MAS QUE FANTÁSTICA ODISSEIA!
- Jorge Trabulo Marques - Jornalista
Pânico à Beira- Mar - O livro que fala dos media e de outras aventuras vividas pelo autor de Pânico à Beira-Mar --Não perca a análise ao livro, mais à frente, pelo escritor e jornalista,
Artur Portela Filho -
Luís Pereira de Sousa, meu amigo e antigo camarada na Rádio Comercial, editou o seu primeiro romance – Sem dúvida, um grande romance! – Sei o que digo. Coisas do Mar, dizem-me respeito.- 38 dias à flor das ondas ensinaram-me muitos segredos.
Conheço a sua linguagem e o seus humores, mesmo sem os seus nomes técnicos - E também sei que os olhos perscrutadores do Luis, também o sondam como o eco de um radar: - "Lindíssima expressão! Impressionante expressão, muito significativa – o eco do olhar! " - Artur Portela Filho
Creio que Hemingway não faria melhor - Até porque foi apenas pescador - Luís faz as duas coisas. Leiam e vão ver como ele descreve todos os pormenores, dignos de um mestre do alto mar, de um especialista nas artes de marear!
Creio que Hemingway não faria melhor - Até porque foi apenas pescador - Luís faz as duas coisas. Leiam e vão ver como ele descreve todos os pormenores, dignos de um mestre do alto mar, de um especialista nas artes de marear!
O QUE SERIA O MUNDO SEM O OLHAR OBSERVADOR DO JORNALISTAS? - Era o retrocesso às trevas. A informação está para o homem quase como a necessidade de levar à boca o pão
O PODER ECONÓMICO E OS GOVERNOS SEUS ALIADOS SABEM DISSO MAS PROCURAM USÁ-LOS COMO MEROS TAREFEIROS - E O RECEIO DE PISAREM O RISCO, É CONSTANTE E LATENTE.
Os jornais são poucos e com laços familiares muito próximos - mesmo internacionalizados: Há profissionais muito sérios e corajosos mas o pior é que as indemnizações estão por aí já a preço de saldo e os despedimentos coletivos na ordem do dia
"António Gil"o jornalista que retém a história mais de duas décadas até que, afastado e sem perspectivas futuras, resolve dar a conhecer a trama internacional em que se vira envolvido: sepultar secretamente uma carga letal de resíduos tóxicos no interior do país" - Sim, "através dos media apercebe-se de uma organização internacional, força tentacular que se implanta. Conforme os interesses em jogo e para concretização dos seus intentos, é ela que decide quem coloca à frente dos postos determinantes e até dos governos dos vários países."
"A náutica sempre lhe interessara. Por mais que procurasse saber, via nas suas manobras de vela quão sabedores e corajosos eram os navegadores portugueses e outros que começaram a sulcar mares. Como se deslocavam sem saber a longitude? Como conseguiam descobrir um lugar noutro continente e lá voltavam? ele, que se perdia facilmente em qualquer rua mesmo de Lisboa, se tivesse que voltar atrás no mar, tudo lhe parecia igual mesmo com a costa à vista. Apenas o sol o ajudava. Ao meio-dia estaria a sul, mas à noite é que tudo se complicava. Assim, compreendia como tinham de ser engenhosos aqueles mareantes, ao ponto de, para determinar alguma coordenada geográfica, recorrer a métodos subtis, tais como os baseados na hora de início"
Não conformado de que por cá se urdia e dos tentáculos que se estendem por este e outros países, das podridões dos vários poderes instituídos, incluindo os da media, parte à aventura para as denunciar! - Sobretudo para obrigar - os menos avisados - a reflectir "acerca de conceitos como o amor, paixão, amizade e o próprio sentido da vida" - Viaja até Paris e Amesterdão. Entranha-se pelo que é chique e pelos sob-mundos. Cruza-se com as mais diversas personagens. Descreve os ambientes e as pessoas, tudo ao pormenor, com a fidelidade de uma câmara televisiva - Não tivesse sido essa a sua profissão.
