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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Baptista-Bastos - Nasceu em 27 de Fev. 1934 – Eu nunca escrevi coisas eticamente condenáveis - Confissões do Jornalista e escritor nos anos 80 - - Considerado um dos maiores prosadores portugueses contemporâneos

Jorge Trabulo Marques - Jornalista




Armando Baptista-Bastos nasceu em Lisboa a em 27 de Fevereiro de 1934. Frequentou a escola de Artes Decorativas António Arroyo e o Liceu Francês. – Faleceu em Lisboa, 9 de Maio de 2017

Baptista-Bastos foi "um brilhante polemista, um homem de esquerda, acentuadamente, de esquerda sempre, se teve filiação partidária foi algo muito longínqua, era um combatente", "O 25 de Abril de 1974, tenho a certeza, foi a maior alegria da vida do Baptista-Bastos", afirmou Mário Zambujal, em declarações ao Público, por ocasião da sua morte.

Entre os seus títulos literários, Zambujal citou os romances "A Colina Cristal" e "No Interior da Tua Ausência", referindo que Baptista-Bastos "escreveu até ao fim, até que a doença o dominou"
.
Entre outros meios de comunicação social, Baptista-Bastos trabalhou nos jornais República, O Século, Diário Popular, onde, na década de 1960, manteve a rubrica semanal "Letra de Repórter".

Em fevereiro de 1962, Baptista-Bastos vai com Fernando Lopes durante um mês para a Ericeira, para fazer a adaptação do romance Domingo à tarde, de Fernando Namora. Foi lá que escreveu a primeira versão do seu primeiro livro de ficção, O Secreto Adeus, uma crítica ao jornalismo que existia na altura. A associação a Fernando Lopes levaria ainda Baptista-Bastos a colaborar com o realizador no primeiro filme da autoria deste, Belarmino, obra-chave do Cinema Novo Português, como autor da entrevista a Belarmino Fragoso.[4]

Proibido de colaborar na RTP por ordem direta do director do Secretariado Nacional de Informação, César Moreira Baptista, ficou mais uma vez no desemprego, passando sazonalmente pela redação da Agence France Press, em Lisboa. Pouco tempo depois, entrou para o jornal República. No entanto, resolveu aceitar o convite de Raúl Solnado, que então procurava lançar-se como ator no Brasil, e que tinha sido contratado pela TV Rio, e acompanhá-lo na qualidade de seu secretário. Por coincidência, quando o jornalista chegou ao Brasil deu-se o golpe militar contra o presidente Goulart, fazendo Batista-Bastos a cobertura dos acontecimentos subsequentes, redigindo notícias para o jornal República, que nunca chegarão a ser publicadas, por impedimento da censura.

Volvidos oito meses, de regresso a Portugal, Baptista-Bastos regressa ao República, mas não por muito tempo, pois é convidado para integrar o Diário Popular. Neste matutino irá permanecer por cerca de duas décadas,[5] mais precisamente, 23 anos, desde 1965 até 1988, ficando para sempre associado a este jornal, onde assinou centenas de peças, entre reportagens, entrevistas e crónicas. Foi também aí que teve oportunidade de viajar e escrever sobre Portugal e muitos outros países europeus, americanos, africanos, e contactar e entrevistar inúmeras personalidades, da política, à cultura e ao desporto, mas sem deixar de revelar a opinião e o sentimento do povo anónimo.[1]

Fez ainda parte das redações do Europeu, de João Soares Louro, e de O Diário, bem como das revistas Almanaque, Gazeta Musical e Todas as Artes, Época e Sábado.

sábado, 25 de fevereiro de 2023

Patrice Trovoada – Na Conferência Democracia em África, IDC, declarou que “algo mais importante que a democracia eleitoral, é a justiça – No entanto, nem uma palavra, no seu discurso, proferido na sede da UCCLA, em Lisboa, acerca do alegado golpe militar de 25 de Novembro - Optou por fazê-lo à agência LUSA, para contradizer a acusação do Ministério Público são-tomense, que Iliba Delfim Neves da suspeita da alegada tentativa de golpe de Estado

