Jorge Trabulo Marques - Jornalista - Informação e análise
"Enquanto cidadãos, temos o direito de questionar o nosso Governo sobre as coisas que nos tocam de perto, principalmente agricultura e alimentação… Tudo isto não deve ser nenhum segredo Estado…
"Enquanto cidadãos, temos o direito de questionar o nosso Governo sobre as coisas que nos tocam de perto, principalmente agricultura e alimentação… Tudo isto não deve ser nenhum segredo Estado…
Foi o que fizemos mas houve reações muito negativas, de pessoas a porem em dúvida a nossa preocupação, fomos enxovalhados, tratados de doidos e que não devíamos fazer isto porque estamos a travar o trabalho do nosso Governo; que queremos mal ao Estado Santomense!... Foi uma mistura de tudo…Do que se chama de má fé."
"Venho declarar a SUSPENSÃO DA GREVE DE FOME, a partir do dia de hoje, 16 de Maio de 2017, na esperança de que das novas estratégias determinadas surjam bons resultados (não estando, portanto, excluída a hipótese dum retomar a greve de fome)
“ O GRITO” de alerta e descontentamento foi ouvido e compreendido por muitos nas ilhas de São-Tomé e Príncipe e além fronteiras; Apesar do silêncio ensurdecedor do Ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural da RDSTP, Sua Excelência Teodorico Campos (Não foi recebida qualquer resposta a carta enviada, via Embaixada de RDSTP, em Portugal); - Téla Nón
PELAS MÃES E FILHOS DO SEU AMADO E MARAVILHOSO PAÍS
Foram 19 dias de greve de fome, que começou no dia 26 de Abril, levados ao extremo da sua resistência física, alguns dos quais, expostos ao relento, sob o desconforto do ruído constante dos carros que transitavam numa das ruas mais movimentadas da cidade - Iam decorridas duas semanas, em greve de fome: estava sentada junto ao passeio, recostada à parede à entrada do edifício onde se encontra instalada a embaixada do seu pais, em Lisboa, com o ruido incomodativo do trânsito ao seu lado. Fomos dar-lhe o nosso abraço solidário e saber de viva voz as razões que a animavam para tão heroico sacrifício da sua vida: que fortes motivos levavam a cidadã santomense, Elsa Garrido, a arriscar a sua vida, a tão penoso esforço e sofrimento
É justamente a voz do seu corajoso grito “ O GRITO” de alerta e descontentamento, ouvido e compreendido por muitos nas ilhas de São-Tomé e Príncipe e alem fronteiras, menos pelo silêncio ensurdecedor do Governo e da sua rádio e TV, que aqui hoje lhe trazemos, pedindo desculpa pelas deficiências técnicas, de uma parte desse impressionante registo, a que acrescentámos também as suas declarações à RDP-África, a estação que primeiramente deu a conhecer os objetivos do seu protesto. Assim, como, em texto, o notável esforço jornalístico do Téla Nón, desde a primeira hora.
Enquanto
cidadãos, temos o direito de questionar o nosso Governo sobre as
coisas que nos tocam de perto, principalmente agricultura e alimentação… Tudo
isto não deve ser nenhum segredo Estado…
Foi
o que fizemos mas houve reações muito negativas, de pessoas a porem em
dúvida a nossa preocupação, fomos enxovalhados, tratados de doidos e que não
devíamos fazer isto porque estamos a travar o trabalho do nosso Governo; que
queremos mal ao Estado Santomense!... Foi uma mistura de tudo…Do que se chama
de má fé.
DANDO POR TERMINADA A GREVE DE FOME – MAS NÃO POR FINDA A SUA LUTA
"Registando o apoio incondicional e gracioso de, pelo menos, três grandes ONGAs Portuguesas, no sentido de promover formações de sensibilização, análises científicas e eventual apoio na criação de um banco de sementes que permitiria ao país proteger espécies nativas e indiretamente garantir até um certo nível a soberania alimentar;
Venho declarar a SUSPENSÃO DA GREVE DE FOME, a partir do dia de hoje, 16 de Maio de 2017, na esperança de que das novas estratégias determinadas surjam bons resultados (não estando, portanto, excluída a hipótese dum retomar a greve de fome).

