JORNALISTAS MAL PAGOS E,, SEMPRE QUE O
GOVERNO MUDA, COM O CREDO NA BOCA.
Ordenados, que mal dão para as despesas do vestuário ou para alimentação, é o
equipamento e as condições das redações (especialmente nos sites particulares,
onde as dificuldades são ainda maiores, exercendo a atividade praticamente por
carolice), sim, é também iminência
do chuto que pode suceder quando menos se espera – Infelizmente, há
noticias desses exemplos.
De recordar, que , em 3 de Maio de
2012, com Patrice na Governação, o dia
da Liberdade da Imprensa, noticias davam conta de que “os jornalistas
são-tomenses e as instituições ligadas a comunicação social, reagiram neste dia
“Com um silêncio frio num dia de chuva intensa em São Tomé Príncipe.
No entanto, este ano o dia da liberdade de
imprensa assinalado 3 de Maio, ficou marcado por um profundo silêncio dos
jornalistas.
(…)Silêncio pesado, a dominar a classe dos
jornalistas. A violência física contra os jornalistas não é prática em São Tomé
e Príncipe, mas mecanismos de pressão e de represálias foram sempre activos na
relação entre o poder e a imprensa.
São de Deus Lima, Jornalista do Semanário Kê Kua, não
está amordaçada. «Se comparar São Tomé e Príncipe com determinados países no
mundo, dir-se-á que há um grau apreciável de liberdade de imprensa. É verdade
que a repressão e o condicionamento são mais discretos», afirmou a
jornalista. – Excerto
de Jornalistas amordaçados no dia da liberdade de imprensa .

Curiosamente, este era o título de uma noticia, aparentemente animadora, divulgada (on lin) pelo Jornal Transparência, uns dois meses antes,(12.03.2015)dando conta que o actual governo liderado pelo Primeiro-ministro Patrice Trovoada, está disponível e empenhado em apoiar os problemas da classe dos jornalistas e técnicos da Comunicação Social de São Tomé e Príncipe, face as dificuldades que vêem enfrentando aos longos anos no cumprimento das suas actividades profissionais.
Este empenho foi manifestado esta quarta-feira pelo
Primeiro-ministro e Chefe do Governo são-tomense Patrice Emery Trovoada, após
um encontro tido com o Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação
Social de Santomense (SJS). Jornal Transparência -
JORNALISMO NACIONALISTA SÃO-TOMENSE - UM PASSADO
RICO DE HISTÓRIA
Por exemplo, referindo-me a jornalistas, é Carlos
Espírito Santo, que, no seu livro “O
nacionalismo Político São-Tomense, destaca
o papel de São-Tomenses nos jornais que surgiram no período pós
instauração da República: - Recordando,
que, “além dos movimentos políticos
unitários, diversos jornais protonacionalistas preconizando o desenvolvimento dos povos nativos de África,
foram criados na capital portuguesa, depois
da queda do regime monárquico. Eram bastante lidos sobretudo pelos intelectuais
das colónias portuguesas, que de resto colaboravam enviado textos para
divulgação, denunciando factos sociopolíticos reputados significativos das suas
terras, onde alguns eram correspondentes dos referidos periódicos. Por exemplo,
O Negro que foi publicado em Lisboa, a 9 de Março de 1911. Foi com este
jornal que teve inicio o
protonacionalismo”
E acrescenta: “Analisando o número de correspondentes de O Negro em diversas paragens
do mundo, é forçoso sublinhar que São Tomé e Príncipe constituía o território
que acolheu mais representantes do jornal. Figuras de prestígio como o advogado
Manuel da Graça do Espírito Santo, o poeta Herculano Pimentel Levy e o político
Augusto Gamboa, são apenas três exemplos que importa mencionar. Mais, nos três
números que são conhecidos de O Negro foi marcante a participação dos
indivíduos oriundos de São Tomé e Príncipe. Assim, no seu corpo directivo vemos
são-tomenses tais como J. C. Cunha Lisboa (director), Artur Monteiro de Castro
(redactor principal) e Aires de Sacramento Menezes (editor).
No mesmo estudo, o investigador São-Tomense,
referindo-se a esse período áureo da liberdade de expressão, de entre os periódicos que recorda, cita, por
exemplo, o jornal “A Mocidade Africana”, explicando que “alguns estudantes negros, maioritariamente de São Tomé Príncipe e
pertencentes às diversas faculdades de Lisboa, procurando sensibilizar os seus
irmãos de raça para a necessidade de envidarem esforços tendo como finalidade
pôr termo ao estado de deterioração que
desde o início da colonização portuguesa dominava a África, acharam conveniente
fundar um jornal que designaram A
Mocidade Africana, e cujo número inaugural foi editado dia 1 de Janeiro de
1930. Educar, educar sempre, educar com todas as forças, era o caminho que se
propunham seguir, até que vissem concretizadas as suas esperanças, até que
vissem alcanças seus objectivos.




