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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Patrice Trovoada – O Financiador do Golpe de Estado 2003 -!A CONFIRMAÇÃO QUE FALTAVA - AUTOR DO LIVRO THE POWER OF INTERPENDENCE - David Oladipupo, por nós contatado reafirma o que escreveu Estou firme e seguro da minha publicação e nada que eu tenha visto mudará a minha posição "I stand behind my publication and nothing I have seen will change that.” … - Go read my book! Go read my book! Go read where I got the information from! Vá ler meu livro! Vá ler onde eu recebi as informações! Depois de desmascaramos a golpada através dos 30 milhões em conta fictícia na CGD, aqui temos mais um duro golpe para autor dos golpes



J
orge Trabulo Marques - Jornalista - Informação e análise  - Nota ao Leitor: De referir que os excertos citados neste post, das trocas de mensagens com o autor do livro de The Power of Interdependence -- Lessons from Africa, foram por mim recolhidos, não a titulo pessoal ou confidencial mas na qualidade de jornalista, com referências e linkes,  comprovando a veracidade dos vários trabalhos   jornalísticos publicados  – Mensagens enviadas com objetivo de contribuir para  um  mais aprofundado e cabal esclarecimento da opinião pública acerca de referida obra e das afirmações ali produzidas,  “Golpe de Estado – O Financiador” | Téla Nón 16/08/2017  que ultimamente criaram uma enorme expectativa e curiosidade  na opinião pública, face a novos factos entretanto ocorridos e do domínio público - E julgo que é o que terei logrado, graças às prontas respostas do distinto professor e investigador  David Kuranga - Embora concisas mas julgo que muito oportunas e esclarecedoras, o que honra e dignifica a sua disponibilidade, frontalidade  e rigor académico.

David O. Kuranga, -No dia do lançamento da sua obra


David O. Kuranga, Ph., não retira uma virgula do que escreveu na sua obra The Power of Interdependence -- Lessons from Africa. Diz  estar ciente de que o publicou e nada o fará mudar - E o que é dito no seu livro é muito claro: 


"Em meados de Setembro de 2003, o presidente da IMG visitou São Tomé para negociar uma disputa entre o presidente Menezes e alguns de seus rivais políticos. Rumores estavam circulando que outro golpe estava em obras. Presidente Menezes ameaçou prender Patrice Trovoada, filho do ex-presidente, até que seus assessores persuadiram contra isso. De acordo com a inteligência nigeriano, Patrice Trovoada foi acusado de ser um dos principais financiadores do golpe 16 de julho. Ele também foi demitido como ministro das Relações Exteriores"
Colocamos esta questão ao conceituado investigador nigeriano para que nos esclarecesse do que pensava acerca das declarações do ex-presidente da Nigéria Olusegun Obasanjo , que veio em defesa de Patrice Trovoada,  que afirmou que o “Golpe de Estado de Julho de 2003, naquele país, foi antes um golpe organizado, e executado por um grupo de antigos membros do Batalhão Búfalo, uma criação do exército do Apartheid da África de Sul”

Na sessão de autógrafos
De referir que, David Kuranga, é detentor de um notável currículo: além  de autor de (The Power of Interdependence) com Macmillan Publishers, detalhando o impacto do multilateralismo na África, é o principal fundador e diretor-gerente da Kuranga and Associates Limited.  estudioso internacional com uma década de experiência em pesquisa de desenvolvimento em África. Atuou como consultor sénior de bancos de investimento de mercados emergentes, fornecendo serviços de front office.  Trabalha com Fundos e outros investidores nas economias fronteiriças de África. Acadêmico internacional Fulbright, professor de Economia e Relações Internacionais que realiza consultas na Universidade de Nova York, na Universidade Fordham, SUNY, Rutgers University e Seton Hall University. Em 2004, serviu como consultor da Delegação da Nigéria para as Nações Unidas e continua a envolver ativamente funcionários na Nigéria.

Na madrugada de 16 de Julho, por volta das 03 horas locais, um grupo de militares liderados pelo major Fernando Pereira, chefe do Centro de Instrução Militar de São Tomé e Príncipe, aproveitando-se da ausência do Presidente Fradique Menezes, em visita oficial à Nigéria, lançaram um golpe de Estado no país com a detenção da primeira-ministra Maria das Neves, o ministro responsável pelo petróleo e vários outros ministros de Estado. 


Peter Lopes, um dos principais operacionais envolvidos no referido golpe, veio recentemente denunciar,  através de um vídeo editado no Facebook, que, o atual primeiro-ministro, Patrice Trovoada, esteve por detrás do  financiamento da golpada   - As afirmações do nativo gabonês,  caíram como uma bomba, em STP e nas redes sociais (que ele agora quer também sikenciar através de nublosos acordos com tecnologia de regimes ditatoriais e o escudo judicial), sim,  acrescentando mais um escândalo ao descrédito de um governante que persiste em fazer do mais pequeno e mais pobres país de África, a sua coutada privada, valendo-se dos milhões que deverá dispor em misteriosas sociedades nos vários continentes, nomeadamente,  no Texas (possivelmente com os mesmos sacadores com os quais fez as grandes negociatas da venda dos famigerados blocos petrolíferos, até porque - segundo diz - "comprar votos faz parte do jogo" - 



Peter Lopes 
No entanto, muito antes de Peter Lopes, ter feito essa denúncia, já o livro do conceituado investigador nigeriano, avançava com a mesma afirmação,  aliás, como em vários artigos citados, sem que, quer da parte de Trovoada, como de Obsajnjo, houvesse a coragem de refutarem o conteúdo da obra The Power of Interdependence, cujo autor   David O. Kuranga, Ph. pelo que se depreende, nem uma virgula retira do que escreveu, dizendo estar ciente de que “o publicou nada o fará mudar”.

