O MEU
ABRAÇO FRATERNO AO POVO DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE, QUE HOJE COMEMORA 43 ANOS SOBRE
O 12 DE JULHO DE 1975 - SE BEM, COM GRANDE APREENSÃO E INSTABILIDADE POLITICA E
SOCIAL, COMO NUNCA VIVERA NA LONGA CAMINHADA PÓS INDEPENDÊNCIA - Sim, desde
aquele já distante dia, que hoje se recorda, foi içada pela primeira vez , no
tão martirizado solo santomense, a Bandeira da Liberdade, que simbolizava a
vitória do Povo, organizado e dirigido pelo MLSTP, na conquista da sua intendência política. A partir daí, abriu-se uma nova etapa de luta – o da
reconstrução nacional – E, desde então, muitos progressos foram alcançados, se
bem que à custa de muitos sacrifícios e adversidades, especialmente na educação
e na saúde . Mas longe ainda do progresso social desejável - Os meus votos
amigos de que o futuro lhe proporcione outro rumo e renovadas esperanças.
SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE – ILHAS MARAVILHA QUE GERAM POETAS E CONVIDAM À CONTEMPLAÇÃO E À POESIA - MESMO QUANDO AS REPRIMEM - - Por Jorge Trabulo Marques - jornalista e investigador

A ambas, já me referi, detalhadamente, neste meu site, contudo. penso ser oportuna esta minha evocação, citando algumas das passagens, que aqui dediquei a duas grandes figuras femininas das letras santomenses, como acréscimo da minha singela homenagem a um nome incontornável da literatura das encantadoras Ilhas Verdes do Equador
Elsa de Noronha, natural de Moçambique, (22 de Agosto de 1934), filha do poeta moçambicano Rui de Noronha, declamadora e também ela autora de poesia, tem sido uma verdadeira paladina para a divulgação da poesia africana em língua portuguesa
Alda Graça do Espírito Santo, nasceu a 30 de abril de 1926, em S. Tomé, deixou-nos em 9 de Março de 2010 – Mais conhecida como Alda do Espírito Santo, poetiza e escritora
Não partiu para o exilio mas, mesmo sob a vigilância da antiga policia politica (PIDE) nem por isso deixou de usar a palavra, os seus versos, como a voz mais ativa e interveniente pelo seu Povo - Considerada, por isso, como expoente máximo do nacionalismo são-tomense, pós independência. Alda Graça, morreu em Angola para onde foi evacuada por razões de saúde. Morreu na terra dos seus compatriotas de luta pela independência nacional, como Mário Pinto de Andrade. Um dos nomes de Angola que Alda Graça muitas vezes citou nas suas intervenções públicas. – Excerto deAlda Graça do Espírito Santo
Lá no «Água Grande»
Lá no «Água Grande» a caminho da roça
negritas batem que batem co’a roupa na pedra.
Batem e cantam modinhas da terra.
Cantam e riem em riso de mofa
histórias contadas, arrastadas pelo vento.
Riem alto de rijo, com a roupa na pedra
e põem de branco a roupa lavada.
As crianças brincam e a água canta,
brincam na água felizes…
Velam no capim um negrito pequenino.
E os gemidos cantados das negritas lá do rio
ficam miúdos lá na hora do regresso…
Jazem quedos no regresso para a roça.
(Poesia negra de expressão portuguesa, 1953)
Fevereiro
Silêncio na rua, silêncio nas almas
Um minuto de silêncio angustiado
Repicar de sinos na aurora dos tempos
Um silêncio reverente
Para a página do futuro.
(É nosso o solo sagrado da terra, 1978)
Às mulheres da minha terra
Irmãs, do meu torrão pequeno
Que passais pela estrada do meu país de África
É para vós, irmãs, a minha alma toda inteira
— Há em mim uma lacuna amarga —
Eu queria falar convosco no nosso crioulo cantante
Queria levar até vós, a mensagem das nossas vidas
Na língua maternal, bebida com o leite dos nossos primeiros dias
Mas irmãs, vou buscar um idioma emprestado
Para mostrar-vos a nossa terra
Excerto - Continua em
NATAL NA ILHA
Ao cair da tarde, pelas estradas da Ilha
Cabaninhas de andala
Tecidas por dedinhos de garotos,
É a nota tocante do Natal.
Uma tocha de mamão
É o luzeiro no caminho
Alumiar o “passo”.
Mas o exotismo dos trópicos
Descendo pelo calendário dos festejos
Faz do “Dá chinja” a festa da família.
Quarta-feira de cinzas
É cara ao coração da nossa gente,
Onde se sente a ausência dos finados.
Na hora do “angu”,
Do clássico calulú de Peixe
Todos se juntam,
Nas roças, nas grutas, nos ermos mais perdidos,
Em redor da mãe velhinha,
Da avó da carapinha branqueada
Na tradição festiva do “Bocado”.
P’las mãos dessa velhinha solene
todos, todos, recebem p’la mesma colher
Numa união feliz e africana
A primeira colherada
Do menú familiar.
E só então, a refeição começa.
A toda a hora pelo dia fora.
Vem chegando gente
Pró sagrado “Bocado”
Do avô extinto do ano que passou
E da filha arrancada à vida
em plena mocidade.
Cinzas…. Natal…
Exotismo dos trópicos?
- Uma pergunta e uma resposta que pairam nos ares
Alda Graça do Espírito Santo

