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sexta-feira, 18 de março de 2022

Celebração do Equinócio da Primavera – Domingo, dia 20, às 07 Horas – Nos Templos do Sol - Apelando à Paz, à Fraternidade entre os Povos e ao Amor

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista e Coordenador do evento 



O evento decorre às 07 horas, no maciço dos Tambores, aldeia de Chãs – Foz Côa, com poemas Ucranianos, Russos, Portugueses e de outras nacionalidades - Espaços onde as energias da terra se cobrem do perfume e da alvura de giestas floridas, que purificam e animam o corpo e o espírito.

O primeiro dia da Primavera, 2022 vai ser assinalado, frente ao portal de um antigo santuário rupestre, conhecido por Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora e, agora também pelo Stonehenge Português - Confiantes de que as condições atmosféricas, nos brindem com tão maravilhosa bênção.

No entanto, com céu limpo ou nublado, nem por isso deixaremos de assinalar a mais desejada estação do ano, no dia em que, a luz e as trevas, os dias e as noites, se repartem com aproximadamente 12 horas, com mesma duração.

O Cartaz é de autoria do Dr Carlos Proença, a quem publicamente agradeço, tão amável gentileza, extensiva ao seu município, sem dúvida, uma louvável iniciativa do responsável pela Biblioteca Municipal de Mêda, a cujo concelho, já pertenceu esta minha aldeia, até meados do século IXX

De recordar, que este evento, tem sido possível graças à preciosa colaboração de um grupo de amigos desta freguesia e dos concelhos de V. Nova de Foz Côa e Mêda, bem como de outros pontos do país, tendo merecido também o apoio do município fozcoense e, agora, também do município medense, além da autarquia local.

João de Deus - Lido e cantado no Equinócio do Outono 2019 - Templos do Sol Na presença do seu bisneto, António Ponces de Carvalho, e de sua esposa Filomena e do trineto, o Salvador

ODE À PAZ - Na Voz e na Poesia de NATÁLIA CORREIA – Ao som da violinista OLENA SOKOLOVSKA, Recordando a voz de Natália Correia, lendo um dos seus belos poemas e os   momentos de poesia, acompanhados pelo violino de Olena Sokolovska, natural da Ucrânia,  residente na cidade da Guarda, acompanhada à Guitarra e Alaúde, por Pedro Ospina, na homenagem que prestamos à autora Ode à Paz, Creio nos anjos que andam pelo Mundo, entre outros belos poemas, de sua autoria, lidos, em 2015, nos Templos do Sol, nas celebrações do Equinócio e do Solstício


A gruta do enorme megálito, em forma de semi-arco e com cerca de 4,5 metros de comprimento, está orientada no sentido nascente-poente, é iluminada pelo seu eixo, no momento em que o Sol nasce.

Situa-se num na zona planáltica de um vasto afloramento granítico, conhecido pelo maciço dos Tambores, próximo ao antigo Castro do Curral da Pedra, na vertente do qual se ergue outro impressionante megálito, apontado ao solstício do Verão, a que chamam Pedra do Sol, ou o “Stonehenge Português”. .Fica ainda dentro do perímetro do Parque Arqueológico do Vale do Côa, nomeadamente de dois dos principais núcleos de gravuras paleolíticas: Ribeira dos Piscos e Quinta da Barca – este no termo da própria freguesia, margem esquerda do Côa.

Os dois monumentos pré-históricos, fazem parte dos chamados alinhamentos sagrados, com a mesma orientação de muitas igrejas da antiguidade, ou, recuando ainda mais no tempo, como outros observatórios pré-históricos, existentes em várias partes do mundo, com os quais também já foi notícia internacional. Todos eles em perfeito alinhamento com os corpos celestes, especialmente os Equinócios e os Solstícios.


Prof Adriano Vasco Rodrigues
A primeira referência ao Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora. foi feita por Adriano Vasco Rodrigues, no seu estudo publicado em 1982, sobre a História Remota de Meda., que o classificou como “um local de sacrifícios ou culto do crânio”, remontando ao período "da transição do paleolítico para o neolítico". O investigador, profundo conhecedor do passado histórico da região, no estudo que então efetuou, aludiu ainda à lenda cristianizada, pela qual, na tradição popular, passou a ser conhecida de Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora. Isto, pelo facto do povo associar a existência de uma pintura rupestre, “que parece a pintura de uma cabeleira humana” aos cabelos da Virgem Maria, ”na sua caminhada para o Egipto”.

