Celebração do Solstício do Verão 21-06-2025 –A partir das 1.30 às 20.45 Um dos calendários solares-pré-históricos, aldeia de Chãs- V. N de Foz Côa -Stonehenge Português- Sob o Lema Paz na Terra e Acabe a Guerra –Com singelas homenagens ao Poeta Manuel Daniel e o fadista José Manuel Osório Saudosos rostos que vamos recordar - Ambos, a seu modo, defensores da espiritualidade poética, musical e tradicional e da Paz e da liberdade –
Ó Pedras históricas é monumentais da minha aldeia! Calendários solares, que escutais a voz do meu silêncio! – Sejam bem-vindos à celebração do Solstício do Verão ! Noutro país, serieis bem mais valorizadas Escoadouro das minhas economias e meus passos- Desde há mais de 20 anos, celebrados por minha iniciativa, nunca ninguém me agradeceu e nem espero que o façam.
Não tinham relógios nem calendários, como hoje os temos, mas nem por isso deixavam de saber quando uma estação terminava e outra começava. Erguiam enormes blocos ou aproveitam-se de outros já existentes e adaptavam-nos para as suas observações astronómicas. E faziam deles, além de verdadeiros monumentos, também os seus locais de culto. Muitos caíram no esquecimento ou foram destruídos. Porém, outros, ainda subsistem em vários pontos do Globo: o mais famoso é Stonehenge e, em Portugal, os templos do sol, no maciço dos Tambores, aldeia de Chãs, onde são celebrados os ciclos do ano e evocados, tempo idos.




O Solstício de Verão 2025 ocorre dia 21 de Junho às 02.42 TMJ, instante que marca o início do estio no Hemisfério Norte e se prolongará por 93,65 dias até ao próximo Equinócio que ocorre no dia 21 de Setembro dno hemisfério norte, que marca o início do verão, ocorre no dia 22 de Setembro às 19-19 TMJ

José Manuel Osório - Pai do jornalista e escritor, Luís Osório
José Manuel Osório Fadista, investigador e ator, Morreu aos, 64 anos, no dia 11 de Agosto de 2011, em Lisboa. Era considerado o mais antigo caso de um doente com sida em Portugall- Exemplo de resistência, de força de vontade e de genialidade e,m prol da tradicional musicalidade portuguesa
. Nasceu em 1947, na República do Zaire. Foi um dos mais notáveis investigadores na área do fado. Até aos 10 anos viveu em África. O fado passava por sua casa, sobretudo na voz de Lucília do Carmo. Mas, na altura, pouco lhe interessava. Preferia a magnitude da voz de Maria Callas. Foi quando veio para Lisboa, aos 11 anos, que descobriu a grande beleza do fado, nas vozes de Amália Rodrigues e José Pracana.
Incansável opositor do regime salazarista, José Manuel Osório cantou fados de intervenção desde os primeiros discos. Estreou-se em 1965 com um duplo EP em que cantava letras de José Carlos Ary dos Santos, Mário de Sá Carneiro, Manuel Alegre, Luísa Neto Jorge, João Fezas Vital e António Botto. Foi imediatamente proibido. Dois anos depois, um novo disco, que recebeu o Prémio Imprensa, para o melhor disco do ano, com letras de António Gedeão, Manuel Alegre, António Aleixo e Natália Correia. Foi novamente proibido. Em 1969, o terceiro disco teve destino semelhante (mais pormenores em https://www.infopedia.pt/artigos/$jose-manuel-osorio
MANUEL PIRES DANIEL – Faleceu em 21 de Janeiro 2021, vitima da Covid 19 Já depois de alguns anos de penosa situação de invisual. Um distinto filho desta nossa região, natural de Mêda e que, nos deu o prazer e a honra de estar presente em várias das celebrações dos Equinócios e Solstício, a última das quais, quatro meses antes da sua morte - No Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nº Sra, em Chãs - V. N. de Foz Côa, na celebração do Equinócio do Outono
PALAVRAS DE PROFUNDA REFLEXÃO - "Este, meus amigos, é um ato de iminente cultura popular! Isto é um modo de sentir, aquilo que, de mais vivo e mais puro existe na Terra e pode ser compreendido por todos os homens! “ – Começou por sublinhar, Manuel Daniel - Poeta, dramaturgo, jornalista e advogado, homem culto e humanista, talento multifacetado e de rara sensibilidade, autor de uma vasta obra literária, natural de Meda, concelho limítrofe do termo desta aldeia, figura muito querida e prestigiada na nossa região, invisual nos últimos anos da sua vida, residindo em V.N. de Foz Côa, onde casou, exerceu advocacia e continuou a dedicar-se à causa pública.
Pela limpeza do vento, pelos actos de pureza,
Pela alegria, pelo vinho, pela música, pela dança,
pela branda melodia do rumor dos regatos,
Pelo fulgor do estio, pelo azul do claro dia,
Pelas flores que esmaltam os campos, pelo sossego, dos pastos,
Pela exactidão das rosas, pela Sabedoria,
Pelas pérolas que gotejam dos olhos dos amantes,
Pelos prodígios que são verdadeiros nos sonhos,
Pelo amor, pela liberdade, pelas coisas radiantes,
Pelos aromas maduros de suaves outonos,
Pela futura manhã dos grandes transparentes,
Pelas entranhas maternas e fecundas da terra,
Pelas lágrimas das mães a quem nuvens sangrentas
Arrebatam os filhos para a torpeza da guerra,
Eu te conjuro ó paz, eu te invoco ó benigna
Ó Santa, ó talismã contra a indústria feroz,
Com tuas mãos que abatem as bandeiras da ira,
Com o teu esconjuro da bomba e do algoz,
Abre as portas da História,
deixa passar a Vida!
Natália Correia, in O Sol nas Noites e o Luar nos Dias
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