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domingo, 6 de dezembro de 2015

Missão da Guiné Equatorial na CPLP, atribui “Prémio de Investigação Fernando Pó” a José Fernando Gomes, de nacionalidade portuguesa, no valor pecuniário de 3000 euros.

Teodoro Obiang e. Pinto da Costa - Foto Télanon  


A Missão Permanente da Guiné Equatorial junto da CPLP declarou encerrado o período de candidaturas para o "Prémio de Investigação Fernando Pó", em conformidade com  a convocatória divulgada  no dia 15 de Outubro, que dava a conhecer o alcance da distinção e as condições  do regulamento

De acordo com o regulamento, então divulgado,  o prazo para a entrega das obras, terminava em 30 de Novembro - Entretanto, o júri, já se pronunciouatribuindo o valor pecuário de   3000 euros, ao estudo apresentado pelo português  José Fernando Gomes.

A notícia da atribuição deste prémio foi divulgada, através de um oficio distribuído pelo  Embaixador Tito Mba Ada, apresentante da Missão Permanente da República da Guiné Equatorial, junto da CPLP.- A referida nota, que o diplomata teve a amabilidade de nos fazer chegar,  diz que,  "apesar da dificuldade do tema, houve uma grande afluência de trabalhos, mostrando grande qualidade de investigação, o que dificultou a escolha do júri. Após análise detalhada de cada trabalho, deliberou-se que o vencedor é o Senhor José Fernando Gomes, investigador de nacionalidade portuguesa, que irá ganhar um Prémio monetário simbólico de 3000 Euros."


Foram navegadores portugueses os primeiros europeus a explorar o golfo da Guiné, em 1471 - S. Tomé e Príncipe, Ano Bom e Fernando Pó, mas os historiadores debatem-se com escassa informação. - Tal como diz o historiador  Luís de Albuquerque, "sabe-se, por exemplo, que João de Santarém, Pêro Escobar, Fernão do Pó, Lopo Gonçalves e Rui Sequeira estiveram ao serviço de Fernão Gomes. Mas não há registos que  nos permitam dizer com segurança qual deles, em que ano, descobriu o quê". 
Esta a principal razão do Prémio Fernando Pó, promovido pela Missão Permanente da República da Guiné Equatorial junto da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP), ao patrocinar uma pesquisa sobre a figura histórica deste navegador, visando divulgar as raízes da Guiné Equatorial, no contexto dos Descobrimentos portugueses.

Malabo 

- (foto da Web)
Fernando Pó, ilha atualmente conhecida por Bioko, é um dos territórios  insulares da Guiné Equatorial, que tem por capital Malabo. Foi possessão portuguesa, de 1474 a 1778,  data em que  passou a pertencer a  Espanha pelo  Tratado de Santo Ildefonso (1777) e do Tratado de El Pardo

Em troca, Portugal recebia  garantias de paz em diversos zonas de influência da América Latina, como a retirada espanhola da Ilha de Santa Catarina e a extensão de terras brasileiras, tendo, o entanto, perdido para a coroa Espanhola, Colónia do Sacramento   e aos direitos sobre as Ilhas Marianas e Filipinas
Guiné Equatorial – é composta pela  área insular (três ilhas) e a continental - Desde meados dos anos 90, tornou-se um dos maiores produtores de petróleo do sub-Saara. Com uma população de 798 807 de habitantes, é o país com o maior produto interno bruto per capita do continente Africano, e o 69º do mundo

UM PASSADO  LONGÍNQUO

A Ilha de Fernão do Pó, chegou a ter o seu rei - O último dessa linha hierarquia (sem ceptro) foi Francisco Malabo Beosá (1896 - 2001)  tendo vivido, entre 1896 e 2001. Cuja descendência remontam ao heroico "Malabo Lopelo Melakaúltimo rei  bubi, que resistiu a invasão espanhola. Os clãse localidades bubis tardaram em aceitar a soberania espanhola sobre a ilha, e até 1912, não foi obtida por meio de repressão a pacificação total da ilha"  Wikipédia



(Fotos- Ano Bom e Bioko)

A Guiné Equatorial foi governada  dez anos, sob a tirania de  Francisco Macías Nguema , que  chegou a dar o seu nome à Ilha de Fernando Pó, - Era ele que ainda governava. em 1975, quando, depois de eu ter andado à deriva 38 dias, a bordo de uma frágil canoa, as correntes e os ventos me  arrastaram  para uma recôndita baía de Bioko, tendo ordenado o  meu encarceramento, por suspeita de espionagem, em vez de me prestar assistência hospitalar, dadas as condições de debilidade física em que me encontrava  - Quatro anos depois,  era depôsto por seu sobrinho Teodoro Obiang Nguema Mbasogo),actual Presidente da Guiné Equatorial, então Comandante das Policias e das Forças Armadas, o qual, felizmente, teve a humanidade e o bom senso de me chamar ao seu gabinete e ordenar a minha libertação.

ILHAS HÁ MUITO POVOADAS


"Primeiro os cartagineses e depois os árabes preludiaram a gesta concretizada em pleno no século XV pelos portugueses e castelhanos. As provas que fundamentam a presença dos argonautas antigos nestas paragens acumulam-se e vêm sendo apontadas desde o século XVI como o testemunham alguns cronistas, como António Galvão, Damião de Góis e Gaspar Frutuoso. Todavia o empenhamento da historiografia nacional nas reivindicações imanentes da partilha oitocentista do continente africano conduziu a uma opinião afirmativa, mantida até à actualidade, da prioridade lusíada no conhecimento do Atlântico ocidental, oriental e Índico."portugaleilhasatlanticas..


O QUE CONTRIBUIU PARA QUE AS ILHAS DO GOLFO DA GUINÉ FOSSEM CONHECIDAS E CARTOGRAFADAS, NA ANTIGUIDADE, DEVE-SE, TAMBÉM EM BOA PARTE, AO RIO NÍGER.


Em torno das margens do Níger, formou-se uma civilização, quase da mesma maneira que o Nilo, no Egipto. .A qual levou a que ambas mantivessem estreitas ligações, quer por mar quer por terra. Esta terá sido uma das razões pelas quais os povos da antiguidade, terão navegado, desde o mediterrâneo até ao Golfo da Guiné e tomado conhecimento da existência destas Ilhas. Se outra explicação não houvesse para que os povos ribeirinhos, partissem em sua demanda, bastaria a informação, que não deixaria de ser prestada, por parte daqueles pioneiros e destemidos navegadores.Que acabariam por cartografar o continente africano, muito antes do Infante ter convidado os especialistas e estudiosos, oriundos dessas culturas, que haviam estabelecido tais ligações laços.


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