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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

São Tomé e Príncipe – Hoje apresentação do livro “Os Meninos Judeus Desterrados” , de Orlando Trindade, às 18h00, na Sala Monsanto da Biblioteca do ISCSP


Post atualizado com imagens da sessão de lançamento do livro "Os Meninos Judeus Desterrados" assim como importantes contributos de outros autores sobre o envio forçado das mesmas crianças  para S. Tomé  -Bem como as afirmações produzidas por Carten Wilke de que, Cristóvão Colombo cruzou-se no mar com os navios em que se encontravam deportadas as ditas crianças,  cuja fonte não soube indicar a Gerhard Seibert - Em próxima postagem a troca de conrespondência entre dois reputados historiadores,




Meninos Judeus Desterrados -   De Portugal  para São Tomé e Príncipe por Ordem Del Rei D. João II em 1493,  é o novo livro de Orlando Piedade,   cujo lançamento decorreu na Sala Monsanto da Biblioteca do ISCSP, em Lisboa -Segundo Gerhard Seibert Gehar existem pelo menos mais três romances históricos baseados na história da deportação das crianças judias para S.Tomé - Mas este é o primeiro de autoria de um santomense


"Quando as crianças foram colocadas nos navios, na presença do Rei, os seus choros e gritos eram terríveis. Quem nunca viu nem ouviu os choros e gritos dessas mulheres jamais chegará a entender o que significa desconsolo ou preocupação “-In O 'PROGRAMA DE DEPORTAÇÃO' DE EXILADOS HISPANO-LUSITANOS À ILHA DE SÃO TOMÉ (1492-1496


 POR VIA DO ESTIGMA DA INTOLERÂNCIA RELIGIOSA - QUE INFELIZMENTE AINDA HOJE SUBSISTE



Os Meninos Judeus Desterrados” , Emocionante romance histórico de Orlando Piedade, que acaba de ser editado, com a chancela das Edições Colibri - Tendo como pano de fundo o hediondo crime das centenas de crianças que foram arrancadas do seio familiar e desterradas para São Tomé e Príncipe, nos primórdios da colonização - onde a grande maioria acabou por não resistir quer às agruras da viagem quer às adversidades do clima e, sobretudo, devido ao profundo trauma causado pela ausência do carinho maternal e paternal -A escravatura foi a maior das barbaridades ao longo dos tempos. Impôs-se sempre como um comportamento cruel e desumano onde quer que se expandisse. Não só em África, como em todas as partes do mundo. Mas houve lugares onde a mesma se transformou num tenebroso interposto comercial - foi o caso da Ilha de são Tomé. - Creio que vale a pena ler a extraordinária obra deste escritor santomense: na qual não se vê que procure o revolver de ódios ancestrais ou quiçá o ajuste de contas com o passado mas tão só o intuito de nos levar a viajar, dando a conhecer ao leitor - através da recriação de ambientes e das personagens,  também elas crianças (leque mais vasto de possibilidades de imaginação e de interpretação que escapam ao relato linear e fatual dos historiadores),  um período da nossa colonização, na qual persistem ainda mais brumas e poeiras de que exposição à claridade da vida desse tempo.




Depois do Amor Proibido, cujo drama  decorre nos  séculos XV-XVIII,  entre um negro, filho de escravos e uma mestiça, filha de uma fazendeira rica e um branco pertencentes às elites colonizadoras, o escritor santomense, retoma o tema da escravatura  dos Meninos Judeus Desterrados” de Portugal para São Tomé e Príncipe por Ordem Del Rei D. João II em 1493




Sem dúvida, um extraordinário romance histórico, assente na investigação das várias versões históricas publicadas (desde a portuguesa, à judia e à de outros autores, incluindo os estudos de alguns investigadores santomenses, mas cuja leitura  nos parece ir muito  além da histerografia  sobre o hediondo drama das crianças judias: - recria ambientes e atmosferas, que ora nos emocionam ora nos fazem sorrir através da própria ironia da tragédia,  reconduzindo-nos como que a um outro tempo,  como se, subitamente, esse passado, não estivesse a séculos de distância, mas bastante vivo nas palavras dos avós ou bisavós do narrador (…)”Desta forma, os meus antepassados perderam a casa que era da família pelo que a permanência no reino obrigava  a um novo começo, apoiados em dois burros e num metros tecidos de branco. Não tenho o mesmo dom de contar as suas estórias. Longe disso!  Diz o povo que quem conta um conto acrescenta um ponto, agora imaginem a minha tentativa de a imitar. Ela é exímia nisso e confere o seu cunho pessoal a cada palavra, frase, parágrafo.