Esta análise ao Santuário Rupestre aparece pela primeira vez inserida nas páginas do livro de sua autoria: Terras da Meda – Natureza, Cultura e Património, publicado em 1982. No entanto, Adriano Vasco Rodrigues, hoje não tem dúvidas de que “a identificação com uma entidade feminina, que sofreu consagração à Virgem Maria, acompanhada de lenda popular, sugere um culto inicial à Deusa-Mãe, símbolo da fertilidade.” “Trazido do Médio Oriente para o Ocidente peninsular pelos primeiros povos agricultores.” E que “o culto do sol é fundamental nas sociedades primitivas e o conhecimento do calendário das estações para poderem fazer as sementeiras”.E aponta também como exemplo, “já num tempo mais próximo dos nossos dias” o mundialmente famoso Stonehenge

 

quarta-feira, 16 de março de 2022

São Tomé e Príncipe – Promove exercício de cidadania aos elementos da Associação dos Deficientes

Jorge Trabulo Marques - Jornalista 

A jornada das “ Conversa da Tarde” promovida pelo jurista e professor, Carlos Barros Tiny em cooperação com o professor e o empreendedor social, Abdu Sousa, chegou a sede da Associação dos Deficientes de São Tomé e Príncipe.

Trata-se da 3 jornada das denominadas “Conversas da Tarde” – Uma iniciativa do professor, Carlos Barros Tiny em cooperação com o professor e o empreendedor social, Abdu Sousa, com vista a facilitar a vida dos deficientes“ Nós temos na carteira para este ano a criação de um atelier, afinal de conta, a maioria dos deficientes são artistas…nós não vamos esperar só de favor, porque de favor as vezes não chega na hora e pode pôr a gente de verdade dormir com fome.”- A noticia é divulgada pelo Tela Non -, em https://www.telanon.info/sociedade/2022/03/16/36808/3a-edicao-da-conversa-da-tarde-inclui-os-deficientes-de-sao-tome-e-principe/

Segundo Carlos Barros Tiny, um dos promotores das “ Conversa da Tarde”, esta terceira edição do evento tem um propósito claro “ queremos apelar para a causa dos deficientes físicos em São Tomé e Príncipe, é preciso incluir todos no processo de desenvolvimento e na nossa perspectiva é preciso que se dê mais atenção aos deficientes em São Tomé e Príncipe.”

O jurista e professor, Carlos Barros Tiny, explicou o objectivo central das “Conversa da Tarde” tendo avançado que“ a iniciativa visa preencher um vazio nacional que prende-se com a ausência de debates e reflexões pública dos assuntos de interesse nacional…há falta de debate em São Tomé e Príncipe e nós entendemos que só com o diálogo sério e responsável podemos colocar o nosso país na rota de desenvolvimento.”

Entre os promotores das “ Conversa da Tarde” e a Associação dos Deficientes de São Tomé e Príncipe ficou firmado algumas acções a favor destes últimos.

A iniciativa que conta com a parceria da RSTP e do Café Park, recorde-se já reuniu cidadãos no distrito de Água-Grande e em Mé-Zóchi e promete percorrer o país para despertar almas e formar consciência.


quinta-feira, 10 de março de 2022

UCCLA – Com Tonecas Prazeres ao vivo no seu auditório 11 de Março 2022 a partir das 19h30 - Para além da música, haverá ainda gastronomia e artesanato. - Casa das Galeotas, Avenida da Índia Nº 110 Lisboa

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista 

Uma das grandes vozes de São Tomé e Príncipe vai abrilhantar a noite do dia 11 de março, a partir das 19h30, no auditório da UCCLA. União das Cidades Capitais da Língua Portuguesa Casa das Galeotas, Avenida da Índia Nº 110

Refere o programa, que "o compositor, guitarrista e intérprete Tonecas Prazeres atuará ao vivo e promete muita animação a todos os presentes. As portas estarão abertas a partir das 18h30, onde não faltará o artesanato e a gastronomia de São Tomé e Príncipe, com a Mén Non-Associação das Mulheres de São Tomé e Príncipe em Portugal e o Restaurante O Cantinho da Ameixoeira. Os bilhetes de acesso têm o valor de 10€