ZANGA-SE AS COMADRES, DESCOBREM-SE AS VERDADES - Obviamente, para que, o ex-operacional viesse a dar com a boca no trombone, muito terá contribuído o rompimento das amizades com Peter Lopes, traído por promessas  não cumpridas, relacionadas com um empreendimento de Gás na cidade das Neves, em S. Tomé.p://www.telanon.info/politica/2017/09/02/25185/treino-ruandes-no-parlamento-provoca-incidentes/


EXCERTOS DE ALGUNS DOS E-MAILS TROCADOS COM DAVID OLADIPUPO - NÃO LEMOS A OBRA EM PAPEL MAS TIVEMOS OPORTUNIDADE DE A CONSULTAR INTEGRALMENTE EM  FECHEIROS DA NET - Da qual - mais à frente - tomámos a liberalidade de transcrever alguns excertos para a nossa análise  

--------- Mensagem reencaminhada ----------
From: jorge trabulo Marques <......>
To:david.... (...) Cc: Bcc:
Date: Sat, 23 Sep 2017 12:49:25 +0100
Subject: Ex-Presidente Olusegun Obasanjo, contradiz versão do seu livro The Power of Interdependence: Lessons from Africa
----- Message truncated -----

Caro Escritor David Oladipupo
Antes de mais, os meus parabéns pelo seu excelente trabalho publicado em The Power of Interdependence:  Venho, através desta mensagem, comunicar-lhe, que, um dos antigos  o antigo operacionais do Batalhão Búfalo, Peter Lopes, que participou no golpe de Estado de 16 de Junho de 2003, em São Tomé, recentemente divulgou um vídeo na sua página do Facebook, acusando o atual Primeiro-Ministro, Patrice Trovoada de ter sido o financiador  do referido golpe, afirmações  que veem ao encontro da tese apresentada no seu livro.
No entanto, o Sr. Patrice Trovoada, que nunca teve a coragem de contraditar a denúncia que o Sr. David Oladipupo, faz no seu livro, anunciou ir mover um processo judicial contra Peter Lopes.
Como se não  bastasse, dias depois, é o próprio ex-Presidente da Nigéria que vem em defesa de Patrice Trovoada, dizendo o seguinte:

 “ Chegou ao meu conhecimento, artigos divulgados pelas redes sociais, acusando o Senhor Primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Sua Excelência, Patrice Emery Trovoada, de ter financiado o Golpe de Estado de Julho de 2003, naquele país, foi antes um golpe organizado, e executado por um grupo de antigos membros do Batalhão Búfalo, uma criação do exército do Apartheid da África de Sul, o golpe abortou, e a ordem constitucional, foi reinstalada na sequência da intervenção, e envolvimento directos do Governo da República Federal da Nigéria”.
(...) As acusações e insinuações, tentando associar o Primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Sua Excelência, Patrice Emery Trovoada ao Golpe perpetrado em 2003, pode apenas estar motivado pela ignorância, e são incoerentes com os factos, e inteligências, na qual baseamos para a nossa intervenção, e acção. Patrice Trovoada apresenta queixa-crime por difamação, injúria


OBASANJO NÃO FOI A FONTE DO AUTOR NEM DE OUTROS INVESTIGADORES - PELO QUE NÃO TEM AUTORIDADE DE CONTRADITAR 
"The Power of Interdependence -- Lessons from Africa."

Disse-nos  David O. Kuranga : "Vá ler meu livro! Vá ler onde eu recebi as informações! Olhe para as citações, e os indivíduos específicos de que veio e foram nomeados especificamente, muitos dos quais ainda estão vivos!

--------- Mensagem encaminhada ----------
De: David Kuranga <.....>
Data: 25 de setembro de 2017 às 08:20
Assunto: Re: "According to Nigerian intelligence, Patrice Trovoada was accused of being one of the main financiers of the July 16 coup. In The Power of Interdependence - Lessons from Africa | D. Kuranga
Para: jorge trabulo Marques <
.....>

David Kuranga
        
Yes,

Go read my book! Go read where I got the information from! Go look at the citations, and the specific individuals that it came from and were named specifically, many of whom are still alive!

I am not sure why you care or think it even matters what the former president had to say? He was not a source for most of the information I published. Anyone who actually read the book would know that.

Diz-me o autor: "Vá ler meu livro! Vá ler onde eu recebi as informações! Olhe para as citações, e os indivíduos específicos de que veio e foram nomeados especificamente, muitos dos quais ainda estão vivos!

Não tenho a certeza por que você se importa ou acha que isso importa o que o ex-presidente teve a dizer? Ele não foi uma fonte para a maioria das informações que publiquei. Qualquer um que realmente leia o livro saberia disso.

