SÃO TOMÉ HOMENAGEIA HOJE OS SEUS MÁRTIRES DO
MASSACRE DO BATEPÁ DE 3 DE FEVEREIRO DE 1953 – COM A MARCHA DA LIBERDADE: -
A cerimónia foi inaugurada com a deposição de uma coroa de flores pelo Presidente da República, junto ao novo Monumento dos Mártires da Liberdade, de autoria do arquiteto Alexandre d´Alva -
Ouviram-se cânticos e prédicas dos principais credos religiosos, que ali se fizeram representar. Viram-se rostos, ainda emocionados ou com as rugas e expressões, ainda bem estampadas nos semblantes de um punhado de sobreviventes, dos que lograram resistir e que ali compareceram - Que ainda hoje não conseguem disfarçar as mazelas imensas, de que foram alvos, os imensos sacrifícios, o terrível sofrimento, a que foram submetidos - A contrastar com os sorrisos de alegria da juventude, a mais calorosa e participativa, que, embora informada do significado do lugar, sabe que a melhor forma de fazer perdurar a memória dos seus antepassados, dos que ali tombaram, é também honrá-los, em ambiente festivo, mas pacífico, com o entusiasmo e o calor da sua vitalidade, determinação energia - Pois, no fundo, é sempre este o maior desejo dos que sabem que vão morrer por uma causa nobre e justa e a que não resta outra esperança, senão a certeza ou a confiança de que os vindouros, possam desfrutar de um melhor bem-estar e modo de vida, que eles não tiveram.
Foi precisamente há 64 anos mas a lembrança desses ignóbeis
acontecimentos permanece ainda bem presente na memória coletiva do Povo
Santomense, que hoje recorda as largas centenas de mortos que barbaramente
foram espancados no Campo de Concentração de Fernão Dias,


Em 1974, entrevistei algumas das vítimas para a revista Semana Ilustrada, de Luanda, uma das quais ainda com feridas por sarar numa das pernas, com que foi acorrentada - Trabalhos jornalísticos esses que me haveriam de custar graves dissabores, violentas reações por parte, de alguns colonos. que me furaram os pneus do meu carro à navalhada, penduraram uma forca na porta de minha casa e me agrediram selvaticamente.




"Tudo começara na vila da Trindade, com a população nativa a ser perseguida há meses com rusgas permanentes e arrebanho de pessoas para as obras do Estado. Ao anoitecer do dia 3 de Fevereiro de 1953, o tenente Ferreira e o Zé Mulato, acompanhados de soldados armados de espingarda e baioneta, apareceram num jipe em atitude provocatória. Um homem que passava, descuidadamente, na rua principal abatido pelas costas. A população, aterrada com o tiroteio, corre a refugiar-se no mato. E, no dia seguinte, principiaram as prisões em massa, as rajadas de metralhadora, morte de gente indefesa. Com a desculpa, disparatada, de que os nativos, armados machins, se preparavam para marchar sobre a cidade para matar o Governador. E, por fim, nomeariam como governantes personalidades desafetas ao Governo, como o Engº Graça , os professores Januário e Maria de Jesus, os chefes e mentores da revolta. E também alguns brancos-forros, Vergílio Lima, Carlos Soares, Américo Morais - In Crónica de uma Guerra Inventada – por Sum Marki


SOBREVIVENTE - A DOR QUE O TEMPO AINDA NÃO APAGOU - ESPANCADA À CRONHADA DEPOIS DE LHE METEREM A CABEÇA NUM TANQUE DE ÁGUA - Era menina e estava grávida.
Ainda jovem, e mesmo grávida, não foi poupada à brutalidade facínora das ordens do então Governador Carlos Gorgulho: arrastada à força de sua casa, levada para um calabouço na então Vila de Trindade, espancada barbaramente, Primeiro deu-se o saque às casas: carregaram o que puderam dos modestos teres e haveres, após o que as incendiaram.