Tonecas Prazeres   - Cantor, compositor, intérprete e guitarrista. Nasceu na Ilha do Príncipe em maio de 1963. Tendo vivido a sua infância entre São Tomé e Príncipe e Angola. Oriundo de uma família onde a música se fez sempre presente. Aos 16 anos iniciou a sua carreira musical cantando e tocando (guitarra) no grupo de jovens “Canucos das Ilhas Verdes”, com Kalú Mendes e Vizinho, sob a orientação do maestro Felício Mendes. Em 1984 vem para Lisboa para estudar Engenharia Civil, no Instituto Superior Técnico, curso que não chegou a concluir, pois a música falou mais alto. Assumiu em 1990 a sua carreira a solo, com a participação num grande concerto na Aula Magna, em Lisboa, ao lado de Rui Veloso e Mariza, com o Projeto Dêxa. Teve várias participações em projetos musicais com vários artistas da lusofonia e tem também, representado o seu país, em vários concertos em Portugal e no estrangeiro.

Do seu palmarés destacam-se as várias participações em representação do seu país, como no festival Cantos na Maré em Fortaleza, Brasil (setembro de 2009). Dos seus trabalhos de originais, destacam-se os temas: Sant City e Fia Ibiba (estilo dexa) que define o seu perfil musical e o projeto que tem desenvolvido de promoção e divulgação da música são-tomense. A nossa língua nossa música, Brasil (abril 2010); City of London Festival, Londres (junho 2010); Concerto da Lusofonia, Assembleia da República Portuguesa, Lisboa (abril 2015); African Day China Taiwan (maio 2015); Festival Musica da CPLP, Timor-Leste (julho 2015); Festival da Lusofonia de Macau (outubro 2016); Festas do Mar, baía de Cascais (agosto 2018), Concerto em Libreville-Gabão com a participação do cantor são-tomense “Gapa” (abril 2019), entre outros.

Após 25 anos de carreira, Tonecas Prazeres lança, em 2015, o seu último trabalho discográfico “Tonecas Prazeres & Afro Vungo Project”, abraçando o desafio de trazer para a atualidade a música étnica de São Tomé e Príncipe (socopé, ússua, dexa, bula-uê, puita e rumba) com outras influências musicais que teve ao longo da sua carreira, tais como o jazz, reggae, salsa, blues entre outros; bem como a reedição de músicas de grandes compositores do repertório são-tomense dos anos 60, 70 e 80. O álbum contou com participações especiais de Luís Represas no tema “Voar Para Ti” (poema do jornalista e locutor João Pedro Martins) de Don Kikas no tema “Lobito”, do saxofonista Otis, do cantor e guitarrista Filipe Santo, bem como o músico e coprodutor Costa Neto. Autor do poema “Mundos Diferentes, Todos Iguais” que dá voz aos problemas da crise da pandemia da Covid-19, com música de Mingo Rangel e Paulo de Carvalho. O vídeo clip "Mundos diferentes, todos iguais" foi lançado no dia 14 de maio 2021, na UCCLA e contou com a participação de 21 artistas... Ana Lains, Anastácia Carvalho, Biah Vasconcelos, Calema, Costa Neto, Dany Silva, Don Kikas, Dimitri, João Gil, Kalú Ferreira, Karina Gomes, Luís Represas, Mário Marta, Mikas Cabral, Mike Trovoada, Mingo Rangel, Paulo de Carvalho, Remna, Stewart Sukuma, Tito Monteiro, Virgílio Gomes, Zé Barros e Zé Camarada

 

terça-feira, 8 de março de 2022

Dia Internacional da Mulher – Tributo às mulheres das Roças de S. Tomé e Príncipe – No dia em que também o Presidente Carlos Vila Nova, dirigiu uma mensagem a todos as mulheres são-tomenses e do Mundo

Jorge Trabulo Marques - Jornalista 

Meu Tributo às Mulheres das Roças de S. Tomé e Principe- Que vão resistindo nas antigas propriedades agrícolas, cuidando dos filhos e zelando pelo sustento dos seus lares - Verdadeiros exemplos de sacrifício e dedicação - Vai o meu abraço amigo de solidariedade, neste dia Internacional da Mulher, com votos de que o futuro lhes reserve melhores condições de vida

O  8 de março é o Dia Internacional da Mulher,  que celebra  as conquistas femininas ao longo dos últimos séculos, visando ao mesmo tempo alertar  para os graves problemas de gênero que persistem em todo o mundo. – E, na verdade, muitas são as dificuldades por que se debatem milhões de mulheres nos vários continentes

