Jorge Trabulo Marques - Jornalista e investigador - Tantos milhões apregoados extraidos de uma antiga roça colonial onde as zensalas estão degradadas e se confundem com pocilgas.
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Téla Nón |
“Estamos seguros que será um sucesso porque já vendemos uma
grande parte da nossa produção. Trata-se de um óleo orgânico. Não utilizamos
nem pesticidas nem insecticidas. Tudo é feito para proteger o ambiente», afirmou Luc Boedt. Agripalma, é a maior empresa de
São Tomé e Príncipe.” https://www.telanon.info/economia/2019/12/24/30810/maior-empresa-de-stp-vai-galvanizar-as-exportacoes-do-pais-em-2020/ – Esquecendo-se, porém, que o desmatamento não é
menor ameaça ao ambiente.
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Téla Nón |
De volta e meia surgem as
inevitáveis promessas mirabolantes : Em 23-02-2015,
era esta a noticia do Téla Nón - “Maior empresa do país promete 10 mil
toneladas de óleo alimentar a partir de 2016” –“São
Tomé e Príncipe deverá se transformar em 2016 num dos maiores produtores de
Óleo de Palma na Região da África Central. Garantia da administração da empresa
AGRIPALMA, que depois de lançar palmeiras em cerca de 1900 hectares de terra no
sul da ilha de São Tomé, se prepara para construir a fábrica de produção de
óleo alimentar. https://www.telanon.info/economia/2015/02/23/18724/maior-empresa-do-pais-promete-10-mil-toneladas-de-oleo-alimentar-a-partir-de-2016/

Mais uma promessa bombástica,
veiculada pela imprensa santomense, para desviar as atenções do extensivo
desmatamento que devasta a floresta do parque florestal nacional do
óbó ao sul de S. Tomé e contribui para agravar as alterações
climáticas das Ilhas – O aviso já foi lançado pelos relatórios
da Greenpeace, denunciando, em relatório, que “os industriais
atacam as florestas africanas, em particular a empresa financeira de borracha
(Socfin), parceira do grupo Bolloré: Greenpeace
em um relatório
divulgado na terça-feira, 23 de fevereiro . "Atualmente,
estamos testemunhando uma verdadeira corrida às florestas
africanas", explica a organização não governamental (ONG) em um
documento de 28 páginas. Lá, os investimentos estão se multiplicando,
atraídos pelas condições climáticas ideais e, principalmente, por
regulamentações frouxas, não aplicadas ou particularmente favoráveis aos investimentos
estrangeiros. "
A ONG aponta para um dos “plantadores
mais importantes do continente” , a Rubber Finance Corporation
(Socfin), presente nos Camarões, Costa do Marfim, Gana, Libéria, Nigéria na
República Democrática do Congo (RDC), São Tomé e Príncipe e Serra Leoa. Se
este grupo luxemburguês, que opera mais de 185.000
hectares de plantações de dendezeiros e seringueiras, pouco conhecidas pelo
público em geral, não são iguais para seus principais acionistas, figuras-chave
no mundo dos negócios na África, o belga Hubert Fabri e os franceses Vincent
Bolloré. https://translate.google.com/translate?hl=pt-PT&sl=fr&u=https://youmatter.world/fr/definition/deforestation-definition-causes-consequences-solutions/&prev=search
É verdade que, no período colonial, nalgumas áreas da Ribeira Peixe e Novo Brasil, houve prósperas plantações de alguns palmares - Trata-se de uma cultura que se dá bem com solos húmidos e aceita relativamente bem a salinidade dos ventos marítimos.