Tem um veleiro e um dia levanta ferros deste pequeno país à beira mar plantado mas prestes a naufragar e vai de fazer várias derivas pelos litorais dos mares do mediterrâneo - Por fim, faz-se aos mares do sul, passa pelas Canárias, desce até a Cabo Verde, sempre com olho no Antalya, onde sobrevive a um violento temporal – Sim, “ao fim do sexto dia a entrar na noite, a viagem sofrera um acidente que poderia ter-lhe sido fatal”. Sorte diferente e macaca tivera o comandante mafioso - e logo sob a mira de um FIAT! - Pois eis senão quando, “um enorme clarão sobre labaredas e pequenas outras explosões mostrava que a ordem havia sido lançar ao fundo o Antalya” – Pasme-se! O repórter estava no local! - E ´é fácil imaginar como a pontaria vindo alto é mais certeira! - Sim, aqui o vilão não é recompensado.
MUITOS IGNORAM O ZELO DEVOTADO DE HOJE AOS SEUS "SENHORES" - QUE AMANHÃ PODEM SER RECOMPENSADOS COM UM SIMPLES PONTAPÉ NO RABO
Não foram muitas as pessoas que estiveram no dia do lançamento – senão os bons amigos e até foi ignorado pelas rádios e jornais e TVs, onde já trabalhou – E compreende-se o porquê – Isto de se falar dos media, por quem conhece os seus meandros e não se deixa envolver e corromper nas suas teias, sim, não é coisa muito aliciante a certos poderes internos e externos constituídos - Espero que, entretanto, reconsiderem e não esqueçam um companheiro solidário e vertical - E, imagine-se, até negligenciado pela própria Casa da Imprensa, que nem ao menos se dignou fazer as honras da Casa a um seu antigo associado! – Pelos vistos, a casa dos jornalistas, ainda continua com algum caruncho conservador, que só tem contribuído para a sua decadência - E oxalá que não para a sua progressiva extinção.
Mas está de Parabéns o Luís – E dou-lhos com toda a sinceridade e merecimento, porque, o Luís é, de facto, o meu maior amigo – Foi através dele que eu entrei para a Rádio Comercial, com o qual fizemos uma memorável equipa num dos programas radiofónicos, mais populares dos anos 80. – Isto porque, o Luís, sendo um apaixonado pelo mar, se rendeu às minhas odisseias pelos mares do Golfo da Guiné, entrevistando-me para a RTP . Algum tempo depois, convidar-me-ia para seu colaborador naquela Estação – Foi o principio de uma grande amizade que continua inalterável e julgo que perdurará, enquanto formos vivos – Esta a razão pela qual lhe dedico este justíssimo post em Odisseias Nos Mares
Nasceu no Porto
- Pai de Olhão - Algarve - e Mãe de Lamego - Distrito de Viseu, província
de Trás-os-Montes e Alto Douro
"Luís Pereira de Sousa nasceu a 1 de Janeiro de 1940, na Casa de Saúde da Boavista, no Porto, local onde sua mãe, residente em Lamego, se vira obrigada a deslocar–se para dar à luz um casal de gémeos. Esta era professora primária, natural de Lamego, e seu pai, um oficial de finanças, era natural de Olhão. Pouco tempo depois, a família foi viver para a Parede e, mais tarde, Sassoeiros, locais onde a mãe desempenhou a função de professora. Acabaram por se fixar em Carcavelos, junto ao mar, elemento preponderante nos gostos da família."