Maria dos Santos, mais conhecida por Mena, agora com 80 anos, é um dos rostos debilitados, que ainda hoje espelha o testemunho do incomensurável sofrimento, angústia e lágrimas, por que viveu há 62 anos, - É uma das mártires, ainda sobrevivente dos hediondos massacres de Batepá, que tiveram inicio nos horrores da longa e pavorosa noite de 2 para 3 de Fevereiro de 1953 e que iriam prolongar-se nos ignóbeis espancamentos e torturas, até à morte, infligidos a centenas de santomenses, em terríveis interrogatórios, desde brutais choques elétricos, à violenta palmatoada, ao chicote, cacetada e cronhada, a soco e a pontapé, quer no afrontoso cárcere da prisão local, onde os presos, coabitavam exíguos e afrontosos espaços, em deploráveis e nauseabundas condições higiénicas, quer numa das salas da Fortaleza S. Sebastião (a capitania dos Portos), transformada em laboratório ao estilo da Gestapo hitleriana, sob a batuta do famigerado médico Aragão, locais donde partiam para o Campo de Concentração Fernão Dias
UM CABO-VERDIANO CORAJOSO - REBELOU-SE CONTRA O COMANDANTE DO NAVIO, EVITANDO QUE OS SANTOMENSES FOSSEM LANÇADOS AOS TUBARÕES - MAIS TARDE A PIDE DESCOBRIU-O E METEU-NO FAMIGERADO CAMPO DO TARRAFALMaria dos Santos, mais conhecida por Mena, agora com 80 anos, é um dos rostos debilitados, que ainda hoje espelha o testemunho do incomensurável sofrimento, angústia e lágrimas, por que viveu há 62 anos, - É uma das mártires, ainda sobrevivente dos hediondos massacres de Batepá, que tiveram inicio nos horrores da longa e pavorosa noite de 2 para 3 de Fevereiro de 1953 e que iriam prolongar-se nos ignóbeis espancamentos e torturas, até à morte, infligidos a centenas de santomenses, em terríveis interrogatórios, desde brutais choques elétricos, à violenta palmatoada, ao chicote, cacetada e cronhada, a soco e a pontapé, quer no afrontoso cárcere da prisão local, onde os presos, coabitavam exíguos e afrontosos espaços, em deploráveis e nauseabundas condições higiénicas, quer numa das salas da Fortaleza S. Sebastião (a capitania dos Portos), transformada em laboratório ao estilo da Gestapo hitleriana, sob a batuta do famigerado médico Aragão, locais donde partiam para o Campo de Concentração Fernão Dias
NÃO LANÇARAM 12O HOMENS AO MAR PORQUE A TRIPULAÇÃO DO BARCO SE OPÕS
- Na imagem, o corajoso Bernardino Lopes Monteiro, com os dois filhos: o mais crescidote, o Vital Monteiro, falecido em 1974, e o mais novo, Victor Monteiro, que chefiou o Gabinete do ex-Presidente da República de S. Tomé e Príncipe, entre outras anteriores altas funções.
É uma das raras fotografias que tem de seu pai. envergando a farda azul de marinheiro, que ele tanto gostava de vestir aos domingos, na antiga Roça Rio do Ouro, para onde, anos mais tarde, haveria de ir como contratado - Farda essa com a qual se orgulhava de trazer à memória as suas recordações de imediato do navio António Carlos, designadamente da rebelião que ali protagonizara, convencendo, o resto da tripulação negra a juntar-se à sua indignação, evitando, com a sua coragem e heroicidade, tão horrível afogamento.
Como também trabalhei nesta roça, como empregado de mato, recordo-me perfeitamente da sua imagem: era o homem da leitaria: pelo seu aspeto fisico, até cheguei a pensar que fosse branco mas era mais um dos pobres sacrificados da escravidão daqueles tempos.
Toda a gente o conhecia e estimava: era uma pessoa muito comunicativa, amaével e simpática, que parecia saber um pouco de tudo e ter mais cultura de que os brancos que o chefiavam.
É uma das raras fotografias que tem de seu pai. envergando a farda azul de marinheiro, que ele tanto gostava de vestir aos domingos, na antiga Roça Rio do Ouro, para onde, anos mais tarde, haveria de ir como contratado - Farda essa com a qual se orgulhava de trazer à memória as suas recordações de imediato do navio António Carlos, designadamente da rebelião que ali protagonizara, convencendo, o resto da tripulação negra a juntar-se à sua indignação, evitando, com a sua coragem e heroicidade, tão horrível afogamento.
Como também trabalhei nesta roça, como empregado de mato, recordo-me perfeitamente da sua imagem: era o homem da leitaria: pelo seu aspeto fisico, até cheguei a pensar que fosse branco mas era mais um dos pobres sacrificados da escravidão daqueles tempos.
Toda a gente o conhecia e estimava: era uma pessoa muito comunicativa, amaével e simpática, que parecia saber um pouco de tudo e ter mais cultura de que os brancos que o chefiavam.
CORONEL VICTOR MONTEIRO, FILHO DE BERNARDINO LOPES MONTEIRO - ELE CONTA O QUE LOGROU APURAR DE SEU PAI

