
No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre a águas
Porém, “dias virão em que não ficará pedra sobre pedra” – Disse Cristo, aos apóstolos
PARAÍSO PERDIDO" - NÃO ESPEREM MELHORES DIAS - ATÉ QUE, DOS ESCOMBROS, RESSURJA UMA NOVA HUMANIDADE

Hoje vou aqui falar do poeta Inglês, John Milton (1608-1674),
Autor de "O Paraíso Perdido",
um dos poemas épicos mais importantes da literatura universal – Um defensor da conclamação
à liberdade de imprensa, dedicou-se de
corpo e alma à causa da liberdade, que lhe haviam de custar
a fragilidade da sua saúde e até a cegueira Referem
notas da sua biografia que ficava até
altas horas da noite, preso em sua escrivaninha, sob a luz fraca de uma vela. –
No fundo também é este o meu atual modo
de vida de isolamento e de meditação: de muitas noites seguidas sem me deitar;
não por que me falte a vontade de repousar mas pelas muitas cogitações e análises,
em que me envolvo no dia a dia
E do fumo das labaredas e das cinzas se abrirá nova luz
|

PELA PAZ NO MUNDO - QUE O ENVIADO A JERUSALÉM ILUMINE A HUMANIDADE DA
LUZ REDENTORA E PACIFICADORA E A LIVRE DOS ÓDIOS, DA TIRANIA DOS EGOÍSMOS E DAS
CINZAS DESTRUIDORAS - -
MEU PREITO EM LOUVOR AO CRIADOR DO UNIVERSO E AO POETA MILTON JOHN -
POEMA SOBRE A SUA CEGUEIRA
Nesta tão vasta e mais sombria terra,
E que esse dom que a só a Morte cerra
Inútil mora em mim, embora a vida
N´alma me seja ao Criador rendida
E a mais prestar-lhe a conta que não erra
“A quem, negada
a luz, a treva encerra,
Calcula Deus a quotidiana lida?”
Pergunto ansiosamente . E a paciência
O murmurar me cala “El´não precisa
Dos dons de um só em cada humana esfera.
Se El´convoca os seus fiéis, e com ardência
Que milhar´s correm para onde Ele pisa.
Também o serve
aquel´que fica e espera.”
PARAÍSO PERDIDO, Livro IV, vs 288-324 - (excerto)
Eretos como Deus, de honra vestidos
Em numa majestade, pareciam
Senhor de todo o ser, pois no divino
Aspeito e glória do Criador brilhava,
Severa santidade, sábia e pura
Mas em filial só liberdade posta,
Do que decorre autoridade humana:
Não sendo iguais, que o sexo o não par´cia:
Feito El´para visões, para a coragem,
Para a doçura e para as graças el;
Para Deus el´e ela para Deus nele,
A fronte vasta e dele o olhar sublime
Domínio declaravam, e as madeixas
Na testa se apartando
lhe desciam
Mui virilmente até aos ombros largos
As comas de ouro dependuradas tinha,
Em caracóis sensuais que se enrolavam
Tal como de eras as gavinhas curvas,
Sujeição insinuando, todavia
Solicitada no gentil ondear,
E por ela cedida, aceite dele,
Cedida com timidez, púdico orgulho
E doce relutante, odiado amor,
Ocultas não as misteriosas partes
Levavam sem vergonha, ó desonesta
Das obras da Natura, Honra sem honra,
Em pecado criada, quanto mal
À gente humana tens, Vergonha, feito,
Com simples aparências de pureza,
Roubando à vida a imaculada fonte!
E assim surgiam nus e não temiam
De Deus ser vistos ou dos Anjos, Iam
De mãos dadas os dois, o par mais belo
Que desde sempre se enlaçou de amor –
Adão, da Humanidade o homem mais santo,
E a ais formosa das mulheres: Eva
É claro que o mundo nunca foi um lugar de paz, de amor e de concórdia. E guerras, as mais terríveis, barbaridades, sempre as houve Só que, há umas décadas atrás, sim, antes da descoberta do nuclear, os conflitos, as guerras, quando as havia, eram regionais, de um ou vários países, ou até mesmo intercontinentais, tal foi o caso da 1ª e da 2ª guerra mundial, mas agora, a ameaça pendente pode ser bem mais destruidora e global.
Em vez de fazer varrer duas cidades, como foi o caso de Hiroxima (25 de Julho de 1945) e Nagasaki (6 de Agosto) - até parece que o calor do verão perturba ou enlouquece os nervos dos dirigentes das nações – pode muito bem destruir por completo um ou mais países, num simples premir de um botão.
AS ARMAS NUCLEARES NÃO ESTÃO NAS MELHORES MÃOS

