expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Historiadora Irene Flunser Pimentel defende “Comissão da Verdade” para esclarecer crimes coloniais em África



HISTORIADORA PORTUGUESA PROPÕE COMISSÃO DE VERDADE PARA JULGAR OS CRIMES DO PASSADO - E PORQUE NÃO A OPORTUNIDADE DE SE JULGAREM TAMBÉM OS CRIMES DO PRESENTE - 

Sim, de milhões de fundos, provindos das mais diversas origens da comunidade internacional mas que desaparecem sem deixarem rasto nem praticamente sinais da sua passagem - Com a população a viver abaixo da linha de pobreza - Disto não falam nem os historiadores atuais nem a imprensa oficiosa " Historiadora defende “Comissão da Verdade” para esclarecer crimes coloniais em África

A historiadora portuguesa Irene Flunser Pimentel defende o esclarecimento dos tabus em torno dos crimes cometidos por Portugal nos vários cenários da guerra colonial em África.

A historiadora portuguesa Irene Flunser Pimentel exorta a opinião pública dos países africanos a debruçar-se sobre a memória para o conhecimento da história comum. A investigadora considera que já não é tempo de fazer justiça em tribunal pelos crimes cometidos no passado pelo regime colonial português.

Irene Pimentel tem vindo a aprofundar o seu trabalho com recurso aos documentos depositados na Torre do Tombo, em Lisboa, e lançou este sábado a sua mais recente obra - "O Caso da PIDE/DGS”-, através da qual questiona se "foram julgados os principais agentes da Ditadura portuguesa”.
O que fazer com os agentes da ditadura?

Portugal viveu um momento de rotura relativamente ao regime que vigorou até ao Estado Novo, com o eclodir do 25 de abril de 1974 – um golpe de Estado que se transformou num processo revolucionário.

Entretanto, no seio da opinião pública, começou a ser discutido o que é que iria ser feito com os elementos do antigo regime. "Seriam julgados?”, questiona a historiadora portuguesa.

Não havia muitos modelos a seguir. O único era, praticamente, o caso dos julgamentos de Nuremberga: entre 1945 e 1946, o Tribunal Militar Internacional reuniu-se para julgar os dirigentes nazis alemães após a Segunda Guerra Mundial.

Nesse sentido, houve uma discussão que motivou a criação de uma Comissão de Extinção da PIDE/DGS – a polícia política portuguesa que se transformou no paradigma do antigo regime. Por exemplo, Marcelo Caetano e Américo Tomás – duas figuras emblemáticas do Estado Novo – foram enviados pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) para fora de Portugal, mais precisamente para o exílio no Brasil.
Inicialmente, os ministros que tutelavam a polícia política portuguesa também não foram presos. Isso só veio a acontecer mais tarde, por causa da opinião pública. E os elementos da PIDE, que foram os responsáveis pelos quatro mortos e vários feridos no 25 de abril, também por pressão da opinião pública, começaram a ter medo e entregaram-se às Forças Armadas.


Nenhum comentário :