---------- Forwarded message ----------
From: jorge trabulo Marques <......>
Date: 2017-09-26 14:55 GMT+01:00
Subject: Re: (2) According to Nigerian intelligence, Patrice Trovoada was accused of being one of the main financiers of the July 16 coup
To: jorge trabulo Marques <......>

Caro Senhor David Oladipup Kuranga,
Antes de mais, quero agradecer pela sua amabilidade de me ter respondido a minha mensagem

.(…)  Sou um jornalista de investigação e trabalhei por muitos anos nas roças de cacau em São Tomé e Príncipe, muito antes da independência. Também fui vítima da colonização portuguesa.

Por isso, quando começou o movimento independentista de São Tomé e Príncipe, aliei-me às causas dos nativos e publiquei centenas de notícias para o mundo, reportando o que se passava naquelas Ilhas e por isso fui vítima de perseguição dos colonos portugueses.

Na sequência disso, em 1975, ainda antes da independência, tive que fugir numa piroga e passei 12 dias perdido no alto mar e fui parar à costa da Nigéria, onde fui preso, conforme pode constatar no jornal daquela época. - Isto é, eu tive que antecipar a travessia que eu pretendia fazer para mostrar que os antigos navegadores das canoas da costa africana poderiam ter sido os primeiros povoadores, muito antes da colonização

Portanto, minha intenção não é contra você.

(…) Depois de 39 anos que de ter deixado São Tomé e Príncipe, regressei a aquelas Ilhas  por causa de muita nostalgia que sentia, mas fiquei muito desapontado com o que vi e por isso me interessei pelo seu livro, porque retrata exatamente o que ouvi da boca de muita gente daquele País.

Muita gente afirma que foi o Patrice Emery Trovoada quem financiou o golpe militar de 2003, conforme está escrito no teu livro.Portanto, o meu interesse consigo, era colher mais elementos que por ventura você pudesse ter conseguido depois de ter publicado o seu livro.
Somente isso!
Com os melhores cumprimentos
Jorge Trabulo Marques - Jornalista


FRADIQUE MENEZES DEIXOU-NOS A IDEIA QUE LEU O LIVRO DO AUTOR NIGERIANO - FOI A IMPRESSÃO COM QUE FICÁMOS DURANTE O AMÁVEL CONVÍVIO QUE NOS CONCEDEU EM NOV DE 2014, EM SUA CASA JUNTO À PRAIA    Nessa altura, eu não estava bem a par dessas ocorrências pelo que não lhe perguntei a sua opinião mas verifiquei que estava muito satisfeito ao citá-lo  -Mas o livro, que tem aberto nas mãos, não é o do autor nigeriano - Contudo,  tem histórias de corrupção santomens do arco da velha  - Dele nos ocuparemos em próxima ediçao

FRADIQUE, SABERÁ, COM CERTEZA, QUE ERA PATRICE TROVOADA QUEM  ESTEVE POR DETRÁS DO GOLPE QUE ATÉ O PODERIA TER ASSASSINADO - Mas ele, como verdadeiro democrata que é, com espírito aberto, generoso e tolerante, dificilmente iria alimentar quaisquer ódios ou vinganças futuras -   No entanto,  pelo que depreendemos através da nossa investigação - a referência a que alude o investigador nigeriano, é feita por vários investigadores, sob as mais versas análises  - Pelo que não nos surpreende esta resposta do autor  de The Power of Interdependence -- Lessons from Africa.

Disse-lhe:“Não li o seu livro, em papel, mas vi as fotos do seu lançamento RIP Jerry Lavigne Jr. - kaglobal.net - WordPress.com e li com muita atenção os vários textos que existem na Internet, bem como outros textos anteriores 2010 David Oladipupo KurangaPDF-1 - RUcore - Rutgers University que lhe serviram de base assim como os de muitos autores onde  foi buscar as suas fontes"


"Estou firme e seguro da minha publicação e nada que eu tenha visto mudará a minha posição

--------- Forwarded message ----------
From: David Kuranga <.......>
Date: 2017-09-26 1:29 GMT+01:00
Subject: Re: (2) According to Nigerian intelligence, Patrice Trovoada was accused of being one of the main financiers of the July 16 coup
To: jorge trabulo Marques <.......>


Yes,
The president that was overthrown knows exactly who financed the coup against him.
If you have a statement from him contradicting the, then that may be noteworthy, provided he has not been coopted and compromised. Numerous parties in multiple countries involved post coup were aware of and supported what I wrote.

I stand behind my publication and nothing I have seen will change that.
Best Regards,
David O. Kuranga, Ph.D.

Tradução Google:
"O presidente que foi derrubado sabe exatamente quem financiou o golpe contra ele.

Se você tiver uma declaração dele contradizendo, então isso pode ser digno de nota, desde que ele não tenha sido cooptado e comprometido. Numerosas partes em múltiplos países envolvidos após o golpe foram conscientes e apoiaram o que escrevi.

"Estou firme e seguro da minha publicação e nada que eu tenha visto mudará a minha posição

---------- Forwarded message ----------
From: jorge trabulo Marques <....>
Subject: Re: (2) According to Nigerian intelligence, Patrice Trovoada was accused of being one of the main financiers of the July 16 coup

Caro Senhor David Oladipup Kuranga,

Fiquei muito feliz com a sua última mensagem e quero agradecer a você por isso, porque conformei agora que finalmente entendeu o meu objectivo inicial.

