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terça-feira, 10 de maio de 2016

Eleições presidenciais na Guiné Equatorial – Missão da CPLP diz que decorreram "de forma ordeira e pacífica” –, Filho de Margaret Thacher, em 2004, na operação de rebeldes nigerianos e mercenários sul-africanos para derrubar o Presidente Teodoro Obiang Nguema - Num complô que já teria estado envolvido o Golpe de Estado, em S. Tomé, em Julho de 2003 - Macias Nguema - o ditador do "terror Supremo" que me enviou para a tenebrosa Black Beach


Presidente  Teodoro Obiang Nguema, decano em termos de longevidade no poder dos chefes de Estado africano, foi reeleito nas eleições que decorreram no passado dia    24 de Abril, com 93,7% dos votos para mais um mandato de sete anos. -  Por fazer parte da CPLP, o escrutínio foi observado por uma missão chefiada  pelo embaixador de Timor-Leste, que, segundo refere o PÚBLICO,  considerou que as referidas eleições decorreram "de forma ordeira e pacífica", registando  uma predominância de elementos do partido no poder.

Adianta ainda a mesma noticia, que, na semana passada, a embaixada da Guiné Equatorial em Lisboa afirmou que o Presidente foi reeleito "com total transparência" e relatou que as eleições foram observadas por várias organizações, que as consideraram "livres e transparentes".  https://www.publico.pt/politica/noticia/psd-quer-analise-da-cplp-sobre-eleicoes-na-guine-equatorial-1731410

NÃO HÁ COMPARAÇÃO POSSÍVEL – MALABO ATUAL COM A EXTREMA POBREZA DA ENTÃO CIDADE MACIAS NGUEMA

"As fúrias de Macias são tristemente célebres. Assim, em 1968,  mandou expulsar os dois bispos do país: um espanhol e um guinéu. Um pouco mais tarde, mandou prender todos os padres, por estes terem desobedecido às suas ordens. O presidente queria que os padres incisassem a missa pelo novo sinal da cruz guinéu: “Em nome do presidente macias, do filho…” Esta decisão provocou um protesto do Conselho Económico, o qual afirmava que o clero guinéu estava a ser vítima  de perseguições"

 Referem as noticias, e as imagens não deixam margem para dúvidas: “o espetacular crescimento económico na República da Guiné Equatorial nos últimos anos, graças principalmente a produção de petróleo, tem permitido, entre outras coisas, a criação de uma infra-estrutura única em toda a África. 

O principal objetivo do governo em trazer este trabalho titânico de reconstrução é a dotar o país precisava diversificar a economia e permitir que, no futuro, não se baseiam apenas em ferramentas de petróleo. Para fazer isso, no momento, o governo detém mais de 800 projetos de construção diversificados vai, entre outras coisas, promover o turismo no país.

A criação de estradas, aeroportos, portos, água e electricidade instalações, etc. 
Não só eles são básicos para melhorar a vida da população, mas também para garantir a chegada de visitantes"

GUINÉ EQUATORIAL – NA MIRA DOS PROMOTORES DA PRIMAVERA ÁRABE DO SAQUE  

Na Líbia após o derrube de Kadafi
De volta e meia, a media, sob a batuta dos interesses neocoloniais, que se estendem desde a Europa  à América, faz manchetes com as mais díspares  acusações, ao regime da Guiné Equatorial: apreciam o seu petróleo mas disparam críticas às eleições e ao regime  - Até a "insuspeita" CIA diz que as eleições das últimas décadas foram sempre imperfeitas

 E não ficam apenas por essas considerações: promovem Golpes de Estado, para lá colocarem os seus fantoches – Não por amor à democracia mas para instaurarem  a anarquia: para desse modo mais facilmente manobrarem os líderes políticos da sua confiança e  fazerem deles simples marionetas; o que lhes der na real gana  – Tal como aconteceu no Iraque e na Líbia - Detestam líderes fortes, nacionalistas  e carismáticos

De facto, como pormenorizarei, convirá lembrar que, os militares que desencadearam a tentativa de Golpe de Estado, em S. Tomé, em Julho de 2003, precisamente no mesmo ano em que, se deu o derrube de Saddam, por uma coligação de aliados liderada pelos Estados Unidos,  faziam parte do mesmo complô que, no ano seguinte,  pretendia derrubar o atual Presidente da Guiné Equatorial e a RD do Congo - Golpes organizados por mercenários pagos por potências ocidentais


Em 2004 - Golpe de Estado na Guiné Equatorial, com a participação do filho da Margaret Thatcher
Margaret Thatcher 'deu sua aprovação' para seu filho fracassada tentativa de golpe de Marcos na Guiné Equatorial

