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terça-feira, 17 de maio de 2016

São Tomé e Príncipe – Eleições Presidenciais a 17 de Julho - Presidente Manuel Pinto da Costa, a partir de agora, poderá também vir anunciar a sua recandidatura ao 2º mandado – A contragosto da corrente fragmentária do MLSTP-PSD, liderada por Aurélio Martins e Maria das Neves

Por Jorge Trabulo Marques - Jornalista e investigador

O Presidente da República de São Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa, depois de consultar, no Palácio do Povo, os partidos políticos com assento parlamentar e, em conformidade com o  quadro das suas competências constitucionais, indicou a data de 17 de Julho de 2016, para a eleição do Presidente da República. Ou seja, dentro de dois meses - Uma semana depois de S. Tomé e Príncipe, comemorar os seus 41 anos de independência

Eleições presidenciais, Julho 2016 – S. Tomé e Príncipe, uma semana depois de comemorar os 41 anos de independência


Entretanto, convirá recordar um dia de Brindes ao Presidente São-Tomense – Todos Felizes e contentes – Foi em 12 Julho 2015 – - Assim se repita este o mesmo espírito, de Concórdia, Alegria e Unidade Nacional em 12 de Julho de 2016, ao comemorarem-se os 41 anos da Independência - Manuel Pinto da Costa terminou a consulta aos partidos políticos com assento parlamentar e já agendou as eleições presidenciais para o dia 17 desse mesmo mês



Do mesmo modo creio valer a pena recordar as palavras do Presidente, pronunciadas naquela histórica data:
"Temos de ser capazes de assumir os erros cometidos com humildade porque todos os cometeram e a, partir daí, ultrapassar o passado"

(..) "Herdámos terras e explorações agrícolas, base da nossa economia, abandonada. Uma a administração pública desmantelada. Um país sem quadros formados, sem recursos financeiros. Tivemos de construir um Estado a partir do nada."

Muita coisa mudou entretanto. O mundo mudou e São Tomé e Príncipe soube acompanhar essa mudança e ser pioneiro em África na transição pacífica e tranquila do monopartidarismo para a democracia multipartidária.
Tivemos 15 anos de regime de partido único. Fizemos a mudança para a democracia pluralista há 25 anos.

Este é um percurso que nos deve orgulhar. É um património da nossa história que devemos valorizar.
Não podemos continuar a viver de saudosismos. Nem de um passado que já não volta nem daquilo que poderíamos ter feito e não fizemos"

(...) “O nosso maior sucesso foi termos adquirido uma identidade, podermos ter as nossas próprias opções e até cometer os nossos próprios erros

Eleições presidenciais para 17 de Julho - São-Tomenses chamados às urnas  - Pinto da Costa e Evaristo Carvalho - Por certo, de novo na mesma corrida - Porém, só a um deles, o voto popular confiará maioritariamente o seu voto 


17 de Julho de 2016 - Data que, efetivamente, nos parece poder assumir um significado muito especial – Pois poderá também servir para lembrar, ao Povo da Nação Santomense, que os caminhos da liberdade, conquanto não tivessem, nem antes nem depois, sido envolvidos pelos conflitos, a turbulência e os sofrimentos que atingiram, os povos irmãos da Guiné, Angola e Moçambique, são árduos e espinhosos – E que, o Progresso Económico, a Justiça Justa e o Bem-Estar Social das populações, só se conquista através do pluralismo  democrático e não de uma voz única

Esse foi o tempo, em que se davam os primeiros passos, em que  as lutas partidárias, em vez de unirem esforços, os fragmentavam – De resto,  é o que acontece no próprio seio partidário, quando as lutas pelo poder, visam mais   interesses mesquinhos de grupo de que os da sociedade, que os de alcance coletivo,  que, no fundo, é o que, de algum modo, se verifica, atualmente, no  interior do MLSTP- PSD, o Partido histórico e fundador da nacionalidade São- Tomense, com alguns dos seus dirigentes a procurarem marginalizar a figura do seu  líder histórico, sem dúvida, a figura mais prestigiada e carismática, internacionalmente, a consciência cívica e política das Maravilhosas Ilhas Verdes do Equador – Nomeadamente, até pelos presidentes de maior longevidade e afirmação  no  resto de África.