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista  -  Reportagem com outros intervenientes em https://canoasdomar.blogspot.com/2023/03/uccla-ulisses-correia-e-silva.html


PATRICE TROVOADA, SUBSCREVEU AS CONCLUSÕES FINAIS DO RELATÓRIO DA CONFERÊNCIA – Mas logo a seguir abandonou a sala e não tomou parte na conferência de imprensa – Durante o seu discurso, não abordou a questão do massacre de 25 de Novembro, pelo que também não chegou a ser questionado pelos jornalistas ou de outras intervenções de microfone aberto.   - Optando por fazê-lo à Agência Lusa, à margem da conferência. que decorreu dia 24 na sede da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA, e que contou  com a presença de muitos dirigentes dos partidos que compõem a IDC Internacional e a IDC África


De recordar, que, numa nota à imprensa, o Ministério Público garante que durante 3 meses de investigações não encontrou provas que pudessem culpabilizar Delfim Neves, ex-Presidente da Assembleia Nacional na realização do alegado golpe de Estado no dia 25 de Novembro de 2022.

Mas, Patrice Trovoada, já veio declarar à Lusa, em Lisboa, não se conformar com a decisão   - Disse não estar convencido de que o ex-presidente do Parlamento de São Tomé e Príncipe nada tenha que ver com o assalto ao quartel do Morro, em São Tomé, a 25 de Novembro.

Mas, se a Patrice Trovoada, não agrada o comunicado do Ministério Público, a Delfim Neves, em declarações ao Téla Nón,  declarou  ter recebido a noticia  um sabor amargo, pois não será fácil esquecer  as longas horas do cativeiro. «Quando digo sabor amargo, é porque eu estive no corredor da morte. Significa que se eu morresse esta seria a notícia a transmitir a minha família. Afinal de contas o vosso pai, o teu marido nada tinha a ver com este assunto. É triste», precisou.

"Ago mais importante que a democracia eleitoral, é a justiça  - Discursando na conferência sobre a Democracia em África, promovida pela Internacional Democrática do Centro, IDC, que decorreu sexta-feira em Lisboa, Patrice Trovoada destacou o tema da justiça e a democracia.  

“Nós devemos (os governantes africanos) dar mais ênfase a melhor justiça, tornando-a mais próxima do povo, garantir um poder judicial independente, inamovível e responsável, mas com controlo, e controlo alargado ao controlo dos cidadãos. A lei fixa um quadro geral, mas quando chegamos à interpretação da lei, então vemos aí uma dimensão política que é muito delicada”

Patrice Trovoada sugeriu mesmo alguns mecanismos para alcançar esse objetivo, por exemplo, no âmbito das inspeções judiciais: “Achamos fundamental e tentamos em São Tomé e Príncipe, que a inspeção a nível da justiça seja internacional e que o colégio dos inspectores seja composto não só por magistrados nacionais, mas também por magistrados estrangeiros”.  

PATRICE TROVOADA  optou por, de algum modo se vitimizar - DE  FALAR DE JUSTIÇAS E  INJUSTIÇAS  E de uma democracia em que também não tem sido exemplar. 

Patrice Trovoada, recordou a frustração da recontagem dos votos e dos recursos interpostos  pelos partidos da oposição, dizendo: "eu sei quanto pode ser grande a frustração, quando nos dia da eleição os resultados são adulterados. Eu como fui PM quatro vezes, tenho o privilégio de ter passado de um lado e de outro; oposição e poder: ganhar as eleições e também saber perdê-las

Considerando, que, algo mais importante de que a democracia eleitoral, é de facto a justiça: e, aquilo, que nós sentimos, é um profundo sentimento de injustiça!... E, para que as coisas funcionem melhor em África,   é preciso, de facto que nós temos uma melhor justiça

Refuta a versão de que, a democracia, que foi criada no ocidente, tem pouca vocação para ser um conceito universalmente aceite em África, que não é verdade

Nós os africanos, temos que assumir aqui, que, a democracia universal,  pode ser funcional em todas as latitudes, com o seu corolário de sistema representativo!.. Boa governação! Liberdade de imprensa! Multipartidarismo!... Independência das magistraturas! Recusa da censura e prestação de contas

Por isso, nós  estamos aqui, todos iguais! Todos da aldeia global! E a força que nós representamos aqui tem de ser uma força de soluções.