Fico também feliz por saber que você não muda nenhuma vírgula de tudo que afirmou no teu livro, sobre quem financiou o golpe de 2003 em São Tomé e Príncipe.

O ex presidente derrubado no golpe, Fradique de Menezes, nunca negou ou contrariou as tuas declarações no teu livro.

O ex Presidente Olosengo Obasanjo foi quem escreveu uma nota de imprensa, dizendo que não é verdade as tuas afirmações no livro e as afirmações de um dos operacionais do golpe, através de um vídeo publicado
no dia 15 de Agosto deste ano nas redes sociais (ver o vídeo).

O operacional do golpe, disse categoricamente que foi Patrice Trovoada quem financiou o golpe de 2003 e tinha dado ordem para matar o Presidente derrubado.

Ele disse também que Patrice Trovoada deu orientações precisas para matar o ex Presidente, Manuel Pinto da Costa e o ex Ministro da Defesa, Coronel Óscar Sousa.

Disse ainda, que há muitas mais coisas para revelar sobre Patrice Trovoada.



O Sr. Tem vários compromissos connosco!... O Sr. disse-nos que, depois do Senhor estar no poder – e nós apoiámos o Senhor para estar no poder – nos iria dar a parte dos negócios: aqueles negócios que nós poíamos fazer! E o Senhor não cumpriu!
O Sr. tem que lembrar… O plano do Sr. depois do Golpe de Estado era para assassinar o ex-presidente Fradique Menezes! … Às ordens do Sr.tem que lembrar que tem compromissos connosco a dizer para nós assassinarmos o Óscar de Sousa! – O que nós negámos

O Sr. Patrice Trovoada; tu lembras-te que tens compromissos!... Eu tenho cartas assinadas pela tua secretária, pelo teu Gabinete, para eu trazer investidores a S. Tomé, pelo qual, eu fiz, eu trouxe! Gastei tempo, gastei dinheiro! Fiz compromissos  com os meus parceiros internacionais, que trouxe!... Gastei dinheiro nas viagens!... Acomodação!.. Com provas  que o Senhor é que me mandou trazer investidores para S. Tomé: quem vai pagar esses gastos todos!

O Sr. Tem vários compromissos connosco!... O Sr. disse-nos que, depois do Senhor estar no poder – e nós apoiámos o Senhor para estar no poder – nos iria dar a parte dos negócios: aqueles negócios que nós poíamos fazer! E o Senhor não cumpriu!
O Sr. tem que lembrar… O plano do Sr. depois do Golpe de Estado era para assassinar o ex-presidente Fradique Menezes! … Às ordens do Sr.tem que lembrar que tem compromissos connosco a dizer para nós assassinarmos o Óscar de Sousa! – O que nós negámos

O Sr. tem que lembrar!... O Sr foi a fonte  da destruição dos 12: o Sr, infiltrou no nosso grupo e destruiu os Búfalos!
O Sr. disse-nos para deixar o caminho para os políticos! Para ti

Envio para você, o vídeo com o que disse um dos operacionais do golpe de 2003

Com os meus melhores cumprimentos

Observação: O meu interesse nesse golpe de 2003 explica-se porque o Ministério Público de São Tomé e Príncipe decidiu instaurar um processo para confirmar ou desmentir as declarações do ex operacional do golpe.

Neste momento, Patrice Trovoada está muito preocupado e fez vir militares Ruandeses para proteger ele e preparar os seus guarda-costas, mas as pessoas estão contra essa atitude.
Entre outras coisas, o ex-operacional do golpe de 2003 disse o seguinte:
-O Povo tem que saber que o Senhor nos mandou matar Manuel Pinto da Costa…O Sr. tem que lembrar… O plano do Sr. depois do Golpe de Estado era para assassinar o ex-presidente Fradique Menezes…
-O Sr. tem que lembrar… que o senhor mandou-nos matar o Óscar Sousa
--------- Mensagem encaminhada ----------
De: jorge trabulo Marques <…… >
Data: 28 de setembro de 2017 às 23:17
Assunto: PETROLEUM DOSSIER - THE END OF A DREAM AND HOW TO STEAL AN AFRICAN NATION -
Para: David Kuranga <…. >


DOSSIER PETRÓLEO - O FIM DE UM SONHO E COMO ROUBAR UMA NAÇÃO AFRICANA; "Maldição em S. Tomé e Príncipe" ; Bênção na Guiné Equatorial – É apenas uma maldição se você é corrupto. - Disse Museven, Presidente do Uganda, um dos mais carismáticos líderes Africanos na recente visita oficial àquele país, - “O que acontece se não houver petróleo? . Se alguém sabe disto é Patrice Trovoada, o filho rico do primeiro presidente Miguel Trovoada".

"Ele esteve envolvido em quase todos os acordos. Ele passou grande parte de sua vida fora do país. Ele fala português, a língua oficial de São Tomé, com sotaque; ele se converteu ao Islã. Ele é dono de uma empresa de construção em Houston, Texas. Ele disse que foi erroneamente acusado de envolvimento no tráfico de drogas”.

