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terça-feira, 30 de novembro de 2021

Associação da Roça Mundo - Para a Cultura e Desenvolvimento, em São Tomé e Príncipe - É uma das associações vencedoras pelo concurso promovido pelo Instituto Camões, da Cooperação e da Língua Portuguesa,. em parceria com a Fundação Gulbenkian

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista 

Associação da Roça Mundo, fundada em 1994, por João Carlos Silva e Isaura de Carvalho, está, pois, de Parabéns – Ele, João Carlos Silva, com a sua equioa, tem sido o grande dinamizador dos eventos culturais de S.TP, emblemática figura do programa televisivo " Na Roça com os Tachos"

O referido concurso é uma iniciativa PROCULTURA PALOP-TL, uma ação do Programa Indicativo Multianual PALOP – Timor-Leste e União Europeia, financiada pela União Europeia. É também cofinanciada e gerida pelo Camões, I.P. e cofinanciada pela Fundação Calouste Gulbenkian, com o objetivo de contribuir para a criação de emprego em atividades geradoras de rendimento na economia cultural e criativa nos PALOP e em Timor-Leste.

As associações vencedoras do concurso vão desenvolver a investigação artística e criar novas produções nos próximos dois anos e meio. Foram contempladas com este apoio a Roça Mundo – Associação para a Cultura e Desenvolvimento, em São Tomé e Príncipe, a cooperativa Geba Filmes, da Guiné-Bissau, a associação Mindelact, de Cabo Verde, e a associação cultural Warethwa, de Moçambique.

É noticiado pelo Instituto Camões e pela Fundação Gulbenkian, bem como pelo Jornal Téla-Nón, que, um júri independente apreciou a relevância, a qualidade e coerência do programa, o alcance e disseminação, a capacidade operacional e financeira, e o impacto e sustentabilidade dos projetos.

A Roça Mundo tem como objetivo capacitar a CACAU – laboratório de criação enquanto polo de criação artística no setor do teatro e da dança, com uma programação que incluirá residências artísticas e espetáculos, também noutros espaços fora da cidade de S. Tomé como a Roça Criação artística, o PICA – Ponto itinerante de cultura e ambiente e a FACA-Fábrica das artes e cidadania ativa, em Água Izé. A associação de artes performativas Folha de Medronho é parceira desta iniciativa.

O projeto da cooperativa Geba Filmes, denominado Abotcha, que significa “na terra” em balanta, consiste num programa de encontros e atividades criativas que promovem o diálogo, teatro, cinema e música, na Mediateca Onshore, espaço que se pretende que se estabeleça como campo de produção e encontro cultural de e para as comunidades locais. Conta com a parceria do grupo de Teatro do Oprimido.

O Mindelact apresenta o Tripé- três ilhas, três artes, um projeto que junta três associações cabo-verdianas da área das artes cénicas – teatro, dança e performance – de São Nicolau, São Vicente e Santiago. A ideia central é a produção de residências de criação artísticas e apresentação de obras, com o objetivo de potenciar o alargamento da comunidade criativa e do seu público em Cabo Verde. O Mindelact tem como parceiros a associação Raiz de Polon e o coletivo de artistas Projeto Chiquinho.

A associação moçambicana Warethwa venceu este concurso com o projeto Vasicati: trilhas afro-atlânticas, que pretende criar um programa de intercâmbio musical através do desenvolvimento de residências artísticas, performances ao vivo e tournées digitais, com a participação de artistas mulheres de Angola, Brasil e Cabo Verde. Este projeto contempla ainda a realização de masterclasses com estudantes universitários da área da música e tem como parceiro a Nzango Artist Residency.

 

terça-feira, 23 de novembro de 2021

Poeta Herberto Hélder – Nasceu no Funchal a 23-11-1930 - - Faleceu no dia 23 de Março de 2015, aos 84 anos, em Cascais - Foi um dos poetas homenageados nos templos do sol - Chãs- Fox Côa


Jorge Trabulo Marques - Jornalista 

Homenageado nos Templos do Sol, em 2015 https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2015/03/faleceu-herberto-helder-o-poeta-de_24.html

 O autor dos "Passsos Em Volta", com quem tive o prazer de conviver, considerado por alguns o 'maior poeta português da segunda metade do século XX' e um dos mentores da Poesia Experimental Portuguesa.

Neste dia do aniversário do seu nascimento, recordo-lhe  a singela homenagem que lhe prestamos na celebração do Equinócio da Primavera, em  nos Templos do Sol, aldeia de Chãs, de V. N. de Foz Côa.