Quem dizia que mais valia uma injustiça de que uma desordem, foi o  Goethe! Não foi um ditador africano.

E, a teoria de que mais valem as injustas de que as desordens, é aquilo que, muitas vezes, os países africanos, levam às populações a trabalharem com os grupos terroristas!... Porque os Estados praticam injustiças!... Porque os exércitos praticam injustiças

Citando que nada vale melhor de que  justiça!... Nada pode justificar a injustiça!... Mesmo quando falamos de instabilidade!...

Defendendo mais autonomia as poderes locais, nomeadamente financeiro

Recordando, que, na tradição africana, nós sabemos o respeito que temos pelos mais velhos e sabemos dois modos de resolver o conflito: a mediação e  da a conciliação. E esses modos de resolver os conflitos, são modos também modernos!.. Que nós chamamos de arbitragem. Com o exemplo de que eles faziam as pazes por detrás de um imbondeiro.

E citando, outro pensador, diz que os bons  hábitos fazem-nos melhor de que as leis, defendendo que é preciso, de facto, procurar o exemplo da nossas tradições” Todas as ferramentas! Todas as sementes!... Pois só pode ser possível viver melhor de houver justiça!

Eu creio que, África, faz parte desta aldeia planetária! Não existe democracia africana! Não existe justiça tropical!... Existe um conceito universal que partilhamos, aqui todos!

Agora, é fundamental, passarmos daquilo que é legal para aquilo que é legítimo!... Porque, muitas vezes, quando perdemos as eleições

 

 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Conceição Lima – Poetiza São-Tomense, homenageada em Lisboa pelo Clube Literário Kalunga em calorosa sessão poética, com a viola e a voz de Tonecas Prazeres, as palavras elogiosas de Inocência Mata e as presenças de vários poetas

Jorge Trabulo Marques . Jornalista 


A sessão foi também  oportunidade para autografar o seu novo livro O MUNDO VISTO DO MEIO e destacar a poesia  da comunidade de que faz parte: Resistência! Resiliência!  Solidariedade! Amor! Universalidade.


“Poéticas Afro-Atlânticas em Lisboa”, é o nome da tertúlia que ocorre na última quarta-feira de cada mês de Janeiro a Novembro, num dos espaços da Livraria Snob (Travessa de Santa Quitéria, 32A), promovendo o encontro de poetas dos países africanos, europeus e americanos historicamente ligados pelo Atlântico, organizada pelo Clube Literário Kalunga – palavra que significa mar em quimbundo. Com  microfone á leitura de poemas, quer dos poetas homenageados, quer à livre escolha de cada um

Na sessão, desta última quarta-feira, foi distinguida a jornalista e poetiza, Conceição Lima, que, no momento  de  manifestar o seu agradecimento pela distinção, confessou, que, se  por um lado, tomo como reconhecimento de alguma da minha poesia, é também do reconhecimento da poesia de S. Tomé e Príncipe, que é uma poesia que já produziu grandes nomes: Francisco José Tenreiro, Alda do Espirito Santo e Maria Manuela Margarido













Confessando que  gostaria de felicitar, vivamente, os organizadores! Os investigadores! De uma iniciativa como esta. Uma iniciativa que nos fala da impressibilidade da poesia do Atlântico, como ponto de interceção! De África! Portugal! Brasil! Columbia

E sublinhado  que esta "iniciativa é maravilhosa! É necessária!  E poderá – quem sabe – inspirar iniciativas similares ou de inspiração onírica!