(…) Invariavelmente, a minha avó emocionava-se a cada vez que contava a forma que tinha perdido tudo. Sua tez franzida, os movimentos de suas mãos a sublinhar as suas palavras, produzidas num tom de voz visivelmente emocionado , mas nem por isso nem menos segura de si. O seu rosto reabria-se lentamente quando passava a falar da nova vida , apesar do trauma da conversação”.

Trata-se, com efeito, de um fascinante romance: onde é possível depararmo-nos como as mais disparas emoções, tendo  como pano de fundo “as 2000 mil crianças com idades compreendidas entre os seis e os oito anos , na sua maioria filhos de judeus castelhanos que fugiram à inquisição do reino de Castela, durante o reinado dos reis católicos. Retiradas aos pais e enviadas por ordem d’El Rei D. João II  para povoar as ilhas de São Tomé e Príncipe , no ano de 1493, logo na fase inicial do povoamento das ilhas – E que, tal como é referido na badana do livro,  narra o percurso de uma criança de seis anos que sobrevive e vence contra todas as probabilidades. Com especial apetência para atrair o perigo, por onde quer que passe, Javier encontra  o seu grande amor blindado  pelo ódio religioso que o obriga a caminha sobre o fio da navalha” 

"Um Amor Proibido”, livro a que me referi http://canoasdomar.blogspot.com/2013/07/stome-e-principe-feira-de-livros-no.html foi a primeira obra de Orlando Piedade. Uma estreia bem acolhida pela crítica. O que reforça ainda mais a expetativa  desta sua nova aventura literária, debruçando-se sobre uma das maiores nódoas da colonização portuguesa em São Tomé e Príncipe, que ocorre logo nos primórdios pós chegada de João de Santarém e Pero Escobar às ilhas Verdes do Equador – ou seja: a deportação compulsiva  e criminosa de várias centenas de  crianças, arrancadas aos seus pais.  

Vários autores têm-se debruçado sobre esta questão e inúmeras têm sido  sido também as referências na historiografia  destas ilhas, com sensivelmente as mesmas repetições, sendo, por isso, para alguns investigadores, mais as interrogações, que ainda hoje se colocam, de que respostas concretas



De entre outras mensagens, Gerhard Seibert, teve a cortesia de nos enviar, diz-nos: "Caro Jorge:  Não citaria o número de 2000 crianças judias deportadas sem muitos pontos de interrogação. Muito provavelmente eram menos. Várias fontes históricas sobre esta tragédia dão números diferentes. Veja a p. 85 do meu texto sobre esta questão no livro em anexo.



De facto, existe apenas uma única fonte que se refere a 2.000 crianças deportadas. Contudo ninguém nunca perguntou de quantos barcos Caminha precisava para transportar tantas pessoas. O próprio Caminha fala no seu testamento de 1499 de um total de mil pessoas que o acompanharam em 1493!"

O escritor, Orlando da Glória Silva Piedade, nasceu em São Tomé, em 1974. Mestre em Engenharia Informática pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e Licenciado em Informática de Gestão pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Desenvolve a sua atividade profissional como Analista Programador na Inter Partner Assistance - Portugal, empresa do grupo AXA.


VERSÃO DE HISTORIADORES


Gerhard Seibert no seu extenso e aprofundado estudo sobre a deportação das crianças judias para São Tomé, que teve a amabilidade de nos enviar por e-mail,  levanta a seguinte questão, que serviu  de tema ao seu trabalho, intitulado: Há Vestígios de Meninos Judeus na Cultura Santomense?