Conhecia a existência da sua obra e também do prestígio que o seu nome goza nas letras e no jornalismo mas ainda não tinha tido o prazer de estar olhos nos olhos e frente a frente, e, ainda para mais, logo em direto num dos mais apreciados e mediáticos programas de informação e debate de ideias da televisão de S. Tomé e Príncipe – Naturalmente que não me posso esquecer desse amável rosto


Raízes (do secular) Micondó de Conceição Lima espalham-se pelo Brasil
Autora de três livros de poesia, publicados pela Editorial Caminho, um dos quais, “A Dolorosa Raiz do Micondó’’, acaba de ser lançado pelo Ministério da Educação do Brasil com uma tiragem de 32 mil exemplares.
A referida obra poética, publicada em 2011 no Brasil pela editora Geração Editorial, de São Paulo e, que, por ocasião da 2ª Bienal da Feira do Livro de Brasília, que decorreu de 12 a 16 de Abril, já havia sido selecionada pelo Programa Nacional de Bibliotecas Escolares do Brasil, num conjunto de mais de 400 títulos», vê agora confirmado seu lançamento, e, consequentemente, o reforço da visibilidade dos seus livros no maior país de expressão de língua portuguesa.
Em recentes declarações ao Téla Nón, Conceição Lima disse estar muito feliz pelo reconhecimento da sua obra e pela projeção que isso representa da literatura são-tomense. «Saber que contribuo para elevar o nome e a cultura de São Tomé e Príncipe é muito gratificante e deixa-me realmente muito feliz», 11 Dez 2014 Livro de poesia de Conceição Lima com tiragem de 32 mil exemplares no Brasil


SÃO ASSIM OS POETAS ...
Desde os anos 80 que Maria da Conceição Costa de Deus Lima, descobriu os caminhos da poesia, contudo, e, como geralmente acontece aos maiores poetas, a poesia é como voo de ave: voa ou voga, simplesmente, através dos grandes espaços ou mares da sensibilidade e da imaginação, sem, todavia, ter pouso seguro. Vão-se fixando instantes, na sebenta do dia a dia, sem contudo haver a preocupação de os transformar em livro ou de lograr um porto de arribação – Em suma, vai-se viajando:
“Os barcos regressam
carregados de cidades e distância
Adormecem os grilos
Uma criança escuta a concavidade de um búzio.
“Os barcos regressam
carregados de cidades e distância
Adormecem os grilos
Uma criança escuta a concavidade de um búzio.
Talvez seja o momento de outra viagem
Na proa, decerto, a decisão da viragem”
Na proa, decerto, a decisão da viragem”