PAI CEGOU APÓS A LICENCIATURA MAS FOI
TAL A SUA FORÇA DE VONTADE E O GÉNIO SOBRE-HUMANO, HERÓICO, QUE CHEGOU A
DAR EXPLICAÇÕES DE MATEMÁTICA - A NUNCA SE RENDER AO FATALISMO DAS TREVAS
QUE SE ABATERAM SOBRE A LUZ DOS SEUS OLHOS - DA LUZ DO SOL E DO MUNDO
Tive o prazer de conhecer pessoalmente o seu pai - Mas que magnífica tenacidade e coragem ao saber sobrepor-se, de forma tão surpreendente, às adversidades de tão profundas limitações! - Às que resultam da mais negra cortina sobre os olhos, a cegueira absoluta! - Possuidor, pois, de uma invulgar sensibilidade, e, digamos, de uma memória prodigiosa, vi-o rodeado de alunos a quem dava diariamente explicações.
Nem queria acreditar naquele fantástico prodígio! - Sim, só esse maravilhoso exemplo, dava um belo romance! - Pois "o facto de o seu pai, um estudioso da matemática e de economia e finanças, ter cegado quando terminava um curso superior, obrigou Luís Pereira de Sousa, tal como sua irmã, (gémea) ainda no período escolar, a lerem–lhe sobre várias matérias, durante algumas horas diárias. Esse exercício forneceu–lhe uma experiência que iria determinar a sua vida profissional, em paralelo com o desejo de vir a ser jornalista – Mais pormenores do seu extenso currículo em Luís Pereira de Sousa – Wikipédia,
NÃO DEIXE DE LER
PÂNICO NO MAR – NÃO É MAIS UM ROMANCE – MAS A DENÚNCIA DOS DIAS CONTURBADOS QUE
ATRAVESSA A SOCIEDADE PORTUGUESA – SOB OS TENTÁCULOS DA MÁFIA LIBERAL INTERNACIONAL.
“O Dinheiro
precipita-se sobre as empresas, sobre os mercados e sobre os media. O autor
sabe o que fala. Não por ter praticado, mas por ter testemunhado” – Diz o
jornalista e escritor, Artur Portela Filho, acerca do livro “Pânico à Beira-Mar”, de autoria de Luís Pereira de Sousa, conhecido profissional
de rádio e televisão, que, recentemente,
viu editado seu primeiro romance – Obra que promete vir a dar que falar,
visto não se tratar apenas de mera ficção mas também de uma parte da negra
realidade que ensombra os nossos dias -
Artur
Portela Filho, numa analise à referida obra, disse que “Um
dos protagonistas deste livro é o mar”. “Portugal e o mar: os
delírios de grandeza e de imunidade de uma sociedade subitamente comunitária -
estou a pensar na entrada em cena da eurocracia, do mercado comum, da adesão de
Portugal ao mercado comum, aliás CEE (..) também o livro reflete afiançadamente
o caos, que foi o da década de betão e dos silêncios cúmplices e das
cumplicidades gritantes, da marca de corrupção e do já passeios planetários e
agora das agências de notação dos mercados. O retrato do grupo em forma de
população, em forma de Portugal.
"Alguns de nós optamos pelo otimismo de combate. O livro Pereira de Sousa opta por uma navegação litoral. Não o litoral fácil mas o litoral ameaça. O litoral quase morte. Tudo sobre uma tempestade que já aí está. Em certo sentido este livro é premonitório. Mesmo quando a morte parece emergir - por exemplo do sexo – e passa resvés do desejo do suicídio. Aquele que, como diz o autor, é para ele mais um acto de coragem de que um acto de cobardia."
Sublinho a terceira qualidade: os vários eus. Como se o autor pudesse ser câmara na estúdio, sendo cada uma das câmaras um olhar. Cada uma das câmaras uma personagem. Este livro é pois também uma crónica do Portugal de mais de 40 anos de país – uma larga e extensa reportagem que termina alegoricamente em forma de naufrágio. Outros se reivindicarão de um outro combate e de um otimismo solidário mas o otimismo, claro, que não é obrigatório. Um talvez personagem do Luís Pereira de Sousa, lido este livro ou uma leitura deste livro, homem ao mar! Talvez mesmo homens ao mar. Num país que é o nosso problema…hoje dando ao título do livro, num quase pânico, num dos pânicos da responsabilidade do escritor, do jornalista e do homem de televisão.