Pois, julgarão, esses sectarismos políticos ou mesmo os mais atentos analistas, que,  alguma vez, S. Tomé e Príncipe, logrará para a  sua Governação, apoio substancial e sustentado, vindo dos investidores internacionais (a menos que entretanto se operasse algum milagre imediato na tão apregoada exploração do petróleo, quando nem sequer as pesquisas  ainda foram iniciadas), sim, vindo especialmente do seus principais países cooperantes,  por exemplo, de Angola ou da Guiné Equatorial, sem a presença tutelar de Manuel Pinto da Costa e, sobretudo, com ele hostilizado? -  

Pura utopia: diga-se o que disser  - Até porque, tanto o MPLA, como o Partido que apoia o Presidente Teodoro Obiang, sabem perfeitamente de que posição  se tem colocado, Manuel Pinto da Costa, nos bons e nos maus momentos e de que ventos e quadrantes políticos, têm soprado os seus detratores

Naturalmente que o poder desgasta, corrompe  e cria os seus autoritarismos: pois, mas, como se sabe, a politica, não é propriamente um exemplar campo de virtudes - Sim, pergunta-se: onde está esse país que sirva de espelho democrático à humanidade?... Confesso que não sei onde e bem gostaria de o ver.

Mas também da obtenção de apoios dos demais países: pois,na verdade,  se até agora, as dificuldades do atual, Primeiro-Ministro Patrice Trovoada, que se tem esforçado em constantes saídas ao exterior – que chegam mesmo a passar por viagens ao extremo oriente –,têm redundado  em mais  promessas de que dinheiro para os cofres santomenses, então, por certo que, no dia em que, Manuel Pinto da Costa, se afastar da visibilidade do poder, naturalmente que maiores serão ainda os obstáculos a vencer - O crédito de S. Tomé e Príncipe, por agora, não está nas suas ignoradas jazidas petrolíferas ou na ainda mal explorada riqueza natural, mas na credibilidade dos seus políticos - E o currículo do seu prestígio, faz-se com atos e leva o seu tempo a fazer

MLSP-PSD - FRACIONADO POR AMBIÇÕES SECTÁRIAS DE GRUPO, QUE SE ARROGAM DETENTORAS DO PODER ABSOLUTO PARTIDÁRIO


Quando, um dia, as bases do MLSTP-PSD – que, antes da sigla PSD,  já foi o partido da revolução e da fundação do nacionalismo São-tomense – deixarem de se identificar  com o seu líder histórico, Manuel Pinto da Costa, atual Presidente da República Democrática de S. Tomé e Príncipe, dificilmente se manterá o símbolo MLSTP: será outra coisa menos o  mesmo partido – A pesada derrota nas legislativas – devido a guerrilhas internas de luta pelo poder  – deram o alarme –Todavia, há quem assim não entenda e se atire ao seu fundador – Esquecendo-se que,  outros que contribuíram para a sua fundação, orientados pelo seu individualismo ou correntes ultraliberais, e, nalguns casos pelo desvio do seu ideário inicial, estão noutras formações partidárias
Pelo que nos tem sido dado analisar, os maiores problemas criados a Patrice Trovoada, que o levaram à sua queda, a não concluir a primeira legislatura, não partiram do Presidente Manuel Pinto da Costa, (tive esse diálogo com ele, quando me recebeu na sua residência oficial) mas precisamente de sectores fracionistas  do MLSTP-PSD, que tem vindo a conspirar contra o seu nome e a sua presidência, visando a cadeira do poder, visando unicamente servir as suas ambições pessoais, a  qualquer custo. 

 Sabendo, de antemão, que, a conduta do Presidente, tendo sido orientada no sentido do escrupuloso cumprimento das suas funções presidenciais, como símbolo da Nação Santomense, não se envolvendo em querelas partidárias, que é assim que o seu cargo o determina, tais sectores têm-se  aproveitado dessa sua orientação e honestidade, tomando tal resistência, como fraqueza ou  desgaste, criando frentes à margem das próprias bases partidárias e sem que, o próprio visado, exprima a sua vontade ou opinião

Pois, onde é que já se viu, que,  um Partido democrático, que elegeu o seu candidato a Presidente da República, venha depois, mesmo antes de acabar o seu mandato, e com possibilidades constitucionais de se poder voltar candidatar para o segundo mandato, dada a exemplaridade do exercício das suas funções, o queiram denegrir e cercear-lhe a sua própria vontade ? - Ainda, se ao menos, essa proposta ou sugestão, partisse de dirigentes, de currículo histórico  afirmado, e sem telhados de vidro,   mas não é isso que se lhe reconhece, antes pelo contrário.