Em Fernando Pessoa, quis o acaso que alguém se lembrasse de vasculhar o seu baú e descobrir a herança do seu legado. Outros, porém, às tantas, lá se dão de conta que o que é belo deve ser partilhado. Creio ter sido o caso de Conceição Lima, quando lançou “O útero da Casa”, em 2004” – Veja-se bem o significado da palavra de útero: tão só, o mais íntimo de si, as emoções mais marcantes da sua vida. Pelo menos, algumas das muitas vividas: mesmo “quando eu não sabia que era quem sou/ Quando eu ainda que era já eu” - Mesmo assim, vai-se ao fundo da memória – Mas impossível é transformar todos os sentimentos, em versos – Seria também matar a poesia, pois, o pensar, ou racionalizar demais, como dizia o poeta da Mensagem, torna as pessoas infelizes: é preciso “Sentir como quem olha/ Pensar como quem anda” – No fundo, é o que nos transmite a bela poesia de Conceição Lima
Três Verdades Contemporâneas
Creio no invisível
Creio na levitação das bruxas
Creio em vampiros
Porque os há.
Creio na levitação das bruxas
Creio em vampiros
Porque os há.

"Constituído por 28 poemas, O Útero da Casa demonstra desde o início a força poética de uma autora comprometida com si mesmo e seu país de origem. Através de “lugares metonímicos”, no dizer da crítica literária portuguesa Inocência Mata (prefaciadora da obra), Conceição Lima deslumbra o seu leitor ao construir e reconstruir os seus lugares de afetividade; o seu país, rico em simbolismos e lutas, a partir de um “eu feminino”, em que a casa ganha uma dimensão de amargura e rememoração -Excerto de Conceição Lima e a linguagem-morada
"No livro A dolorosa raiz do micondó, Conceição Lima, poetisa de São Tomé, reconstitui espaços, paisagens da intimidade e histórico-sociais por meio da representação lírica de sua memória. O quintal da infância, a árvore do micondó, dentre outros elementos espaciais e paisagísticos, ganham contornos simbólicos nessas rememorações, que se espraiam ainda na lembrança de tempos dolorosos vivenciados em seu país"
SÓYA
Há-de nascer de novo o micondó —
belo, imperfeito, no centro do quintal.
À meia-noite, quando as bruxas
povoarem okás milenários
e o kukuku piar pela última vez
na junção dos caminhos.
Sobre as cinzas, contra o vento
bailarão ao amanhecer
ervas e fetos e uma flor de sangue.
Rebentos de milho hão-de nutrir
as gengivas dos velhos
e não mais sonharão as crianças
com gatos pretos e águas turvas
porque a força do marapião
terá voltado para confrontar o mal.
Lianas abraçarão na curva do rio
a insónia dos mortos
quando a primeira mulher
lavar as tranças no leito ressuscitado.
Reabitaremos a casa, nossa intacta morada.
In . A Dolorosa Raíz do Mincondó - 2006
Olinda Beja é, sem dúvida alguma, uma das mais espantosas musas do firmamento poético de São Tomé e Príncipe, nascida lá nas bandas do meio do mundo, onde se avista o cruzeiro do Sul – Toda a sua poesia é como que a expressão genuína das raízes da maravilhosa e luxuriante Ilha que a viu nascer. Do mar, da terra e dos seus frutos e flores - sabores e perfumes. Ela é tudo isso! A expressão poética das Ilhas e das suas gentes. Com a genial e rara inspiração de dizer os seus poemas, com a mesma musicalidade calorosa da voz do seu povo e, simultaneamente, nos revelar a beleza envolvente de um verdadeiro paraíso terreal - Naturalmente, com os seus espantos, cores, alegrias, ansiedades e sofrimentos – E, estes, muitos foram ao longo de séculos. Por isso mesmo, é das raras poetas que tem o condão de dizer o que escreve, tal como o sentiu no instante da sua criação: não só recita, declama mas canta! – Não sei se haverá, entre os poetas da língua portuguesa, pessoa capaz de nos proporcionar momentos de tão rara e intensa beleza poética e deslumbrante sensibilidade interpretativa, como são os oferecidos por Olinda Beja.