Vive na Roça Agostinho neto, antiga Roça Rio do Oiro  - Foi mãe de 16 filhos, 4 faleceram - Natural de cabo verde - Foi uma das escravas nas grandes plantações de cacau e de café em S. Tomé e Príncipe 


Armando e Maria Fernanda - Um velho casal que vive num modesto casebre da senzala Uba-Budo, idosos mas nos seus olhos há ainda um fulgor de vivacidade e de brilho que teima em resistir ao tempo. Chegaram a S. Tomé, em 1955, com 16 anos. Ele já com 16 anos, ela, mais velha, mas já nem sabe a idade. Foi no tempo da chibatada - Diz ele: “Eu estava garoto não  levou mas vi chicotadas caírem nas costas de outros”. Tempos difíceis



S. Tomé e Príncipe, ilhas férteis e maravilhosas, o segundo menor país de África - habitadas por gente pacifica, mas onde cerca de 60% da população vive abaixo do limiar da pobreza – 

E a vida nas roças, continua a exigir enormes sacrifícios às mulheres, que ali vivem e, diariamente, se vêm confrontadas em cuidar dos seus filhos  e zelar para o sustento dos seus lares

Hoje, esta questão, foi objeto de uma  conferencia  no ISCTE, na Unidade de Coordenação de Estudos Africanos, subordinada  ao tema  “As mulheres trabalhavam em casa: representações sobre as esferas de ação das serviçais na economia agrícola santomense (1950 – 1975)”, que teve como oradora convidada, a Professora Nazaré Ceita, da Universidade de S. Tomé e Príncipe, é a oradora convidada.

Também o Presidente, Carlos Vila Nova, dirigiu uma mensagem de felicitações às mulheres do seu país assim como do mundo. 

Falando na capital são-tomense e diante de múltiplas adversidades que afectam suas conterrâneas assim como as mulheres do mundo, Vila Nova pediu-as para serem mais resilientes – Diz a STP-Pres

Certo que vivem a alegria de sentirem livres e de, livremente, poderem  trabalhar por conta de outrem  ou  de, livremente,  explorarem  os frutos e a generosidade da terra, todavia, debatendo-se com imensas carências. 


Nos rostos luzidios (lindos e esculturais) ou encrespados por anos de sacrifícios e abrasivos sóis equatoriais, não  se descobre o tom macilento dos cruéis sinais de  fome, que se veem  em muitos países de África, sim,  mas não só de pão vivo o homem: onde está o dinheiro para comprar os medicamentos,  a peça de vestuário ou os produtos importados do exterior? – Com pensões miseráveis ou salários de vinte, trinta ou quarenta euros mensais, traduzidos da moeda local  -(as dobras – para a moeda europeia), sim, fácil é de imaginar o enorme drama com que debatem milhares de famílias cabo-verdianas nas roças, sobretudo aquelas que a descolonização abandonou à sua sorte

Em Lisboa existe a Mén Non-Associação das Mulheres de São Tomé e Príncipe em Portugal - A Mén Non (nossa mãe) - Associação da Mulher de São Tomé e Príncipe em Portugal nasceu no dia 22 de setembro de 2010. É constituída por um grupo de mulheres, que pretendem intervir socialmente e apoiar as mulheres de São Tomé e Príncipe em Portugal e no mundo. Prima pela igualdade de oportunidades e direitos entre e mulheres e homens.


sexta-feira, 4 de março de 2022

Pela paz numa terra devassada pela Guerra - O Povo Pacifico, deseja a liberdade e não a mordaça!

De Peregrino da Luz - Heterónimo de Jorge Trabulo Marques 


Ó Deus!.. Eis-me erguido ao vosso espírito neste meu sagrado altar!

Deixai que me prenda à paz que ínvios mortais querem amortalhar!

Estrondos do trovão rugem longe mas repercutem pelos espaços!

E os relâmpagos que lá rasgam o silêncio da noite, são devassos!

Que o teu canto divino apazigue e tranquilize a grande ansiedade

Que assola muitos corações perdidos e sozinhos na Humanidade


Na senda dolorida, voluptuosa e incerta da palidez destes dias,

se chorares, deixa escorrer livremente as teimosas lágrimas!

Não reprimas a urgência silenciosa dum suspiro ou desabafo!

Pois, os versos soluçados, são contas sagradas de um rosário!

Se brotarem dos teus olhos, solta-as à vontade da tua alma!

