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terça-feira, 29 de março de 2016

Exploração do petróleo em S. Tomé e Príncipe: já entraram milhões de dólares para financiar projetos na saúde e educação mas ainda não foi extraído um único barril - Cristina Dias, acredita “num horizonte de 2020 ou 2021” - Entretanto, os estudos sísmicos dão passos

Por Jorge Trabulo Marques - Jornalista e investigador

Várias são as empresas que se candidataram à exploração  do petróleo na zona  marítima de S. Tomé e Príncipe ou área repartida com os países vizinhos - E muitas têm sido as noticias, que nem sempre vêm a confirmar o que é dito   - 

Antes de avançarmos com as declarações, que nos foram proferidas por Cristina Dias, aproveitamos para aqui fazermos referência à mais recente noticia, divulgada pela imprensa portuguesa - Observador e Económico  


ÚLTIMAS –  08-04-2016  - "Começa em Janeiro do próximo ano a pesquisa sísmica de prospecção de petróleo em São Tomé e Príncipe pela Galp Energia, em parceria com a norte-americana Kosmos, anunciou hoje o director da Agência Nacional de Petróleo são-tomense.

Petróleo aflora à superficie com água - em certos pontos de S. Tomé 
De acordo com Orlando Sousa Pontes, a prospecção de petróleo ocorrerá em três blocos da Zona Económica Exclusiva (ZEE) de São Tomé e Príncipe. "A pesquisa sísmica em 3D nos blocos 6, 11 e 12 está prevista para começar no início de Janeiro de 2017, com duração prevista para seis meses", adiantou o mesmo responsável, durante a apresentação pública do estudo de impacto ambiental, citado pela Lusa loca – Excerto de http://economico.sapo.pt/noticias/galp-vai-pesquisar-petroleo-em-sao-tome-em-2017_246778.html


 PESQUISA SÍSMICA  É UMA COISA - EXTRAIR O PETRÓLEO É OUTRA   -

“Só lá para 2021, é que poderá haver exploração do petróleo mas se os preços não continuarem baixar – Diz Cristina Dias, ex-Ministra de Economia, atual gestora de uma empresa nigeriana, em S. Tomé, com larga experiência na Agência Nacional de Petróleo de STP – que sugere, entretanto, que se devia apostar mais num turismo qualificado e na exploração e consumo dos produtos da terra – Diz que as novas gerações estão a optar   por consumir produtos importados, o arroz, por exemplo, que vem do Japão, em detrimento dos saborosos frutos tradicionais

POR ENQUANTO AINDA É UMA MIRAGEM

Muito se tem falado da exploração do Petróleo, em  de S.. Tomé e Príncipe, aliás, é das tais miragens que já no tempo colonial alimentava as mais dispares  ilusões – Simplesmente  ilusões, não se tem ido além disso. 

Presume-se que haja grandes jazidas de  petróleo no fundo do mar nas zonas marítimas das ilhas ou nas repartidas com os países vizinhos – pois   a tecnologia atual já permite algumas informações nesse sentido – mas, em concreto, se a quantidade justifica o investimento, ainda ninguém, até hoje, o pôde apurar, com clareza,  uma vez que ainda  não foram feitas quaisquer grandes perfurações – Já houve quem fizesse, em S. Tomé, um furo, com pouco mais de centena  e meia de metros, mas acabou por abandonar o projeto.

Cristina Dias é das pessoas mais bem informadas, no que respeita  à exploração do Petróleo em S. Tomé e Príncipe, dadas as funções que constam do seu currículo. Nascida em S. Tomé, filha de pai português e mãe cabo-verdiana.

Com larga experiência em projetos de ajuda ao desenvolvimento. Teve duas experiências no Governo: uma em 2005,como Ministra de Economia e, em 2008, como Ministra dos Recursos Naturais, Energia e Ambiente E, antes de ser gestora da empresa nigeriana, também  trabalhou na Agência Nacional de Petróleos,

Por isso mesmo, com base nos seus conhecimentos e no realismo nesta matéria: diz-nos que há petróleo no mar mas que ainda vai levar tempo: 

empresa Nigéria, em S. Tomé, de que é gestora, conta  fazer o primeiro furo em 2017.. E, acredita, que, "nesse primeiro furo, possamos encontrar alguma coisa que nos traga boas noticias para S. Tomé e Príncipe. Mas, também sabemos, que, com a baixa do barril do petróleo, muitas empresas estão reticentes para avançar e financiar numa zona, a que nós chamamos de virgem, em que ninguém sabe o que lá há. E, fazer um furo, a mais de 2600 a 2800 metros de profundidade no alto mar, numa zona em que nunca foi descoberto petróleo, requer muitos custos e é um investimento de risco- Mesmo assim, está esperançada, que, lá para 2020 e 2021, se entre na exploração efetiva.



NAS ILHAS VERDES DO EQUADOR, AINDA NÃO SE EXPLOROU UM ÚNICO BARRIL DE PETRÓLEO MAS O PAÍS JÁ RECEBEU VÁRIAS DEZENAS DE MILHÕES

É referido pelas noticias, 22/04/2014.  que, até agora, o dinheiro dos contratos para exploração de petróleo já financiou bolsas de estudo, instituições de ensino ou o abastecimento de água. Mas há quem diga que é preciso usar mais as receitas petrolíferas.

O Governo são-tomense não poupa esforços na melhoria da qualidade do ensino, ano após ano. O país investe uma boa parte dos escassos recursos de que dispõe na construção de novas salas de aulas e os resultados são encorajadores.

As estatísticas mais recentes indicam que cerca de 8 mil crianças frequentam o ensino pré-escolar. Um relatório recente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) coloca São Tomé e Príncipe na lista dos países com alto nível de ensino e escolaridade.

(…) As companhias petrolíferas Addax Petroleum e Total financiaram, por exemplo, a construção de um jardim-de-infância, orçado em mais de 420 mil dólares, na vila de Bombom, no distrito de Me-zochi, um dos mais populosos de São Tomé.
O Governo são-tomense também usou esse dinheiro para construir escolas ou então remodelá-las. Os fundos foram ainda aplicados noutras áreas vitais, como o abastecimento de água ou os transportes – Excerto de O que trouxe o petróleo para São Tomé e Príncipe? | São ... 

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