MOMENTOS EXEMPLARES DE UM ÍDOLO QUE A MEMÓRIA FUTURA NÃO DEVERÁ
ESQUECER
- Jorge Trabulo Marques - jornalista - Informação e análise
Cristiano Ronaldo, logrou popularizar o nome de Portugal, mais de que qualquer dos políticos ou mesmo que a própria Amália Rodrigues: o distinto filho madeirense, não é apenas um genial artista, dentro das quatro linhas dos mais famosos relvados mundiais, e até nos menos conhecidos, como um hábil diplomata: sim, é o atleta que não pensa apenas em marcar golos, fazendo maravilhas de artes circenses, quando representa a seleção portuguesa, quer outras equipas, mas também em marcar tentos diplomáticos, que é justamente o episódio que hoje aqui lhe recordamos
- Jorge Trabulo Marques - jornalista - Informação e análise
Cristiano Ronaldo, logrou popularizar o nome de Portugal, mais de que qualquer dos políticos ou mesmo que a própria Amália Rodrigues: o distinto filho madeirense, não é apenas um genial artista, dentro das quatro linhas dos mais famosos relvados mundiais, e até nos menos conhecidos, como um hábil diplomata: sim, é o atleta que não pensa apenas em marcar golos, fazendo maravilhas de artes circenses, quando representa a seleção portuguesa, quer outras equipas, mas também em marcar tentos diplomáticos, que é justamente o episódio que hoje aqui lhe recordamos
O encontro
de Cristiano Ronaldo com Nelson Mandela
Ocorreu , no
início de junho de 2010, quando, Cristiano Ronaldo, Carlos Queiroz e o diretor
desportivo Carlos Godinho se encontraram com Nelson Mandela.

A Federação Portuguesa revelou que o encontro aconteceu «na sequência de um convite pessoal» do antigo presidente sul-africano, que recebeu a comitiva portuguesa «na sua residência de Joanesburgo».
Os portugueses presentearam Mandela com uma camisa personalizada da seleção portuguesa com o nome do líder e o número 91, a idade de Mandela à data.
Cristiano Ronaldo partilhou, na altura, o intenso privilégio que lhe coubera ao ser recebido por Madiba, uma recordação que guarda, com especial carinho até hoje. http://www.lux.iol.pt/nacional/cristiano-ronaldo-mandela/o-encontro-de-cristiano-ronaldo-com-nelson-mandela

Em 2007, Ronaldo tornou-se o primeiro jogador a vencer todos
os quatro prémios principais da PFA e da FWA. Ficou ainda em terceiro lugar na
votação de melhor jogador do mundo pela FIFA de 2007 e em segundo na votação da
Bola de Ouro de 2007. Em 2008, conquistou a sua primeira Liga dos Campeões com
o Manchester United, sendo considerado o melhor atacante e o melhor jogador da
competição e o melhor da mesma, assim como ganhou a Bota de Ouro, tornando-se
no primeiro médio ala a consegui-lo. Prossegue em https://pt.wikipedia.org/wiki/Cristiano_Ronaldo
DIPLOMACIA POLITICA - O CONTRASTE COM A DIPLOMACIA DESPORTIVA