Eu gostaria também de dizer que a minha presença aqui está colocada por uma certa timidez!... Mas, ao mesmo tempo, por uma certo sentido de uma certa comoção  e de privilégio!... Porque eu tenho consciência da comunidade, no seio da qual me encontro: uma comunidade de poetas e de poetizas e que fazem da poesia, aquilo que é: Resistência! Resiliência!  Solidariedade! Amor! Universalidade

Na sessão da referida tertúlia, em que, Conceição Lima, também concedeu autógrafos da sua última obra, O MUNDO VISTO NO MEIO,   a ser lançado em Março próximo, participaram os poetas  João Melo e Zetho Gonçalves (Angola), Ronaldo Cagiano e Ozias Filho (Brasil), Filinto Elisio (Cabo Verde), Luís Castro Mendes, Luís Filipe Sarmento, Dinis Machado e Maria João Cantinho (Portugal), e ainda Brassalano Graça (São Tomé e Príncipe/Portugal). - Além de outros rostos santomenses, tai como Solange Salvaterra, Rufino Santos, João Carlos, Carlos Gonçalves

Outra presença foi a do antigo jornalista do DN, Ferreira Fernandes,  que ali foi fazer uma reportagem para um espaço digital, sobre Lisboa -  Natural de Angola (Luanda,  27 de Maio de 1948 )esteve exilado em França, escreveu um livro com reportagens dos EUA, a que deu o título Os Primos da América, a de gerações de homens e mulheres que atravessaram o mar em busca de uma esperança que lhes faltava na sua terra, quer porque ela fosse terra demasiado pobre, demasiado pequena, demasiado atrasada, ou demasiado tudo isso em simultâneo.


Ferreira Fernandes (Luanda,  é um dos mais reputados jornalistas portugueses, tendo colaborado com o Público, o Diário Popular, a Visão e a Sábado, entre outras publicações. Recebeu diversos prémios de reportagem, entre os quais o prémio Bordalo — Jornalista do Ano (Casa da Imprensa) e o prémio Jornalista do Ano (Clube de Jornalistas do Porto). Assina atualmente uma crónica no Diário de Notícias

Conceição Lima - Indubitavelmente, uma das mais reputadas jornalistas são-tomenses, que tem pela poesia uma enorme paixão. Formada em Lisboa e no King's College de Londres, começou por publicar poemas dispersos em jornais e revistas e integra diversas antologias poéticas internacionais

Maria da Conceição de Deus Lima, nasceu em Santana, atual vila e capital do distrito de Cantagalo, em 8 de Dezembro de 1961, mais conhecida por Conceição Lima ou São de Deus Lima, creio que em resultado da admiração, do carinho, simpatia e da popularidade, que goza no seu país, possuidora de uma obra poética que tem sido objeto de vários estudos de Mestrado e de doutoramento em universidades portuguesas e sobretudo brasileiras e também o nome mais traduzido da literatura são-tomense, nomeadamente nas línguas alemã, árabe, francesa, italiana, galega, espanhola, inglesa, servo-croata, turca e shona.
Na capital britânica trabalhou como jornalista e produtora dos serviços de língua portuguesa da BBC. Apesar de uma longa carreira como jornalista, a escrita poética sempre fez parte da sua vida. Aos 19 anos viajou para Angola e participou na VI Conferência dos Escritores Afro-Asiáticos, onde recitou alguns dos seus poemas. Foi provavelmente a mais jovem a fazê-lo. Desde então já publicou dezenas de poemas em jornais, revistas, e antologias em vários países. Em 2004, publicou ‘O Útero da Casa’ e em 2006 lançou ‘A Dolorosa Raiz do Micondó’. ‘O País de Akendenguê’ é o último título editado



 


 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Conceição Lima - Homenageada, em Lisboa, esta quarta-feira, no Clube Literário Kalunga, Livraria Snob