DE SEGUIDA OUTROS EXCERTOS DA TRANSCRIÇÃO A PARTIR DO REGISTO DO VÍDEO
Começarei
não pelo pânico mas pelo à beira mar. O à beira mar, claro, que é uma alegoria
de Portugal. Embora o mar aqui seja mais do que o litoral. E mais do que acenar
à história que foi a nossa. O mar é aqui liberdade. O mar é fuga, é vida e a
morte. Tanto que o mar talvez seja o protagonista deste livro. Digamos, o livro
está distribuído por diversas entidades e algumas figuras mas o mar é uma
presença constante desde o início até ao fim. E é uma viagem ao longo de
dezenas de anos onde o mar é quase uma presença constante, ou permanente,
quase. Lê-se o livro e até de lê-lo, junto do mar e é onde nasce tudo, passa a
tendê-lo uma larga moldura de terra e de
água, de jornada e de voo. O voo que vai destruir o barco que é onde
está o seu comandante.
De que Portugal – pergunto - fala mais significativamente este romance?!... Do Portugal que dobra a revolução de Abril, mais do que a revolução dobrou Portugal. Do Portugal do Largo do Carmo ao Portugal do jotismo profissional politico. Do Portugal eurocrata e tecnocrata . Do Portugal testa- econocracia púbere. Digamos, a idade media do poder político neste momento. Seja o poder governamental, seja outro poder, políticos e económicos, baixou graficamente. E a juventude tem todo o direito de assomar, de aparecer,
Do
Portugal nos novos media! da televisão que veio do astuto desenvolvimentista do marcelismo e que, depois, em democracia, se
reparte e privatiza. E são os novos canais,
os múltiplos canais! São as diversas estações! (…) Da responsabilidade
cultural! - Aspecto importantíssimo
deste livro - Na responsabilidade social
e cultural dos jornalistas!. .. Dos grandes temas deste livro é a interrogação,
que, constantemente (um dos protagonistas deste é o mar!) o outro que mais parece, enfim, ao
próprio autor é a responsabilidade perante o público. Da responsabilidade
cultural dos jornalistas e da fusão que tudo isto num Portugal que se vende e
que se compra! Nacional e internacionalmente!
A
televisão vista por dentro será talvez um dos picantes deste livro. Parte da
televisão vista por dentro! Sobretudo a parte editorial, a parte jornalística.
As mulheres e os homens, que são, que sucessivamente vão sendo os rostos da
televisão. Como são vistos e como se vêm a si próprios ao espelho de ali....
Esse espelho de elite, que pode ser, ele, à própria alegoria da televisão!
Autobiografia?
– Pergunto. Claro que não nos sentido restrito. Claro que também sim no sentido
lato. Com uma singularidade, porém, com uma coragem e um pudor, o protagonista
não se apresenta, nem implícita nem explicitamente com rompantes de herói do teleponto!... Há nesta observação
uma contenção! Uma auto-crítica, uma modéstia,
uma melancolia, latente sim, mas não tão uma devassa de um autor que
também viveu a parte da realidade que isto livro contém.
E
outra singularidade também!.. Assistimos à morte do herói! Uma morte lenta, uma
morte em vida!... Nunca o é neste livro – ele! Nunca se assume como herói! Assistimos ao apagamento, à solidão do
jornalista televisivo, à sua entrada numa zona de sombra! Ao amontoar do
anonimato! Na massa acelerada para o anonimato, interessante meditação, creio
eu, sobre o tempo e sobre o poder
Portugal e o mar: os delírios de grandeza e de imunidade de uma sociedade subitamente comunitária!... - Estou a pensar na entrada em cena da eurocracia, do mercado comum, da adesão de Portugal ao mercado comum, aliás CEE; aliás comunidade europeia.