Atualmente a morar no Pantufo, onde o conheci, na companhia do Coronel Victor Monteiro, aquando do meu regresso a S. Tomé. E é realmente espantosa a sua revelação, pois vem desfazer algumas dúvidas acerca dos designios que levara Gorgulho a embarcar tantos presos num barco! - Diz ele o seguinte, referindo-se às confissões que lhe fizera o seu amigo, Nhô Novo:
REVELAÇÕES DE DOMINGOS VAZ MARTINS - CONHECIDO POR PÔMPI"
"Ele disse-me que o branco queria jogar os presos no mar. Então ele não aceitou. Nhô Novo não ficou contente com aquilo”, opôs-se: “Disse que é gente como nós. Não pode atirar ao mar, é pecado! Talvez seja por isso que puseram na cadeia de castigo. Discutiu e disse-lhe que não podia jogar os homens ao mar dessa maneira
.
Em Fevereiro de 1953, cerca de centena e meia de santomenses, iam ser largados no mar por ordem do Governador Carlos Gorgulho- Tal não aconteceu porque a tripulação, liderada pelo imediato Bernardino Lopes Monteiro, se sublevou - Porém, alguns anos mais tarde, no caso de prisioneiros de guerra guineenses, persistem fortes suspeições, de, que o crime tenha mesmo sido consumado, com uma parte da carga humana, engaiolada nos porões e da qual apenas chegou metade ao seu destino - Quem levanta a questão é um tripulante, que acusa o comandante como uma figura odiada: "Foi ainda a bordo deste mesmo navio que nos deslocámos de Bissau a Cabo Verde (Tarrafal) na Ilha de Santiago) para ali embarcar supostamente 88 ex-prisioneiros de guerra, mas por razões que nunca cheguei a saber apenas 44 voltaram para a Guiné .Era então Comandante do António Carlos o conhecido e odiado pelas gentes da outra banda, o "Herói do Barreiro"... Estou a falar-vos do longínquo ano de 1964. (***). - Pormenores mais à frente. Luís Graça & Camaradas da Guiné: Guiné 63/74
CAMPO DE EXTERMÍNIO DE FERNÃO DIAS
EM PORTUGAL - NUMA REMOTA ALDEIA - TAMBÉM HOUVE OUTRO MASSACRE
Claro que não se pode dizer que, em 1953, os tempos também fossem bons para os portugueses que viviam na “metrópole do império colonial”, muito pelo contrário: eram tempos de repressão, de fome e de miséria – E a pequena aldeia do Colmeal onde nasceu o meu bisavô paterno, varrida por ação de um processo judicial, injusto e prepotente, no dia 10 de Junho de 1957, com os seus habitantes despejados à força, com desfecho trágico de casas queimadas e algumas mortes por balas da GNR- a guarda pretoriana do regime colonial-fascista -, é também outra das páginas negras da História da Lusitânia moderna –
Conheci pessoalmente a dureza desses tempo, quando fui trabalhar aos 11 anos, como marçano em Lisboa. Daí que, os criminosos acontecimento que ocorreram em Fevereiro de 1953, em S. Tomé, sob o comando do próprio governador colonial, tenham que também de ser analisados -não estritamente por via de ódios raciais – mas num contexto mais abrangente – O da época colonial e do fascismo que se servia de todos os meios para defender os interesses de uma certa burguesia privilegiada – Infelizmente é esta a situação a que estamos assistir através da ideologia liberal.