Mercenários a soldo do neocolialismo 
Referem as noticias, posteriormente vindas a lume, que,  a antiga Primeira Ministra, Margaret Thatcher, teria  aprovado a falhada tentativa de usar um exército de mercenários para derrubar o presidente da Guiné Equatorial
 A fonte da noticia foi obtida das memórias do próprio Simon Mann, antigo militar das forças especiais britânicas (SAS), o principal protagonista que liderou  o golpe com e envolvimento de 65 mercenários da África do Sul e um grupo de rebeldes nigerianos. Margaret Thatcher 'gave her approval' to her son Mark's failed coup

ESPANHA – O ANTIGO PAÍS COLONIAL – POR DETRÁS DO GOLPE CONTRA TEODORO OBIANG  

Em 2009, O Primeiro-Ministro da Guiné-Equatorial,acusou a Espanha, em plena Assembleia-Geral das Nações Unidas, de apoiar uma invasão do seu país por mercenários,com o objectivo de matar o presidente e os membros do governo guineenses, fez saber hoje a Lusa. 

(..) De acordo com o Primeiro-Ministro da Guiné-Equatorial, a Espanha apoiou a tentativa de golpe de Estado de Março passado, atribuída a 70 mercenários de distintas nacionalidades e supostamente liderada pelo líder da oposição, Severo Moto, exilado em território espanhol. 

Essa invasão contava com o compromisso espanhol da "entrada em acção de dois barcos da armada com 500 fuzileiros a bordo, para apoiar em caso de resistência", especificou Miguel Abia Biteo Bórico ao intervir na assembleia das Nações Unidas. Guiné-Equatorial: Governo acusa Espanha de apoiar tentativa

 NEO-COLONISMO NÃO DESARMA - AS ILHAS DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE TAMBÉM ERAM O ALVO DA GULA NEOCOLONIALISTA

Segundo noticias, então veiculadas pelo "O Sunday Times de Joannesburgo noticiou (...) a tentativa dum golpe de estado em Guiné Equatorial era só uma parte dum plano maior para tomada de poder neste país, em São Tomé e  Príncipe e Príncipe e na RD do Congo". São Tomé alvo de ataque por Espanha?

Mais uma vez, as potências externas  em vez de  contribuírem para o desenvolvimento do processo democrático dos países africanos, optarem pelos jogos de poder. Foi assim que começou a guerra do Biafra. Muitos dos mercenários, que tomaram parte no fracassado Golpe de Estado, encontram-se ainda detidos na prisão da Praia Negra, conhecida  Black Beach prison

"Convém enfatizar que a avaliação  do governo de Obiang não pode ser feita, como pretendem alguns, comparando-os com os 11 anos de governo de seu tio, Francisco Macías Nguema, primeiro presidente do país centro-africano, logo após sua independência da Espanha, em 1968. A sangrenta ditadura de Macías foi de um horror e de uma crueldade indescritíveis".Guiné Equatorialcorrupçãomiséria e petróleo -......Guiné Equatorial, apreciada pelo petróleo e criticada pela ditadura ...
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GOLPE DE ESTADO EM S. TOMÉ –NA CALHA DOS MESMOS INTERESSES

O estranho caso da Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, rebeldes nigerianos, mercenários sul-africanos: todos unidos em nome da geopolítica do petróleo”

.8 Fevereiro 2009 (…) A Guiné Equatorial, ex-colônia espanhola, é o terceiro produtor de petróleo da África subsaariana, é governada desde 1979 pelo Presidente Obiang, que chegou ao poder depois de depor o tio, Francisco Macias Nguema (que foi a seguir foi justiçado). No passado recente existem várias tentativas de golpes de Estado com a utilização de mercenários provenientes do exterior. O caso mais clamoroso foi o que aconteceu em 2004, quando um grupo de mercenários ingleses e sul-africanos foram interceptados pelas autoridades locais e pelo Zimbábue (onde os golpistas estavam procurando adquirir uma parte das armas). Segundo fontes da imprensa, associados aos mercenários estavam também alguns homens da MEND.

A pista de mercenários sul-africanos, lá se encontra também nos dois falidos golpes de 2003 e deste ano, que foram realizados em São Tomé e Príncipe, o arquipélago do Golfo da Guiné (que possui um potencial petrolífero que ainda não foi explorado), que declarou estado de alerta ás próprias forças de segurança depois dos confrontos em Malabo. No início de fevereiro as autoridades do arquipélago anunciaram a prisão de 32 pessoas, acusadas de estarem preparando um golpe. Muitas dessas pessoas prestaram serviço no batalhão anti-guerra “Buffalo”, empregado do regime do apartheid em Namíbia. 
No dia 17, em São Tomé e Príncipe foi ativado um potente radar, instalado pelos Estados Unidos para controlar todo o Golfo da Guiné. O novo comando para a África do Pentágono (AFRICOM) considera estratégica esta área, de onde até 2015, sairão um quarto das importações americanos de petróleo. Uma riqueza que move forças que agem na sombra e atrás das bandeiras. (L.M.) (Agência Fides 18/2/2009) 
O estranho caso da Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe

Líder do golpe de Estado em São Tomé diz que em nenhuma circunstância se arrependeu

Pois claro – Estes golpes não acontecem por amor à pátria mas movidos por outros interesses, que não as do Povo – Diz “O major Fernando Pereira era até à sublevação de 16 de Julho, o director do Gabinete do Comandante do Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, função que poderá ou não continuar a exercer. Declarou que o "golpe não foi contra o Governo, nem contra o Presidente, foi contra o estados das coisas".
Nunca encontraram apoios - foram expulsos do Gabão, em 1986, altura da reconciliação do MLSTP com o Presidente gabonês Omar Bongo e sempre indesejados em São Tomé. Têm no currículo uma incursão falhada em território são-tomense, em 1988, em nome da então Frente de Resistência Nacional de São Tomé e Príncipe - Renovada (FRNSTP-R). Líder do golpe de Estado em São Tomé diz que em nenhuma ...... Golpe de Estado em São Tomé e Príncipe - PÚBLICO




Conheci este homem há  41 anos - No dia 3 de Dezembro de 1975. Chama-se Teodoro Obiang Nguema Mbasogo - É o Presidente da Guiné Equatorial. Salvou-me de ser condenado pelo seu tio,  o auto-proclamado Presidente Vitalício Francisco Macias Nguema, que derrubaria em 3 de Agosto de 1979 - Depois de 38 longos dias à deriva numa piroga, acostei numa praia  deserta, orlada por vegetação densa e luxuriante, de Bococo.  Ilha de Bioko.  Durante algumas horas, ainda improvisei nas margens uma cabana para ali me deixar a repousar por alguns dias; pois não me faltavam cocos e raízes de mandioca. 



Mal me arrastava de fraqueza mas sentia-me como se estivesse a viver as aventuras de um inesperado Robinson Crusoe - E, mesmo ainda hoje, não sei se sentiria vontade de sair dali tão cedo. 
Porém, quando me apercebi de que havia um carreiro, muito batido, que ali desembocava e que poderia ser sinal de que a praia não era totalmente selvagem (de resto, pouco depois do nascer do sol e antes de a abordar, já ali tinha visto, na pequena língua do negro areal, um homem à cata de ovos de tartaruga) pelo que não tive outro remédio senão seguir aquele mesmo careiro, que me levaria a uma finca  - à sede de uma plantação de cacau.  Tal facto, ia-me custando a vida. Tomado por espião e depois de ter passado a primeira noite nos calabouços de uma esquadra, fui transferido algemado para Punta Fernando, onde ainda hoje se "encontra a vergonhosa e famosa prisão de Black Beach também conhecida como prisão de Blay Beach onde foram encarcerados e torturados em numerosas ocasiões líderes políticos proeminentes

Depois de ter sido encarcerado numa  das mais tenebrosas prisões de África, por ordens expressas do seu tio, o então jovem Obiang, governador da prisão de Black Beach, confessava-se extremamente intrigado com o  insólito desembarque clandestino de um português numa canoa e  quis inquirir-me pessoalmente. 

A referida cadeia  fora mandada construir no tempo colonial espanhol.  Chamavam-lhe, naquela altura,  a Cadeia Central e situava-se junto à Praia Negra, da cidade de  Malabo,  capital da Guiné Equatorial –, Tratava-se, efetivamente, da famigerada Black Beach   –  "Dizer Black Beach é dizer a morte. Quando um prisioneiro chega a essa prisão, sua família começa a preparar o caixão. -"To say Black Beach is to say death. When a prisoner arrives at this jail, his family begins to prepare the coffin." 

Uns dias depois de ali ter sido encarcerado, fui conduzido ao edifício do Comando da Polícia e das Forças Armadas (aliás, contiguo à cadeia) onde se encontrava, Teodoro Obiang, sendo ele, então, o supremo  comandante,  que me mandou chamar ao seu gabinete - Foi o primeiro gesto de cortesia que eu encontrei a nível das autoridades policiais - Estou ainda hoje persuadido de que foi ele que me salvou de ser condenado.