O reputado investigador coloca algumas dúvidas não só quanto à existência de algumas incongruências de Valentim Fernandes, considerada a principal fonte, que é citada por vários autores, como relativamente ao número de crianças que teriam sido enviadas para São Tomé 


Pegando no fio da história começa  por recordar que" Ainda nem sequer haviam passado três meses da sua entrada triunfal em Granada, último bastião do islamismo na Espanha, a 31 de Março  de 1492, já os Reis Católicos, Fernando de Aragão e Isabel de Castela, mandavam expulsar os judeus dos eu reino dando-lhe um prazo de três meses. O representante da comunidade judaica espanhola, o rabi Isaac Aboab, veio a Portugal a fim de negociar com o rei Dom João II (1481 -1495) as  condições de entrada dos judeus banidos. Finalmente, dos 200.ooo judeus expulsos da Espanha, cerca de 120 mil entraram através dos postos fronteiriços de Olivença. Castelo Rodrigo, Bragana e Melgaço em Portugal. A chegada dos judeus espanhóis aumentou em mais do dobro a população judaica autoctene em Portugal, os adultos eram obrigados a pagar um imposto de oito cruzados por cabeça o que lhes garantia a permanência de oito meses no país. Vencido este prazo, o monarca arranjaria navio para os levar para fora do país. Todos aqueles que não conseguiram deixar Portugal dentro desse prazo, foram declarados escravos. Segundo a maioria dos historiadores, os seus filhos é que foram retirados aos seus pais e forçados a acompanhar o terceiro donatário. Álvaro de Caminha (1493-1499) para São Tomé.No capitulo 179 da sua “Crónica de Dom João II “ escreve Garcia de Resende (Ca. 1470-1536)
 
No ano de 1493, em Torre Vedras, deu El-Rei a Álvaro Caninha, cavaleiro de sua casa, a capitania da  Ilha de S. Tomé… E porque os judeus castelhanos, que de seus reinos não saíram nos termos limitados, os mandou tomar por cativos segundo a condição de entrada, e lhes tomou os filhos e filhas pequenos, que assim eram cativos e os mandou todos á dita Ilha de São Tomé, para que sendo apartados aos pais  e suas doutrinas, e de quem lhes pudesse falar na lei de Moisés, fossem bons cristãos, e também para que crescendo e casando-se pudesse com eles  povoar a dita ilha, que por esta causa daí em diante foi em crescimento da capitania de São Tomé a Álvaro Caminha data de 29 de julho de 1493, os judeus não são mencionados.


Após a norte de D. João II, subiu ao trono o seu primo D. Manuel  (1495-1521). No que diz respeito aos judeus, ele mostrou-se inicialmente tolerante  concedendo a liberdade a muitos judeus reduzidos a escravidão. Contudo, quando quis casar-se com Isabel, a filha mais velha dos Reis Católicos, na perspectiva  de reunir os dois reinos na Península Ibérica, a princesa aceitou o pedido de casamento sob condição que ele expulsasse todos os judeus de Portugal. Consequentemente, uma tal cláusula foi incluída no contrato de casamento de 30 de Novembro de 1496, aos judeus e muçulmanos, sob ameaça de morte que se tornassem cristãos ou abandonassem o país até ao fim de Outubro de 1497. Em Março de 1497, deu ordem que todas as crianças com menos de 14 anos fossem tiradas dos seus pais para serem baptizadas e doutrinadas na religião cristã. Logo a seguir, este limite de idade foi aumentado para 20 anos. Pelo menos um historiador afirma que apenas tivessem sido estas as crianças  as que foram enviadas para Álvaro de Caminha. Finalmente, a grande maioria dos judeus  portugueses não foi expulsa mas batizada à força. Estima-se dos cerca 75.000 judeus portugueses e dos 120.000 de Espanha, somente 5000 terão saído. Estes recém-convertidos eram chamados cristãos-novos .


Os únicos destes  documentos que contêm pormenores sobre os meninos judeus é o manuscrito de Valentim Fernandes, cuja relação intitulada “Das Ilhas do Mar Oceano”, inclui uma descrição de São Tomé. Lá a lemos:

“ E assim mandou o dito rei com este capitão 2000 meninos de oito anos para  baixo que tomou aos judeus castelhanos e os mandou baptizar, dos quais morreram muitos, porém pelo presente, serão vivos entre machos e fêmeas, bem 600.