Sr. Cherwayko, um canadense de origem ucraniana, que fez sua fortuna nos negócios do petróleo Africano, em cumplicidade com políticos santomenses (Patrice Trovoada, um dos citados) foi ano passado condenado a 21 meses de prisão

Tinha razão quem escrevia O “sonho do petróleo” pode estar a chegar ao fim em São Tomé e Príncipe” Há 4 anos a companhia francesa Total anunciou a retirada da sua operação de prospeção de petróleo em S. Tomé e Príncipe, que concluiu ser inviável. E a Oranto Petroleum Lda também já deu de frosque - Pelos vistos, a Patrice, de pouco ou nada têm valido os apertos de mão com o presidente nigeriano Muhammadu Buhari



O autor deste site Jorge T. Marques e Fradique Menezes
Mao Tse Tung e M. Pinto da Cotsa
CITAÇÕES E ANÁLISE DE ALGUNS EXCERTOS DO LIVRO   - Tomámos a liberdade de aqui citar algumas passagens de The Power of Interdependence-  Lessons from Africa -David Oladipupo  - No entanto, para uma melhor interpretação e rigor da exposição feita pelo autor, aconselha-se a ler ou a confrontar o texto integral em inglês, cujo link reproduzimos no final deste post - Junto ao qual  poderá também dispor da possibilidade de ler a tradução via Google, pela qual também, nos socorremos, esforçando-nos, porém para que a tradução seja o mais fiel possível.

Saiba como é que o “Congo-Brazzaville conseguiu convencer o Presidente  Menezes a nomear  Patrice Trovoada para  Assessor de Petróleo, em  alguém que acreditava ser responsável pelo golpe, e que  o ameaçou prender  uma semana antes de anunciar o compromisso, com as instituições financeiras internacionais e outros doadores –  In - The Power of Interdependence- de  David Oladipupo Lessons from Africa

 “Em 2003, as receitas iminentes da assinatura dos blocos de petróleo, deram origem um incentivo para os conspiradores golpistas e seus financiadores civis  avançarem quando eles quisessem”: - Se as receitas caíssem nas mãos de seus adversários políticos, o aumento da alavancagem daria o equilíbrio de poder contra eles,  excluindo-os potencialmente dos  futuros lucros do petróleo"

Se não poderes vencê-los, junta-te a eles- Esta terá sido uma das razoes pelas quais

Congo-Brazzaville conseguiu convencer o Presidente  Menezes de nomear um adversário como um top Conselheiro, ou seja, alguém que acreditava ser responsável pelo golpe, que Menezes ameaçou prender apenas uma semana antes de anunciar o compromisso, com as nações ocidentais, instituições financeiras internacionais e outros doadores.

Na madrugada de 16 de Julho, por volta das 03 horas locais, um grupo de militares liderados pelo major Fernando Pereira, chefe do Centro de Instrução Militar de São Tomé e Príncipe, aproveitando-se da ausência do Presidente Fradique Menezes, em visita oficial à Nigéria, lançaram um golpe de Estado no país, com a detenção da primeira-ministra Maria das Neves, o ministro responsável pelo petróleo e vários outros ministros de Estado.

Costa and Jan Greyling. C
No entanto, estes golpistas mercenários, atraídos pelos cheiros dos blocos de petróleo, que então incendiavam o olfato dos Trovoadas, num plano previamente combinado, 8 meses antes, entre o Major Fernando Pereira e Arlécio da Costa, líder do grupo de antigos mercenários, pertencentes à antiga FRNSTP,  que, em 1986,  se sediou  no Gabão a convite de Omar Bongo, para  fazer oposição ao MLSTP, receando o papão marxista,   e, posteriormente incorporados no   famigerado 32º batalhão-Búfalo, formado pela África do Sul,  claro, outra mentalidade não os movia que não fosse  a do aventureirismo e do oportunismo – Isto, porque,  com o fim do apartheid e o desmantelamento do batalhão-Búfalo, optaram por trabalhar para quem os contratasse "Trabalhámos para os Estados que pediam o serviço a esta companhia", conta Arlécio da Costa – Mercenário não tem outro ideário senão o dos cifrões..

Outros voltaram a S. Tomé, para, em 1990, formarem a  chamada Frente Democrática Cristã (FDC), - Muito cristã, esta rapaziada da rapina!... , Embora sem expressão no país (com apenas 156 votos nas eleições de 1995), porém, num  meio pacifico e pequeno,  constituíam-se como uma força politica, muito temida

Fernando Pereira e Arlécio da Costa, na sequência do Golpe perpetrado na madrugada, 16 de Julho de 2003, servindo-se da Rádio Nacional de STP, como meio da sua propaganda, em comunicados de  conversa fiada,  pretenderam apresentar-se à opinião pública, sob a capa  de defensores de  princípios democráticos à frente de uma "Junta de Salvação", argumentando  que o "golpe não era contra o Governo, nem contra o Presidente, mas  “contra o estados das coisas". Contudo, sempre foram acrescentando que exigiam a demissão do Presidente Fradique Menezes para convocaram novas eleições e colocarem no poder os seus amigos financiadores

“Não queremos integrar as Forças Armadas, mas somos profissionais em matéria militar". "Nós somos são-tomenses" – Esta  era  justificação, que arvorava o líder   do pequeno grupo de mercenários, liderados por Arlécio da Costa para se apresentar ao lado do compincha, Major Fernando Pereira.