Conceição Lima - É homenageada, em Lisboa, esta quarta-feira, pelas 18h, no Clube Literário Kalunga, Livraria Snob, travessa de Santa Quitéria, 32 A - - Contamos fazer reportagem para este blogue - Jorge Trabulo Marques . Jornalista https://canoasdomar.blogspot.com/2023/02/conceicao-lima-homenageada-em-lisboa.html

Indubitavelmente, uma das mais reputadas jornalistas são-tomenses, que tem pela poesia uma enorme paixão. Formada em Lisboa e no King's College de Londres, começou por publicar poemas dispersos em jornais e revistas e integra diversas antologias poéticas internacionais

Maria da Conceição de Deus Lima, nasceu em Santana, atual vila e capital do distrito de Cantagalo, em 8 de Dezembro de 1961, mais conhecida por Conceição Lima ou São de Deus Lima, creio que em resultado da admiração, do carinho, simpatia e da popularidade, que goza no seu país, possuidora de uma obra poética que tem sido objeto de vários estudos de Mestrado e de doutoramento em universidades portuguesas e sobretudo brasileiras e também o nome mais traduzido da literatura são-tomense, nomeadamente nas línguas alemã, árabe, francesa, italiana, galega, espanhola, inglesa, servo-croata, turca e shona.
Na capital britânica trabalhou como jornalista e produtora dos serviços de língua portuguesa da BBC. Apesar de uma longa carreira como jornalista, a escrita poética sempre fez parte da sua vida. Aos 19 anos viajou para Angola e participou na VI Conferência dos Escritores Afro-Asiáticos, onde recitou alguns dos seus poemas. Foi provavelmente a mais jovem a fazê-lo. Desde então já publicou dezenas de poemas em jornais, revistas, e antologias em vários países. Em 2004, publicou ‘O Útero da Casa’ e em 2006 lançou ‘A Dolorosa Raiz do Micondó’. ‘O País de Akendenguê’ é o último título editado

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

S. Tomé - Presidente da CEEAC tem relatório pronto sobre a alegada tentativa de golpe de Estado em 25 de Novembro - Assegurou que as provas contidas neste relatório são irrefutáveis, já que "foram publicadas pelos próprios protagonistas". -Governo lamenta a atitude do Presidente da Comissão, económica da África Central, e considerou que o pronunciamento de Gilberto Veríssimo, «põe em causa o bom nome do País».

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista 

Executivo liderado por Patrice Trovoada, declarou no comunicado, que apesar de não conhecer as conclusões do relatório preliminar da CEEAC, «não entende a intenção, nem a razão de tais expedientes, pelo que repudia e condena de forma veemente a atitude do Presidente da Comissão Económica dos Estados da África Central

Na entrevista à Rádio França Internacional Gilberto Veríssimo anunciou que uma equipa de peritos da Comunidade dos Estados da África Central, realizou um inquérito sobre os acontecimentos de 25 de novembro de 2022, em São Tomé.

O inquérito no terreno demorou 30 dias. Gilberto veríssimo e adiantou que já tem em mãos o relatório preliminar, que será entregue aos chefes de estados da União Africana na cimeira de 25 de fevereiro na República Democrática do Congo.

«Felizmente naquilo que aconteceu em São Tomé, as provas são públicas. Alguns dos protagonistas deram-se ao desfrute bizarro, de fazerem fotografias e filmagens e divulgaram como se trata-se de algo normal», denunciou.





O Presidente da Comissão Económica da África Central, explicou que tais provas «foram apreciadas pela nossa missão, e isso é que nos permitirá também fazer o relatório aos Chefes de Estados».
Gilberto Veríssimo visitou São Tomé e Príncipe logo após a tentativa de golpe de Estado que decorreu no dia 25 de Novembro de 2022 e, a pedido das autoridades são-tomenses, a CEEAC enviou uma missão ao país durante um mês que elaborou as suas conclusões sobre o que se passou naquela madrugada.