Olinda Beja, autora de 16 livros de poesia e ficção, distinguida pelo Prémio Literário Francisco José Tenreiro, atribuído a obra " A Sombra do Ocá, tem sido uma autêntica embaixatriz da divulgação da lusofonia, da cultura das Ilhas de s. Tomé e Príncipe e de Portugal, deslocando-se, frequentemente, a estabelecimentos de ensino do universo lusófono, dando a conhecer as ilhas do cacau e fazendo aproximação dos dois povos através da riqueza cultural que une os dois povos.
Se é verdade que ser-se poeta é um dom, dado por divinas inspirações, não menos verdade é que são as vidas , os acasos, os lugares onde se nasce ou por onde se passa que determinam a condição de um poeta. Se, Luís de Camões, não tivesse andado embarcado pelos mares do Atlântico ao Índico, não tinha escrito os Lusíadas, mesmo que escrevesse uns versos, dificilmente o consagrariam para a posteridade. O mesmo teria sucedido a Fernando Pessoa, senão tivesse percorrido o atlântico de Lisboa a Pretória e depois regressado. Jamais a sua alma teria sido iluminada por tanta força poética e por tanto mar.
Se não se tivesse dado esse curioso ou profético acaso, talvez não fosse a poeta que é hoje, sim, se lá tivesse ficado - Por um lado, porque, as imagens de criança, são marcantes para toda a vida, por outro, porque, ao sentir que perdia o elo à sua terra de origem, houve como que o apelo intrínseco, instintivo, a essas mesmas raízes, aparentemente perdidas. Que, de resto, Olinda, ao longo da sua vida, tem procurado reforçar, através de várias viagens a essas suas ilhas amadas. Lendo poetas e escritores da sua terra natal, convivendo com as suas gentes, com a sua cultura e a sua luxuriante paisagem. Não foi o caso de José Almada Negreiros, que nunca lá regressou. Mesmo assim, que influência!... Mas, olhando para aquele rosto, sorridente, expressivo, onde os traços da mestiçagem, da miscigenação africana, não escondem a sua origem, vê-se, logo num primeiro contato, nas primeiras palavras, que o seu coração fala a linguagem dos trópicos. Das pátrias irmãs, unidas pela mesma língua e história, pertencendo ambas à mesma comunidade da CPLP. - E, de que, Olinda se orgulha, e tem sido a militante apaixonada.

Sim, Olinda Beja, embora, bem cedo deixasse o clima quente e húmido do equador, passando a viver nas terras frias da Beira Alta (em cujos horizontes e espaços rurais, já se inspirou para escrever alguns dos seus mais belos poemas e livros de ficção, como seja " A Casa do Pastor") não tardou a que, um dia, respondesse ao mágico canto do Ossobó. Aqueles sons que teria ouvido em menina. Quando o seu pai e a sua mãe negra, viviam lá pelo interior da roça - Sons inconfundíveis das lindas aves do paraíso que povoam as florestas que ensombravam e cobriam as plantações dos cacaueiros.
Olinda Beja
Há-de nascer de novo o micondó —
belo, imperfeito, no centro do quintal.
À meia-noite, quando as bruxas
povoarem okás milenários
e o kukuku piar pela última vez
na junção dos caminhos.
Sobre as cinzas, contra o vento
bailarão ao amanhecer
ervas e fetos e uma flor de sangue.
Rebentos de milho hão-de nutrir
as gengivas dos velhos
e não mais sonharão as crianças
com gatos pretos e águas turvas
porque a força do marapião
terá voltado para confrontar o mal.
Lianas abraçarão na curva do rio
a insónia dos mortos
quando a primeira mulher
lavar as tranças no leito ressuscitado.
Reabitaremos a casa, nossa intacta morada.
In . A Dolorosa Raíz do Mincondó - 2006
ONDINA BEJA, HÁ DOIS ANOS, NO DIA 1º DE MAIO DE 2015 -