<com a leitura do poema lido numa das Maravilhas de Portugal - "Apagaram-se as luzes. É a primavera cercada pelas vozes" - Nasceu no Funchal, em 23-11-1930 Faleceu   no dia 23 de Março de 2015, aos 84 anos, em Cascais

“As Musas Cegas II “ Meu Tributo nos Templos do sol, Equinócio da Primavera - Faleceu, em Lisboa 23-03-2015 - Em homenagem prestada na Pedra da Cabeleira de Nª Srª, num dos Calendários Pré-Históricos, no Maciço dos Tambores, aldeia de Chãs, Vila N. de Foz Côa, pelo autor deste vídeo


Este o  espaço da tertúlia que o poeta Herbérto Helder frequentava - Mas nesse dia não estava lá para a fotografia –  Aqui está o navegador solitário! O homem das Canoas, em São Tomé” Foi esta esta a sua expressão, quando me viu entrar na tertúlia do Café Expresso, em Lisboa,– Situava-se no Largo da Misericórdia e era frequentado por vários poetas, jornalistas e escritores: desde Mário Cesariny, Leonel D’Alva, Herberto Hélder, Manuel da Fonseca, José Quitério, Alçada Baptista, e outras figuras “Aqui está o navegador solitário! O homem das Canoas, em São Tomé” , foi deste modo que ele se me dirigiu, ao cumprimentar-me – Já nos conhecíamos da lides jornalistas, mas nunca nos tínhamos falado: ele na revista Notícia, eu na revista Semana Ilustrada, ambas de Luanda- Eu era correspondente em STP, e li vários dos seus artigos. 

Pois bem, naquele dia, dos anos 80, ia  de gravador na mão à procura de histórias para a Rádio Comercial, do  autor de Cerro Maior e Rosa dos Ventos (entre outras obras de contos, poesia e romances, natural de Santiago de Cacém),afinal,  eu é que acabo por ter de contar as minhas aventuras do mar


Deparo-me então com o poeta dos Passos em Volta e um pequeno mas animado grupo de intelectuais. – Porém, o mais insólito, o que mais ali me surpreendeu, foi a interpelação imediata de Herberto Hélder. Que, pelo que conclui, já me conhecia da minha habitual colaboração na “Semana Ilustrada, de Luanda”, revista na qual havia relatado, em cinco capítulos, a minha primeira aventura marítima, a bordo de uma frágil piroga de S. Tomé ao Príncipe – Por isso, em vez de querer saber ao que ali me levava (no que ele não ia colaborar, dado ser avesso a entrevistas) queria era que falasse das tais aventuras marítimas – Até porque, além daquele revista, também, em Portugal, quer a RTP, quer o Século Ilustrado, o Jornal Novo e o Diário Popular (em quatro suplementos) se haviam referido às minhas odisseias nos mares do Golfo da Guiné


Pois, nessa tarde, lá se foi a entrevista, que tencionava fazer , a Manuel da Fonseca, para outro dia – Conquanto, por várias vezes, ali voltasse e me sentasse em torno dos tertulianos, e até os fotografasse – (foi pena, num dia em que não estava lá o Herberto, julgo que não iria ser desmancha prazer dos seus amigos), a bem dizer, as razões da minhas idas aquele bar, eram mais de carácter casual ou profissional de que propriamente para me integrar nos seus conciliábulos. Não era que não os apreciasse, mas para isso já tinha a minha habitual frequência no botequim da Natália Correia. No largo da Graça, bem mais abrangente e versátil

 


Uns tempos depois, deu-me o prazer de me receber em sua casa em Cascais, mas de gravador off. Mais uma vez a conversa descamba para as aventuras do mar, tendo, então, aproveitado para lhe oferecer uma fotografia dessas minhas proezas marítimas, cujo gesto apreciou. 


 HOMENAGEM PRESTADA PELO AUTOR DESTE SITE - NOS TEMPLOS SO SOL, O ANO PASSADO NO EQUINÓCIO DA PRIMAVERA - A Herberto Hélder e Friedrich Hölderlin


 

Sobre um teto de nuvens na Ilha da Madeira
Herberto Helder nasceu em 1930 no Funchal, onde concluiu o 5.º ano. Em 1948 matriculou-se em Direito mas cedo abandonou esse curso para se inscrever em Filologia Românica, que frequentou durante três anos. Teve inúmeros trabalhos e colaborou em vários periódicos como A BriosaRe-nhau-nhauBúzioFolhas de PoesiaGraalCadernos do Meio-diaPirâmideTávola RedondaJornal de Letras e Artes. Em 1969 trabalhou como diretor literário da editorial Estampa. Viajou pela Bélgica, Holanda, Dinamarca e em 1971 partiu para África onde fez uma série de reportagens para a revista Notícias. Em 1994 foi-lhe atribuído o Prémio Pessoa, que recusou. Faleceu em Cascais a 23 de março de 2015, tinha 84 anos.