O mesmo estão fazendo na Síria, levantando o fantasma de arsenais químicos, deixando o país de rastos, com o inevitável sofrimento de imensas vidas inocentes. E agora qual o capítulo que se vai seguir?!...

DE
500 MARAJÁS A 50 MAIS RICOS DA TERRA
Na
Índia do tempo colonial, falava-se dos 500 marajás, que podiam dar-se aos
prazeres de terem centenas de esposas, além de amantes e concubinas. É referido
que “Gandhi, querendo expulsar os ingleses da Índia, se reuniu com cada um
desses marajás, que perderam o poder político em favor da unidade indiana,
criando assim a República da Índia”. Agora, já não haverá 500 marajás mas
talvez pouco mais de 50 e grande parte deles, são os homens mais ricos da Terra
- A Nova Ordem Global, que tem vindo a
extinguir a classe média e a fazer com, que, cada vez, os pobres sejam mais
pobres e os ricos, mais ricos, também fez mossa nos marajás indianos, que foram
absorvidos por um mais reduzido punhado
Também o escritor e ensaísta, Vergílio, lançara o seu alerta, dizendo: Este é o tempo do insólito, do vigário, do
capricho, da mentira, da falsificação, do cheque sem cobertura, da
banha-da-cobra. Não temos um estalão para nada (...) Hoje tudo é possível
porque nada é possível. Hoje a verdade não se demora até ser mentira mas uma e
outra se convertem mutuamente e são ambas válidas na sua mútua referência ,
sendo a mentira a verdade e ao contrário. Hoje é o tempo dos aventureiros, do
medíocre, do sagaz da esperteza, que é a inteligência da astúcia. – Vergilio Ferreira
"NO GRAU ZERO DA
CIVILIZAÇÃO”

ESTA É TAMBÉM "A ERA
DO VAZIO" - AGORA ASSOCIADA AO LIBERALISMO SELVAGEM
O liberalismo é a faceta
mais cruel do capitalismo selvagem, deixando o cidadão á mercê dos mais
poderosos, dos países, quer os governados pelas chamadas pseudo-democracias
ocidentais, quer por castas (caso da índia e do Paquistão, que, além de se
apoderarem do património dos seus países, podem corromper e comprar o
património de outras nações) e também
dos milionários do chamado capitalismo
do Estado Chinês, que nada tem a ver com socialista defendido por Mau Tsé-Tung
e que estão a perverter e a estender o
seu império a nível global, sem toda terem necessidade de pegar numa arma – Se bem que um dia o venham a
fazer, quando algum governante, lhes tentar sacudir os seus tentáculos – Mas,
então, já será tarde demais - Porque,
este de peste depois de contagiada, é
incurável.