Alberto João Jardim recebeu o presidente do regime de ‘apartheid’, numa altura em que se pugnava pela libertação de Nelson Mandela :
“Estamos em 1986 e o Mundo não perdoa ao regime de Pretória a manutenção de uma política de ‘apartheid’ que fazia com que a minoria branca da África do Sul tivesse todo o poder, político e económico, num país de larga maioria negra. Um regime que mantinha presos os lideres da luta contra o ‘apartheid’, entre eles Nelson Mandela, Walter Sisulu e praticamente todo o aparelho dirigente o Congresso Nacional Africano (ANC).
(..) Botha e a sua comitiva chegaram á Madeira a 13 de Novembro de 1986, estiveram três dias na Região e foram recebidos por todo o Governo Regional, Assembleia e uma série de individualidades. Um aparato que motivou grandes protestos, sobretudo ao nível nacional e internacional.
Em Lisboa, o Presidente da República, Mário Soares criticou o episódio e garantiu que não tinha sido informado. Na Assembleia da República foi aprovado um voto de protesto.
Jardim
diz ter recebido os responsáveis pelo regime do apartheid a
pedido de Cavaco Silva, na condição de “manter o assunto em segredo”. Mas o
então primeiro-ministro, acusado na Assembleia da República de “cumplicidade ou
capitulação”, desmente a versão do líder madeirense.
A
libertação de Nelson Mandela foi reclamada pelo actor Mário Viegas, quando
protestou contra a polémica presença do Presidente da África do Sul, Pieter
Botha, e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Pik Botha, na Madeira, a 13 de
Novembro de 1986.
“ANC!
Mandela! Mandela”, gritou Viegas quando os responsáveis pelo
regime racista entravam nas adegas da Madeira Wine Company, no centro do
Funchal, perto do Teatro Municipal, onde estava a ser representada Catástrofe, de
Samuel Beckett, com encenação e cenografia do actor. "Estava na avenida
[Arriaga], quando vi muitos carros pretos a parar. De um deles, saiu Pieter
Botha, o Presidente da África do Sul, que visitava a Madeira. Não me contive e
comecei a gritar, de punho direito erguido, 'ANC! Mandela!', 'You are a
racist' – uma vergonha, reconheço”, relatou numa entrevista à RTP1 o actor,
que faleceu em 1996.
Viegas
descreve assim as reacções do visitante e do seu anfitrião: “O Botha foi, no
entanto, impecável. Virou-se para mim e disse: 'OK, it's your opinion'.
O Alberto João estava estarrecido”. No dia seguinte, acrescenta, o Jornal
da Madeira, propriedade do Governo Regional, “chamava-me esbugalhado,
esquerdista, otelista e convidava-me a sair da ilha”.
A
calorosa recepção proporcionada pelo chefe do governo regional ao Presidente da
República da África do Sul, Pieter W. Botha, e ao ministro dos Negócios
Estrangeiros, Pik Botha, motivou um protesto da Assembleia da República,
aprovado com os votos de PS, PRD, PCP e MDP/CDE e contra de PSD e CDS. https://www.publico.pt/2013/12/09/mundo/noticia/mandela-mandela-gritou-mario-viegas-na-recepcao-oficial-aos-botha-na-madeira-1615639

Mário há só um, o Viegas e mais nenhum!

"O Governo de
Cavaco Silva votou, em 1987, contra e a favor de resoluções diferentes das
Nações Unidas que pediam a libertação de Nelson Mandela, tendo justificado o
voto contrário a uma delas por legitimar o recurso à violência.

Na mesma resolução, o ponto 2 reafirma a
legitimidade do povo da África do Sul e o seu "direito a escolher os meios
necessários, incluindo a resistência armada, para atingir a erradicação do
'apartheid'". https://www.jornaldenegocios.pt/economia/mundo/africa/detalhe/cavaco_justifica_voto_contra_libertacao_de_mandela
Os
elogios do chefe de Estado a Nelson Mandela na mensagem de condolências enviada
à África do Sul causaram um duplo incómodo. Primeiro no Parlamento;
https://www.jn.pt/mundo/dossiers/especial-nelson-mandela/interior/cavaco-forcado-a-justificar-voto-contra-libertacao-de-mandela-3574389.html

José Pacheco pereira, ex-dirigente do PSD,
foi um dos primeiros cidadãos nacionais a encontrar-se com ele logo depois de
sair da cadeia de robben island - Mandela e os portugueses - Sapo