Tendo uns autores repetido os outros, esta passagem escrita em 1506 encontra-se em inúmeras publicações sobre a história de São Tomé, entre as quais, no célebre livro  “A Ilha de São Tomé de Francisco Tenreiro e na excelente tese de mestrado Carlos  Agostinho da Neves, intitulada “São Tomé e Príncipe. Na segunda metade do século XVIII . Não obstante isso achamos que a informação de Valentim Fernandes não é bem fundamentada nem possui grande rigor científico. Valentim Fernandes  recebeu todas as suas informações de segunda mão, permanecia em Portugal para exercer a profissão de impressor. Em 1495 realizou a sua primeira produção tipográfica e em 1502 a sua Relação da Ilha de São Tomé por dois textos elaborados em 1506 e  1510 respectivamente. A primeira parte tem como fonte o marinheiro Gonçalo Pires , provavelmente um dos moradores de São Tomé, que Valentim Fernandes encontrou em Portugal em Dezembro de 1506- Existem muitas incongruências entre as duas partes.- Excerto do estudo de autoria de  Gerhard Seibert , subordinado ao tema: Há Vestígios de Meninos Judeus na Cultura Santomense?.. - a presentada durante a Conferencia de São Tomé (11-12 Julho de 1995 - Organizada pelo então embaixador israelita em S.Tomé

O RELATO DE VALENTIM FERNANDES - ÚNICO TESTEMUNHO DO ENVIO DE CRIANÇAS JUDIAS PARA SÃO TOMÉ   - A CUJO MANUSCRITO SE REFERIU DETALHADAMENTE GERARD SEIBERT
 
Seibert, Gerhard500 years of the manuscript of Valentim Fernandes, a Moravian book printer in Lisbon. In: Beata Elbieta Cieszynska (ed.), Iberian and Slavonic Cultures: Contact and Comparison, págs. 79 a 88, Lisboa: 
 2007 - Um creterioso trabalho de investigação acerca do autor do único relato das crianças enviadas para S. Tomé. - Que tivemos oportunidade de consultar através do envio por e-mail

 *****
VALENTIM FERNANDES -  "Hábil homem de negócios e humanista de  cultura abrangente, é a Valentim Fernandes que devemos um dos mais importantes tes­temunhos sobre os Descobrimentos portu­gueses: as anotações sistematicamente manuscritas em 300 páginas, que hoje estão guardadas na Staatsbibliothek München, designadas por Manuscrito de Valentim Fernandes.  Cadernos de Tipografia e Design 13

 Gerhard Seibert . Licenciado em Antropologia Cultural pela Universidade de Utreque, Holanda (1991) e doutorado em Ciências Sociais pela Universidade de Leiden, Holanda (1999). De 1999 a 2008, bolseiro de pós-doutoramento da FCT no Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT) em Lisboa. Desde 2008 é investigador do Centro de Estudos Africanos (CEA)/ISCTE-IUL em Lisboa. É autor do livro Camaradas, Clientes e Compadres. Colonialismo, Socialismo e Democratização em São Tomé e Príncipe (Lisboa: Vega 2001; versão inglesa: Comrades, Clients and Cousins. Colonialism, Socialism and Democratization in São Tomé and Príncipe. Leiden 1999; 2ª edição actualizada 2006). Publicou vários artigos sobre temas relacionados com São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Moçambique, Guiné Equatorial e as relações Brasil – África. – Mais pormenores em  Gerhard Seibert


 CARSTEN WILKE NÃO LOGROU PROVAR AS FONTES, SENDO CONTESTADO PELO INVESTIGADOR GERHARD SEIBERT - Nomeadamente quanto ao facto de afirmar que, Cristovão Colombo,  cruzou-se no mar com os navios em que se encontravam deportadas as ditas crianças

Num e-mail que o reputado investigador Gerhard Seibert - teve a amabilidade de nos enviar, disse-nos o seguinte: “Aquela afirmação que Cristóvão Colombo cruzou-se no mar com o navio das crianças judias em 1493 parece ser uma invenção do autor Karsten Wilke.
Eu escrevi três vezes para Karsten Wilke pedindo de me enviar a sua fonte para tal afirmação. O senhor nunca me respondeu o que me levou a concluir que ele inventou este encontro no alto mar.”   -

Excerto  "Aqueles de entre os judeus espanhóis que, por impedimentos, indigência ou medo ficaram retidos em Portugal tornaram-se «cativos do rei» no final do mês de 1493....Entretanto, durante dois anos e meio, uma grande parte dos judeus vivendo em Portugal foi baixada à servidão e colocada nas casas da aristocracia. Essa degradação não terá talvez implicado a perda total da sua personalidade jurídica, mas fez perder aos pais o direito sobre os filhos com menos de oito anos, que lhes foram arrancados por ordem real e baptizados...D.João II havia dado essas crianças escravas de presente ao capitão Álvaro de Caminha, senhor da ilha africana de São Tomé. Aquando da sua segunda viagem em Outubro de 1493, Cristovão Colombo cruzou-se no mar com os navios em que se encontravam deportados esses jovens, que deviam povoar a colónia. As fontes judaicas afirmam que a maioria dessas crianças sucumbiu: umas no decurso do trajecto, Outras por causa do clima da ilha tropical" História Carsten Wilke publica síntese de 20 século
 