Depois de devastarem várias zonas florestais, de se apropriarem das terras mais férteis e privilegiadas, em vários países da região centro africana, com apoio do depredador ex-presidente Francês Sarkozy e outros altos representantes do colonialismo e liberalismo selvagem, voltaram os seus tentáculos para as pequenas Ilhas de S. Tomé e Príncipe - De facto, há necessidade de aproveitar o solo desta ilha, sendo certo que mais de 2/3 estão por cultivar. Mas de modo algum nos moldes intensivos que demonstra o famigerado projeto. Sem o o mínimo respeito pela biodiversidade, pese as afirmações em contrário

Pessoalmente, ainda participei nalgumas dessas plantações, junto à Praia Grande, no tempo em que trabalhei como empregado de mato, nestas propriedades da Companhia agrícola Ultramarina - Mas não foram além de uma área restrita - Pois não se compare a cultura do coco ou do dendém com a do cacau, que requer árvores de sombra, preservando a floresta, com as plantações dos palmares, que exigem céu aberto e, sobretudo, áreas do litoral.
Então porque não o fazem em Fernão Dias?.. Zona onde, no tempo colonial, existiam excelentes palmares e é a mais adequada, preservando, assim, aquele magnífico parque arqueológico? – Espero, desejo, ardentemente, que o bom senso prevaleça.
A Empresa de Água e Eletricidade, justifica o racionamento no fornecimento de água à população com a falta de chuva no arquipélago.
Então porque não o fazem em Fernão Dias?.. Zona onde, no tempo colonial, existiam excelentes palmares e é a mais adequada, preservando, assim, aquele magnífico parque arqueológico? – Espero, desejo, ardentemente, que o bom senso prevaleça.
FALTA DE ÁGUA – NUMA ILHA EQUATORIAL?

O país pode assim estar a ser vítima das mudanças climáticas ou do desinvestimento no setor das águas. (…) “Neste momento para colmatar a situação temos estado a fazer um fornecimento de forma racionalizado, e tem havido algumas reclamações das populações com toda a razãoBrany Cunha Lisboa Falta de água em São Tomé e Príncipe? | Repórter STP ...
NÃO RETIRAMOS UMA PALAVRA AO QUE JÁ DISSEMOS NESTE SITE
desflorestação no sul de São Tomé -– Pela .Agripalma, uma empresa com capitais da sociedade belga Socfinco, parte do grupo Francês Bolloré, e com uma pequena participação do Estado Santomense, numa antiga roça colonial onde a pequena comunidade a viver em mkseráveis cubatas
Agripalma: promete 10 mil toneladas de óleo a partir de 2016 - Mas a que preço?
Porém, o que este pequeno país, seguramente deve dispensar, é tornar-se presa fácil de grupos multinacionais, sem escrúpulos, que outra coisa não visam que apoderar-se das suas riquezas a troco de umas miseráveis migalhas.
...
Esta noticia seria relevante, se o comportamento da empresa, em causa, não oferecesse mais dúvidas e suspeições de que motivos de confiança, tanto noutros países, onde se instalou, como nestas Ilhas - Quem começa torto, com atropelos ambientais e sociais, em nome de um grande projecto agro-florestal, gerando, desde logo, forte contestação, dificilmente pode ser tomado a sério
- Há tantos terrenos a noroeste, com óptimas condições para o cultivo de palmares, sem ser necessário desmatar o apetecivel obó
Felizmente, acabei por lá me deslocar por três vezes, graças à colaboração de bons amigos - Da primeira, a minha intenção era a de aproximar, o mais possível, daquele imponente momento basáltico, que emerge do coração da floresta vigem., e assim procedi, apesar de um dia chuvoso e do o chão enlameado e encharcado – Fui muito além da rodeira donde o jipe de Manuel Gonçalves, me deixou. – Na companhia do Zeca, um santomense que trabalha na Roça de S. João dos Angolares
A mesma multinacional, que, em 2011, na Serra Leoa, se instalou associada a uma empresa fantoche local, sob a designação Socfin Companhia Agrícola Serra Leoa Ltd. (Socfin SL), num país setenta vezes maior que S. Tomé e Príncipe, selando um acordo de 100 milhões dólares para garantir 6.500 hectares de terras agrícolas para a borracha e plantações de dendezeiros. Mais uma vez o investimento é lavrado à revelia da população local, expropriando os seus melhores terrenos de cultivo, sob proteção de obscuros interesses – Com o Chefe maior e autoridades da Chefia.