de ser o seu delegado em S. Tomé, durante quatro anos, contou com a valiosa colaboração de Cassandra, no Príncipe, e de João Neto, radicado em Luanda, em cuja cidade chegou a receber um grupo de santomenses, ali também radicados, que quiseram homenagear os vários trabalhos


Mas, felizmente, longe 
vão os dias do bisturi da censura e dos
cidadãos serem presos, perseguidos ou mal tratados por exprimiram as suas
ideias.
Fui testemunha desses opressivos tempos do fascismo colonial e dos cortes da própria censura, que, por várias vezes, me não permitiram a publicação de alguns trabalhos jornalísticos. No pós revolução, com
agressões de vária ordem por parte de quem
não queria aceitar os novos ventos da história, cujo comportamento selvagem não é fácil de esquecer



Fui testemunha desses opressivos tempos do fascismo colonial e dos cortes da própria censura, que, por várias vezes, me não permitiram a publicação de alguns trabalhos jornalísticos. No pós revolução, com


ÁFRICA COPIOU A EUROPA MAS OS EXEMPLOS DA EUROPA HÁ MUITO DEIXARAM DE SER EDIFICANTES E EXEMPLOS A SEGUIR
O 25 de Abril, em Portugal, trouxe a democracia e a
liberdade de expressão mas também a possibilidade das colónias portuguesas acederem à independência -E, ,desde
então, desde esse histórico acontecimento, 40 anos volvidos, muita coisa
aconteceu – Porém, o exercício de tais análises, cabe à palavra dos historiadores..
Um dado relevante, porém, a sublinhar, é o facto das populações poderem eleger os seus governantes.

Um dado relevante, porém, a sublinhar, é o facto das populações poderem eleger os seus governantes.
O que não deveria suceder é que, as mesmas figuras se
perpetuassem no poder, tal como no tempo de Salazar – Estou a referir-me a outras ex-colónias,
Criticava-se o botas por não deixar o poleiro e só o ter deixado quando caiu de velho e enfermo numa cadeira mas a verdade é que, em África, sob a capa da democracia, há dirigentes que já somam os trintas e tais anos, ininterruptos e de seriedade mais de que duvidosa. Sob bandeiras em que, às tantas, é já difícil distinguir o Poder do Estado do Poder Partidário: quem não exibe cartão da militância do partido do poder, dificilmente arranjará emprego bem remunerado
Criticava-se o botas por não deixar o poleiro e só o ter deixado quando caiu de velho e enfermo numa cadeira mas a verdade é que, em África, sob a capa da democracia, há dirigentes que já somam os trintas e tais anos, ininterruptos e de seriedade mais de que duvidosa. Sob bandeiras em que, às tantas, é já difícil distinguir o Poder do Estado do Poder Partidário: quem não exibe cartão da militância do partido do poder, dificilmente arranjará emprego bem remunerado
A Europa vai pelo mesmo caminho: o património, mais
valioso do Estado, é vendido aos grandes capitalistas, que, por sua vez, só empregam quem é da sua confiança política ou do seu grupo - Além disso, o
controlo dos jornais, rádios e televisões, está todo nas suas mãos
Em São Tomé, é certo que houve um período do partido
único, mas creio que mais no sentido de uma pré-preparação pluralista e
democrática, de que com o objetivo
de impor um regime ao estilo
ditatorial.. Sim, nestas ilhas, pela natureza do seu povo, alegre , expressivo
e pacifico, é impensável que alguma vez
que a ditadura vingue, com sucesso, que um caudilho se perpetue no poder sem
dar a oportunidade a outro.
Por isso mesmo, São Tomé e Príncipe é um dos raros exemplos de África onde a liberdade de expressão mais se tem imposto
e consolidado. Assim o comprova a forma pluralista e democrática, como têm
decorrido os processos eleitorais. Pena
que, cada governo, depois de eleito, procure os
seus arranjos nos órgãos
estatizados de Comunicação social – Estes são os pontos negativos do
pluralismo santomense.
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