A luta pelo direito a informação, direito a debates públicos sobre TRANSGÉNICOS, HÍBRIDOS, continua. O movimento Pró-Ambiente STP, continuará o trabalho no sentido de pesquisar, promover o debate, comunicar todas informações sobre este tema e manter abertura para um diálogo sem tabus nas questões ligadas ao consumo, produção, experiências, dos OGMs e HÍBRIDOS, e de uma forma alargada, estaremos atentos a política agraria, proteção do meio ambiente e a soberania alimentar nas ilhas de São-Tomé e Príncipe. A Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento estipula que todos os cidadãos devem ter direito a informação.
Palavras transcritas do Téla Nón – O único jornal on lin que não se limita a replicar a informação governamental mas que também concede espaço ao debate e à livre opinião – Notável exemplo de Jornalismo independente e corajoso, pese as pressões e as barreiras que por vezes lhe opõem. – E de cuja fonte vamos transcrever mais o seguinte passo:
No seguimento do comunicado publicado no dia 26 de Abril, declarando a GREVE DE FOME, que perdurou 19 dias, em protesto contra a falta de transparência e debate livre sobre a questão de consumo, introdução e experiencia dos TRANSGENICOS e/ou HIBRIDOS nas ilhas de São-Tomé e Príncipe; http://www.telanon.info/sociedade/2017/04/26/24293/cidada-em-greve-de-fome-contra-introducao-de-milho-dito-hibrido-em-stp/

“O GRITO” de alerta e descontentamento foi ouvido e compreendido por muitos nas ilhas de São-Tomé e Príncipe e alem fronteiras;
Foi ouvido por diversas personalidades e entidades São-tomenses e Portuguesas nomeadamente: Intelectuais, líderes de partidos políticos, deputados, ONGs, ONGAs e boa parte dos são-tomenses residentes na diáspora e nas ilhas;
Tendo em conta as promessas, dos mesmos, de levar a serio este “ Grito” e de tudo fazerem no sentido de promover debates públicos, investigar e informar a nossa população sobre a questão da dita experiencia do Milho transgénico e/ou hibrido que está, neste preciso momento, em crescimento no centro do país, na zona de Mesquita, sem qualquer diálogo com a população, estudo de impacto ambiental ou parecer técnico prévio, de modo a avaliar os riscos e aplicar o princípio de precaução – Mais pormenores em Elsa Garrido suspendeu Greve de Fome | Téla Nón
"FOMOS ENXOVALHADOS E TRATADOS COMO DOIDOS" - Declarou-me no afável diálogo
Enquanto cidadãos, temos o direito de questionar o nosso Governo sobre as coisas que nos tocam de perto, principalmente agricultura e alimentação… Tudo isto não deve ser nenhum segredo Estado…
Foi o que fizemos mas houve reações muito negativas, de pessoas a porem em dúvida a nossa preocupação, fomos enxovalhados, tratados de doidos e que não devíamos fazer isto porque estamos a travar o trabalho do nosso Governo; que queremos mal ao Estado Santomense!... Foi uma mistura de tudo…Do que se chama de má fé.
POR QUE É QUE O POVO NÃO TEM DIREITO A UM DEBATE PÚBLICO? -
"Não devia ser crime nenhum debater sobre este assunto". Quer dizer, o bom santomense é aquele que se cala!.."
O que até agora se constato é que, a vida deste milho, vale mais de que qualquer santomense, seja eu ou qualquer compatriota, teria o mesmo resultado... porque, simplesmente, os interesses à volta deste milho, porque não se percebe, porquê tanto segredo?
Porquê o nosso Povo não tem direito a um debate público?... Por que é que não podemos conversar, entre nós e refletir, sobre o que é este milho, o que vai trazer de bom ou nau para o país: pelo menos avaliar os riscos e dar alguma tranquilidade à nossa gente..
Nós não somos respeitados, como cidadãos e isto é extremamente revoltante e deveria ser revoltante para todo o santomense… pouco importa os seus interesses . Se continuarmos a ficar calados, assim, quando alguma coisa não está bem, depois não nos podemos queixar que existe uma má governação. Ficando calados, somos cúmplices

Óbvio que S. Tomé e Príncipe é um país pobre; óbvio que precisamos de pareceres económicos para apoiar S. Tomé e ajudar no seu desenvolvimento mas não existe mal nenhum em deixar o povo debater.
Por exemplo, em Cabo verde existem transgénicos , existem outras espécies a serem incrementadas mas houve..há debate sobre transgénicos e híbridos, as pessoas são esclarecidas: as universidades, os intelectuais, as organizações governamentais, a sociedade civil, em geral, o povo está informado… Ou pelo menos tentar."
Os partidos políticos, vão, voltam: os políticos que estão poder, vão mas S. Tomé continua! A terra é de todos nós! Temos que cuidar bem dela! Principalmente pela pequenez. Pela população, que não é tão grande, em comparação com outros países, portanto, eu peço que é de bom senso, fazer um debate público, esclarecer e tranquilizar a população.
Porque, a desgraça, como S. Tomé e Príncipe, que tem apenas um hospital Central, com as condições que temos, eu penso que, qualquer ser humano, normalmente constituído, deve apertar o principio de precaução, enquanto cidadão, não entenda..
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