 E, afinal, a quem cabe decidir?  - Veja-se  até onde vai a prepotência : "O líder do MLSTP/PSD, principal partido da oposição,  afirmou que os últimos cinco anos do Presidente Pinto da Costa foram "desgastantes", pelo que aconselha o chefe de Estado cessante a apoiar a candidatura de Maria das Neves, que o Conselho Nacional (órgão máximo do MLSTP/PSD) decidiu apoiar.

O dirigente máximo do maior partido da oposição santomense defendeu que Pinto da Costa tem actualmente uma oportunidade de "sair em grande", na qualidade de primeiro Presidente da República.

Vozes daqueles que fizeram parelha  com Maria das Neves,  ex-Primeira Ministra, num dos governos mais efémeros mas mais corruptos da Democracia das Ilhas Verdes do Equador   – Ela foi uma das personalidades da classe política e do Estado de São Tomé e Príncipe convocadas pelo Ministério Público (MP), em 2004,  para responderem a graves acusações do envolvimento num escândalo financeiro:  - uma das arguidas no famigerado processo   GGA –  pelo uso indevido de fundos do Banco Alimentar, que deviam ser aplicados na melhoria das condições de vida das populações, mas desviados a favor de políticos e homens de negócios. - Maria  das Neves, escudou-se na imunidade parlamentar, enquanto pôde, recusando-se a colaborar imediatamente, com a Justiça, permitindo que o  processo se arrastasse por vários anos  - Alguns cabecilhas do seu Governo foram condenados a pesadas penas. Mas o certo é que o seu Governo foi machado por monstruosos casos de corrupção, que deixaram muitas dúvidas sobre a sua competência e seriedade http://www.publico.pt/mundo/jornal/destacadas-personalidades-do-estado-de-sao-tome-e-principe-investigadas-num-escandalo-financeiro-194249

PELO LADO DA ADI -  A TURBULÊNCIA  PARECE  MENOR - MESMO FACE ÀS INERENTES DIFICULDADES DE UM PAÍS A DEPENDER QUASE TOTALMENTE DA AJUDA EXTERNA 

Obviamente que é compreensível  que, a ADI, o Partido que apoia o atual Governo em exercício, ambicione a  ter um Governo e um Presidente, do mesma cor partidária, tocando uma nota só - Em politica, não há limites para o poder absoluto

E, portanto, seja lícito que se apresente com o seu candidato e pretenda a unicidade:: - E já o apresentou, sem sobressaltos e guerrilhas internas, avançando com o nome de Evaristo de Carvalho: com vista a deter o governo e a presidência, e até com uma figura que, pessoalmente conheço e também muito admiro, mas esta é uma questão que, a já amadurecida  experiência política do Povo São-Tomense, que tem sempre dado ao mundo, um elevado exemplo de civismo, tolerância e liberdade, em anteriores eleições, terá que decidir no escrutínio do próximo ato eleitoral -  Podendo até tomar, com exemplo de reflexão, o que se passou em Portugal, com o último Governo e Presidência da mesma cor partidária

CORRIDA ELEITORAL EM MARCHA

O anuncio oficial ainda não o fez, porém,  depois da marcação da data para as eleições presidenciais, em 17 de Julho, o  Presidente Manuel Pinto da Costa,  tem o caminho aberto para se recandidatar  a um segundo mandato


Até agora, conhecem-se se mais estes candidatos:  Evaristo Carvalho, com os apoio da ADI, Maria das Neves,  com apoios da fação fracionária do MLSP-PSD; Estanislau Afonso autor do livro "Batota do juiz" e o músico Gilberto Gil Umbelina, que concorre pela segunda vez ao cargo.

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