Eis
na minha opinião, também o livro: o livro que reflete - estilhaçadamente caos!
. Que foi o da década de betão e dos silêncios cúmplices! E nas cumplicidades
gritantes, a marca de corrupção e dos já passeios planetários! E, agora, das
agências de notação dos mercados. Um retrato de grupo em forma de população! Em
forma de Portugal
Há
ainda no livro uma tensão, diria policesca! Meia mafiosa! Jornaleada por
humanos noturnos e por estradas inesperadas, aos quais se fazem apoderados de
poderes políticos. - É a parte mais folhetinesca e não no sentido depreciativo
da expressão - Um pouco dionizadora da
conspiração. Um pouco – se quiserem- dralmiana do livro. - Há também nisto uma
ficção empolgante, folhetinesca, que prende e leva o leitor livremente pelo
livro fora
Alguns
de nós optámos pelo otimismo de combate. O livro Pereira de Sousa opta por uma
navegação litoral. Não o litoral fácil mas o litoral ameaça! O litoral quase
morte! Tudo sobre uma tempestade que já aí está! - Em certo sentido este livro
é premonitório! Mesmo quando a morte parece emergir - por exemplo do sexo e
passa resvés do desejo do suicídio. Aquele que, como diz o autor, é para ele, mais
um acto de coragem de que um acto de
cobardia.
Importa,
creio, aferir a construção! O funcionamento deste livro, a sua carpintaria, a sua
arquitetura, a sua montagem! Que tem um travo cinematográfico, um travo
televisivo. E que, nessa vertente mais significativamente eleva o livro, que
tem muitos capítulos de muitas cenas! Podia dizer-vos muitas sequência! De
forma rigorosa, objetiva, escorreita, enxuta
- Nessas páginas temos o jornalista. E, porventura, paradoxalmente,
também o mar! possível….Bem como as invenções que este livro contém! Sobretudo
uma. “os meus sonhos, discursos de um jornalista, que, dialeticamente, conta
diariamente o que vai vivendo – isto diz em parágrafo.
Sublinho,
a segunda qualidade – que me parece uma qualidade – que é aquilo que o autor define como o eco do olhar!... Lindíssima expressão! Impressionante
expressão, muito significativa – o eco do olhar!
Porque
– insisto - este livro quer-se também um audiovisual!... Sublinho a terceira
qualidade: os vários eus! Como se o autor pudesse ser câmara do estúdio!... Cada
uma das câmaras é um olhar. Cada uma das câmaras é uma personagem. Este livro é
pois também uma crónica do Portugal de mais de 40 anos de país! – Uma larga e
extensa reportagem! Que termina também, alegoricamente, em forma de naufrágio!
Outros se reivindicarão de um outro combate e
de um otimismo solidário! Mas o otimismo claro que não é obrigatório. Um talvez
personagem do Luís Pereira de Sousa, poderia enveredar. lido este livro ou de uma
leitura deste livro, homem ao mar! Talvez mesmo homens ao mar! Num país que é o
nosso problema. (…) dando ao título do
livro, num quase pânico! Num dos pânicos da responsabilidade dos outros, do
escritor, do jornalista e do homem de televisão.
É significativo que esta
memória ficcionada, esta ficção historiográfica, continja com mais um ano de acesso debate sobre o
papel do serviço público de televisão. Está neste momento a ocorrer de uma
forma muito controversa, muito dramática. Mais uma vez o Estado não pretende
sobre o que é a televisão. E acontece que este livro surge no momento infame,
importante! Esperando que o momento aprenda um pouco com este livro e este
livro signifique mais do que significa nesta fase de controvérsia. Nomeadamente
de quem que tem uma televisão pública nas mãos e não se entende sobre o seu
papel
A EXPERIÊNCIA É SEMPRE UMA MAIS VALIA.
