião partilha também o Prof. Adriano Vasco Rodrigues, que já em 1956 havia visitado o recinto, que então o classificou como “um local de sacrifícios ou culto do crânio”, remontando ao período "da transição do paleolítico para o neolítico". O investigador,  profundo conhecedor do passado histórico da região, no estudo que então efetuou, aludiu ainda à lenda cristianizada, pela qual, na tradição popular, passou a ser conhecida de Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora. Isto, pelo facto do povo associar a existência de uma pintura rupestre, “que parece a pintura de uma cabeleira humana”  aos cabelos da Virgem Maria, ”na sua caminhada para o Egipto”.

Poucos, mas imbuídos por uma forte e calorosa espiritualidade – Numa cerimónia simples, mas prenhe de esplendor e magia, precisamente no momento em que a graciosa gruta em forma semicircular era atravessada pelos raios solares do nascer do sol

Neste video, poemas do saudoso poeta Manuel Daniel, bem  como um de autoria de Dom Manuel António Mendes dos Santos, com votos de parabéns pelos seus 63 anos, completados neste dia 20 de Março - Natural de São Joaninho, concelho de Castro Daire, diocese de Lamego   

A alvorada do dia, tanto do dia de ontem, como de hoje, foi uma bocada fria mas de um céu azul purríssimo, que, à medida que o sol ia subindo no horizonte, ia também iluminado a extensa cordilheira da margem do maravilhoso vela da ribeira centeeira, e, naturalmente, também a superfície granítica planáltica das quebradas, mancheia e maciço dos Tambores, onde se localizam os ancestrais templos do sol


Hoje, tivemos a presença de António Filipe, um estudioso e dedicado radiestesista, apaixonado por estes antiquíssimos calendários solares, que aqui se tem deslocado, com frequência, e que, desta vez, veio prevenido com um drone fotográfico, tendo registado maravilhosos imagens, cujos vídeos teve a gentileza de nos oferecer - Membro do IPRAD, a primeira instituição portuguesa dedicada inteiramente à promoção da divulgação e desenvolvimento da Radiestesia, Radiónica e Geobiologia.


Ontem dia 19, não podemos contar com alguns dos nossos habituais peregrinos, por motivos inadiáveis, José Lebreiro e Agostinho Soares, a quem dirigimos o nosso abraço amigo e votos de dias felizes e com saúde


Foi, pois, com a preciosa colaboração de António Lourenço, que, ao longo de mais de 30 anos serviu a causa autárquica desta nossa freguesia e que tem sido também um inestimável e dedicado animador e colaborador das nossas já tradicionais celebrações – Além dele, esteve também Carlos Palma, um fervoroso Peregrino, residente nas proximidades de Vila Franca de Xira, e que já aqui se deslocou pela segunda vez.

O nosso abraço amigo, igualmente, à preciosa colaboração de Pedro Daniel, filho do saudoso poeta Manuel Daniel, também ele outro dos fervorosos peregrinos destes sagrados espaços