"A pedido do senhor Presidente da República e do senhor primeiro-ministro, nós enviámos no dia 29 de Novembro uma missão de constatação de factos, missão que esteve até 21 de Dezembro em São Tomé e Príncipe e que teve oportunidade de tratar com algumas autoridades e visitar o quartel em que ocorreram os factos e os protagonistas.

Há um relatório preliminar, que já está em minha posse, e que eu apresentarei aos chefes de Estado a CEEAC a 25 de Fevereiro", declarou o diplomata angolano.


Sem adiantar o conteúdo deste relatório, Gilberto Veríssimo assegurou que as provas contidas neste relatório são irrefutáveis, já que "foram publicadas pelos próprios protagonistas".

O líder da CEEAC que está Addis Abeba para participar no Conselho Executivo e na Cimeira da União Africana, tem também outros temas quentes em mãos, nomeadamente uma investigação sobre os protestos de 20 de Outubro no Chade, onde mais de 600 pessoas foram presas e 50 mortas em diferentes cidades por se oporem ao actual Governo, escolhido pelos militares. Neste ponto, o presidente da CEEAC indica que há "progressos" e "evoluções".

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Mister Page – A magia e a musicalidade anímica e gestual do artista São-Tomense - Em Portugal para expandir ainda mais o seu talento, já com várias exibições internacionais


Jorge Trabulo Marques - Jornalista    - 


 Palavras no dia do seu 36º aniversário em Portugal, 01 de Fev de 2023, em que foi gravado este video - Chamo-me Míster Page! Toda a gente sabe que me chamo Míster Page!.. Agradeço a Deus por mais um ano de vida. E também agradeço a Deus pelo dom, pelo talento musical que Deus me dá!,,, A força e coragem e a felicidade e a paz que também Deus me dá!  Quero mandar uma mensagem para todos os Povos! E para São Tomé!  Vamos ter  calma e  fé que S. Tomé vai mudar! Com todos nós! – É o que eu tenho a dizer a meu Povo de S. Tomé!...  Vamos ter calma! Vamos ser humildes!...  Vamos todos apoiar e ajudar!... Um dia S. Tomé vai ser maravilhoso!


Page da Graça, artista musical São-Tomense,, nascido na capital do seu país, S. Tomé, no dia 1 de Fevereiro de 1987, no Bairro de S- João da Vargem. 

Concluiu o  7º ano do  liceu Nacional de S. Tomé e Príncipe, após o que enveredou pela carreira artística, com várias atuações no seu país, bem como em Angola, no programa Hora Quente, CTA, em Cabo Verde, no programa televisivo Café da Manhã; no Gabão, convidado a promover os seus CDs, pela Associação Residentes no Gabão

Trata-se, de facto, de um jovem talentoso, que cedo despertou espontaneamente para a vida artística no seio de uma família humilde, tendo já no seu currículo, atuações em vários países africanos,  e alguns Cds editados, que se tem revelado um extraordinário animador da música genuinamente africana, com raízes, tanto  das maravilhosas ilhas que o viram nascer, como de outras paragens da África-Mãe e europeias,.



sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Dia de S. Martinho – Recordando a São-Tomense, a Minha Querida e Saudosa Companheira Margarida – Amor não tem cor mas coração, paixão saudade e amor. A única pessoa que me viu partir sozinho de canoa e de noite, rumo à Nigéria – Jamais te esquecerei “O Sr. Jorge (Coimbra) veio cá buscar rolos de filmes todos. Dizendo que ia te mandar" – Não o fez até hoje

 Jorge Trabulo Marques - Repetindo o apelo de 2008, ao Sr. Jorge Moysés Teixeira  Coimbra, que lhe fiz através de vários emails e pessoalmente em S. Tomé, quando ali regressei em 2014 e 2015   -  Tendo-o encontrado, em Lisboa, em 1978  - e  garantindo-me que voltaria a S. Tomé, em breve -  pedi-lhe o especial favor de ir  buscar o espólio fotográfico a casa da minha companheira, que  havia deixado em sua casa, quando parti para a grande aventura de canoa e, até hoje, não se dignou  entregar-mo - 