Depois, fica tranquilo, com o silêncio que sublima e acalma!

O destino é névoa e vela de mistério coroado de máscaras!

E o mundo é uma arcada de astros que te sintoniza e abraça!

Oh, desce, desce amada luz!

Desce esplendorosa e impregnada da mais pura beleza!

Pois, sempre que me prendo ao teu rosto,

me rendo ao teu fascínio,

todo o meu ser se transcende - Oh glorioso!

Todo o meu ser se eleva à altura onde irradia o teu brilho,

Todo eu me sinto infinito,

sinto que não pertenço à Terra,

sinto que sou divino!

 



 

quinta-feira, 3 de março de 2022

Exposição no ISCTE – “As Roças em São Tomé e Príncipe – O Lido e o Fotografado” de 2 a 31 de Março – Inaugurada, nesta quarta-feira, antecedida de debate e de um caloroso convívio-tertúlia

 JORGE TRABULO MARQUES - JORNALISTA Experiência do autor deste blogue, em https://canoasdomar.blogspot.com/2020/09/a-dificil-vida-nas-rocas-de-ma-memoria.html


O auditório J.J. Laginha no edifício I do ISCTE,
 junto às instalações da Biblioteca, desta instituição, em Lisboa, foi o palco escolhido para  se falar das roças de S. Tomé e Príncipe, sobre os mais diversos aspetos: desde o seu passado histórico ao presente, nos domínios do seu património arquitetónico, paisagístico,  potencial agrícola, cultural e turístico,  bem como das comunidades sociais, que nelas residem e vão resistindo,  com vista  a fornecer contributos e soluções para um melhor aproveitamento dos seus recursos

A interessantíssima exposição documental e fotográfica, intitulada “As Roças de  São Tomé e Príncipe, o Lido e o Fotográfico", é organizada pela Biblioteca, a Escola  de Tecnologias e Arquitetura  (ISTA) e o Centro de Investigação  em Ciências da Informação, Tecnologias   e Arquitetura (ISTAR) do ISCTE. Instituto Universitário de Lisboa, vai decorrer de 2 a 31 de março de 2022 na Biblioteca do ISCTE



Teve como mote trazer “à luz complexas dinâmicas sociais, culturais e económicas”, baseadas na partilha
 de experiências, recolhidas em visitas a várias dessas antigas propriedades da colonização portuguesa, que ocorreram em Novembro de 2021, por um conjunto de alunos do Laboratório Cidade Justa e inclusiva do 5ºano, debruçou-se sobre este património partilhado , visitá-lo e analisá-lo com vários intervenientes, no âmbito do mestrado  em arquitetura do ISCTE, que de lá trouxeram “imagens evocativas de uma natureza exuberante, de gentes afáveis, e de edifícios imponentes, construídos ao estilo português, consumidos pela floresta tropical e pelo tempo” -. Refere o catálogo, aliás, bem patente nos vários testemunhos ali evocados, complementados através de excelentes fotografias e de escritos

A sua apresentação, foi presidida por Sara Eloy, Professora Auxiliar Departamento de Arquitetura e Urbanismo (ISTA),  contou com  participação do fotógrafo Dário Paraíso e do antropólogo Emiliano Dantas,  responsáveis  pela curadoria da exposição fotográfica .

Mereceu viva atenção, quer por parte de alunos e professores do Departamento  de Arquitetura e Urbanismo,  quer pelo restante auditório, no qual se encontravam conhecidas figuras da comunidade santomense e  até o  antropólogo Gerhard Seibert, o prestigiado académico e investigador, autor de varridíssimos trabalhos sobre as Ilhas Verdes do Equador. 


O núcleo documental  é constituído  por uma seleção de  78 obras (monografias, dissertações de mestrado e teses de doutoramento) da Biblioteca do ISCTE, 3 obras oferecidas e uma  cedida por empréstimo.


No catálogo é ainda recordado que “as  roças de São Tomé e Príncipe são assentamentos agrícola-industriais, em número

 aproximado de 200, que se estendem pelo território destas duas ilhas do Atlântico no Golfo da Guiné. Para além de uma arquitetura de matriz portuguesa as roças albergavam as populações que desde o séc. XV foram sendo trazidas para estes territórios e sujeitas ao trabalho árduo e iníquo. São também locais onde eficientes máquinas de produção foram construídas e colocaram São Tomé e Príncipe como um dos maiores produtores de cacau do mundo no início do séc. XX.