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quinta-feira, 4 de agosto de 2022

São Tomé e Príncipe – Um paraíso natural em vias de conceder abrigo a um paraíso fiscal - “Nova Lei para zonas francas já atraiu investidores estrangeiros” – Diz Notícia – Veja-se no que dera a lavagem dos recursos do mar - . Que o digam os pescadores das canoas

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista 

Há muito tempo que São Tomé e Príncipe não tinha uma Lei tão bem feita” – Diz o responsável da Agência de Promoção do Comércio e Investimento (APCI)

Bom era que assim fosse - Que a sua aprovação se constituísse como um bom exemplo estimulador do progresso do país e bem-estar das sacrificadas populações

Na verdade, não faltam zonas francas em toda a parte para aliviar impostos em vez gerar desenvolvimento e criar emprego. 

O que tem faltado, no planeta Terra, não são paraísos fiscais ou zonas económicas especiais, mas uma verdadeira economia azul

"O país tem uma zona económica exclusiva 160 vezes maior que a terra - “Nada será como dantes” com uma nova lei sobre a economia azul. - Declarou Jorge Bom Jesus, em Lisboa, na Conferência dos oceanos

Tanto o PM, Jorge Bom Jesus, como PR Carlos Vila Nova, já reconheceram que a transição para a economia azul poderá proporcionar ao país recursos que "facilitarão a erradicação da pobreza, a eliminação da fome, a promoção de uma boa saúde e bem-estar e educação de qualidade" que de forma natural conduzirá igualmente à igualdade do género.

Há muito tempo que São Tomé e Príncipe não tinha uma Lei tão bem feita” – Diz o responsável da Agência de Promoção do Comércio e Investimento (APCI)  - Numa entrevista à Lusa por telefone, Arzemiro Prazeres, confessou, que, desde que o novo diploma entrou em discussão pela Assembleia Nacional “já existem quatro grandes empresas (…)  disponíveis para investir” -  De “sul-africanos, canadianos, monegascos” e a sociedade promotora da já existente zona franca de Malanza” https://www.stp-press.st/2022/08/04/nova-lei-das-zonas-francas-em-sao-tome-e-principe-ja-atraiu-investidores-estrangeiros/

Imagem de Cell Santos

S. Tomé e Príncipe, 47 anos após a independência, continua a viver à custa de pacotes financiados por ajudas externas, e, em muitos aspetos, em condições que não superam as dos últimos anos do período colonial, a depender de apoios financeiros, que, mais das vezes, não passam do papel,  de intenções de projetos

Reconheceu o PM. Jorge Bom Jesus, que, durante a emergência da Covid-19, cerca de 28% da população ativa dos quais 70% no sector informal especialmente mulheres parou temporariamente de trabalhar.

Compreendo o esforço e o desejo para atraírem investidores e, de facto, ambas as ilhas potenciam enormes recursos naturais e do ponto de vista geográfico – Mas é  bom lembrar – diz quem sabe  - que  um Estado de Direito também se fundamenta no dever de todos os contribuintes pagarem a sua justa parte de impostos, sem facilidades para amigos e poderosos. Não se trata apenas de garantir ao Estado os recursos necessários para os serviços públicos e o bem-estar social. Trata-se de assegurar aos cidadãos que vivemos num país com leis iguais para todos.


As Zonas Francas, também conhecidas por Paraísos Fiscais, é o resultado de um regime especial de tributação, com isenções a quem se instala na região, conquanto contribuam
verdadeiramente para o desenvolvimento da região, gerando emprego e  postos de trabalho – Mas o que sucede, em muitos casos, tem sido mais a criação de plataformas de fuga aos impostos: onde as empresas, em vez de registrar os lucros no país onde ocorre a venda de produtos ou serviços, os registram nesses paraísos. Estima-se que a África perca mais dinheiro com evasão fiscal do que recebe de ajuda internacional.

ECONOMIA AZUL COMPATÍVEL COM PARAÍSO FISCAL?

 O Banco Mundial já alertou para redução de pescado em São Tomé e Príncipe – Frisando que o país não tem controlo das embarcações que pescam na zona económica exclusiva são-tomense, nem das quantidades de peixe que capturam durante a faina.

A mesma coisa acontece com os navios que pescam nas costas do arquipélago ilegalmente”, referiu. https://www.panapress.com/Banco-Mundial-alerta-para-reduca-a_630619505-lang4-free_news.html

De facto, a Economia azul pode criar oportunidades para apoiar o desenvolvimento económico por meio de um oceano saudável e resiliente; reforçar a ciência, a tecnologia, a inovação e a pesquisa multidisciplinar

Nos últimos anos, os oceanos têm sofrido fortes ameaças ambientais. Oceanógrafos  descobriram  que o oceano Pacífico está diminuindo sua capacidade de absorver o gás CO2 da atmosfera, possivelmente por conta da elevação da temperatura média da Terra.

 E o Golfo da Guiné, tem sido uma dessas regiões oceânicas  - Quer através da sua poluição, quer por via do saque dos seus recursos piscatórios – Isto, porque, a chamada  pesca fantasma não movimenta a economia, afeta os estoques pesqueiros muitas vezes já esgotados e ainda permanece como uma isca viva atraindo peixes e outros animais de maior porte para a armadilha, que vêm em busca das presas menores que ficaram enroscadas no emaranhado de fios.

 

 

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