A Socfin Agricultural Company S. L. Limited (SAC) é uma subsidiária da belga Socfin. A SAC arrendou mais de 6.500 hectares de plantações de dendê e seringueira na chefia de Malen, distrito de Pujehunt, por mais de 50 anos, com possibilidade de prorrogação por 21 anos. Apenas metade da indenização de 5 dólares por hectare vai para os donos da terra, enquanto as mulheres simplesmente não são indenizadas. Só são oferecidos empregos não qualificados, por um pagamento muito baixo de 10.000 Leones (cerca de 2,30 dólares) por dia. A expansão das plantações a outros 5.500 hectares em condições semelhantes está em andamento.
Pesquisas feitas por ONGs locais confirmam as denúncias das comunidades e acrescenta que essas comunidades não foram consultadas, não deram seu consentimento sobre as plantações e perderam terras agrícolas. As autoridades locais estão cientes da situação, inclusive de uma reclamação das comunidades de que os funcionários da Socfin destruíram suas plantações de árvores. Apesar das várias iniciativas das autoridades para tratar da situação, as queixas não foram resolvidas.Serra Leoa: plantações de óleo de dendê da Socfin violam .
Artigo Traduzido - " Em 2011, o governo assinou um contrato de arrendamento de terras de 50 anos com a empresa agro-industrial Socfin Agriculture Company Ltd., uma subsidiária da empresa belga Bolloré, para produzir óleo de palma em 6500 hectares de terra no sudeste da Serra Leoa de Pujehun Malen chiefdom. -Murmúrios de protesto e agitação estão surgindo entre as populações locais, que estão descontentes com a forma como os negócios são feitos sem qualquer transparência Land deals stir discontent in Sierra Leone as ... - The Progress Report....Traduzir esta página
Maio de 2011 (foto Web) Nicolas Sarkozy, Presidente da França, e seu amigo pessoal Vincent Bolloré, proprietário do Grupo Bolloré. Socfin é uma subsidiária do Grupo Bolloré

Nicolas Sarkozy, Presidente da França, e seu amigo pessoal Vincent Bolloré, proprietário do Grupo Bolloré. Socfin é uma subsidiária do Grupo Bolloré.
(…) Desfrutando de suporte alto do governo, Socfin começou a trabalhar em abril, com período de arrendamento de terras de 50 anos e arrendamento em cerca de 7.000 hectares de terra privilegiada no Malen chiefdom de borracha e plantação de dendezeiros. A empresa busca mais terras em tribos vizinhas. 12.000 hectares.
(…) No dia 5 de março de 2011, na presença de segurança armada, força o contrato de locação, assinado contra pagamentos de 173,000,000.00 Leones ."As pessoas sentiam-se intimidados pela polícia armada . - excerto de The Socfin land deal missing out on best practices - Farmlandgrab…….
(…) No dia 5 de março de 2011, na presença de segurança armada, força o contrato de locação, assinado contra pagamentos de 173,000,000.00 Leones ."As pessoas sentiam-se intimidados pela polícia armada . - excerto de The Socfin land deal missing out on best practices - Farmlandgrab…….
ACORDO TRAÍDO COM AS AUTORIDADES SANTOMENSES
Foi então noticiado, em 10710/2012 . que “O governo de São Tomé e Príncipe assinou um contrato com a Agripalma, cedendo-lhes 5000 ha, ou seja, terra suficiente para que o negócio de venda de óleo de palma se torne rentável. O problema é que a decisão foi inegavelmente mal pensada e agora parece que não há maneira de voltar atrás... Toda a zona corresponde ao local onde se pode encontrar o Ibis, uma das três espécies de aves Criticamente Ameaçadas de São Tomé, e provavelmente a que corre maior perigo de desaparecer São Tomé & Príncipe: Desflorestação Ameaça Biodiversidade
Movimento contra a desflorestação no sul de São Tomé e Príncipe« Petição pede suspensão da desflorestação em São Tomé
No tempo da era da pedra, o homem vivia exclusivamente da natureza e com a natureza – Nos tempos que correm, vive-se contra a Natureza: as agressões ao meio ambiente são uma constante. Há cidades na China, irrespiráveis, onde tem que se andar de máscara.