Em 2003, estimava-se que São Tomé e Príncipe poderia gerar mais de US $ 100 milhões em bônus de licenciamento sozinho no início de 2004, aproximadamente o dobro do orçamento nacional anual do pequeno arquipélago.  (…) As receitas iminentes da assinatura de bónus à medida que os blocos de petróleo, foram licenciados, deram origem um incentivo para os conspiradores golpistas e seus financiadores civis  avançarem quando eles quisessem: - Se as receitas caíssem nas mãos de seus adversários políticos, o aumento da alavancagem daria o equilíbrio de poder contra eles,  excluindo-os potencialmente dos  futuros lucros do petróleo

(…) O golpe, de 16 de julho de 2003, em São Tomé e Príncipe, ocorreu  enquanto o Presidente Menezes estava participando da Cúpula Leon Sullivan em Abuja, Nigéria. O golpe foi liderado pelo major Fernando Pereira e apoiado pelo FDC o FRNSTP reconstituído, que havia participado anteriormente de uma tentativa de invasão mal sucedida, tendo depois alguns dos membros da FRNSTP ido para a Namíbia, onde, como eram imigrantes ilegais,  foram obrigados a participar no 32º Batalhão (também conhecido como o Batalhão de Buffalo) juntamente com soldados de Angola e de outros países, constituído por um grupo de combate de elite formado pelo apartheid sul-africano"

Nos anos noventa, eles voltaram para São Tomé, reintegrando o seu antigo partido na FDC. O Major Pereira, juntamente com  metade dos 400 soldados do exército e mais de uma dúzia de soldados do Batalhão Buffalo, executou o golpe de 16 de Julho de 2003,  incluindo a tomada do aeroporto, os ministérios, a televisão, rádio e os Bancos. Os rebeldes detiveram os ministros do gabinete e a primeira-Ministra Maria das Neves, reunindo-os no quartel do exército. De seguida, o major Pereira declarou que os dissolvia de todas as funções do Estado e formaria a Junta de Salvação Nacional com a FDC

SOB A CAPA DA DEFESA DE REIVINDAÇOES MILITARES – Descontentamento aproveitado pelo calculismo do Major Fernando Pereira, par fazer valer que não havia politica por detrás do seu golpismo

Refere o investigador Nigeriano que, “na liderança do golpe, o  Major Fernando Pereira, tornou-se o porta-voz sobre pagamento militar, condições de vida precárias e suprimentos inadequados. Ele expressou essas preocupações, tanto para o presidente quanto para o primeiro-ministro. O FDC, juntamente com ex-membros do batalhão, também sentiram que o governo devia pô-los ao  seu serviço"

DOIS DIAS ANTES DO GOLPE - (…) Assistido por Alércio Costa e mais de uma dúzia de seus colegas aposentados do Batalhão Buffalo, na sua disputa pública com o governo, a FDC, o líder deste pequeno partido sugeriu  uma marcha de demonstração que terminaria em frente ao gabinete  da primeira-ministra, onde permaneceriam até que ela estivesse demitida. Com o objetivo de evitar o protesto da FDC e a possível agitação que poderia causar, o presidente Menezes reuniu-se com os líderes da FDC em 14 de julho, um dia antes de partir para a Nigéria. Ele também convocou uma reunião do Conselho de Defesa Nacional para garantir que eles não organizariam qualquer agitação resultante de um protesto.

GOLPE CONDENADO INTERNACIONALMENTE - Imediatamente após o golpe, houve um concerto de condenação pela comunidade internacional. O presidente Menezes em Abuja, condenou o golpe, exigindo  a reintegração da ordem democrática (Seibert 2003: 249-252). Por sua vez, o Ministro estrangeiro, Mateus Rita, que estava no exterior em uma reunião em Portugal com a CPLP,  também condenou o golpe, tendo havido uma intensa inusitada resposta internacional ao golpe, por parte da  UA, ECCAS, Nigéria, África do Sul, Gabão, Moçambique, Angola, Portugal, França, Estados Unidos, Nações Unidas, CPLP – E também pela EU, que  condenou a junta.

(…) Os principais doadores bilaterais para o arquipélago, eram Angola, Portugal e Nigéria. No entanto, nenhum destes países liderou esforços diplomáticos. Em vez disso, foi a República do Congo-Brazzaville, que presidindo  à presidência rotativa da CEEAC, a região sub-regional imediata,  assumiu o principal controle das negociações

(…)Os países da CPLP foram os primeiros a ir a Brazzaville, onde a ECCAS reuniu-se com a sua liderança, antes de irem a São Tomé para participar do IMG liderado pela CEEAC (Seibert 2003). (…) A primeira reunião durou três horas. Entre as preocupações imediatas dos mediadores, era a libertação dos  ministros que ainda estavam sendo mantidos pelas forças armadas nos quartéis em São Tomé. Mais tarde naquela noite, a junta lançou todos os ministros restantes.Este gesto de construção de fé pela junta marcou a primeira grande mudança em seu comportamento político

(…) Os ministros libertados não foram autorizados e a retomar seus deveres ou falar em público, de modo a não influenciar ou alterar o resultado de mediação internacional (Eigbire 2009, também vê Seibert 2003). A sua libertação foi garantida como resultado da intervenção dos mediadores. A junta cumpriu a demonstração.