 Durante o chamado "reinado do terror", o ditador macias Francisco Macías Nguema liderou quase um genocídio  (...) Nos últimos anos de seu governo,  a Guiné Equatorial, chegou mesmo a ser conhecida como a "Auschwitz da África" - In Malabo 

"Guineans believed their first president had supernatural powers. Using the knowledge of witchcraft he inherited from his sorcerer father, President Francisco Macias Nguema built a huge collection of human skulls at his homestead to beat his subjects to submission" In FRANCISCO MACIAS NGUEMA. The mad man from Equatoria
 
GUINÉ EQUATORIAL: O TERROR SUPREMO

Por Jean Virebayre  (France Press) - 1976

MADRID - Os actos trágicos do marechal Amin e (os mais antigos)  do falecido presidente Duvallier, do Haiti, já passaram á história. Pelo contrário, as façanhas de Macias Nguema, presidente da Guiné Equatorial, e “único milagre africano”, são quase desconhecidos.

Desde  1976, este chefe da tribo dos Fang está a impor uma política de terror na Guiné Equatorial, onde cerca dos 350 mil habitantes do país, mais de 150 mil, já conseguiram atravessar a espessa floresta que delimita a fronteira com os Camarões e com o Gabão.

Ao mesmo tempo, vários milhares de pessoas eram executadas à paulada, o que, segundo, um exilado, é a “especialidade da Guiné Equatorial”
“A Guiné é pobre” – declarou o Presidente Macias a uma jornalista estrangeiro, par o qual criou uma condecoração. “Não se podem fuzilar as pessoas. As balas são muito caras.” Assim, durante a tentativa do golpe de estado  de Bonifácio Ondu  Edu, seu antigo adversário nas eleições de 1967, as bastonadas multiplicaram-se em Malabo, capital da Ilha  “Macias Nguema”

OS TÍTULOS DE MACIAS NGUEMA

Os principais opositores do regime, entre os quais se cintam vários ministros foram defenestrados no palácio presidencial  e acabados de matar no Pátio, à paulada, pelo membros da “Juventude em Marcha com Macias”, segundo afirmam os raros sobreviventes.
Macias Nguema é originário da tribos dos Fang, maioritária na Ilha de Fernando Pó (hoje Ilha de “Macias Nuguema”), enquanto a tribo dos Dubis é a principal tribo do continente . Desde 1967. Macias Nguema está a impor uma ditadura tribal e coloca  todos os membros da sua família e os principais representantes da tribo nos potos principais da Guiné Equatorial.

Quanto a ele, contenta-se, modestamente, em acumular todos os cargos governamentais e em mandar gravar o seu título nos principais monumentos do país: Macias Nguema Presidente Vitalício, general-comandante-chefe, grão-mestre da Educação, das Ciências e da Cultura, presidente do Partido Unido Nacional dos Trabalhadores e único milagre da Guiné.
A França é o único país que tem uma representação diplomática na Guiné Equatorial, já que as outras  nações têm as suas delegações instaladas no Gabão e nos Camarões.

UM HOMEM ISOLADO

Com 54 anos de idade, Macias Nguema é praticamente um homem surdo, o que não o impede de não tolerar que alguém lhe fale levantando o tom da voz. Depois da partida dos espanhóis, em 1968, mandou construir imponentes muralhas à volta do antigo palácio do governador, em Malago, o que torna especialmente difícil o acesso ao edifício. Um pouco mais tarde, mandou construir, por um arquitecto francês, um palácio presidencial em Bata, no continente. As janelas desse edifício dão para um sinistro bairro de lata, o que não parece perturbar o presidente que  normalmente não sai da sua residência.

As fúrias de Macias são tristemente célebres. Assim, em 1968,  mandou expulsar os dois bispos do país: um espanhol e um guinéu. Um pouco mais tarde, mandou prender todos os padres, por estes terem desobedecido às suas ordens. O presidente queria que os padres incisassem a missa pelo novo sinal da cruz guinéu: “Em nome do presidente macias, do filho…” Esta decisão provocou um protesto do Conselho Económico, o qual afirmava que o clero guinéu estava a ser vítima  de perseguições.

MESA FARTA EM TERRA DE FOME

O presidente mudou várias vezes de nome, mas sempre conservou o de Macias. Este nome era o de um sargento espanhol, colocado na Guiné Equatorial, na época em que este país estava dividido em duas províncias espanholas. Então, era de bom tom enriquecer-se  a identidade com o nome do superior imediato.

Dessa época, além do nome, o presidente conservou o gosto pela boa comida. Nesse país, onde são raros os que conseguem satisfazer a fome, a mesa do presidente está sempre bem guarnecida. Duas vezes por semana, um avião especial das linhas aéreas da Guiné faz o trajecto, transportando exclusivamente alimentos destinados ao presidente.

Apesar das saus fúrias bíblicas, Macias reina como senhor absoluto, desde há dez anos, num país com menos de 30 mil quilómetros quadrados, onde nenhuma indústria veio substituir o cacau, que era o principal recurso antes da independência.






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