As principais ameaças são o aumento da temperatura e o aumento do nível do mar causados pelo, (aquecimento global).
Pequenos avisos como a erosão costeira já começam a ser visíveis. Entretanto para reverter a situação e precaver o futuro, o país vem ao longo dos anos, tomando parte em diversas conferências ambientais e ratificando documentos diretores extraídos destas, como são os casos do protocolo de Kioto, Joanesburgo 2002 ou a mais recente cimeira ambiental Rio + 20. Contributo para o Desenvolvimento de São Tomé e Príncipe .
Veja-se o que acontece no Brasil - É que poderá vir a suceder em S. Tomé e Príncipe
“Um dos problemas mais graves do Brasil são os impactos ambientais, visto que o Brasil é beneficiado com a maior biodiversidade mundial. A natureza sofre desde o inicio da colonização, quando nosso litoral foi devastado pelos colonizadores. Matas foram derrubadas, animais foram mortos. Estes estragos se estenderam ao interior rompendo o equilíbrio ecológico com atividades como mineração e criação de gado.sImpactos ambientais em biomas brasileiros -
“A seca está cada vez pior. Até para para construir as cisternas temos que comprar água porque não tem onde pegar em hipótese alguma. Se a gente não comprar, para de construir. Nunca vi na isso na vida, é negócio impressionante”, contou o presidente da ASA (Articulação do Semiárido), organização que congrega mais de 700 instituições do sertão nordestinoSem chuva no inverno, seca se agrava e falta água no Seca, corrupção e incompetênciac.Seca, corrupção e incompetência - Isto

“A seca está cada vez pior. Até para para construir as cisternas temos que comprar água porque não tem onde pegar em hipótese alguma. Se a gente não comprar, para de construir. Nunca vi na isso na vida, é negócio impressionante”, contou o presidente da ASA (Articulação do Semiárido), organização que congrega mais de 700 instituições do sertão nordestinoSem chuva no inverno, seca se agrava e falta água no Seca, corrupção e incompetênciac.Seca, corrupção e incompetência - Isto
De nada poderão valer as ajudas monetárias se a desflorestação e as queimadas prosseguirem – Esse panorama persiste e agrava-se a cada dia que passa. Em queimadas, a noroeste e, em desmatação, selvagem a sul.
Ao aproximar-me do aeroporto de S. Tomé, quando ali desembarquei, em 20 de Outubro de 2014, a panorâmica que eu esperava se revelasse de um verde tenro, no litoral do Ilhéu das Cabras a Fernão Dias, mostrava-se-me de um verde seco e torrado, com alguns trechos a fazerem-me lembrar as manchas negras e ardidas de Angola – Diz-se que é por causa do carvão. Fazem-se derrubadas e queimadas, de qualquer jeito, sem a menor preocupação ambiental.
Sabia de notícias que davam conta de que “O manto verde que cobria toda a zona sul de São Tomé, incluindo vastas áreas do Parque Arqueológico do Obõ, santuário de pássaros e árvores endémicas, estava a desaparecer com o avanço dos caterpílares da empresa

Não se chegou a apurar se se tratou dos típicos tornados que assolam o Golfo da Guiné ou, porventura, dos reflexos de alguma turbulência sísmica nesta região:
Troços de estradas onde a maré cheia invade o asfalto
Por exemplo, onde está o recife (ilha), que se situava frente à praia lagarto, que há 40 anos ficava completamente descoberto? - Sim, no qual os pescadores iam buscar o isco para a sua pescaria e os veraneantes se estendiam ao sol. Não só não descobri os menores sinais desse recife espalmado, como, ainda bem pior: vi uma baía, quase sem margem, com a maré cheia a invadir a estrada e, nalgumas áreas, com mais cascalho de que areal.
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