terça-feira, 16 de novembro de 2021

Dia Nacional do Mar – Recordo-lhe, em viva voz , os sons do mar e o meu tormento, com imagens de pintores célebres, e outras dos meus dramas de há 46 anos e 50 anos

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista - Meu testemunho Gravado em video

Hoje celebra-se o Dia Nacional do Mar –  Recordo-lhe, em viva voz , os sons do mar e o meu tormento, com imagens de pintores célebres, e outras dos meus dramas de há 46 anos e 50 anos, sim, neste dia em que se procura destacar a importância que o mar teve na história e identidade de Portugal, vivi angustiosos momentos, a bordo de uma frágil piroga, no Golfo da Guiné, em Outubro e Novembro de 1975, depois das travessias anteriores da capital de S. Tomé ao Padrão dos Descobrimentos, quando se comemoravam os 500 anos da descobertas das Ilhas, de S. Tomé ao Príncipe, em 3 dias e de S. Tomé à Nigéria, em 13 dias - Sim, além de ter conseguido sobreviver, 38 dias, bebendo águas das chuvas e do mar, ou com alguns peixes que apanhava e aves que vinham pousar à noite no frágil esquife, logrei preservar o meu diário gravado e máquina fotográfica, num vulgar caixote de plástico, igual aos do lixo, de que lhe dou testemunho



Celebrem os poetas, que mereçam ser celebrados, nos museus, bibliotecas e panteões, pois são alguns deles que ainda logram escutar a voz dos oceanos e interpretar a audácia dos seus navegantes, mas nunca se esqueçam dos que perderam no mar as suas vidas ou lograram sobreviver: são legiões de vidas anónimas – Se ouvirem a sua voz ou lerem as suas memórias, verão que no seu drama vivido, há uma poesia que não é traduzível em palavras

São Tomé e Príncipe - O Presidente Carlos Vila Nova, deverá visitar oficialmente Portugal, em 2022 – Manifestou esse desejo no encontro que manteve com a comunidade em Lisboa, no seu regresso da Cimeira do clima em Glasgow:



Jorge Trabulo Marques - Jornalista  -Video nesta postagens com vários resgistos


O Presidente são-tomen
se, Carlos Vila Nova, que hoje recebeu em audiência, no Palácio do Povo, o embaixador da Bélgica Josef Smets, que lhe anunciou a chegada para próximo mês de Março de 15 médicos-especialistas belgas a São Tomé e Príncipe como reforço da cooperação na área da saúde, sector em que, Portugal, vem dando importante contributo, tendo ainda, recentemente, doado um lote de 37 mil doses de vacinas contra a COVID-19  ,  cuja doação ascende agora a  86 mil de doses,  de  sublinhar, o caloroso diálogo-convívio, que entaleceu  com a comunidade Santomense, na véspera de regressar ao seu país,  oportunidade que aproveitou para trazer uma palavra amiga e de confiança aos seus compatriotas e auscultar-lhes as suas preocupações, tendo anunciado o seu desejo de visitar oficialmente  Portugal, no próximo ano.


E, de facto, foram vários os intervenientes, as vozes que, de forma muito clara e expressiva, aproveitaram a oportunidade para falarem, com toda a liberdade e frontalidade, sobre os mais diversos temas, tanto os relacionados no seio da diáspora, como no seu país, na presença da Ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades de São Tomé e Príncipe, Edite Ramos Ten Jua, bem como do Embaixador de STP em Lisboa, António Quintas do Espírito Santo, num convívio promovido pela Embaixada, a pedido do Presidente.

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

S. Tomé - Luís Guilherme d´Oliveira Viegas , ex- Ex-Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário de São Tomé e Príncipe em Portugal e Marrocos, é o novo assessor para assuntos diplomáticos do Presidente da República de STP, Carlos Vila Nova -

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista  -

Duas Imagens da STP-Press


O diplomata, Luís Guilherme d´Oliveira Viegas, ex- embaixador em Portugal e em Marrocos, representante Permanente de S. Tomé e Príncipe, dinâmica figura da diplomacia santomense, junto das comunidades, em Portugal –  tal como pudemos constatar em várias iniciativas comemorativas do 38º aniversário da Independência, em 2008, uma das quais aqui recordamos, ), foi empossado no Palácio do Povo, na passada segunda-feira,  pelo Presidente da República de STP,  na qualidade de  Assessor dos Assuntos Diplomáticos e Relações Exteriores do Gabinete da Presidência 

Segundo noticias da imprensa São-Tomense, Carlos Vila Nova, aproveitou a ocasião  para o felicitar e   desejar-lhe os melhores êxitos no exercício da  nova função, sublinhando que “ o nosso sucesso será também a garantia para o sucesso do povo de São Tomé e Príncipe” 

Luís Guilherme D'Oliveira Viegas nasceu em 1967, em São Tomé e Príncipe. Fez o ensino primário e liceal em São Tomé. Iniciou a sua atividade profissional como professor de francês, área em que se formou pela Universidade Balise Pascal de Clermont-Ferrand, França (Letras Modernas). 