"Jornalista com mais de quatro décadas de atividade na rádio, jornais e televisão, Luís Pereira de Sousa, associado da Casa da Imprensa, referia a nota distribuída no seu site, "procura neste romance "oferecer ao leitor uma imagem fiel, ora bem humorada, ora chocante até, dos dias em que viveu intensamente e conheceu a sociedade marginal, os bastidores da política e da comunicação social".
Com a chancela da Chiado Editora, "Pânico à beira-mar" conta a história de um jornalista que investiga uma tentativa de enterrar no interior do país "uma carga letal de resíduos tóxicos".
Ao longo da sua investigação, diz o autor, o jornalista "vai cruzar-se com diversas pessoas com as mais diversas características inseridas numa sociedade muito atual, e que nos farão refletir acerca de conceitos como os de amor, paixão, amizade e o próprio sentido da vida".
DESEJO DO AUTOR E EDITOR
Um
livro vai para além de um objecto. É um encontro entre duas pessoas através da
palavra escrita. É esse encontro entre autores e leitores que a Chiado Editora
procura todos os dias, trabalhando cada livro com a dedicação de uma obra única
e derradeira, seguindo a máxima pessoana “põe tudo quanto és no mínimo que
fazes”. Queremos que este livro seja um desafio para si. O nosso desafio é
merecer que este livro faça parte da sua vida.
chiadoeditora.com
Nota introdutória do livro: - ao perguntar o autor se esta história é baseada em factos e personagens reais, ele responde que sim. Mas se lhe perguntar se se inspirou em pessoas fictícias, dirá que também. É, afinal como tudo na vida. A realidade termina quando começa a ficção e vice-versa. Em cada linha há uma parte editada por emoções, sensações e imagens concretas e palpáveis, mas também a outra onde a imaginação camuflou, pintou de outra cor, deu ou retirou o brilho inoportuno de uma realidade comprometedora que deve ser usada noutro local e momento e que não tardará a emergir.
O
autor auscultou-se no despiste de uma doença que alastra e que, quando
detectada, comodamente é diagnosticada como o “conspiracionismo”.
Nos
finais do século XX e já no século XXI, muitos escritores e jornalistas,
sobretudo, foram considerados como
afectados pela “teoria da conspiração”. Mencionados de forma depreciativa com o
objectivo de os desacreditar e
ridicularizar, como se defendessem convicções estranhas e falsas, têm visto na
actualidade, mercê da proliferação dos
meios e das informações, muitas das suspeitas aventadas tornarem-se realidade
que a todos surpreendem.
Não
basta ler. Mais importante que ler é o que se lê, porque mais ágil que a
inteligência que tem limites é a estupidez ilimitada. Enquanto a primeira é
condicionada, a segunda é promovida e programada. - O
autor
O ACIDENTE QUE IA SENDO FATAL – DEPOIS DE ESCREVER PÂNICO À BEIRA-MAR O jornalista recordou com humor o "naufrágio" que podia ser-lhe trágico e lhe ter custado a vida - Veja o vídeo
Jornalista e antigo apresentador da RTP, Luís Pereira de Sousa, 72 anos, está internado nos cuidados intermédios do Hospital de Faro, no Algarve, onde deu entrada no serviço de urgência no passado dia 18. Isto na sequência de um aparatoso acidente quando se preparava para iniciar, na companhia da mulher, um passeio de barco.
O ACIDENTE QUE IA SENDO FATAL – DEPOIS DE ESCREVER PÂNICO À BEIRA-MAR O jornalista recordou com humor o "naufrágio" que podia ser-lhe trágico e lhe ter custado a vida - Veja o vídeo
JN -Luís Pereira de Sousa sofre acidente -Apresentador tropeçou
ao entrar no barco, caiu desmaiado no mar, mas foi salvo - Publicado em 2013-04-24
Jornalista e antigo apresentador da RTP, Luís Pereira de Sousa, 72 anos, está internado nos cuidados intermédios do Hospital de Faro, no Algarve, onde deu entrada no serviço de urgência no passado dia 18. Isto na sequência de um aparatoso acidente quando se preparava para iniciar, na companhia da mulher, um passeio de barco.