Ainda entrevistei algumas das vítimas - "Prenderam-me durante 45 dias. Houve a ideia de arranjar mão-de-obra gratuita. E daí surgiram as prisões, mais prisões sem quaisquer razões para isso. Procurava-se emprego e não se encontrava. No entanto, as rusgas sucediam-se e as pessoas que encontravam eram presas. É claro que houve um ou outro que reagiu sobre essas atitudes." Declarações de Bartolomeu Cravid
CAMPO DE EXTERMÍNIO ÀS ORDENS DE UM CRIMINOSO CAPATAZ
QUANDO A BELEZA DE UMA ILHA É MANCHADA DE HORROR, DESTRUIÇÃO E MORTE
Além de alguns sobreviventes, cujos relatos transcrevi em anteriores trabalhos jornalísticos, neste site, embora com alguma relutância, e, diga-se, também com algum receio, pois desse homem tudo era possível, pude também entrevistar o famigerado Zé Mulato . A entrevista não chegou, no entanto, a ser publicada, não por falta de vontade minha, mas por decisão editorial da revista Semana Ilustrada, atendendo à crueza das suas declarações . Contudo, as suas palavras, tendo-me soado, quase como o silvo das balas, com que crivou as suas vítimas, ou através da violência da barbárie de espancamentos, ficaram-me como que retidas na memória para sempre – Exercício esse que fiz, neste site, há 3 anos, por ocasião da celebração do 36 º aniversário da independência de S. Tomé e Príncipe . A dado passo dizia eu o seguinte:
Rara era a família santomense que não chorasse um dos seus mortos.
- Porém, o macabro crime não tardaria também a atingi-los da forma mais violenta e cobarde. Enceta-se a caça aos "culpados" e outro cenário cruel rapidamente vai ter lugar – No Campo de Concentração de Fernão Dias

Por fim, também ouvi o principal carrasco, cujo diálogo registei para um pequeno gravador . Recebeu-me na sua oficina, cá fora, encostado à sua carrinha. Mas não foi fácil falar com o corpulento Zé Mulato. E até me dirigi a ele com alguma relutância e medo, receando que pudesse ter a mesma atitude intempestiva dos colonos e me agredisse - Não o fez fisicamente mas as suas palavras soaram-me a balas, a extrema violência e a fusis!
Não queria falar e vi que também estava zangado comigo: "Você é um parvo!!..
Tinha obrigação de conhecer melhor o preto!!..Eu sou negro e analfabeto e sei bem o que sou: conheço a minha rês!!"
Mas depois de o deixar desabafar, lá foi desfiando alguns dos episódios, revelando pormenores dos seus cruéis atos, num tal acontecimento macabro.
- Sim, já me haviam relatado os seus crimes, mesmo assim não esperava tão inesperada confissão. actos de tamanha impunidade e crueldade!
Descritos com tão flagrante e desbragada sinceridade. Tão crassa frieza, impiedade e desfaçatez, cujas palavras ainda me não saíram completamente dos ouvidos, tal a impiedade com que as pronunciou e a impressão com que ainda hoje as recordo. Sim, confessava-me ele num certo dia e com palavras de arrepiar:
Era eu quem mandava. Cumpria ordens!...O que querem agora que eu faça?!..
Querem que eu me mate ou querem que eu me deixe matar por eles?!...
Agora andam para aí a rondar-me a porta: o primeiro que aqui entrar, deixo-o aqui degolado, não sai daqui inteiro nem vivo!...Querem que lhes dê o mesmo trato?!...
A uns matava-os a soco, outros a tiro, à paulada ou à machinada!
Alinhava-os ao longo da vala para não me darem muito trabalho.
Alguns ainda gritavam lá dentro, mas calava-os imediatamente, com umas quantas pazadas de terra. Nem era eu que as deitava, mas a outra "empreitada" que vinha logo a seguir.
O campo estava vedado de arame farpado….Mas houve quem fugisse. Houve uns macacos que se puseram andar!!. Por isso, passei acorrentá-los para não se escaparem, e, às vezes, para não me maçar muito, mandava-os carregar água do mar em potes até se cansarem!.. E tinham que andar ligeiros, dar a volta pelos coqueiros e a despeja-la ali de novo à beira da praia!
Dei muitos murros e pontapés até se cagarem! Depois mandava-os abrir as covas para outros os enterrarem! Não tenho pena de nenhum dos que matei!...Foram uns milhares de "comunistas" à vida! ...Fui duro!... Bem sei... Tinha de ser...E não me pergunte se estou arrependido,não senhor! Não estou!!.. - Outros amarrava-os à cadeira dos choques eléctricos!... "até pulavam!...Até gritavam!...