Traiu a confiança que em si depositou,  tal como o atestam os filhos e os netos por parte do seu falecido esposo , bem como a mim.  - Estas algumas das  palavras de Margarida na carta que me escreveu  : "O Sr. Jorge veio cá buscar rolos de filmes todos. Dizendo que ia te mandar" -  Sim, esse empresário português, ficou-me com milhares de negativos. Comprometeu-se a ser portador da sua entrega e aproveitou-se desse meu valioso património. -  Ainda por cima, faz acusações e ameaças deste género:  “ Estou pronto a investigar este assunto, mais informo que tal investigação sairá cara á tal senhora, a qual eu nunca vi”

Amor não tem cor mas tem Coração, Paixão, Saudade e Dor - Tributo à Minha Saudosa Margarida - Neste vídeo, palavras  e imagens dos filhos e netos na humilde casa onde passou os últimos anos da sua vida   - Que testemunharam a entrega do meu espólio fotográfico ao antigo empresário colonial, Jorge Coímbra.  - Não foi apenas o prejuizo material mas também o afetivo das muitas memórias de que se apoderou. que pude registar ao longo dos quase trezes anos que ali vivi.

Com o Pai e a irmã

Apelidavam-te de Margarida, tal como sempre 

2014

te tratei; mas o teu nome era Ricardina, nascida no dia 18 de Nov. de 1928 . Eras mais velha de que eu, mas isso não importava - Eu como tinha perdido a minha mãe, via também no teu amoroso rosto, além de uma fiel e querida companheira, uma boa amiga protetora. 

Sei que já não fazes parte dos vivos. Deus já te chamou para a outra margem da vida. Mas jamais te esquecerei, enquanto por aqui peregrinar até que um dia também parta para junto da tua companhia.


Quanto não sofreste!... Quando me vistes partir de noite e sozinho, numa canoa rumo à Nigéria, da praia Gambôa, para me ver livre das perseguições e espancamentos de que estava sendo alvo por  parte de alguns colonos, como represálias ao meu trabalho jornalístico, denunciando os massacres do Batepá e dando voz aos que pugnavam pelo fim do colonialismo e a independência das maravilhosas ilhas.  

Ao reler a tua carta, as breves linhas que me dirigiste, mais se me reforça a impressão de que os teus pressentimentos batiam certos: de que, um tal Jorge Coimbra, que foi a tua casa buscar os rolos das  fotografias, não era pessoa de confiar – Ficou de mos entregar e até hoje nunca mais o fez.

SÃO TOMÉ - ATITUDE DO EMPRESÁRIO JORGE  MOYSÉS TEIXEIRA COIMBRA -  DA  CASA COIMBRA - QUE FICOU COM O MEU ESPÓLIO FOTOGRÁFICO E NUNCA MAIS MO ENTREGOU - Veja-se até onde vai o descaramento, na troca mensagens que travávamos: Quererá, então, dizer-me que não se deslocou a casa dessa pessoa minha amiga?  Que não lhe foi feito esse pedido?.. Mas, então, acha que , a humilde são-tomense,  é mentirosa? .. Ou que ela ia  escrever-me uma carta, dando-me conhecimento da sua diligência, mentindo-me? – Mais: tendo ainda de  pedir a uma pessoa para lha escrever, pois não sabia ler nem escrever, apenas por mero devaneio?!..

Diz você que “ Estou pronto a investigar este assunto, mais informo que tal investigação sairá cara á tal senhora, a qual eu nunca vi” – 

Cara, como assim? Vai-lhe hipotecar a campa rasa?!..