Esta é a sociedade
contemporânea, que, Gilles Lipovetsky, intitulou nos eu livro de A Era do Vazio” . E, nessa altura, à era do Vazio, ainda não
se havia associado o liberalismo selvagem, que caracteriza os dias que
passam. - Eis, em breves traços, que ele
descreve na sua obra:
“O despejo/vazio da sensação, do prazer, o
vazio dos sentimentos e das ideias, faz com que aumente a angústia e o
pessimismo. A infelicidade e a indiferença crescem e com isso surgem alguns
problemas ditos de uma sociedade moderna, como o caso do suicídio. O suicídio é
incompatível com uma sociedade indiferente e o desespero dessa indiferença faz
com que seja definido pela depressão. O isolamento do individuo faz com que
essa solidão seja maior e que mesmo que peça para ficar sozinho, este pode não
se suportar.
Todavia ainda há quem abra os braços e vá resistindo |
(..). . A sociedade passa a ser vazia da
função da comunicação e personaliza e dessocializa as obras, criando códigos e
mensagens por medida, confundindo o espectador através da divisão do sentido e do
não-sentido. A obra passa a ser aberta de interpretações. Numa sociedade
moderna da era do consumo liquida os valores, costumes e tradições, emancipando
o individuo, faz com esteja ao acesso de todos, reduzindo a diferenças
instituídas entre sexo e gerações. O individuo passa a ter necessidade de se
redescobrir, ou de se aniquilar enquanto sujeito, exaltando assim as relações
interpessoais. Como modernismo existe também uma crise espiritual susceptivel
de levar ao abalo das instituições liberais.
Numa sociedade moderna
existe o culto dos mitos cómicos e o divertimento ocupa um lugar fundamental. A
ironia, a sátira é um humor recorrente numa sociedade moderna. Ressuscitam
tradições como Carnaval, onde se poderá utilizar o humor satírico para criticar
algo que pensam estar mal, embora o Carnaval de hoje em dia não tenha a mesma
carga tradicional como antigamente. Na publicidade muitas das vezes também
utilizado o humor direcionado para mostrar a verdade sobre a publicidade, que é
desprovida de mensagem e não é uma narrativa, nem uma ideologia, é apenas uma
forma vazia de valores sociais e institucionais que fazem com que na realidade
não transmitam nada. – Excerto de “A Era do Vazio” - Gilles Lipovetsky


ERA DO PÓS-HOMEM, DEPOIS DE RENASCER DAS CINZAS - DP – 21-5-77 - NA PEUGADA DO MUNDO DO PÓS-HOMEM - O PERÍODO DE VIDA PODERÁ DUPLICAR OU TRIPLICAR

TEXTO INTERAL EM
John Milton (1608-1674) foi um poeta inglês, um dos principais representantes do classicismo de seu país. Autor de "O Paraíso Perdido", um dos poemas épicos mais importantes da literatura universal.


Em 1631, antes de se formar, começou a escrever os primeiros
poemas e sonetos em latim, italiano e inglês. Sentia-se predestinado ao ofício.
Foi tutor do teólogo americano Roger Williams. Em 1632 concluiu o curso e
tornou-se Mestre de Artes. Viajou para França e para a Itália, onde fez amizade
com Galileu Galilei.
De 1641 a 1660, também escreveu em prosa, peças teatrais,
artigos e ensaios sobre política e religião. Em 1642 casa-se com Mary Powell,
de 16 anos. Depois de um mês o casamento é desfeito. Lutou em defesa da lei que
permitisse o divórcio. Depois de dois anos Mary retorna. Juntos tiveram quatro
filhos. Em 1652 Mary falece com complicações do parto do quarto filho. Em 1656
John casa-se com Katherine Woodcock. Em 1658 fica novamente viúvo.



Já completamente cego dita o poema "O Paraíso
Perdido", sobre a queda de Lúcifer e o pecado original, que foi publicado
em 1667. Quatro anos depois, lançou "O Paraíso Reconquistado", uma
sequência do primeiro poema, onde Cristo vem à Terra reconquistar o que Adão
teria perdido.
John Milton faleceu em Chalfont st Giles, Inglaterra, no dia 8
de novembro de 1674. https://www.ebiografia.com/john_milton/
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