Oh! mas quando o cacete lhe caía nas costas!...Ou o chicote lhes zurzia na cabeça e no focinho!...Não havia língua que não se soltasse!
Abria-se-lhe logo a boca p´rá verdade!!... E os desgraçados até me davam vontade de rir quando de repente confessavam:
." - Perdoa-me Zé Mulato! Perdoa-me Zé Mulato!
Eu sou comunista! Eu sou comunista! … Não me mates!!Não me mates!!!
Estou arrependido!..não me meto mais noutra!!"
- Era então quando lhe dava mais porrada!
Virava pau em cima deles!... Pau até partir ou rachar cabeça deles!.. Ainda mais os espancava!!...
Comunistas? - pergunto eu. Sabiam lá os tristes massacrados o que era o comunismo!- Nem ele próprio sabia. Mas, lá está... Zé Mulato era lesto e mau!
Portava-se como todo o mundo fosse seu. Cumpria as ordens que vinham de cima por inteiro e ainda abusava!... Queria lá saber do sofrimento alheio!...
O verdugo era impiedoso e não hesitava!
"Depois duns valentes choques eléctricos, aos mais renitentes, desapertava-lhe as fivelas, tirava-lhe os coletes e as correias, soltava-os, ficavam doidos e tontos, pareciam macacos esgazeados! … Atiravam -se direitos às paredes às cabeçadas! Até sangrarem-lhes os dentes!...Caiam no chão e esperneavam!
E eu depois lá tinha de acabar com eles, com uns pontapés na cara! Esmagava-os!!... O negro é rijo!... Custa a morrer!
Eu também sou da mesma fibra.. e venha aí o primeiro que me queira dar alguma cacetada! Senão os matasse nunca mais morriam e se acalmavam!
Dava em maluco!... Ainda ia ficar mais estragado do que eles!!..
Então era gritaria a toda a hora e nunca mais se calavam!..
Mas Sô Zé Mulato tinha o perfil do carrasco ideal, nem ia ficar louco nem minimamente se impressionava! - E, pelo que me disse, até achava muita graça e piada - Porém, a tal cadeira - só de se ver - era mesmo real e macabra.
Sim, ainda vi a imagem cruel e fotografada desse abominável suplício!- Tive-a nas mãos mas não a pude publicar: o editor da Voz de São Tomé, (jornal do regime), essa e outras horrendas imagens não mas facultou nem ele as publicou - espero que estejam guardadas em arquivo- Um tal militar (um tenente fascista) encarregou-se de limpar os arquivos da PIDE e o que não interessava.


lhar em frente, sem remorsos e com os olhos confiantes num futuro melhor: Portugal e S. Tomé falam a mesma língua - e ambos os povos foram vítimas do ignominioso e longo período colonial fascista. .E, afinal, muitos de nós cresceram e viveram à sombra da mesma bandeira -Porém, a história não pode ser nem apagada nem esquecida: faz parte dos dois países
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