"O
meu pai tropeçou no pontão do Porto de Recreio de Olhão ao entrar para o barco.
Bateu com a cabeça e caiu desmaiado na água", conta ao IN' Ricardo Pereira
de Sousa.
O filho do antigo apresentador diz que valeu a pronta intervenção da mãe, que estava no interior da embarcação a ler um livro. "Gritou por ajuda, ao mesmo tempo que atirou um cabo à agua na tentativa de prender o meu pai. Entretanto, surgiram uns senhores que se encontravam no pontão e retiraram-no da água". Ricardo Pereira de Sousa reconhece que a rápida assistência evitou o pior. "Mais dez segundos e seria fatal", diz Excerto da notícia do JN Luís Pereira de Sousa sofre acidente - JN
E ASSIM COMEÇA O ROMANCE PÂNICO À BEIRA-MAR, QUE TERMINA NUM NAUFRÁGIO E NO INCÊNDIO DE UM OUTRO BARCO
O e-mail
Recebera o e-mail de uma amiga com quem se correspondia quase diariamente.
Ambos entretinham-se a contar um tempo, na maioria das vezes, desinteressante.
“Ali, na minha frente, estava um homem morto! A princípio, pareceu-me um
monte de roupa, trapos ou coisa semelhante. À medida que me aproximava, fui-me
dando conta de que estava certa no meu pressentimento.
Tinha eu pensado, esta manhã, fazer a minha caminhada junto ao mar ali para
a Poça, S. João do Estoril, onde tentaria procurar um pouco da paz de que tanto
necessito... E eis que, quando estou a estacionar o carro, me apercebo de algo
estranho ali à minha frente.
Pois é… A vida é cheia de surpresas! Nem sempre vale a pena fazer planos. O plano que Deus tem para cada um de nós, em cada dia que nos dá, acaba por nos ultrapassar. De nada adianta contrariarmos o nosso trajecto.
Era um sem-abrigo esfarrapado, sujo e com o rosto coberto por umas longas
barbas em desalinho. Tinha uns lindos olhos verdes, abertos em direcção ao céu,
cheios de expressão como que a agradecer a Deus o facto de se ter lembrado
dele. Para quem acredita, como eu, a vida nada mais é do que uma breve passagem
e que, quando partimos rumo ao Divino, aí sim, encontramos a nossa Essência.
Este homem, neste momento, fará parte de uma legião de almas privilegiadas. O
seu percurso fê-lo conquistar, talvez, a salvação da sua alma. Fora errante, é
certo, mas hoje encontrou a morada certa.
Peguei no telemóvel e liguei para os Bombeiros do Estoril. Enquanto não
chegavam, pedi a alguém que se encontrava numa das esplanadas da
praia algo para tapar aquele corpo que pedia resguardo e dignidade, pelo menos
naquele momento! Assim se fez!
Por fim, quando chegaram os Bombeiros, estes de imediato o reconheceram.
Disseram que ele tinha quarenta e tal anos e, pasme-se, que aquele homem
esfarrapado, sujo, mal cheiroso, desmembrado, mas com uns olhos lindos, era,
nem mais, nem menos, alguém pertencente a uma das famílias mais ricas da zona
do Estoril. Depois disto, segui o meu caminho pensando como, de facto, a vida é
tão cheia de surpresas e como somos ultrapassados por ela. Eu que pensava ir
ver o mar, acabei por ir ver uns olhos tão lindos como os dele, mas sem futuro,
nem destino! Bea 2011”
O diálogo via Internet seria uma forma de acabar com a inutilidade da solidão que invade almas como as marés ignoradas de outono na praia pejada de vida ainda há pouco.