Luís Guilherme D'Oliveira Viegas nasceu em 1967, em São Tomé e Príncipe. Fez o ensino primário e liceal em São Tomé. Iniciou a sua atividade profissional como professor de francês, área em que se formou pela Universidade Balise Pascal de Clermont-Ferrand, França (Letras Modernas).

Obteve o diploma de tradutor e intérprete de Conferência pela INA - Instituto Nacional de Administração de Portugal - e graduou-se em Diplomacia pelo Instituto Rio Branco, em Brasília, Brasil. Diplomata de carreira, no Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de São Tomé e Príncipe, onde ocupou vários cargos de direção

É autor da obra  Butá Kloson Ba Lônji - Cancioneiro da Música Popular São-Tomense, apresentada, em  2019, na UCCLA, pela professora e investigadora, Inocência Mata,  através da qual  mostra parte do repertório musical das ilhas, responde à vontade de partilhar com o público a sua paixão pelas línguas nativas de São Tomé e Príncipe, em particular pelo crioulo "santomé".

O livro é dedicado aos agrupamentos leonino e untues, reúne 17 canções do grupo Leonino e 110 do conjunto untue em crioulo forro da ilha de São Tomé traduzidas para português. -  Para Inocência Mata, esta obra “não é apenas um trabalho de recolha, trata-se de um trabalho de reflexão, de crítica, de pesquisa, é um trabalho etnográfico. ” https://www.uccla.pt/noticias/lancamento-da-obra-buta-kloson-ba-lonji-cancioneiro-da-musica-popular-sao-tomense-de-luis-0

REPORTAMOS  DE SEGUIDA, UM DOS VÁRIOS INVENTOS QUE PROMOVEU, EM LISBOA - Enquanto Embaixador do seu país.


Na reportagem, que então fizémos, por ocaisão das comemorações do 38º aniversário da independência de S. Tomé e Principe,  sala da ACOSP, Associação da Comunidade de S.Tomé e Príncipe em Portugal, nas Portas de Benfica, em Lisboa, num ambiente de caloroso convívio e   debates, muito vivos mas ordeiros, sobre os mais diversos temas, esteve também presente o  então Embaixador, Luís Guilherme d' Oliveira Viegas, prestando, naturalmente, todo o apoio institucional. 

Oportunidade que serviu para falar da importância que tem a diáspora, que se calcula que ascenda a 50 mil pessoas, um terço da população das duas Ilhas, exigindo a sua participação no voto para as legislativas. Outra das questões, que mereceu acesso debate – sim, já porque a discussão se estendeu também à plateia, foi a da comunicação social, tendo havido quem manifestasse a sua preocupação, no tocante ao controlo informativo, pelos sucessivos governos.

O ENTÃO EMBAIXADOR, CARLOS VIEGAS  - Declarou que se se fizeram progressos na educação  e na saúde, reconhecendo, no entanto, que o país vive no limiar da pobreza mas estar confiante nos ideais que presidiram à independência  

 



 

O Embaixador de S.Tomé e Príncipe, em Portugal, reconheceu que, nestes 38 anos de independência, se fizeram progressos na educação e na saúde, nomeadamente na redução da taxa de moralidade infantil, por exemplo. São conquistas que, mesmo diante das dificuldades atuais”, se alcançaram. Reconhece  que o país vive no limiar da pobreza mas acredita que “devemos ter sempre, em cada um de nós, nos nossos corações, sempre acesa  a chama da esperança de dias melhores, em que os ideais do pan-africanismo e do nacionalismo africano, aliás os ideais que presidiram à luta de S. Tomé e Príncipe” conduzam  o país ao progresso e o bem-estar do seu Povo



No final, após umas três horas acaloradas, pois santomense gosta de extravasar o que lhes ia  na alma, mas sempre dentro da correção e civismo,  dado o seu caráter pacifico,  deu-se então lugar ao momento festivo – Fez-se saltar o champanhe de algumas garrafas e partiu-se o bolo do aniversário. Não se colocaram lá as 38 velas, mas ouviram-se mais discursos, fez a contagem em voz alta e depois cantou-se o Hino Nacional de S.Tomé e Príncipe
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