Quem não deve não teme. Longe de pretender denegrir a sua imagem ou o seu nome, mas entendo que o assunto deve continuar a ser do conhecimento público  -  O que, até agora, era uma franca e cordial carta aberta, aguardando que tivesse a gentileza de fazer a entregar do espólio que lhe foi confiado ou de ao menos se dignar responder-me - pois não tinha forma de o contactar, pese o facto de lhe ter escrito algumas cartas, a que nunca respondeu, não pode ficar escamoteado.

 Fez este apelo em Fevereiro de 2008 https://canoasdomar.blogspot.com/2008/02/sao-tome-atitude-do-empresario-jorge.html

"O Sr. Jorge veio cá buscar rolos de filmes todos. Dizendo que ia te mandar" - Este empresário português ficou-me com milhares de negativos. Comprometeu-se a ser portador da sua entrega - e até hoje, numa mais mos entregou.

CARTA ABERTA
Caro Sr.  Jorge Moisés Teixeira Coimbra:

Quando me encontrei consigo, aqui em Portugal, pedi-lhe o favor de, ao voltar a São Tomé, se deslocar a casa de Margarida  para ser portador do meu espólio fotográfico que havia deixado ao seu cuidado. E você foi lá, levou os milhares de negativos mas não mos entregou até hoje.

Recebi uma carta de Margarida, com a data de 6 de Junho de 1978, informando-me de que “senhor Jorge veio cá buscar rolos de filmes todos. Dizendo que ia te mandar” Sim, foi lá, teve esse gesto, mas entendeu apoderar-se, abusivamente, do que não lhe pertence. Mandei-lhe várias cartas mas nem sequer teve a gentileza de me responder.

Azar o meu quando nos encontrámos na baixa lisboeta e lhe pedi esse favor! - Quantas vezes já me não arrependi por não os ter levado comigo na canoa – Na véspera preparei tudo para os trazer, porém, receando perdê-los ou danificá-los na viagem com a água do mar, apenas ousei levar uns quatro ou cinco (de fotografias premidas em exposições); afinal, acabei por perdê-las de outra maneira – e, pelos vistos, de um modo bem traiçoeiro!


Atitude completamente diferente da que teve o Sr. Afonso Henriques Ferreira - pessoa muito respeitada naquela ilha, que sempre muito considerei, que igualmente se dirigiu a casa de Margarida, a meu pedido,  para ser portador de um álbum de fotografias (pois as películas, todos os negativos, já os tinha levado você) ele teve a amabilidade  de mos entregar. Mas você usurpou-mos!Não é uma pessoa séria.

Não gostaria de enveredar pela via judicial, pois acho que isso não seria a melhor solução, mas não posso aceitar que fique com um trabalho que não lhe pertence! Não me conformo que continue a apoderar-se de um bem que eu considero de inestimável apreço.  – São documentos e recordações, a que atribuo um valor afectivo muito grande e que muito me custa ver perdidos,


Como se recordará, quando voltei, a São Tomé, alguns meses depois da minha travessia numa pequena piroga de São Tomé à Nigéria, dirigi-me à sua loja - tal como também a outros comerciantes e pessoas amigas a quem fui pedir o  apoio para a  travessia que contava realizar a bordo da canoa Yão Gato, com a qual estava determinado a desafiar a solidão do Atlântico e tentar a travessia de São Tomé ao Brasil.

Das imensas dificuldades por que passei, já eu lhas descrevi, em parte, pessoalmente, quando me encontrei consigo, no Rossio, em Lisboa, quase dois anos depois. Nessa mesma altura, aproveitei ainda para lhe agradecer, uma vez mais, a colaboração que então me prestou, e a que eu já fiz referência nas várias exposições que apresentei.

No entanto, se por um lado, este é um aspecto positivo que me apraz registar, há todavia um outro que me parece condenável, muito deselegante da sua parte – Mais do que isso! É como se acaso me tivesse deferido um golpe de punhal – Sim, acredite, é um sentimento da mais profunda decepção e de revolta que eu tenho contra si – E sabe porquê, Caro Sr. Jorge?! – Sabe, muito bem, com certeza!