Nascido numa família de nobreza tribal,
numa pequena aldeia do interior onde possivelmente viria a ocupar cargo de
chefia, recusou esse destino aos 23 anos ao seguir para a capital, Joanesburgo,
e iniciar sua atuação política.[3] Passando do interior rural para uma vida
rebelde na faculdade, transformou-se em jovem advogado na capital e líder da
resistência não-violenta da juventude, acabando como réu em um infame
julgamento por traição. Foragido, tornou-se depois o prisioneiro mais famoso do
mundo[4] e, finalmente, o político mais galardoado em vida, responsável pela
refundação do seu país como uma sociedade multiétnica.[5]
Mandela passou 27 anos na prisão -
inicialmente em Robben Island e, mais tarde, nas prisões de Pollsmoor e Victor
Verster. Depois de uma campanha internacional, ele foi libertado em 1990,
quando recrudescia a guerra civil em seu país. https://pt.wikipedia.org/wiki/Nelson_Mandela
OS DITADORES DA ÁFRICA NEGRA" - ANTES DE ANGOLA TER ALCANÇADO A INDEPENDÊNCIA E DE NELSON MANDELA TER SIDO LIBERTADO - Por George B.N. Avyttey
George B.N. Avyttey (nascido em 1945) é um economista ganense , autor e presidente da Free Africa Foundation em Washington DC . Ele é professor da American University , Estudioso associado do Foreign Policy Research Institute .
Ele defendeu o argumento
de que "a África é pobre porque ela não é livre", que a causa
primária da pobreza africana é menos resultado da opressão e má administração
das potências coloniais , mas sim resultado de autocratas nativos opressivos
modernos https://en.wikipedia.org/wiki/George_Ayittey
DÁ QUE PENSAR - DEPOIS DE NELSON MANDELA - VEMOS A ÁFRICA A CAMINHO DO NEOCOLONIALISMO A PASSOS LARGOS - AO MESMO TEMPO QUE O LIBERALISMO SELVAGEM ALASTRA A NÍVEL GLOBAL - E quem sofre são as sacrificadas e indefesas populações 
"OS DITADORES DA ÁFRICA NEGRA"
"Não estaremos aplicar um padrão moral menos exigente em relação aos líderes Africanos?
Quando a África negra
buscava a libertação do colonialismo branco, não esperava que os
neocolonialistas negros viessem a chacinar o seu povo, mas foi isso que
aconteceu. A Africa, devastada pela fome, pela desintegração social e pela
dívida externa, gasta milhares de milhões por ano com as forças armadas. As
armas são usadas não tanto em favor da paz e da estabilidade, como para
aterrorizar e massacrar os negros africanos
.
No mundo ocidental, há
muito quem se sinta mal com a simples menção de tal tirania. Isso poderia fornecer
argumentos ao apartheid e desviar as atenções da nobre causa dos negros da
África do Sul. Esta atitude sugere que se aplica um padrão moral menos exigente
aos líderes negros africanos ao que aos sul-africanos brancos.
Os africanos negros
desaprovam veementemente tal ideia. Para os seus compatriotas mortos, pouca
diferença fez ter sido um dedo negro a puxar o gatilho.
No Uganda, bandidos de
uniforme percorrem o país, pilhando aldeias e violando mulheres. Na Nigéria,
soldados provocaram tumultos em Oshodi, um subúrbio de Lagos, em Janeiro
passado, tendo agredido civis inocentes e queimado carros. Qual a razão de tudo
isto? A mulher de um soldado foi atropelada quando tentou atravessar a pé uma
autoestrada, em vez de usar uma passagem superior para peões.
Os povos de Angola, da
Etiópia, do Gana, da Libéria, da Somália, do Zaire e outros protestam contra a
tirania e exigem liberdade política e o direito de escolher os seus
governantes. Se o Mundo não os quiser ajudar, talvez seja melhor não se meter
nos assuntos africanos. A adoção de um padrão que apenas reconhece a tirania
dos brancos sobre os negros só serve para agravar a difícil s1tuação de todos
os africanos negros, incluindo os da África do Sul.
Em Angola, em Moçambique,
na Somália, no Sudão e noutros países,
reinam a carnificina e uma tirania odiosa.
No Burundi, em 1972, mais
de lhe 200 000 hutus, a tribo maioritária, foram massacrados em apenas na dois
meses, e as suas casas e escolas destruídas pelo governo dirigido do pelos
Tutsi, uma tribo minoritária. Em Agosto de I 988, o massacre repetiu-se com o
assassínio de 10.000 hutus, alguns com tiros ti de metralhadora disparados a
partir de helicópteros do Exército.
Pelo que consta, nem uma
só palavra de protesto ou de condenação foi proferida pelas Nações Unidas ou
pelas autoridades dos países ocidentais. Se se tivesse tratado de um massacre
de baleias ou de zebras, a denúncia e a condenação mundial, teriam sido
ensurdecedoras. Porquê? Será que é moralmente aceitável que os tiranos negros
massacrem o seu povo?
(...) Vinte e quatro países são
governados por ditaduras militares. Os restantes são «democracias» fantoches,
nas quais apenas um candidato, num sistema de partido único, concorre a
presidente, recebe quase todos os votos e depois autoproclama-se presidente
vitalício.
O princípio de partilha
do poder que está a ser pedidos pelos líderes africanos para a Africa do Sul,
não foi contudo ainda estabelecido na África negra. Desde 1957, houve mais de
150 chefes de Estado Africanos, mas apenas seis renunciaram voluntariamente ao
poder .Os restantes foram assassinados ou depostos por golpes militares. In seleções Reader's
Digest
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