PÚBLICO  20/06/2009   Carsten L. Wilke, doutorado em Estudos Judaicos pela Universidade de Colónia, Alemanha, e investigador no Instituto Steinheim de História Judaica Alemã, em Duisburg, aceitou o desafio de condensar em apenas 250 páginas destinadas ao grande público a história dos judeus portugueses. Uma história que o autor considera bem estudada, sendo numerosos os trabalhos académicos, e claramente autónoma da dos outros judeus da Península Ibérica, uma história que, no entanto, é mal conhecida pelos não especialistas num país onde raramente os livros escolares lhe dedicam mais do que rápidas - e escassas - referências.Portugal teria podido proteger muitos dos judeus ... - Público




 A MAIORIA DOS MENINOS FORAM ARRANCADOS ÀS MÃES JUDIAS, EXPULSAS DE ESPANHA, QUE PROCURARAM  REFÚGIO EM PORTUGAL

De seguida, tomámos a liberdade de aqui transcrever  alguns excertos de  comentários, estudos e  perguntas, reunidas em livro com o título "Crianças escravas Judias em São Tomé", com  a coordenação e anotações de autoria de Moshé Liba" fruto da "Conferencia de São Tomé (11-12 Julho de 1995" que, como atrás referi, contou com a participação de   vários investigadores, entre os quais  Karl Gerhard Seibert -  

Tradução  (...) "O que segue são anotações que fiz durante os dois dias de tópicos de discussão e perguntas e depois discutidos alguns pontos na minha correspondência com Bishop Abílio Ribas, com o Professor Emérito Haim Beinart de A Universidade Hebraica Jerusalém e Dr. Gerhard Seibert, da Universidade de Leiden, na Holanda.

"Quantos navios chegaram com o capitão? Quantas crianças - 2000 ou menos - Estavam em um ou mais navios, juntamente com guardas, padres, soldados e marinheiros? O Padre Pinto escreve: "2.000 e 1.400 morreram com as dificuldades de viagem". Este ponto deve ser esclarecido, tal como exigido pela questão dos transportes: Como foram enviadas 2.000 crianças acompanhadas pelos soldados, padres e prisioneiros libertados em uma viagem por mar?

A vontade de Álvaro de Caminha relata ter comida para 1.000 pessoas. Dr. Gerhard Seibert estimou que havia um total de 1.000 pessoas ou menos - Refere Mosh Liboa no livro "



(..)
"Muitas das crianças judias expulsas da Espanha foram deportadas pelo rei de Portugal para convertê-las à sua religião, por isso as que ele enviou para lá há 14 anos, são todas as crianças sem qualquer defeito, macho e fêmea, com mais de duas mil almas" 
.
-
 Foram estes homens ou homens e mulheres? As primeiras fontes hebraicas a falar de crianças, meninos. Rabino Shlomo Ibn Vega escreve: "E acima de tudo, há grandes problemas arrebatamento dos homens ... e alguns dos homens morreram ..." Abravanel especifica: "homem e mulher". Padre Pinto escreve: "2.000 crianças". O capitão fala dos homens e mulheres jovens.
- Qual foi a idade das crianças? Fontes variam, considerando-as de 2 a 8 anos.   idade.. Ibn Vega e Usque falam de menor ainda.

- Quantos navios chegaram com o capitão? Crianças - 2000 ou menos - estavam em um ou mais navios, juntamente com gradientes, padres, soldados e marinheiros? O Padre Pinto escreve: "2.000 e 1.400 morreram dificuldades de viagem". Este ponto deve ser esclarecido, tal como exigido pela questão dos transportes: Como foram enviadas 2.000 crianças acompanhadas pelos soldados, padres e prisioneiros libertados em uma viagem por mar?

Álvaro de Caminha relata ter comida para 1.000 pessoas. Dr. Gerhard Seibert estimou que havia um total de 1.000 pessoas ou menos.