AGIAM EM NOME DO POVO?!- DISFARÇADOS DE DEMOCRATAS – Diziam que queriam novas eleições, destituir Fradique Menezes, cujo intuito era claramente o de elegerem as suas hostes partidárias  - O  golpista-mor (ao serviço da oligarca dos Trovoadas, serviu-se da Rádio Nacional para fazer valer a sua propaganda 

(…) À medida que as negativas continuavam nos três dias seguintes, a junta pressionou a questão do estabelecendo um novo governo de unidade nacional que incluísse todas as principais partes interessadas, para evitar que o presidente voltasse ao poder e removesse o primeiro Governo, afirmando que as  suas intenções eram a de abrir caminho para uma transição (não corrompida) e preparar um Governo civil  para as eleições.

Como os mediadores continuassem a recusar todas as partes do plano da junta, as negociações falharam no início do terceiro dia. Naquela época, o líder da junta, o Major Pereira, foi à rádio nacional e publicamente explicou a posição da junta. (…) Além de afirmar que os militares não queriam participar no governo, Pereira continuou dizendo que os militares haviam agido em nome do  povo, e que as negociações em andamento foram concebidas para garantir o melhor resultado para o povo. Um memorando divulgado depois revelou que uma grande parte das   negociações tiveram a  ver com queixas específicas para os membros da FDC do 32º Batalhão e com concessões de poder permanentes do governo para as forças armadas.

 Usando o controle das ondas de rádio, a junta tentou reforçar o apoio público. (…)  A UA anunciou que envidaria todos os esforços dos países  vizinhos de São Tomé para restabelecer a ordem constitucional. (…)A esta política, nenhuma ameaça oficial foi feita pela Nigéria para remover militarmente a junta, por entender que isso  seria uma contradição com a política oficial da República Federal  mas sim a  de usar a  diplomacia primeiro como seu único recurso de ação. O presidente Menezes também confirmou esse propósito, numa declaração proferida em Abuja, afirmando que a Nigéria não tinha a intenção de invadir o arquipélago

É possível que a postura não oficial dos funcionários na Nigéria pudesse ser interpretada como uma ameaça, atendendo à conversa telefónica que houve  imediatamente após o golpe entre o presidente nigeriano Obasanjo e o líder Alercio Costa, da FDC, em que o primeiro advertiu o último sobre as atividades hostis da junta, inclusive, em torno da Embaixada de Nigéria em São Tomé. Com o uso das tropas, pressionando todos os funcionários, que ali se encontravam no seu interior, tendo a porta-voz do governo da Nigéria.

Remi Oyo, afirmado  que a Nigéria agiria contra qualquer ameaça ao seu interesse no Golfo. Esta declaração foi interpretada como uma referência parcial ao Joint Autoridade de desenvolvimento entre a Nigéria e São Tomé e Príncipe, na qual a Nigéria detinha 60% da propriedade dos blocos de petróleo controlados em conjunto. Enquanto a ação militar






(…) A Comunidade internacional recusou-se  apoiar os rebeldes em manter planos para nomear um novo governo depois de terem estabelecido sua junta de "salvação nacional”A estratégia de condenação entrou em vigor tanto a nível público como a portas fechadas.

A junta ficava assim politicamente isolada, o que era especialmente problemático em um país tão pequeno, que depende dos países vizinhos para o comércio e viagens que o ligue à região e ao resto do mundo. Enquanto outros estados e atores fora da Região,  condenaram igualmente o golpe (…)

(…) A junta havia planeado nomear um "governo de unidade nacional" composto por civis e decidir a realização de novas eleições em uma data futura,  acreditando que assim poderiam alcançar legitimidade internacional para eles. O impacto geral desses anúncios no curto período de tempo não criou uma preocupação imediata e não foi significativa.

(…) Além disso, a posição declarada de que a Nigéria responderia a qualquer ameaça aos seus próprios interesses no Golfo da Guiné demonstraram que a junta não poderia unilateralmente, ter qualquer saída, junto da  Autoridade de Desenvolvimento Conjunta, a fim de desenvolver e licenciar alguns dos blocos, sem a Nigéria como parceiro colaborativo.

(…)A Nigéria deixou claro que qualquer ação desse tipo seria vista como um ataque direto aos seus interesses territoriais e económicos e provocar uma resposta direta. Dado que a Nigéria não trabalharia com a junta


(…)Na tarde de 22 de julho, os mediadores começaram a finalizar o memorando
para resolver as principais preocupações dos rebeldes, estabelecer parceiros para ajudar o governo e acompanhar o progresso da implementação do memorando, que proporcionaria garantias a todas as partes interessadas de que a região não abandonaria os seus esforços, uma vez que a ordem constitucional fosse restaurada.

Ao mesmo tempo, o presidente Menezes deixou Abuja e viajou para Libreville, a capital do Gabão, por ficar mais  perto de São Tomé e ali assinar o memorando, sendo então as cópias devolvidas rapidamente aos rebeldes e ao presidente da IMG, Rodolphe Adada. O que sucedeu após concluído em 23 de junho, com assinatura dos três mediadores da IMG-Rodolphe Adada, Jean Ping e Osvaldo Serra Van Dunem, do Congo (Brazzaville), Gabão e Angola respectivamente, que foram a Libreville para apresentar o Memorando ao presidente Menezes para o assinar.