É o que se pode dizer um espetáculo musical e poético, ao vivo, que não cansa, não enfada, contrariamente a muitas destas sessões. Pois é das tais récitas poéticas, que prende e emudece de encanto a assistência, arrebata e faz levantar em apoteóticos aplausos, quem a ouve. – Sim, porque, a par dos seus extraordinários dotes poéticos e artísticos, também costuma fazer-se acompanhar de um outro talento musical – De Filipe Santo, que, dedilhando, artisticamente, os melhores sons do africanismo sãotomense, lhe empresta ainda mais redobrado sentimento e fulgor.
Alda Graça do Espírito Santo - "Um marco indelével na sua vida de escritora, que teve uma influencia enorme na sua poesia: tanto poético, humano, social - "Foi uma mulher extraordinária na minha vida" - Reconhece Olinda Beja
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Numa amável entrevista que me concedeu, em Julho de 2013, por o ocasião da Feira dos livros do Instituto Português do Desporto e Juventude, em Lisboa, referiu que gostaria que o seu país não precisasse de estender a mão às organizações internacionais, porque, se for bem gerido, bem estruturado, tem tudo! "Além de um Povo Maravilhoso, que é a riqueza do pais, é o Povo: não é o petróleo: é um Povo Pacifico, que quando se conhece, dá tudo por tudo por si. É um Povo que nunca fecha a porta a ninguém"
Olinda Beja, à semelhança de Almada Negreiros, nasceu em S. Tomé, na Vila de Guadalupe em 1946, filha de mãe santomense e pai natural da Beira Ata, tendo partido para Portugal, com apenas dois anos de idade.

"Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas (Português/Francês) pela Universidade do Porto, Olinda Beja é docente do Ensino Secundário desde 1976. Ensina também Língua e Cultura Portuguesa na Suíça, é assessora cultural da Embaixada de São Tomé e Príncipe e dinamizadora cultural. Publicou os livros de poemas 'Bô Tendê?', 'Leve, Leve', 'No País do Tchiloli', 'Quebra-Mar' e 'Água Crioula', os romances 'A Pedra de Villa Nova', '!5 Dias de Regresso' e 'A Ilha de Izunari' e ainda livros de contos.
QUEM SOMOS?
O mar chama por nós, somos ilhéus!
Trazemos nas mãos sal e espuma
cantamos nas canoas
dançamos na bruma
somos pescadores-marinheiros
de marés vivas onde se escondeu
a nossa alma ignota
o nosso povo ilhéu
a nossa ilha balouça ao sabor das vagas
e traz a espraiar-se no areal da História
a voz do gandu
na nossa memória...
Somos a mestiçagem de um deus que quis mostrar
ao universo a nossa cor tisnada
resistimos à voragem do tempo
aos apelos do nada
continuaremos a plantar café cacau
e a comer por gosto fruta-pão
filhos do sol e do mato
arrancados à dor da escravidão
Olinda Beja
Alda Graça do Espírito Santo
Nasceu a 30 de abril de 1936 , na cidade de São Tomé, capital do Arquipélago de São Tomé e Príncipe, Alda Neves da Graça do Espírito Santo. Filha de uma professora primária e de um funcionário dos Correios, ainda nova faz seus primeiros estudos em São Tomé. 1940: Em meados de 1940, muda-se com a família para o norte de Portugal, anos depois a família muda-se para Lisboa onde Alda inicia seus estudos universitários. 1950: No início dessa década, morando em Lisboa com a família, Alda Espírito Santo faz contato com alguns dos importantes escritores e intelectuais que viriam a ser os futuros dirigentes dos movimentos de independência das colônias portuguesas de África, como Amílcar Cabral, Mário Pinto de Andrade, Agostinho Neto, Francisco José Tenreiro, entre outros. A casa de sua família, no número 37 da Rua Actor Vale, funciona como local de encontros do CEA (Centro de Estudos Africanos). Os encontros regulares na casa de Alda promoviam palestras sobre temas diversos como Linguística, História e também sobre a consciência cultural e política acerca do colonialismo, do assimilacionismo e da defesa do colonizado. Excerto de Vidas Lusófonas - Alda Espirito Santo
Combatente da luta pela independência nacional, poetisa, considerada expoente máximo do nacionalismo são-tomense, pós independência. Alda Graça, morreu em Angola para onde foi evacuada desde a última semana por razões de saúde. Morreu na terra dos seus compatriotas de luta pela independência nacional, como Mário Pinto de Andrade. Um dos nomes de Angola que Alda Graça muitas vezes citou nas suas intervenções públicas. – Excerto deAlda Graça do Espírito Santo
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