- judeus expulsos da Espanha pela Portaria 31 de março de 1492 foram autorizados a entrar em Portugal através de pagamento por cabeça e a ficar oito meses, e o rei prometeu fornecer barcos para deixar o país. Após o prazo sem barcos, o rei João II recusou suas promessas e declarou-os escravos. Em 1493, o rei ordenou arrebatar seus filhos menores para ser batizado e mandar-lhes que São Tomé. Eram estas crianças "cant" ou "Escravos"? 


Professor Elias Lipiner, pesquisador israelense nascido no Brasil, estudou o "Certificado testamento de Álvaro de Caminha, Capitão da Ilha de São Tomé (24 de abril de 1499). " Examinando os nomes "homens e mulheres jovens" usadas pelo Capitão, Lipiner chegou à conclusão de que as crianças judias eram "cativos", mas não "escravos" para o momento de escrever o testamento. No entanto, as pessoas não eram livres.

- Pode o caso das crianças ser considerado o primeiro em Portugal batismo forçado? Lipiner pesquisou o assunto em seu livro publicado depois - baptizados ósmio em Pé.

Havia vários trechos de crianças judias em Portugal. Prof. Beinart menciona o segundo em 1496, terceiro em 1497.

- Foram alguns deles enviados para a ilha?

- A intenção dos trechos foi a de separar as crianças de seus pais judeus para facilitar a sua conversão à fé católica. Além das crianças enviadas para São Tomé, há trechos de documentação de crianças ao longo dos anos para colocá-los em famílias cristãs em Lisboa e seus arredores.

- Será que os nomes de meninos de família, sobrenomes? Só eles mudaram os nomes de batismo?
Quando apresentei as credenciais disse o Presidente Miguel Trovoada: "Nós temos raízes comuns, os descendentes de judeus que ainda vivem nas nossas ilhas. Encontrá-lo. Aqui nomes judeu como Azancot, Levy, Samuel ".ESCLAVOS EN SÃO TOMÉs -Leia a continuação na próxima postagem de  Moshé Liba

Jewish Child Slaves in São Tomé – Livro de autoria de  Moshé Liba 

Excerto de um comentário  de sua autoria  - "A história judaica de São Tomé e Príncipe, duas pequenas ilhas ao largo da costa oeste da África, perto de Guiné, inclui uma era trágica. Em 1493, um ano depois que os judeus foram expulsos da Espanha, uma grande percentagem deles se refugiaram em Portugal, onde os decretos de expulsão não começou até 1496. Rei Emanuel I de Portugal, em busca de recursos para financiar seu programa de colonial considerável expansão, cobrou impostos enormes cabeça dos judeus, dando-lhes pouco tempo para pagar e multas se não for paga até uma determinada data. O rei queria colonizar as ilhas de São Tomé Príncipe e no Golfo da Guiné, que tinha sido descoberto por João de Santarém e Pêro Escobar, em 1472, e reivindicado pelo Rei de Portugal (para "branquear a raça", como ele mesmo -lo), mas poucos Português saboreou fixando-se em ilhas febril e infestadas de crocodilos. Quando viu-se que havia muito pouca probabilidade de que a maioria dos judeus pagaria o imposto exigido, o rei deportou seus filhos jovens, com idades entre 2 a 10, para São Tomé e Príncipe. Jewish World - The Jewish history of Sao Thome e Principe


Moshe Liba de 1931, o ex-membro de um kibbutz, diplomata, conferencista, jornalista, professor, poeta, escritor, crítico literário, pintor, escultor.
Ele representou o Estado de Israel por 31 anos como Embaixador e Cônsul-Geral em 15 países. foi Diretor Geral do Instituto Central de Relações Culturais, Director da Escola de diplomatas, Diretor do Departamento Africano do Ministério dos Negócios Estrangeiros. É Direito Internacional doutor da Universidade de Paris. Lecionou em quatro universidades: Israel, Camarões e Nova Zelândia. membro da Associação de Escritores Hebraica de Israel, da Haagse Kunstkring-Holanda, e em várias outras associações nacionais e internacionais.Escrevendo em várias línguas, já publicou 66 livros, livros de história, contos, ensaios, críticas literárias, livros infantis, teatro-plays, álbuns, brochuras, entre eles 37 livros de poesia bilíngües-inclusive.- Excerto Liba (Moshé )


História  "A Lei Áurea foi assinada pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1988. A lei marcou a extinção da escravidão no Brasil, o que levou à libertação de 750 mil escravos, a maioria deles trazidos da África pelos portugueses. A assinatura da lei foi consequência de um longo processo de disputas. ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA NO BRASIL

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