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quarta-feira, 8 de março de 2023

Dia Internacional da Mulher – Tributo às mulheres das Roças de S. Tomé e Príncipe – “Exposição Cidade Justa e Inclusiva: Perspetivas para o futuro das roças de São Tomé e Príncipe", estudo académico de alunos do ISCTE, apresentado na ACOSP, em Lisboa, apontam propostas que poderão melhorar a vida das comunidades que resistem nessas antigas propriedades agrícolas coloniais – Onde as mulheres desempenham um papel preponderante e têm sofrido ao longo dos tempos severas adversidades e humilhações - Cuidando dos filhos e zelando pelo sustento dos seus lares - Verdadeiros exemplos de sacrifício e dedicação

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista 



Neste vídeo  Roças de São Tomé Príncipe – Perspetivas para o seu futuro por alunos do ISCTE

Mas, antes de nos refeirmos à exposição, que aproveitamos  para recordar no dia Internacional da Mulher,  vamos também aqui citar o interessante artigo publicado, neste dia, no jornal Téla Nón, sobre  O papel das mulheres para a conservação da Biodiversidade em STP, por  Maria Milagre de Pina Delgado – Ministra dos Direitos da Mulher . O artigo intitulado “Porquê que o género é importante para a conservação da Biodiversidade?” aborda o papel do género na conservação da nossa biodiversidade: Nós mulheres, desempenhamos papéis diferentes a dos homens, porém extremamente importante, na conservação da biodiversidade e é essencial a igualdade de oportunidades de participação na gestão, conservação e uso de terra, porque mais do que vítimas, nós mulheres, constituímo-nos aliadas fundamentais para o desenvolvimento sustentável das nossas Ilhas. https://www.telanon.info/destaques/2023/03/08/40084/porque-que-o-genero-e-importante-para-a-conservacao-da-biodiversidade/


A “Exposição Cidade Justa e Inclusiva: Perspetivas para o futuro das roças de São Tomé e Príncipe",  foi desenvolvida no âmbito do laboratório de Cidade Justa e Inclusiva de Projeto Final de Arquitetura do Mestrado Integrado em Arquitetura do ISCTE em 2021-2022  -  Esteve  patente na sede da ACOSP, no passado  dia  4 e 5 de Março, organizada pela Biblioteca, a Escola  de Tecnologias e Arquitetura  (ISTA) e o Centro de Investigação  em Ciências da Informação, Tecnologias   e Arquitetura (ISTAR) do ISCTE. Instituto Universitário de Lisboa – Estudo, esse, que aproveitamos para recordar neste Dia Internacional da Mulher, com algumas imagens das roças, dos participantes na exposição, assim como declarações dos alunos envolvidos neste interessante estudo.

A sua apresentação, foi presidida por Sara Eloy, Professora Auxiliar Departamento de Arquitetura e Urbanismo (ISTA),  contou com  participação de membros da ACOSP, do Embaixador de STP, em Lisboa, António Quintas, além de várias estudiosos e investigadores são-tomenses e portugueses – E, naturalmente, dos alunos, autores dos projetos, assim como de alguns dos seus colegas e professores .

 Estes o tópicos das propostas: A rede de roças: análise e caracterização da rede de vias de comunicação/Reflexões sobre espaços e comportamentos induzidos nas roças/ Proposta para polo de desenvolvimento sustentável no território costeiro de Fernão Dias/ Roça Porto Alegre: uma proposta de requalificação centrada na comunidade 6 local/ Roça Porto Alegre /Proposta para (re)integrar as jovens mulheres na roça Água Izé/ Património arquitetónico, histórico e cultural das roças: sua transformação num lugar de futuro/ Roças santomenses: de uma economia colonial para um novo estado/ Roças

 Tal como é referido no catálogo da exposição, os trabalhos de estudantes que compõem esta brochura. Os dois primeiros apresentam análises territoriais, respetivamente da ilha de São Tomé e de três roças, direcionadas à identificação de situações de segregação das comunidades, que lá residem, estritamente relacionadas com o desenho do espaço. Procura-se identificar perspetivas futuras para mitigar o impacto destes fenómenos analisados. Os três últimos trabalhos apresentam propostas para responder a quatro principais desafios emergentes, o empobrecimento da população, os fluxos migratórios, a emancipação da comunidade feminina, e o declínio do património arquitetónico. As propostas preveem uma requalificação focada nos problemas específicos da comunidade local residente em três roças, Fernão Dias, Porto Alegre e Água Izé, mas enquadrada numa perspetiva global de desenvolvimento estratégico no país. Para além dos resultados obtidos neste contexto, interessa-nos mostrar as perspetivas e as abordagens operacionais, assim como o carácter


Neste estudo “pretendeu-se proporcionar uma reflexão sobre aspetos relacionados com justiça e inclusividade nos territórios construídos. Propôs- se aprofundar a interligação entre os fenómenos de discriminação e segregação social que derivam do planeamento do espaço construído, e como este se consolidou, tornando-se incompatível com os requisitos de uso das comunidades atuais, penalizando alguns setores da sociedade civil. Neste contexto, incluímos a abordagem à paisagem cultural e natural enquanto experiência partilhada da coletividade e direito fundamental dos cidadãos. Pretendeu-se ainda discutir um conjunto de estratégias de intervenção e requalificação sustentável do território em análise.

O território escolhido para esta reflexão e definição de estratégias integradas de intervenção foi São Tomé e Príncipe e, mais especificamente, as roças e as comunidades envolventes.

As roças de São Tomé e Príncipe remontam ao período colonial português, e foram construídas entre meados do séc. XIX e meados do séc. XX, para a produção de café e cacau. As roças são explorações agro-industriais que incluem um vasto conjunto de edifícios, arruamentos, e infraestruturas, e que representam a concretização física e simbólica de um sistema baseado na desigualdade social e económica. O funcionamento das roças assentava num regime de trabalho forçado ou escravatura sendo que o caráter de segregação era patente na composição formal e na lógica funcional do conjunto arquitetónico e paisagístico. Atualmente parte deste património arquitetónico e paisagístico é utilizado para diversos fins tais como para iniciativas locais (e.g. Museu do Café na roça Monte Café, e eco hotel na roça Monte Forte), ou promovidas por empresas internacionais (e.g. resort de luxo na roça Sundy), e, ainda, um grande número de roças tem vindo a ser ocupado ilegalmente para efeitos de habitação e atividades de subsistência de pequena escala.- Pormenores https://repositorio.iscte-iul.pt/bitstream/10071/27779/1/book_94572.pdf

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