(…) Imediatamente entregue de volta a São Tomé, abria assim caminho para o presidente Menezes retornar ao poder Porém, enquanto os mediadores negociaram com sucesso a disputa, persistiram questões relativas ao regresso seguro do presidente Menezes a São Tomé desde as negociações: não desarmar os participantes no golpe, alguns dos quais não responderam aos militares, tais como o FDC, ex-mercenário / SADF 32º soldados do batalhão, que permaneceram armados

Além de que, nem os outros oficiais militares nem os outros equipamentos de segurança em São Tomé resistiram ao golpe, incluindo a polícia e a guarda presidencial, não estava clara a garantia da segurança de proteção ao presidente Menezes enquanto voltava para São Tomé. Os dissidentes permaneceram hostis, porém, no caso de qualquer tentativa insurreta, o presidente nigeriano Obasanjo prometeu ao presidente Menezes, que ele se certificaria de que o seu aliado voltasse com segurança para São Tomé enquanto os dois homens estavam
Abuja (Eigbire 2009).

Para reforçar essa garantia, o presidente Obasanjo enviou sua própria elite nigeriana, a guarda presidencial em dois aviões para São Tomé após receber a palavra da conclusão de o memorando, juntamente com a imprensa e outros funcionários que viajam com o reitor da presidência nigeriana. Para evitar a aparência de que a Nigéria estava invadindo São Tomé, ele voou para Libreville para dali acompanhar  o presidente Menezes ao seu país, o que se verificou algumas horas após a assinatura do memorando.

Na chegada, os dois líderes convocaram o Palácio Presidencial em São Tomé, uma reunião do PNUD onde a mediação ocorreu, com a proteção da guarda presidencial, que estava também em São Tomé para proteger o presidente Obasanjo em sua visita oficial. (…) Tudo isso foi realizado sem causar uma reviravolta política diplomática ou doméstica

Por sua vez,  o presidente Obasanjo também falou com os militares e outras partes interessadas para lhe transmitir o apoio de seu governo e melhorar as suas condições, apelando para defenderem a constituição (Pindar 2003). O presidente Menezes mais tarde agradeceu ao seu "irmão”, ao presidente Obasanjo, afirmando pouco depois do golpe em uma carta não revelada, "eu também apreciei sua coragem pessoal em me acompanhar de volta a São Tomé e Príncipe depois  do golpe ".

FRADIQUE MENEZES FORÇADO A GRAMAR PATRICE TROVODA PARA EVITAR FUTURO GOLPE

(...) Depois que o presidente Menezes, voltou ao poder, ele enfrentou a tarefa de nomear  um novo governo. A maioria do seu gabinete demitiu-se dentro de alguns dias, e no primeiro de agosto, a primeira-ministra das Neves também renunciou (Pindar, 2003). Mas, em 4 de agosto, Presidente Menezes, readmitiu-a, afirmando que a continuidade na governança era exigida para o perdão da dívida com as instituições financeiras internacionais e para o Joint

(…) O presidente Menezes acusou a FDC de tramar outro golpe, que Alércio Costa, negara. A acusação foi particularmente problemática, já que se sabia que muitos dos participantes civis no golpe ainda não estavam desarmados.

(…) Menezes pensou que os verdadeiros "cérebros" por trás do golpe eram políticos: opositores de Menezes, que ele disse ter disputas pessoais, mas não ideológicas.Ele provavelmente se referia ao choque que surgiu quando Menezes alienou a família do ex-presidente Trovoada ao assumir o cargo.

Após o golpe, quando a influência da Nigéria aumentou (…)o Ministro dos Negócios Estrangeiros  do Congo-Brazzaville conseguiu convencer o Presidente  Menezes de nomear um adversário como um top Conselheiro, ou seja, alguém que acreditava ser responsável pelo golpe, que Menezes ameaçou prender apenas uma semana antes de anunciar o compromisso,com as nações ocidentais, instituições financeiras internacionais e outros doadores.
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(…) Em meados de setembro de 2003, o presidente do IMG visitou São Tomé para   negociar uma disputa entre o presidente Menezes e alguns de seus rivais políticos. Rumores estavam circulando que outro golpe estava em andamento. O presidente Menezes ameaçou Prender Patrice Trovoada, filho do ex-presidente, até que seus conselheiros o persuadiram contra isso. De acordo com a inteligência nigeriana, Patrice Trovoada teria sido um dos  principais financiadores do golpe de 16 de julho. Ele também foi demitido como Ministro dos Negócios Estrangeiros

(..) Pouco depois, Menezes assumiu o cargo. Após a intervenção do ministro das Relações Exteriores Adada,O presidente Menezes anunciou a nomeação de Patrice Trovoada como seu Conselheiro do petróleo (Pindar 2003). A nomeação foi uma tentativa do incumbente de enfraquecer a coligação oposta, cooptando um dos seus principais financiadores. O movimento foi facilitado pelo líder da CEEAC e presidente da IMG, Rodolphe Adada, do Congo

(…) A pressão aplicada para Menezes, abster-se de prender Trovoada, e depois  ir tão longe quanto o nomear como um membro-chave do governo, foi outro exemplo fundamental de vinculação, em que o IO regional exerce pressão sobre o "vencedores" para impedir que eles busquem vantagens permanentes sobre os adversários políticos.

As disputas políticas continuaram em São Tomé, muito depois do golpe de 16 de julho de 2003.Havia disputas entre o parlamento e o governo sobre certo compromissos  - Excertos de https://rucore.libraries.rutgers.edu/rutgers-lib/27459/pdf/1/





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