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terça-feira, 16 de novembro de 2021

Dia Nacional do Mar – Recordo-lhe, em viva voz , os sons do mar e o meu tormento, com imagens de pintores célebres, e outras dos meus dramas de há 46 anos e 50 anos

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista - Meu testemunho Gravado em video

Hoje celebra-se o Dia Nacional do Mar –  Recordo-lhe, em viva voz , os sons do mar e o meu tormento, com imagens de pintores célebres, e outras dos meus dramas de há 46 anos e 50 anos, sim, neste dia em que se procura destacar a importância que o mar teve na história e identidade de Portugal, vivi angustiosos momentos, a bordo de uma frágil piroga, no Golfo da Guiné, em Outubro e Novembro de 1975, depois das travessias anteriores da capital de S. Tomé ao Padrão dos Descobrimentos, quando se comemoravam os 500 anos da descobertas das Ilhas, de S. Tomé ao Príncipe, em 3 dias e de S. Tomé à Nigéria, em 13 dias - Sim, além de ter conseguido sobreviver, 38 dias, bebendo águas das chuvas e do mar, ou com alguns peixes que apanhava e aves que vinham pousar à noite no frágil esquife, logrei preservar o meu diário gravado e máquina fotográfica, num vulgar caixote de plástico, igual aos do lixo, de que lhe dou testemunho



Celebrem os poetas, que mereçam ser celebrados, nos museus, bibliotecas e panteões, pois são alguns deles que ainda logram escutar a voz dos oceanos e interpretar a audácia dos seus navegantes, mas nunca se esqueçam dos que perderam no mar as suas vidas ou lograram sobreviver: são legiões de vidas anónimas – Se ouvirem a sua voz ou lerem as suas memórias, verão que no seu drama vivido, há uma poesia que não é traduzível em palavras

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