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sexta-feira, 17 de setembro de 2021

S. Tomé – Antigos hospitais coloniais abandonados e em ruínas - Governo de Jorge Bom Jesus, quer recuperar o da Roça Monte Café para internar doentes de coronavírus

Jorge Trabulo Marques - Jornalista 
Antigo Hospital da Roça Monte Café

O Primeiro-ministro São-tomense, Jorge Bom Jesus, de volta ao seu país, após alguns dias em Lisboa, onde tomou parte em representação do Chefe de Estado São-tomense nas exéquias fúnebres do antigo Presidente de Portugal, Jorge Sampaio,  já dá sinais de retoma da sua intensa atividade governativa



Estado do antigo Hospital da Roça Rio do Oiro

Depois de ter anunciado, à sua chegada que vai receber,  para breve, uma visita oficial do seu homólogo Cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, a São Tomé e Príncipe em finais deste mês de Setembro, já veio também declarar  - segundo diz a STP-Press, quer recuperar o da Roça Monte Café para internar doentes de coronavírus

Rio do Oiro - atual Agostinho Neto

De facto, as instalações das antigas roças, foram praticamente votadas ao abandono, muitas das quais em estado  de ruinas e desfigurado, tal como muitas das suas plantações – Pena que ao menos não se soubesse preservar uma herança, que também foi obra do suor de milhares de trabalhadores escravizados e de muitos colonos que não ficavam atrás de miseráveis salários pagos aos nativos e contratados, 200$00, foi o que me davam ao fim do mês na Roça Uba- Budo, depois dos descontos

Monte Café

Passados 46 anos, é lamentável que pouco ou nada se tenha feito para recuperar esse importante património - Em todo caso, nunca é tarde de mais, quando se tomem boas iniciativas – Tal parece ser o caso da que hoje é noticiada pela STP-Press, dizendo que O governo são-tomense vai reabilitar uma parte do Hospital de Monte-Café para internar doentes de Covid-19, prevendo ainda para este ano a reparação de toda a infraestrutura de modo a melhor o sistema de Saúde do País – anunciou quinta-feira o primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus.

Sede da antiga Roça Uba-Budo - JTM

Bom Jesus explicou que a recuperação do Hospital de Monte Café, inoperante há mais de 15 anos, surge como uma “solução rápida” para internamento de doentes em estado grave por coronavírus, tendo em conta o aumento significativo de casos nos últimos dois meses.

O primeiro-ministro sustentou que “nós não podemos ter doentes a dormir no chão e a serem cuidados no chão, por isso nós vamos agir rapidamente e mobilizar sinergias”.


antiga Roça Rio do Oiro
Tendo considerado “uma emergência”, de modo a “albergar os doentes com maior dignidade e decência”, Jorge Bom Jesus sublinhou trata-se “uma estrutura bastante grande, com várias valências” numa perspetiva de “desafogar, nesta primeira parte, o Hospital Central e a própria delegação de Saúde do distrito de Mé-zóchi”.Apesar de ter assegurado que as obras serão suportadas pelas verbas oriundas do Orçamento Geral de Estado”, Jorge Bom Jesus admitiu ainda a hipótese do seu executivo vir “bater portas aos parceiros, como já é habitual”.

Tendo declarado que “hoje, o Hospital [Central] está a encher e o governo vê-se a braços”, com situação de aumento de casos da Covid-19, Jorge Bom Jesus assegurou que alguns doentes de Covid-19 vão ser colocados para unidade hoteleira no centro de São Tomé, até a conclusão das obras de reabilitação do hospital de Monte-Café.


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