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domingo, 23 de junho de 2024

SOLSTÍCIO DO VERÃO 20-06-2024 – No STONEHENGE PORTUGUÊS – Celebrado sob o lema Paz na Terra e Fim da Guerra, com poemas do “COMBOIO A VAPOR” – Livro do artista plástico e poeta Carlos Nascimento. inteiramente dedicado a todos quantos sofrem com as guerras, em particular ao POVO UCRANIANO. -Além da leitura da poesia de Manuel Pires Daniel e do poeta santomense Francisco José Tenreiro

                                               Jorge Trabulo Marques - Jornalista

Videos da sessão  da calorosa sessão evocativa, abrilhantada pela  poesia de Carlos Nascimento;  do poeta santomense, Francisco Tenreiro e do poeta Manuel Pires Daniel



O dia maior no Hemisfério Norte, foi celebrado no Stonehenge Português, com momentos de poesia luso-santomense, em Chãs de Foz Côa – Concelho de dois patrimónios da Humanidade. Mas espera-se que possa vir a merecer ainda um terceiro, quando esta maravilha pré-histórica, for contemplada com atenção que merece e também devidamente reconhecida.



Herança arqueológica, composta por alinhamentos sagrados com todas as estações do ano, que se ergue, entre o antigo termo de Longroiva e de Muxagata, a que, as inquirições de Dom Dinis, aludem, como o templo de Izeda, em louvor da deusa Isis, a deusa do sol, adorada primeiramente pelos egípcios e cujo culto se propagou por outros pontos do mundo.

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Esta extraordinária imagem, configurando uma gigantesca esfera terrestre ou a esplendorosa configuração de um enorme globo solar, fica na vertente de uma antigo castro – o ponto mais alto deste vasto maciço rochoso. Foi registada, pela primeira vez, às 20.45 horas do dia 21 de Junho de 2003. Todos os anos, por esta altura, o sol, ao pousar no horizonte, projeta os seus raios em perfeito alinhamento com a sua crista e o centro do círculo votivo, situado no enfiamento a uns metros a oriente. Assinalando a entrada do Verão e proporcionado um verdadeiro posto de observação astronómico.



Neste vídeo, a alegria e espontaneidade de como Carlos Nascimento, abrilhantou a cerimónia evocativa, junto ao antiquíssimo e sagrado altar da Pedra do Solstício, calendário pré-histórico, configurando uma gigantesca esfera terrestre ou a esplendorosa configuração de um enorme globo solar alinhado com o pôr-do-sol do primeiro dia do Verão, que se ergue na vertente castreja do maciço dos Tambores, aldeia de Chãs,

Diz Luís Osório, no prefácio:  – «Carlos Nascimento é um livro. Quando o conhecemos, quando o ouvimos ou abraçamos, sabemos que esconde uma biblioteca de palavras, desenhos e sons. Torna-se assim ainda mais interessante passear pela pureza das verdades absolutas na premissa de que aquilo que estamos a ler é um prolongamento do seu corpo, das suas falhas, dos seus sonhos.

Comboio a Vapor é de uma enorme simplicidade, sempre o mais difícil estado a que podemos aspirar. A simplicidade que procura em cada palavra, uma depuração que obriga à escolha criteriosa de cada letra, de cada ideia




Celebração evocativa das ancestrais tradições, dos povos que habitaram estes penhascos e nele cultuaram os seus deuses, a qual contou com a presença de um grupo peregrinos e do convidado especial, o artista Carlos Nascimento.

A manhã e a tarde foi de céu muito nublado e de constante instabilidade, mas, pelos vistos, a sorte protege os audazes e os bons devotos.

Não vimos o disco solar a despedir-se sobre a crista do monumental calendário solar, como sucede quando o horizonte está descoberto e limpo, senão alguns maravilhosos lampejos, já depois dele começar afundar-se por detrás das colinas que se estendem no lato da outra margem do fertilíssimo vale da Ribeira Centeeira. No entanto, mesmo assim, pudemos fazer a festa sem chuva e com momentos de muita alegria e poesia.

O meu abraço amigo a todos quantos nos deram o prazer da sua colaboração e participação. Nomeadamente da presença do artista, Carlos Nascimento e da sua querida esposa, a Clô. Além de António Lourenço, bem como José Lebreiro e Pedro Daniel, que se fez acompanhar com tão amáveis e sorridentes rostos familiares, podemos contar também com um pequeno grupo de adolescentes sorrisos da nossa aldeia, assim como da presença de um casal e seu amado filho, vindos de Celorico da Beira e do Fausto Domingues, assim como do nosso amigo santomense, de longa data, Ilídio Sacramento e sua querida esposa, que nos deu o prazer de ler uns belos versos do poeta Francisco Tenreiro.

Sacramento e sua querida esposa, que nos deu o prazer de ler uns belos versos do poeta Francisco Tenreiro.



O santomense, Ilídio Sacramento, que colaborou como mecânico na chamada ponte aérea humanitária  São Tomé-Biafra, de  julho de 1968 até janeiro de 1970,  foi um dos participantes, com a sua esposa, na celebração do Solstício do Verão, tendo lido um belo poema de  José Francisco Tenreiro,  tido como uma das figuras de maior destaque na cultura e na história de São Tomé e Príncipe no século XX, considerado  como a  voz da mestiçagem, da negritude e da africanidade,








Poeta Manuel Pires Daniel - Já não está entre nós mas continuará vivo no nosso pensamento - Ele que também foi um dos peregrinos nos templos do Sol  . Dois dos poemas  de sua autoria,  lidos  por José Lebreiro e pela neta.

Deixou-nos,  em 22 de Janeiro de 2021 – Foi uma das vitimas da Convid 19 - Natural de Meda, tendo residido, desde há vários anos, em V.N. de Foz Côa, onde fez grande parte da sua vida - Advogado, escritor, jornalista, poeta, dramaturgo, autor de 40 peças de teatro, nomeadamente para crianças, 20 das quais ainda inéditas - Espírito solidário e associativo, de sensibilidade relevante, em associações de solidariedade social, nomeadamente no Lar da Santa Casa da Misericórdia e na Associação Humanitária dos bombeiros de Foz Côa na qual foi seu Presidente da Assembleia Geral, 20 anos, desde 1979 a 1999

Profundo estudioso, um homem de cultura, tendo dedicado muitos anos da sua vida à função pública e à vida autárquica, cujos olhos, desde há alguns anos, tinham deixado de ver a luz do dia, despediu-se da vida aos 86 anos




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