A história que a amiga lhe contara era apenas um flagrante que nascera para
também morrer ali no desinteresse de um pormenor. respondeu no mesmo tom de
desânimo e inércia
.
Luís Pereira de Sousa
10 “De : beatrizb Para: António V Gil enviada: Quinta-feira, 5 de outubro,
2011, 18h:04 Assunto: Caminhada
“Bea, Li esse seu trágico passeio. O destino tenta colocar propositadamente algumas pessoas no mesmo caminho, mesmo que seja o último. É assim a vida: imprevisível mas determinada.
“Bea, Li esse seu trágico passeio. O destino tenta colocar propositadamente algumas pessoas no mesmo caminho, mesmo que seja o último. É assim a vida: imprevisível mas determinada.
A sua caminhada
completou-se no gesto de amor, ou melhor, de respeito para com o homem
desconhecido. A vida não o respeitou. A Bea, sim. Deu-lhe a paz, a quietude
humana que, por certo, ele procurava. O olhar dos outros fere. Pode ser cruel,
porque é sempre crítico. É tanto na vida como na morte.
Quando foi
colocada a manta, ela encerrou um acto como no final de uma peça teatral. Selou
um tempo elástico e desconfortável de uma aventura próxima do caos e onde deixa
de haver o medo e o grito num milagre inverso ao do nascimento, mas nem por
isso menos magnífico.
Todos temos a nossa
história. Transportamo-la quando caminhamos, passo a passo, minuto a minuto,
para um tal silêncio que não praticamos em vida. Fazemos isto sem lógica,
contemplação, louvores ou justiça.
Ele,
o morto, nada deixa, a não ser a sua história que se apagará para sempre. E o
que é o “sempre”, quando sabemos que o passado e o futuro encontrar-se- -ão no
nada? A. Gil”
Artur
Portela Filho
Dramaturgo e ficcionista, nascido a 30 de setembro de 1937, em Lisboa, filho do jornalista homónimo, frequentou aFaculdade de Letras e exerceu a profissão de jornalista. Com Alfredo Margarido, introduziu teoricamente o nouveauroman em Portugal, com a obra O Novo Romance, de 1962. É na primeira metade dos anos 60 que se situa a sua estreiana ficção, inicialmente com coletâneas de contos e novelas e, posteriormente, com os romances O Código de Hamurabi(1962) e Rama, Verdadeiramente (1963), inseridos nos códigos postulados pelo novo romance. Mais tarde optou pelacrónica e pela sátira, tendose distinguido como cronista, num estilo que mantém viva a mordacidade
queirosiana”
Mau tempo na Europa não afetará Portugal….. Último pescador desaparecido encontrado perto de PombalJosé Poças Esteves recorda que o
mar de Portugal fica "muito na linha do canal do Panamá", que está a
ser remodelado "e é aqui que o posicionamento dos portos portugueses é
fundamental", considera. Elevados níveis de eficiência - Escritora brasileira Ieda de Oliveira vem a São Tomé…..Mesures
Océaniques dans le Golfe de Guinée, utiles poule suivi et la compréhension du
climat et des changements climatiques en cours.
Obama pediu "reexame" das operações de espionagem… A China já não é o que foi -
Opinião - DN Pingo Doce recua e põe livro de Sócrates à venda…... O governo já não tem poder… Encontrados últimos corpos dos pescadores
desaparecidos … Portugal fora da rota do mau
tempo… Freitas do Amaral acusa Governo de
forçar demissão…
Mais de 16 mil querem redução do período de
fidelizaçãoPara
Francisco Mendes Palma "a competitividade dos portos não é só a
rentabilidade dos ativos que tem", mas implica "uma série de medidas
de eficiência em termos tecnológicos, das relações laborais e. Dez mil pessoas deixam Portugal todos os meses
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